Quem era Django, um dos principais chefes do PCC cuja 'herança' é alvo de operação do MP

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Cláudio Marcos de Almeida, conhecido como Django, é apontado como um dos principais chefes da história do Primeiro Comando da Capital (PCC). Sua morte foi ordenada pela cúpula da facção, após julgá-lo no tribunal do crime. Ele foi obrigado a se enforcar em 27 de janeiro de 2022 sob o viaduto da Vila Matilde, na zona leste de São Paulo.

O nome dele voltou ao noticiário nesta quarta-feira, 22, por conta de uma operação do Ministério Público contra a viúva e a cunhada do traficante.

Natalia Stefani Vitoria, viúva de Django, e a irmã dela, Priscila Carolina Vitoria Rodrigues, são acusadas de participar do esquema de lavagem de dinheiro deixado por Django. Ele atuava em parceria com outro importante líder da PCC: Silvio Luiz Ferreira, conhecido como Cebola. A reportagem não conseguiu localizar a defesa delas.

De acordo com o Ministério Publico, desde 2012, Django controlava cerca de 50% da cocaína exportada pelo PCC para fora do Brasil. Ele teria usado Priscila, sua cunhada, para adquirir quatro quotas da UPBus, no valor de R$ 494,4 mil.

A empresa operava nos terminais de ônibus da Cidade Tiradentes e de Itaquera, ambos na zona leste da capital paulista, com uma frota de 138 ônibus e foi alvo de uma operação do MP no ano passado. Por conta da repercussão do caso, a Prefeitura de SP rompeu o contrato.

De acordo com o Gaeco, Natalia e Priscila usavam ainda empresas do "ramo de brinquedos infantis para lavar capitais". "Segundo a Receita Federal, a própria distribuição de dividendos e lucros não é real, indicando, portanto, se tratar de artifício para a lavagem de capitais", afirmaram os promotores.

As lojas das empresas ficavam em quatro shoppings na Grande São Paulo, uma na zona norte e outra na zona leste da capital, uma terceira em Guarulhos e a última no ABC - só a franquia de uma das lojas custaria R$ 300 mil.

Nas constas das empresas o Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) encontrou centenas de depósitos feitos em caixas eletrônicos com valor inferior a R$ 10 mil.

Os promotores cumpriram seis mandados de busca e apreensão em São Paulo, Guarulhos, Mogi das Cruz e Santo André, na Grande São Paulo. E obtiveram o sequestro de R$ 4,5 milhões em bens.

Em outra categoria

O ator Fernando Fecchio morreu aos 45 anos nesta quinta-feira, 23. Ele era integrante do grupo teatral de comédia Parlapatões, que divulgou a notícia nas redes sociais.

"Estamos tristes. Perdemos Fernando Fecchio. Sempre é de repente. Sempre é no susto. E quando é alguém especialmente alegre, parece que fica mais difícil. Perdemos um Parlapatão que se jorrou e pulsou energia, dentro e fora de cena. Fecchio amado por toda trupe, bom de bagunça e afiado na cena, fez uma legião de amigos e amigas", diz nota publicada no Instagram.

A causa da morte não foi revelada.

Nelson Baskerville, diretor que trabalhou com o ator em três espetáculos, também prestou uma homenagem ao colega. "Foi um ator incrível e topava tudo [...] Vá em paz, querido, estamos aqui para honrá-lo e repartir sua memória nessa delicada arte tão efêmera. Te amo."

Quem foi Fernando Fecchio

Nascido em São Paulo, Fernando Fecchio se tornou ator após se formar no Teatro Escola Célia Helena. Sua carreira começou em 1999, quando atuou na peça Te Amo Amazônia.

Com Baskerville, trabalhou em três espetáculos: A Geladeira, Camino Real e 17 X Nelson, inspirado na obra de Nelson Rodrigues.

Além de atuar em peças teatrais, Fecchio ficou conhecido pela série Descolados (2009), da MTV Brasil. Também atuou nos filmes A Comédia Divina, Seja o que Deus Quiser e Fucking Different São Paulo.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Nesta quinta-feira, 23, o Prêmio Oceanos anunciou os finalistas da sua edição de 2025. São 10 livros divididos em duas categorias: Prosa e Poesia. Entre os selecionados, estão representantes de Angola, Brasil, Moçambique e Portugal.

Na categoria Prosa, os finalistas são A Cegueira do Rio, do moçambicano Mia Couto; Mestre dos Batuques, do angolano José Eduardo Agualusa; As Melhoras da Morte, do português Rui Cardoso Martins; Ressuscitar Mamutes, da brasileira Silvana Tavano, e Vermelho Delicado, da portuguesa Teresa Veiga.

Já em Poesia, os finalistas são As Coisas do Morto, do moçambicano Francisco Guita Jr.; Coram Populo - Poesia Reunida [2], da poeta brasileira Maria do Carmo Ferreira; Lições da Miragem, do português Ricardo Gil Soeiro; Longarinas, da brasileira Ana Maria Vasconcelos, e O Pito do Pango & Outros Poemas, do também brasileiro Fabiano Calixto.

Cada uma das obras agora será avaliada por um time de jurados especialistas. Para julgar os livros finalistas em Prosa, foram escalados os brasileiros Bernardo Ajzemberg e Wellington de Melo, o moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa e os portugueses Carlos Maria Bobone e Sara Figueiredo Costa. As obras finalistas em Poesia serão avaliadas pela angolana Ana Paula Tavares, pelos brasileiros Juliana Krapp e Rodrigo Lobo Damasceno e pelos portugueses Daniel Jonas e Rosa Oliveira.

Os ganhadores serão conhecidos no dia 10 de dezembro e o vencedor de cada categoria receberá o valor de R$ 150 mil.

Conheça cada um dos livros abaixo:

Categoria Prosa

A Cegueira do Rio, de Mia Couto

Ambientado no norte de Moçambique, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, A Cegueira do Rio, de Mia Couto, parte de um episódio real, o ataque alemão ao posto de Madziwa, em 1914, para discutir o impacto da guerra e da colonização sobre as populações locais. O livro acompanha a resistência dos moçambicanos que encontram na palavra escrita e na língua a principal forma de enfrentamento e preservação cultural. Ao revisitar a história colonial sob uma perspectiva literária, o autor explora a relação entre linguagem, memória e identidade, refletindo sobre o poder da palavra diante da violência e do esquecimento.

Editora: Companhia das Letras (240 págs.; R$ 79,90; R$ 15,90 o e-book)

Mestre dos Batuques, de José Eduardo Agualusa

Mestre dos Batuques, de José Eduardo Agualusa, articula elementos históricos e míticos, refletindo sobre a perda de fronteiras entre memória e imaginação e sobre como tradições locais se entrelaçam à política e ao destino coletivo. Na obra, presente e passado se cruzam no planalto de Angola. Leila Pinto, uma narradora situada em um futuro próximo, revisita a história de seus avós, Jan e Lucrécia, para reconstruir uma trama que combina amor, música e guerra. Em paralelo, o autor examina o papel da colonização, das identidades culturais e das heranças africanas na formação histórica do país.

Editora: Tusquets (224 págs.; R$ 69,90; R$ 37,90 o e-book)

Ressuscitar Mamutes, de Silvana Tavano

Ressuscitar Mamutes, romance de Silvana Tavano, parte do vínculo entre uma filha e uma mãe para discutir tempo, memória e laços familiares. A narradora, uma mulher madura, revisita acontecimentos de sua vida em diálogo com descobertas científicas e inquietações existenciais, em busca de sentido diante das perdas e transformações. Misturando referências científicas e reflexões íntimas, a autora elabora uma narrativa sobre herança afetiva e continuidade, entre o que permanece e o que desaparece.

Editora: Autêntica Contemporânea (120 págs.; R$ 64,90; R$ 45,90 o e-book)

Vermelho Delicado, de Teresa Veiga

Nos contos reunidos em Vermelho Delicado, a escritora portuguesa Teresa Veiga reafirma sua atenção às relações humanas e aos limites entre normalidade e ruptura. As narrativas exploram contrastes entre interior e exterior, passado e presente, revelando tensões que emergem de rotinas aparentemente banais. Com vozes femininas em destaque, os textos transitam entre o cotidiano e a introspecção, observando como lembranças, gestos e silêncios constroem o retrato psicológico de seus personagens.

Não disponível no Brasil

As Melhoras da Morte, de Rui Cardoso Martins

As Melhoras da Morte, de Rui Cardoso Martins, é ambientado no Alentejo, cenários de outras obras do autor português. A trama acompanha o personagem Cruzeta, que volta à região após a morte de um amigo. Nesse reencontro com o passado, o autor explora temas como pertencimento, passagem do tempo e o cotidiano do interior português.

Não disponível no Brasil

Categoria Poesia

As Coisas do Morto, de Francisco Guita Jr.

No livro As Coisas do Morto, o poeta moçambicano Francisco Guita Jr. reúne 69 poemas curtos divididos em fragmentos que propõem um olhar sobre a morte e a vida como dimensões complementares, explorando imagens de arquivo, lembrança e transformação. Com a obra, Francisco Guita Jr. foi finalista do Prêmio Literário Mia Couto

Não disponível no Brasil

Coram Populo - Poesia reunida 2, de Maria do Carmo Ferreira

Corram Populo 2 traz a primeira publicação integral da poesia de Maria do Carmo Ferreira, nome reverenciado por autores como Augusto de Campos e Décio Pignatari. Organizado por Fabrício Marques e Silvana Guimarães, o livro reúne poemas escritos entre as décadas de 1960 e 1980, divididos em cinco seções, acompanhados por fortuna crítica.

Editora: Martelo (176 págs.; R$ 72)

Lições da Miragem, de Ricardo Gil Soeiro

Em Lições de Miragem, o poeta português Ricardo Gil Soeiro propõe uma abordagem reflexiva que mistura filosofia, ciências e literatura. Os poemas funcionam como ensaios condensados que interpelam o mundo e investigam a construção do sentido na linguagem.

Não disponível no Brasil

Longarinas, de Ana Maria Vasconcelos

Quarto livro da poeta brasileira Ana Maria Vasconcelos, Longarinas reúne poemas curtos que tratam da passagem do tempo, da permanência e do espaço entre as palavras. A autora explora imagens arquitetônicas e corporais, construindo uma poesia que se organiza em torno do mínimo e da observação detalhada.

Editora: 7 Letras (76 págs.; R$ 39)

O Pito do Pango & Outros Poemas, de Fabiano Calixto

O Pito do Pango & Outros Poemas, de Fabiano Calixto, amplia a pesquisa do autor sobre os vínculos entre política e linguagem. As composições abordam questões sociais e urbanas, com ênfase na crítica ao capitalismo, ao racismo e às diversas formas de opressão. A obra dá continuidade à trajetória experimental de Calixto, iniciada nos anos 1990, e consolida seu nome entre os principais representantes da poesia política contemporânea.

Editora: Corsário-Satã (216 págs.; R$ 80).

Léo Santana e Lore Improta anunciaram, nesta quarta-feira, 22, que estão esperando um bebê. Nos Stories do Instagram, a bailarina falou mais sobre a novidade e expôs também uma pergunta embaraçosa feita pela filha mais velha do casal, Liz, de 4 anos.

"Liz acabou de perguntar pro pai como que o neném entrou na minha barriga", contou Lore, deixando o público na curiosidade para saber a resposta do cantor.

A primogênita do casal foi responsável pelo anúncio da gravidez, exibindo uma foto da ultrassonografia. O momento foi registrado em vídeo nas redes sociais. "Promovida a irmã mais velha! Agora somos 4, minha gente! Estamos tão felizes", escreveu a influenciadora na legenda.

Lore Improta e Leo Santana começaram a namorar em 2017, e se casaram em uma cerimônia intimista realizada em fevereiro de 2021. Liz nasceu em setembro do mesmo ano. Em seu aniversário de 4 anos, a menina ganhou uma festa com tema da princesa Tiana, personagem da Disney.

Diversos fãs e famosos celebraram o anúncio da gravidez e parabenizaram a família. "Eu estou tão feliz! Vocês queriam tanto. Deus abençoe muito a família de vocês e traga esse pacotinho de amor pra gente amar muito", escreveu Ivete Sangalo.

"Feliz por vocês", declarou Poliana Rocha. "Que lindos! Parabéns, família. Amo vocês e fiquei muito feliz com a notícia", afirmou Mumuzinho.