Canal Brasil terá 'Mostra LGBTQIA+' com filmes durante todo mês de junho

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O mês de junho é considerado o Mês do Orgulho LGBTQIA+ e o Canal Brasil exibirá durante todo o mês, de quarta à sexta-feira, 0h30, filmes brasileiros que falam sobre a temática.

Entre os diversos filmes que serão exibidos na Mostra LGBTQIA+ está Alice Júnior, de Gil Baroni, que conta a história de uma adolescente trans, que é youtuber e muda para uma cidade do interior cheia de preconceitos. O filme foi lançado em 2019 e também está disponível na Netflix.

Outra produção entre as atrações é Madame Satã, biografia de João Francisco dos Santos, transformista carioca que viveu na primeira metade do século XX. O ator Lázaro Ramos é quem dá vida ao personagem no longa lançado em 2002.

O canal também irá transmitir outras produções relacionadas à temática LGBTQIA+. Em 8 de junho, por exemplo, o talkshow TransMissão começará a nova temporada com apresentação de Linn da Quebrada e Jup do Bairro. As apresentadores inclusive estão a frente da campanha Parada Canal Brasil, com Muito Orgulho, em que os telespectadores podem mandar vídeos e recados sobre sua vivência.

Confira a programação completa da Mostra LGBTQIA+ exibida no Canal Brasil:

Madame (2020)

Horário: 1/6 à 0h30; Classificação: 16 anos

Direção: André Da Costa Pinto, Nathan Cirino

Sinopse: Nascida em PE, Camille Cabral iniciou sua transição e se mudou para a França no auge da crise do vírus HIV. Na luta pela igualdade, ela se tornou a primeira mulher transgênero a ser eleita vereadora no país.

Alice Júnior (2019)

Horário: 3/6, à 0h30; Classificação: 14 anos

Direção: Gil Baroni

Elenco: Anne Celestino, Emmanuel Rosset, Surya Amitrano

Sinopse: Alice Júnior é uma youtuber trans cercada de liberdades. Depois de se mudar com o pai para uma pequena cidade que parece ter parado no tempo, a jovem precisa sobreviver ao preconceito para dar seu primeiro beijo.

Praia do Futuro (2014)

Horário: 04/06, à 0h30; Classificação: 14 anos

Direção: Karim Aïnouz

Elenco: Wagner Moura, Clemens Schick, Jesuíta Barbosa

Sinopse: Donato é salva-vidas na Praia do Futuro (CE). Seu irmão Ayrton tem grande admiração por ele, devido à coragem para resgatar desconhecidos. Um deles é Konrad, alemão que muda por completo a vida de Donato.

Madame Satã (2002)

Horário: 9/6, à 0h30; Classificação: 16 anos

Direção: Karim Aïnouz

Elenco: Lázaro Ramos, Marcélia Cartaxo, Flávio Bauraqui

Sinopse: A cinebiografia de um personagem contraditório e fascinante: João Francisco dos Santos. O filme se passa em um momento essencial, quando Madame Satã se torna artista de cabaré e comete o primeiro crime.

Bixa Travesty (2020)

Horário: 10/6, à 0h30; Classificação: 18 anos

Direção: Kiko Goifman, Claudia Priscilla

Sinopse: O corpo político de Linn da Quebrada, cantora transexual negra, é a força motriz do documentário que captura a sua esfera pública e privada, ambas marcadas pela luta pela desconstrução de estereótipos.

Tinta Bruta (2018)

Horário: 11/6, à 0h30; Classificação: 18 anos

Direção: Filipe Matzembacher, Marcio Reolon

Elenco: Shico Menegat; Bruno Fernandes, Guega Peixoto

Sinopse: Pedro é um adolescente que passa o tempo fazendo performances eróticas para a internet. Quando um estranho rouba a cena postando vídeos semelhantes aos seus, ele decide ir atrás do responsável.

Tatuagem (2013)

Horário: 16/6, à 0h30; Classificação: 16 anos

Direção: Hilton Lacerda

Elenco: Irandhir Santos, Jesuíta Barbosa, Rodrigo García

Sinopse: Durante a ditadura, Clécio Wanderley é o líder da trupe teatral Chão de Estrelas. Mas sua vida muda quando conhece Fininha, que é militar. Eles ficam cada vez mais próximos, só que ao mesmo tempo em que ele convive cada vez mais com a trupe, Clécio precisa lidar com a repressão no meio militar.

As Boas Maneiras (2017)

Horário: 17/6, à 0h30; Classificação: 14 anos

Direção: Juliana Rojas, Marco Dutra

Elenco: Marjorie Estiano, Isabél Zuaa, Miguel Lobo

Sinopse: Ana contrata Clara, uma solitária enfermeira, para ser babá de seu filho ainda não nascido. Conforme a gravidez avança, Ana começa a apresentar comportamentos cada vez mais estranhos e sinistros.

Mr. Leather (2019)

Horário: 18/6, à 0h30; Classificação: 18 anos

Direção: Daniel Nolasco

Sinopse: O documentário acompanha a segunda edição do concurso Mr. Leather Brasil, cujos participantes são Dom PC, Kake, Deh Leather e Maoriguy. O evento mexe com os ânimos da comunidade fetichista gay de São Paulo.

Divinas Divas (2014)

Horário: 23/6, à 0h30; Classificação: 14 anos

Direção: Leandra Leal

Sinopse: O filme traz a história da primeira geração de artistas travestis do país: Rogéria, Jane Di Castro, Divina Valéria, Camille K, Fujika de Halliday, Eloína dos Leopardos, Marquesa e Brigitte de Búzios.

Berenice Procura (2014)

Horário: 24/6, à 0h30; Classificação: 14 anos

Direção: Allan Fiterman

Elenco: Cláudia Abreu, Emílio Dantas, Valentina Sampaio

Sinopse: A taxista Berenice se divide entre a criação do filho, um adolescente descobrindo sua sexualidade, e a conturbada relação com o marido. O assassinato de Isabelle, uma travesti, na praia de Copacabana, desperta um lado seu investigativo.

Flores Raras (2014)

Horário: 25/6, à 0h30; Classificação: 14 anos

Direção: Bruno Barreto

Elenco: Glória Pires, Miranda Otto, Tracy Middendorf

Sinopse: O Brasil está passando por grandes transformações. Brasília é construída e o Rio de Janeiro se prepara para deixar de ser a capital federal. Uma poetisa americana insegura e tímida chega para conhecer o Rio e passar alguns dias com Lota de Macedo Soares, empreendedora da sociedade carioca.

Cores e Flores para Tita (2017)

Horário: 30/6, à 0h30; Classificação: 12 anos

Direção: Susan Kalik

Sinopse: O documentário apresenta pessoas trans: quatro mulheres trans/travestis e quatro homens trans em diferentes idades e vivências, que compartilham suas conquistas, dores, descobertas e, principalmente, seu amor.

Sócrates (2014)

Horário: 01/7, à 0h30; Classificação: 16 anos

Direção: Alex Moratto

Elenco: Christian Malheiros, Tales Ordakji, Caio Martinez Pacheco, Rosane Paulo

Sinopse: Depois da morte de sua mãe, o jovem Sócrates precisa fazer tudo o que for possível para que consiga sobreviver na realidade da miséria.

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O corpo da cantora Nana Caymmi será velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 2, a partir das 8h30. O enterro ocorrerá às 14h, no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo.

Uma das principais cantoras do Brasil, Nana morreu na noite desta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, depois de ficar nove meses internada na Casa de Saúde São José, no Rio, para tratar uma arritmia cardíaca. De acordo com nota divulgada pelo hospital, a causa da morte de Nana foi a disfunção de múltiplos órgãos.

Ao Estadão, o irmão de Nana, o músico e compositor Danilo Caymmi, afirmou que, além da implantação de um marcapasso para corrigir a arritmia cardíaca, Nana apresentava desconforto respiratório e passava por hemodiálise diariamente. Nana também sofria de um quadro de osteomielite, uma infecção nos ossos, que lhe causava muitas dores. Segundo ele, Nana esteve lúcida por todo o tempo, mas, no dia 30 de abril, entrou em choque séptico.

Filha do compositor Dorival Caymmi, Nana começou a carreira no início dos anos 1960, ao lado do pai. Após se afastar da vida artística para se casar - ela teve três filhos, Stella, Denise e João Gilberto -, Nana retomou a carreira ainda na década de 1960, incentivada pelo irmão Dori Caymmi.

Nos anos 1970 e 1980, gravou os principais compositores da música brasileira, como Milton Nascimento, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Sueli Costa, Ivan Lins, João Donato e Dona Ivone Lara.

Em 1998, conheceu a consagração popular ao ter o bolero Resposta ao Tempo, de Aldir Blanc e Cristóvão Bastos, incluído como tema de abertura da minissérie Hilda Furacão, da TV Globo.

Nana gravou discos regularmente até 2020, quando lançou seu último trabalho, o álbum Nana, Tom, Vinicius, só com canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.

A cantora Nana Caymmi, que morreu na noite desta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, fez aniversário no último dia 29 de abril. Internada desde julho de 2024, Nana recebeu uma mensagem da também cantora Maria Bethânia, de quem era amiga.

Bethânia escreveu: "Nana, quero que receba um abraço muito demorado, cheio de tanto carinho e admiração que tenho por você. Querida, precisamos de você e da sua voz. Queremos você perto e cheia de suas alegrias, dons e águas do mar na sua voz mais linda que há. Amor para você, hoje, seu aniversário, e sempre. Rezo à Nossa Senhora para você vencer esse tempo tão duro e difícil. Peço por sua voz e por sua saúde. Te amo. Sua irmã, Maria Bethânia".

Nana e Bethânia tinham uma longa relação de amizade e gravaram juntas no álbum Brasileirinho, de Bethânia, lançado em 2003. Bethânia afirmou mais de uma vez que Nana era a maior cantora do Brasil.

De acordo com informações divulgadas pela Casa de Saúde São José, onde Nana estava internada há nove meses para tratar de problemas cardíacos, a cantora morreu às 19h10 desta quinta-feira, em decorrência da disfunção de múltiplos órgãos.

Morreu nesta quinta-feira, 1° de maio, Nana Caymmi, aos 84 anos, em decorrência de problemas cardíacos. A morte foi confirmada pelo irmão da artista, o também músico e compositor Danilo Caymmi. Ela estava internada havia nove meses em uma clínica no Rio de Janeiro.

"Eu comunico o falecimento da minha irmã, Nana Caymmi. Estamos, lógico, na família, todos muito chocados e tristes, mas ela também passou nove meses sofrendo em um hospital", disse Danilo Caymmi.

"O Brasil perde uma grande cantora, uma das maiores intérpretes que o Brasil já viu, de sentimento, de tudo. Nós estamos, realmente, todos muito tristes, mas ela terminou nove meses de sofrimento intenso dentro de uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital", acrescentou o irmão, em um vídeo publicado no Instagram.

Nas redes, amigos e admiradores também prestaram homenagens à cantora.

"Uma perda imensa para a música do Brasil", escreveu o músico João Bosco, com quem Nana dividiu palcos e microfones. Bosco também teve canções interpretadas por Nana Caymmi, como Quando o Amor Acontece.

O cantor Djavan disse que o País perde uma de suas maiores cantoras e ele, particularmente, uma amiga. "Descanse em paz, Nana querida. Vamos sentir muito sua falta, sua voz continuará a tocar nossos corações."

Alcione também diz que perdeu uma amiga e que a intérprete, filha de Dorival Caymmi, tinha "a voz". "Quem poderá esquecer de Nana Caymmi?"

"Longe, longe ouço essa voz que o tempo não vai levar! Nana das maiores, das maiores das maiores", postou a cantora Monica Salmaso, que já tinha prestado uma homenagem para Nana na última terça, quando a artista completou 84 anos. "Voz de catedral", descreveu Monica na ocasião.

O escritor, roteirista e dramaturgo Walcyr Carrasco disse que, nesta quinta, a música brasileira deve ficar em silêncio em respeito à partida da artista. "Que sua voz siga ecoando onde houver saudade. Meus sentimentos à família, amigos e admiradores!"

A deputada federal e ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina (PSOL-SP) disse que Nana Caymmi tinha umas das vozes "mais marcantes da música popular brasileira" e que a cantora deixa um "legado extraordinário" para o Brasil por meio de interpretações "únicas e carregadas de emoção". "Que sua arte siga viva, e que ela descanse em paz", disse a parlamentar.

A artista Eliana Pittman diz que se despede com tristeza de Nana Caymmi, a quem descreveu com uma das uma "das maiores vozes" que o Brasil já teve, e elogiou a cantora pela irreverência e forte personalidade.

"Nana nunca se curvou a convenções: cantava o que queria, do jeito que queria - e por isso, marcou gerações", disse Eliana, que também fez elogios qualidade técnica da intérprete. "Sua voz grave, seu timbre inconfundível e sua forma tão particular de existir na música deixam um vazio irreparável".

O Grupo MPB4 postou: "Siga em paz, querida Nana Caymmi! Nosso mais fraterno abraço para os amigos Dori Caymmi, Danilo Caymmi (irmãos de Nana Caymmi) e toda a família".