Hospital São Luiz, no Morumbi, tem princípio de incêndio e paciente idosa morre

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Uma pane elétrica em um equipamento eletrônico provocou um princípio de incêndio e grande volume de fumaça na unidade do Hospital São Luiz do Morumbi, zona sul de São Paulo, na manhã desta quinta-feira, 11. Segundo o hospital, uma paciente idosa morreu durante o tumulto. No total, 47 pacientes foram transferidos para outras unidades hospitalares, de acordo com a rede médica.

"Uma paciente de 94 anos infelizmente sofreu uma parada cardíaca durante o evento", informou o hospital, que disse lamentar a perda e dar assistência aos familiares. A idosa estava sendo transferida para unidade do São Luiz no Itaim Bibi, também na zona sul.

O princípio de incêndio foi registrado por volta das 8h40 na unidade da Rua Engenheiro Oscar Americano. Segundo o Hospital São Luiz Morumbi, o fogo, que já foi extinto, dificultou o funcionamento adequado de duas unidades de terapia intensiva.

A principal hipótese para a causa do fogo, conforme o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Luciano Almeida, é o superaquecimento de um secador de cabelos usado por uma auxiliar de enfermagem. "Pelos relatos da equipe do hospital, o uso do equipamento (secador) causou o superaquecimento, mas não se sabe ainda se do equipamento ou se do sistema elétrico", disse.

Ainda de acordo com ele, rapidamente os funcionários perceberam a fumaça e começaram a retirar os pacientes do segundo andar. "Fogo (houve) pouco, mas a fumaça foi bem intensa", disse o tenente-coronel.

"O evento está sendo devidamente apurado e o hospital segue trabalhando em conjunto com as autoridades competentes para esclarecer as possíveis causas do incidente", acrescenta o São Luiz.

O segundo andar segue interditado, mas os demais pavimentos já estão liberados para retorno de pacientes e equipe técnica, segundo o Corpo de Bombeiros. "Agora a gente está fazendo uma análise de risco, para ver se tem algum risco residual", disse Almeida.

'Enfermeira entrou desesperada no quarto'

"Por volta das 8h30, meu filho ainda estava dormindo, quando, de repente, soou o alarme bem alto. Imaginei que poderia ser um alarme de incêndio, mas achei que poderia ser falso", diz artista plástico Fábio Guimarães, de 46 anos, cujo filho estava internado no São Luiz. "Por questões de segundos, uma enfermeira entrou desesperada no quarto, falando sobre incêndio e pedindo para vestir o meu filho. Só deu tempo de colocar a roupa nele e pegar a mochila. Deixamos todos os pertences no hospital", afirma ele.

Diagnosticado com pneumonia, Éros, de 7 anos, ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do São Luiz Morumbi. Com a melhora, no fim da tarde de quarta-feira, 11, foi transferido para um quarto, dando continuidade ao tratamento.

"Quando chegamos ao estacionamento, começaram a chamar os pacientes mais graves. Foram chegando ambulâncias de outros hospitais", continua Guimarães.

"Fomos observando os grupos saindo e chamaram o grupo das crianças. Fomos para o atendimento clínico, em um prédio do outro lado da rua. Passamos com a médica, que optou por antecipar a alta, mediante a continuidade do tratamento médico em casa e retorno na próxima semana", afirma o pai.

No corredor, um andar acima do foco do incidente, Guimarães diz que era possível sentir o cheiro forte da fumaça. "Todos saíam ordenadamente. Devo dizer que o treinamento da equipe fez a diferença, pois não teve caos. Acredito que a ala infantil, onde estávamos, foi uma das primeiras a saírem para o estacionamento. Foram chegando, posteriormente, outras pessoas em camas e macas", acrescenta ele.

A aposentada Celina Pamaoki, de 66 anos, estava comprando café para o marido, internado no 6º andar por cólica renal, quando o alarme disparou. "Não me deixaram subir de novo", relatou ela, que estava no 3º.

Sem alternativa, desceu rápido as escadas. O marido, descobriu depois, foi levado em uma maca de lona para a área do estacionamento, improvisado pela equipe do hospital.

O comerciante João Sanches Machado, de 81 anos, e a aposentada Adelaide Malagozzine Machado, de 79, saíram de casa, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, por volta de 5h30 para ir ao hospital fazer exames. "Queríamos fugir do trânsito", disse ela.

Quando esperavam na sala de espera, o alarme disparou. "Foi muito sufoco, depois ainda tivemos de ficar no sol quente", reclamou a idosa. Os exames, de acordo com o casal, terão ser de ser remarcados para outro dia. "Agora estamos esperando nosso genro vir nos buscar."

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira, 2, o projeto de lei (PL) que torna a Política Nacional Aldir Blanc permanente e destina R$ 15 bilhões a Estados e municípios para fomento das culturas locais. Segundo o Palácio do Planalto, a lei permite que esse montante previsto na Aldir Blanc seja repassado em um período maior do que o atual.

Originalmente, seriam de R$ 3 bilhões ao ano por cinco exercícios (2023 a 2027). Após o repasse desse montante, a Aldir Blanc passa a ser financiada por recursos definidos em cada lei orçamentária. "Com isso, a política se torna permanente", disse o governo.

O texto aprovado pelo Congresso, agora sancionado por Lula, incorporou ainda o texto da Medida Provisória 1.280/2024, que prorroga até 31 de dezembro de 2029 o prazo para uso de benefícios fiscais do Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica (Recine). Antes, o prazo terminaria ao fim de 2025.

O Recine permite desoneração de tributos federais sobre compras ligadas à implantação ou à modernização de salas de cinema, principalmente em cidades menores ou do interior, segundo o Planalto.

O cantor e compositor Danilo Caymmi publicou um vídeo nas redes sociais neste sábado, 3, falando sobre o posicionamento político de Nana Caymmi e que ele chamou de "aproveitamento" nas circunstâncias da morte da cantora.

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No vídeo, Danilo conta que a irmã não tinha acesso a e-mail e redes sociais, e afirma que seus posicionamentos políticos eram superficiais. "A gente repudia o aproveitamento político que está sendo feito com relação a ela", afirma. A cantora foi apoiadora de Jair Bolsonaro.

"Para vocês terem uma ideia, a Nana não tinha celular, não tinha e-mail, rede social nenhuma, alheia aos acontecimentos há, no mínino, 10 anos. Então, isso é muito grave", lamenta.

"A opinião política dela era completamente superficial, não tinha essa profundidade. Eu falo para as pessoas que gostam da Nana, dos artistas que ela ofendeu de certa maneira que foi muito difícil para nós. Enfim, era muito superficial. Eu acho que ela foi, de certa maneira, manipulada com relação a essas coisas", opina Danilo. "É muito difícil para mim ver esse aproveitamento político num Brasil polarizado."

Nas redes sociais, Jair Bolsonaro se manifestou e lamentou a morte de Nana. "Recebo com grande pesar a notícia do falecimento de Nana Caymmi, uma das vozes mais marcantes da nossa música. Filha de Dorival, Nana carregava em sua arte a força de uma linhagem que sempre engrandeceu a cultura brasileira", escreveu. O presidente Lula não se manifestou.

A Netflix norte-americana anunciou que Ainda Estou Aqui, filme de Walter Salles que trouxe o primeiro Oscar da história do Brasil, vai estar disponível para streaming na plataforma nos Estados Unidos a partir de 17 de maio.

Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, Ainda Estou Aqui conta a história de Eunice Paiva, que precisou reconstruir a sua vida e sustentar os filhos após seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, ser sequestrado e morto pela ditadura militar brasileira. O filme é inspirado no livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva.

A produção fez história ao receber três indicações ao Oscar 2025, em melhor filme internacional, melhor atriz e melhor filme, e conquistou a estatueta na categoria internacional.

No X, antigo Twitter, fãs comemoraram o anúncio do filme no catálogo americano da Netflix. "Simplesmente Oscar Winner", escreveu um. "Melhor filme do mundo", completou outra pessoa.

Ainda Estou Aqui está disponível para streaming no Brasil pelo Globoplay.