Passageiro de Porsche tem quadro de saúde 'delicado' e deve passar por nova cirurgia

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O quadro de saúde do estudante Marcus Vinícius Rocha, de 22 anos, que estava no banco do passageiro do Porsche conduzido pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24, é "delicado", informou o advogado Roberto Soares Lourenço em nota divulgada nesta segunda-feira, 8.

O defensor disse também que Rocha passaria por uma cirurgia em razão de um "derrame pleural bilateral", que é o acúmulo de água no espaço da pleura, uma membrana formada por camadas que revestem o pulmão e a caixa torácica.

"Sobre a situação atual de Marcus", diz o advogado, "ele continua internado na Unidade de Terapia Intensiva e fará uma cirurgia devido a um derrame pleural bilateral com permanência de dreno em ambos os lados, complicações causadas pelo trauma. Seu estado de saúde é delicado".

Marcus Vinícius está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em uma unidade do Hospital São Luiz, em São Paulo, por conta do acidente que tirou a vida do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana na madrugada de 31 de março.

Na última sexta-feira, 5, o Estadão mostrou que o estudante teve quatro costelas quebradas, e que precisou passar uma cirurgia para a retirada do baço. Ele estava entubado e em coma induzido na UTI, e sem previsão de alta.

Rocha estava no banco do passageiro quando o veículo de luxo, avaliado em R$ 1 milhão, colidiu contra o Renault Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, na Avenida Salim Farah Maluf, na zona lesta paulistana. Viana chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu por traumatismos múltiplos horas depois do acidente.

O Hospital São Luiz afirmou que não tem autorização para passar informações sobre o quadro clínico do paciente.

Pelas imagens captadas pelas câmeras de segurança é possível perceber a violência da colisão. O choque leva os dois carros para o canteiro da avenida, cuja velocidade máxima permitida é de 50 km/h. Um deles bate no poste de luz, o que provoca a queda imediata de energia elétrica no quarteirão.

O empresário negou que estivesse em alta velocidade e que estivesse dirigindo sob efeito de álcool. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) afirmou que os radares de velocidade da região estavam desativados no momento da colisão. Por estar internado, Marcus Vinicius não foi ouvido ainda pela polícia.

A Polícia Civil indiciou Andrade Filho por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, lesão corporal ao companheiro que estava no veículo e fuga do local do acidente, mas a Justiça de São Paulo negou o pedido de prisão temporária por considerar que não havia elementos suficientes para isso.

Com o avanço das investigações, a polícia pediu mais uma vez a pedir a prisão de Andrade Filho, mas, desta vez, foi solicitada a prisão preventiva do motorista do Porsche.

Como argumentos, a equipe do 30º Distrito Policial (Tatuapé), que conduz o caso, considerou os fatos de o empresário ser reincidente na violação de excesso de velocidade; por ter possivelmente ingerido bebida alcóolica momentos antes do acidente, conforme relatou testemunhas à polícia; por ter poder aquisitivo suficiente para sair do País.

"A Polícia Civil entende que o autor deve permanecer preso durante as investigações", disse Ruiz, em entrevista coletiva realizada neste sábado, 6. Segundo ele, o Ministério Público voltou a dar parecer positivo para o pedido de prisão de Andrade Filho.

O inquérito deve durar no mínimo 30 dias. Apesar dos avanços, há ainda testemunhas centrais para serem envolvidas.

Procurada nesta segunda, a advogada de Fernando, Carine Acardo Garcia, não retornou aos contatos da reportagem. Em notas anteriores, afirmou que há "um linchamento" contra seu cliente, descreveu o acidente como "uma fatalidade".

A Polícia Civil também investiga as razões para os policiais militares que atenderam à ocorrência terem liberado o empresário do local do acidente, que se apresentou quase 40 horas depois do episódio. O ouvidor Claudio Silva disse à reportagem do Estadão que a Ouvidoria da Polícia Civil acionou a Corregedoria da Polícia Militar ainda na segunda-feira, 1, para apurar a conduta dos PMs.

O empresário nega que tenha fugido e diz que foi o último a sair da cena do acidente, acompanhado da mãe. Na sua versão, tanto Marcus Vinicius Rocha quanto Ornaldo já tinham sido socorridos. Em depoimento, o empresário admitiu que não foi para nenhum hospital porque sua mãe passou a receber "ameaças pelo celular". Ele afirmou que não viu quais ameaças porque sua mãe não havia deixado que ele visse as mensagens.

A Secretaria da Segurança Pública afirma que vai analisar a "dinâmica da ocorrência para identificar eventual erro de procedimento operacional". A secretaria não precisou quanto tempo levou entre a chegada da PM ao local e o registro da ocorrência. (COLABORARAM GONÇALO JÚNIOR E ÍTALO LO RE)

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O Último Azul, filme de Gabriel Mascaro (Divino Amor) que disputou o Urso de Ouro no Festival Internacional de Cinema de Berlim de 2025, teve sua data de estreia divulgada em um teaser lançado nesta terça-feira, 6. Estrelado por Denise Weinberg e Rodrigo Santoro, o longa estreia nos cinemas brasileiros em 28 de agosto.

De acordo com a sinopse oficial, o filme se passa em um Brasil quase distópico em que cidadãos idosos são transferidos compulsoriamente para uma colônia habitacional para que "desfrutem" de seus últimos anos de vida. Antes de seu exílio forçado, Tereza (Weinberg), uma mulher de 77 anos, embarca em uma viagem pelos rios e afluentes da Amazônia em busca de realizar seu último desejo.

Embora não tenha vencido o Urso de Ouro em Berlim, O Último Azul conquistou o Grande Prêmio do Júri no festival, também conhecido como "Urso de Prata". O Festival aconteceu em fevereiro deste ano, com o norueguês Dreams (Sex Love) vencendo o principal prêmio do evento.

Além de dirigir, Mascaro também assina o roteiro ao lado de Tibério Azul (Som Brasil). Murilo Hauser e Heitor Lorega, ambos de Ainda Estou Aqui, serviram como consultores do script.

O elenco de O Último Azul conta ainda com Adanilo (Oeste Outra Vez) e Miriam Socarrás (Violeta).

Confira o trailer aqui

Daniel Erthal usou suas redes sociais na segunda-feira, 5, para revelar que o seu carrinho de bebidas foi roubado no Rio de Janeiro.

Atualmente, o ex-galã de Malhação trabalha como empreendedor e é dono de um bar em Botafogo, na zona sul da capital. O veículo estava estacionado na calçada do local quando foi levado.

"Estamos vivendo tempos sombrios no que diz respeito à segurança no Rio. Ninguém aqui pode ter nada. Cheguei para trabalhar e não encontrei meu carrinho de bebidas. É a extensão do meu bar, faz parte do meu plano de negócio", lamentou.

Ele ainda disse que se sustenta com o carrinho há cerca de um ano e meio. "O meu único bem. Como eu estava sem garagem, ele ficou exposto por duas semanas, e agora não está mais."

No ano passado, Daniel Erthal havia viralizado com imagens em que aparece com o seu carrinho em frente à queima de fogos do reveillón em Copacabana, no Rio de Janeiro. Desde então, ele conseguiu abrir um bar em Botafogo, mas voltou a circular com o veículo durante o carnaval.

Conhecido do público por ter feito parte do elenco do folhetim teen em 2005, Erthal também gravou Belíssima, de 2006, e a versão brasileira de Rebelde, em 2011. Ele tem um perfil no Instagram apenas para divulgar seu trabalho como vendedor, e voltou a aparecer com o carrinho durante os blocos de rua, transitando para vender as bebidas entre os foliões.

Nos últimos anos, em meio à pressão estética da sociedade, Paolla Oliveira se tornou uma representante do chamado "corpo real" - embora não goste do termo, por acreditar que todos os corpos são reais. Em entrevista ao Roda Viva, nesta segunda-feira, 5, a atriz falou com franqueza sobre o tema e relembrou o período em que acreditava que as críticas ao seu corpo eram justificadas.

"As críticas ao meu corpo, para mim, eram completamente corretas. Passei muito tempo achando que eu que estava errada", declarou a atriz, ao pontuar como os comentários nas redes sociais influenciaram sua autopercepção. Segundo ela, o processo de entender e desconstruir essas imposições foi gradual.

A artista afirmou que, mesmo sem se identificar com o rótulo, acabou sendo vista como uma representante do tal "corpo real". O incômodo com perguntas recorrentes sobre emagrecimento para papéis específicos também a fez repensar sua posição. "Percebi que estavam me empurrando para um lugar que não me cabia", disse. "Mas eu achava ainda que a errada era eu."

Ao ganhar consciência dessa situação, Paolla conseguiu se libertar da cobrança e passou a enxergar a questão de outra forma. "Entendi que não era sobre mim. Era sobre um lugar para o qual a maioria das mulheres é empurrada, pra caber e servir", afirmou.

Por fim, a atriz destacou seu processo de amor-próprio e como isso influenciou sua percepção sobre outras mulheres: "Aprendi a me gostar e que a minha beleza é possível. Também aprendi a reparar em outras mulheres com outras belezas possíveis. O que eu luto hoje é basicamente pra existir e querer que as pessoas existam à minha volta."