Pela 1ª vez na pandemia, Amazonas tem um dia sem registro de morte por covid-19

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O Amazonas não registrou nenhuma morte por covid-19 nesta terça-feira, 6, segundo dados divulgados pelo governo local. É a primeira vez que isso ocorre em 16 meses de pandemia. No período, o Estado assistiu a crises severas, como o cenário de falta de oxigênio em janeiro, com estatísticas elevadas de mortalidade.

Os dados de óbitos causados pela doença vêm em queda desde o fim de fevereiro, após o pico recorde. O início do ano foi o período de alta da doença na região. Em 30 de janeiro, por exemplo, foram registradas 225 mortes no Amazonas pela covid-19. A média, em seu ponto mais elevado, chegou a ficar em 149 mortes por dia, em 4 de fevereiro.

A partir da metade de fevereiro, os registros começaram a cair consecutivamente até o ponto desta terça-feira. "Essa notícia nos enche de esperança. Vamos continuar trabalhando para avançar ainda mais na vacinação, o caminho mais seguro para sairmos dessa pandemia; e não podemos descuidar dos protocolos de prevenção", disse em nota o governador Wilson Lima (PSC).

O Estado registrou nesta terça-feira o diagnóstico de 719 novos casos de covid-19, o que fez o total chegar a 405.066 testes positivos. Já o total de óbitos seguiu inalterado em 13.349 vítimas. Na capital Manaus, houve um sepultamento de vítima de covid-19 na segunda-feira, 5, segundo a prefeitura. Outras 44,1 mil pessoas com diagnóstico positivo seguem sendo acompanhadas.

Especialista chama atenção para ocupação de leitos e registro de casos

Para Jesem Orellana, epidemiologista e pesquisador da Fiocruz Amazonas, o número não representa um enfraquecimento da pandemia no Estado, já que existe uma diferença entre as mortes notificadas no dia e as que de fato ocorreram. "Uma coisa é o que os sistemas de informação dizem e outra completamente diferente é o que acontece no mundo real. Daqui a alguns dias, quando os dados forem atualizados, é provável que tenhamos registro de óbito hoje, por exemplo", explica.

Orellana aponta ainda que, apenas nesta terça, Manaus voltou a ter mais de 200 leitos de UTI ocupados por pacientes de covid, além do aumento de casos. Entre 6 e 26 de junho, houve um crescimento de 43,8% no total de casos registrados, quando comparado ao período de 18 de abril a 15 de maio, mesma época em que a "segunda onda" eclodiu pelo País.

"Tenho a impressão que estamos mergulhados em uma nova ilusão, a das vacinas. Foi assim em 2020 com a suposta imunidade de rebanho pela via natural. O ritmo lento da vacinação gera uma expectativa de curto prazo irreal na população", observa Orellana. Ele aponta também para um alto número de pessoas com esquema vacinal incompleto se infectando, ao mesmo tempo em que novas variantes começam a circular pela região.

"As pessoas se expõem, fazem o vírus circular e mutar, contribuindo assim para o desperdício de vacinas. Esse problema se torna ainda mais desafiador quando temos uma alta circulação viral ao longo do tempo", diz. "Só poderemos pensar em alívio parcial depois de termos pelo menos 50% da população vacinada com a segunda dose."

De acordo com os dados do consórcio de imprensa, apenas 13,70% da população do Amazonas já tem a imunização completa contra o coronavírus, percentual acima da média do País, de 13,13%. "Estar com a porcentagem um pouco acima da média em um país que ainda vacinou pouco é motivo de preocupação e não de euforia. Relaxamentos e atitudes que favoreçam a circulação viral seguirão nos deixando no topo da má gestão da epidemia."

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Heleninha Roitman, empoderamento feminino, aborto e carnaval: no Roda Viva desta segunda-feira, 5, Paolla Oliveira reviveu temas que permeiam sua carreira durante a entrevista.

"Quando a gente fala sobre as questões femininas, tem sempre um entorno que leva a gente a se aprisionar. Parte tudo do mesmo lugar: ter o corpo que a gente quer, se sentir bonita da maneira que a gente é, escolher ter filhos. Escolher fazer um aborto", explicou a atriz.

"Acho que isso é uma escolha da mulher, e eu sou a favor. É uma decisão da mulher, tem que ser. Acho um grande retrocesso a gente não pensar nisso como uma possibilidade."

A intérprete de Heleninha em Vale Tudo, personagem cuja trama gira em torno do alcoolismo, explicou algumas das motivações do trabalho: "A Heleninha, a gente tem ela quase que como um estereótipo. A mulher da crise, a mulher do escândalo, a bêbada. Para mim, ela é mais. Penso que ela é uma mulher com tantas camadas, desafios, conflitos."

"A novela é super atual [...] Procurei muito sobre as mudanças do alcoolismo de lá para cá, então eu vejo que [o Brasil] mudou bastante, mas que os estigmas continuam", disse, sobre o remake de Vale Tudo.

Paolla também abordou temas relacionados ao empoderamento da mulher, como as críticas ao seu corpo e a visão da beleza.

"De longe, não sou a única mulher a levar isso, mas eu me via nessa roupa. Nessa roupa que não cabia, nessa forma pequena. Precisei arrumar um lugar de libertação."

Questionada sobre sua decisão pessoal de não ter filhos, argumentou: "Eu não tenho mais vergonha de dizer [que não quero ter filhos]. A maternidade é uma coisa tão linda, grandiosa, especial. Tem que ser uma decisão, uma escolha."

Ela, que saiu do posto de rainha de bateria da para voltar às telas da Globo, ponderou sobre o carnaval ser uma celebração cultural e histórica. "Tenho o carnaval nesse lugar muito especial [...] O carnaval virou esse lugar de libertação do corpo."

Ela ainda palpitou sobre quem deveria substituí-la no posto. "Eu acho que deveria ser uma pessoa da comunidade [...] Muito do prestígio que eu tive lá foi por conta de eu estar perto da comunidade. Seria bacana", opinou também.

A entrevista de Paolla para o Roda Viva foi realizada por Carolina Morand, Paola Deodoro, Chico Barney, Marcia Disitzer e Nilson Xavier. A apresentação é de Vera Magalhães.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais.

Miguel Falabella, de 68 anos, recebeu alta hospitalar após passar por uma cirurgia de uma hérnia de disco na última sexta-feira, 2. O ator já está em casa, onde iniciou o processo de recuperação com sessões de fisioterapia.

"Estou em casa, estou bem, caminhando devagarinho. Queria agradecer ao Dr. Davi por ter feito a cirurgia, porque me devolveu o sorriso ao rosto", disse ele em vídeo publicado nas redes sociais. Segundo o ator, o processo de recuperação envolve repouso e acompanhamento fisioterapêutico, já iniciados.

O artista havia comunicado na quinta-feira, 1º, que precisaria se afastar das apresentações do espetáculo Uma Coisa Engraçada Aconteceu a Caminho do Fórum, em cartaz em São Paulo, por conta das fortes dores causadas pela hérnia de disco. Durante sua ausência, o ator Edgar Bustamante assumiu o papel nas sessões, que seguiram até o domingo, 4.

Nas redes sociais, Falabella também agradeceu ao carinho do público e ao apoio recebido nos últimos dias. "Recebi muitas mensagens de gente que teve essa dor e sabe o que é. Obrigado pelas boas vibrações, pois tenho certeza que ajudaram muito."

Sargento Rock, filme inspirado no personagem clássico da DC Comics, foi cancelado pelo estúdio após meses de desenvolvimento. O longa seria dirigido por Luca Guadagnino (Queer) e protagonizado por Colin Farrell. O roteiro estava sendo escrito por Justin Kuritzkes, que trabalhou com o diretor italiano em produções recentes, como Queer e Rivais.

De acordo com o The Wrap, a causa do cancelamento é um mistério, mas o portal descartou qualquer motivo financeiro. Estima-se que a produção, que acompanha um soldado da Segunda Guerra Mundial, custaria menos de US$ 70 milhões, metade do orçamento normalmente disponível para adaptações de quadrinhos.

Mesmo sem Sargento Rock, o calendário de Guadagnino para os próximos anos segue lotado. O diretor comandará uma nova adaptação de Psicopata Americano, livro de Bret Easton Ellis que foi transformado em filme em 2000. Além disso, ele ainda dirige After the Hunt, já em pós-produção, Camere Separate, estrelado por Léa Seydoux (Duna: Parte 2) e Josh O'Connor (Rivais), e uma sequência de Me Chame Pelo Seu Nome, lançado em 2017.

DURÃO

Sargento Rock foi apresentado nos quadrinhos da DC Comics em 1959 e fez sua estreia na edição nº 81 da revista Our Army at War. O personagem é um soldado durão que lutou durante a Segunda Guerra, liderando a Companhia Moleza.

Uma versão de Rock foi apresentada na série animada Comando das Criaturas, escrita por James Gunn, copresidente do DC Studios, e lançada na Max em 2024. O personagem foi dublado por Maury Sterling.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.