Entenda o que é a remissão do câncer de pulmão

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Desde a última segunda-feira, 13, tem circulado nas redes sociais o registro mais atual da cantora Rita Lee, uma foto divulgada no Instagram por seu companheiro, Roberto de Carvalho. Recentemente, a artista de 75 anos passou pelo tratamento de um câncer de pulmão. Ela começou a ter sintomas, como crises respiratórias, no início de 2021, quando recebeu o diagnóstico. Em abril de 2022, o tumor foi considerado eliminado - e desde então não apresentou sinais de retorno.

Com isso, muito tem se falado sobre a remissão do câncer, expressão normalmente atribuída a casos em que a pessoa não apresenta mais sintomas. Contudo, o termo provoca certa confusão: algumas pessoas acreditam que a remissão se trata de uma fase final do tratamento do câncer.

Na verdade, é difícil dizer quando a pessoa está totalmente curada da doença, tendo em vista que ocorrem muitos casos de tumores que voltam a aparecer, mesmo após a eliminação, como ocorreu com a jornalista Glória Maria, que morreu no dia 2 passado em decorrência de metástase no cérebro após tratar um câncer de pulmão.

O câncer de pulmão é o 5° tipo de tumor mais comum no País, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

O termo "remissão" está relacionado à eliminação da doença, mas não é o mesmo que cura. De acordo com o glossário temático Controle de Câncer, publicado em 2013 pelo Ministério da Saúde, a definição correta de câncer em remissão é "diminuição ou desaparecimento de sinais ou sintomas de um câncer, comumente após a realização do tratamento proposto". O material também faz referência à remissão parcial, remissão completa e remissão espontânea da doença.

Segundo o médico William Nassib William Júnior, diretor de Oncologia Clínica e Hematologia da Beneficência Portuguesa, remissão não é um termo técnico adequado, embora seja popularmente usado. "Apesar de estar relacionado à cura, esse termo pode ter muitos significados e provocar confusão. Para entender se a pessoa está curada trabalhamos com a probabilidade", diz o oncologista, que também é especialista em câncer de pulmão.

Em geral, não somente em casos de câncer de pulmão, os médicos indicam a probabilidade de retorno da doença, que varia de acordo com o estágio, de 1 a 4, com o tipo de câncer e com os hábitos da pessoa. É sabido que tabagistas têm maior propensão para desenvolver tumor no pulmão, e pacientes que voltam a fumar após o tratamento têm mais chances de contrair a doença novamente.

"A chance de um tumor retornar vai diminuindo conforme o tempo passa", diz William. Com o câncer de pulmão, não é diferente. Mas isso não quer dizer que a pessoa está necessariamente curada. "Após cinco anos, a probabilidade de retorno do tumor no pulmão é pequena, mas ainda existe", afirma. A pessoa passa a ter uma vida normal, mas é preciso seguir realizando os exames, conforme indicação médica.

Diagnóstico precoce é fundamental

Conforme dados do Inca, o câncer de pulmão foi responsável por 28,6 mil mortes em 2020. A grande maioria dos casos ainda é diagnosticada em estágio tardio. Isso é explicado, em parte, pela falta de acompanhamento médico adequado. De acordo com William, pacientes que apresentam fatores de risco precisam ter um olhar mais cuidadoso.

"Aqueles com histórico de tabagismo, especialmente acima dos 50 anos, devem fazer tomografia de tórax de baixa dosagem a cada um ou dois anos. Isso contribui muito para reduzir a mortalidade por câncer de pulmão", diz. Isso foi observado durante a pandemia, por exemplo, quando muitos pacientes com suspeita de covid-19 foram em busca do exame e acabaram diagnosticando o câncer.

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Por Laysa Zanetti

Caco Ciocler vai entrar para o elenco de Vale Tudo, interpretando um personagem inédito na trama. O ator será Esteban, um interesse amoroso de Celina (Malu Galli). A informação foi publicada pela coluna Play, do jornal O Globo, e confirmada por Caco em seu perfil no Instagram.

Na versão de 1988 da novela, a irmã de Odete não teve sua vida afetiva explorada e, portanto, o personagem Esteban não existiu. Ainda não se sabe qual será a sua história ou como vai conhecer Celina.

Na trama original, Celina era interpretada por Nathalia Timberg, e dedicava a maior parte do tempo aos sobrinhos e aos cuidados da mansão. Desta vez, a autora Manuela Dias pretende adicionar mais camadas à sua história e dar a ela mais autonomia.

"Celina é uma cinquentona que não se casou, criou os filhos da irmã e não trabalha", resumiu Galli ao jornal O Globo, explicando os novos traços da personagem. "A gente trouxe o interesse dela pelas artes plásticas, ela é uma incentivadora dos artistas. É mais ativa nesse sentido."

Longe das novelas desde a refilmagem de Pantanal, Caco vai começar a gravar suas cenas no folhetim neste sábado, 3. Recentemente, participou da minissérie Os Quatro da Candelária e do filme Meu Sangue Ferve por Você, cinebiografia de Sidney Magal.

Miguel Falabella foi afastado das apresentações desta semana do espetáculo Uma Coisa Engraçada Aconteceu a Caminho do Fórum, em São Paulo. O comunicado foi feito nas redes sociais da peça nesta quinta-feira, 1º, que explica que o ator passa por um problema de saúde.

Em seu perfil, Falabella detalhou a situação, e revelou que precisou se afastar porque está com uma hérnia de disco. "Estou com muita dor, não estou conseguindo andar direito e, por isso, infelizmente não estou fazendo Uma Coisa Engraçada Aconteceu a Caminho do Fórum. Como dizia minha mãe, doença é aluguel que a gente paga para usar o corpo", declarou.

A peça é uma adaptação brasileira do musical com letra e música de Stephen Sondheim, ambientado na Roma Antiga e inspirado nas comédias farsescas de Plauto. A história acompanha Pseudolus, personagem de Falabella que é um escravo determinado a conquistar sua liberdade. Para isso, ele promete ajudar seu jovem amo a conquistar a amada. Ivan Parente, Giovanna Zotti, Carlos Capeletti, Mauricio Xavier e Lucas Colombo também integram o elenco da peça.

Diante da ausência de Falabella, o protagonista será interpretado por Edgar Bustamante nas próximas sessões, desta quinta a domingo, 4.

Nos comentários das publicações, fãs e amigos desejam melhoras a Miguel. "Cuidaremos do nosso lourão mais que amado e ele já já estará de volta pro palco", comentou Danielle Winits. "Boa recuperação, chuvisquinho. Já já você está 100% e de volta aos palcos pra receber todo carinho e amor que você merece", desejou o também ator Daniel Rangel.

A peça Uma Coisa Aconteceu a Caminho do Fórum está em cartaz de quinta a domingo no Teatro Claro Mais SP, com apresentações às 20h (quinta e sexta), 16h e 20h (sábado) e 15h e 20h (domingo).

A série argentina O Eternauta acaba de chegar à Netflix e já tem conquistado os espectadores. Baseada na HQ homônima considerada uma das maiores obras da literatura argentina, ela tem uma história trágica por trás: seu criador, Héctor Oesterheld, foi morto pela ditadura na Argentina na década de 1970.

Nascido em Buenos Aires em 1919, Oesterheld é um dos principais nomes dos quadrinhos e da ficção cientifica na Argentina. Escreveu alguns romances e outras HQs, além de ter publicado em revistas de grande importância, mas O Eternauta é considerada a sua obra-prima.

A trama acompanha um grupo de sobreviventes de uma nevasca mortal que precisa lutar contra uma ameaça alienígena. Com Juan Salvo como protagonista, o quadrinho foi publicado entre 1957 e 1959 com ilustrações de Francisco Solano López, com uma versão mais politizada sendo lançada na década de 1970.

Oesterheld frequentemente dizia que o herói de O Eternauta era um "herói coletivo". No final dos anos 1960, ele também escreveu biografias em quadrinhos de Che Guevara e Evita Perón, importantes líderes de esquerda, em parceria com o cartunista Alberto Breccia.

Naquele período, o autor já era envolvido com os Montoneros, organização político-militar argentina de esquerda que tinha objetivo de resistir e derrubar a ditadura no país. As quatro filhas de Oesterheld, Estela, Diana, Beatriz e Marina, também estavam envolvidas com o grupo.

As Forças Armadas da Argentina, já vigiando a atividade de Oesterheld, começaram a fechar o cerco em sua família. A primeira desaparecida foi Beatriz, que tinha apenas 19 anos, em 1976. Meses depois, foi a vez de Diana, seguida de Marina, ambas grávidas na época. A última foi Estela, já no final de 1977.

Oesterheld desapareceu em abril daquele ano. Acredita-se que tenha sido fortemente torturado física e psicologicamente, sendo obrigado a ver fotos das filhas executadas, e que foi morto apenas em 1978. O seu corpo nunca foi encontrado. Das filhas, apenas Beatriz pôde ser velada.

A morte do autor e de seus familiares só foi reconhecida em 1985, com um julgamento histórico que resgatou a memória dos desaparecidos e revelou os horrores da ditadura na Argentina.