Secretaria da Saúde propõe incorporação da Furp ao Instituto Butantan

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O Governo do Estado de São Paulo protocolou na Assembleia Legislativa o projeto de lei que extingue a Fundação para o Remédio Popular "Chopin Tavares de Lima" (Furp) e transfere suas atividades, ativos e funcionários para o Instituto Butantan. A proposta foi protocolada no último dia 2, em caráter de urgência, e deve ser analisada pelos deputados nos próximos dias.

A proposta é baseada numa análise econômico-financeira dos últimos 13 anos da Furp, o laboratório farmacêutico do governo estadual. A administração justifica que há uma queda nas receitas da instituição; falta de atualização e diversificação de produtos; e déficits operacionais contínuos, entre outros pontos.

"O estudo concluiu que a incorporação das atividades, dos ativos e do quadro de empregados remanescentes da FURP ao Instituto Butantan seria alternativa mais viável para garantir continuidade e sustentabilidade", diz o despacho do secretário de Saúde, Eleuses Paiva, anexado à proposta.

O texto aponta que a Furp, enquanto laboratório público, possui dois principais clientes, ambos com aquisição de produtos por dispensa de licitação: o Ministério da Saúde e a própria Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Em 2023, os dois representaram 81% das unidades vendidas e 93% da receita total.

Com fábricas em Guarulhos e Américo Brasiliense, a Furp produz cerca de 400 milhões de unidades farmacêuticas por ano, embora tenha capacidade para chegar a 1 bilhão. O portfólio da fundação reúne 40 medicamentos registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), voltados a áreas como HIV/AIDS, saúde mental, Alzheimer, antibióticos e imunossupressores.

"(...) o Instituto Butantan possui uma estrutura consolidada, experiência na produção e fornecimento de insumos para o SUS, além de capacidade administrativa para otimizar os processos produtivos da FURP. Dessa forma, a sua incorporação, em tese, facilitaria o acesso a recursos para a modernização da infraestrutura, ampliação da capacidade produtiva e melhoria da eficiência operacional", conclui Paiva no despacho.

Em nota sobre o projeto de lei, a secretaria afirma que a medida visa ampliar a produção de vacinas, soros e medicamentos voltados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Diz ainda que há a intenção de expandir a produção para remédios oncológicos e voltados a doenças raras, e que os colaboradores da atual Furp serão mantidos.

"Vamos somar a enorme expertise da Furp e seu parque produtivo com todo o conhecimento e capacidade do Instituto Butantan nas mais diferentes frentes, como pesquisa, inovação e produção. É um projeto que vem sendo cuidadosamente elaborado nos últimos dois anos", diz Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan, em comunicado.

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O lançamento dos livros infantis de Lázaro Ramos em Portugal, que ocorreu no último sábado, 4, já é sucesso entre os fãs. Durante uma conversa na Livraria da Travessa, em Lisboa, o ator, escritor e cineasta lotou o espaço e concedeu autógrafos na rua.

"A decisão foi fazer os autógrafos na rua, porque é tanta gente que não deu para fazer na livraria. Que coisa linda!", celebrou.

O público prestigiou a sessão, que foi recheada com diversas de suas obras, como Caixa Mágica e Sinto o Que Sinto.

Para ele, os livros representam a vivência da sua negritude: "Não tinham livros em que o protagonista parecia comigo [...] Durante muito tempo, achei que minha escrita não tinha valor, que o que eu pensava não importava, então eu escrevia e não mostrava para ninguém."

Tudo mudou em uma noite de insônia, quando ele decidiu escrever sua primeira obra destinada ao público infantil, a peça de teatro Paparutas, que marcou sua estreia no espetáculo infantil em 2016. Alguns anos depois, veio o primeiro livro, Edith e a Velha Sentada, em 2021.

Por fim, o autor agradeceu pela presença do público, em especial às crianças: "As crianças são meu motivo de ter começado a escrever, porque sempre convivi com crianças e acho maravilhoso conversar com vocês, acho a cabeça de vocês incrível. Vocês são criativas, e merecem ver livros que tenham a cara de vocês."

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

O influenciador e apresentador Gominho relatou nas redes sociais ter sido vítima de um golpe bancário que resultou no esvaziamento completo de suas contas. "Sei que estou sem dinheiro, mas não vou me desesperar. Tem sempre coisa pior", declarou.

O caso ocorreu na semana passada, e, segundo ele, os criminosos conseguiram realizar empréstimos e transferir valores para outras contas, mesmo com o uso de sistemas de segurança como senha e reconhecimento facial.

Em vídeos publicados no Instagram, Gominho contou que foi orientado por seu gerente a registrar um boletim de ocorrência. "Cheguei no Rio, fui na delegacia, fiz o B.O. e agora é esperar o banco resolver", disse. Ele também informou que há a possibilidade de recuperar parte do dinheiro desviado.

Detalhes do golpe

O influenciador explicou que os criminosos fizeram empréstimos em seu nome e transferiram o valor total disponível para contas de terceiros. "Mandaram para uma tal de Emily, Vitória, uma tal de Tarsiane. Pegaram da minha conta física e mandaram para a jurídica", relatou.

Intrigado com a forma como as fraudes foram realizadas, Gominho afirmou que um policial levantou a hipótese de que os golpistas possam ter usado fotos suas para enganar o sistema de reconhecimento facial. "Esses bancos criam um bando de proteção, mas as proteções não funcionam", criticou.

Reação e desabafo nas redes

Apesar do prejuízo, Gominho afirmou que tem tentado manter a calma. O apresentador disse que recebeu várias mensagens de seguidores relatando situações parecidas e explicou o motivo de sua serenidade.

"Perdi duas amigas em menos de meses. Perdi a Preta [Gil] e, depois de um mês, uma grande amiga de infância. Sei que estou sem dinheiro, mas não vou me desesperar. Tem sempre coisa pior. Perder um amigo é pior. O dinheiro a gente corre atrás", declarou.

O influenciador também contou que está enfrentando uma suspeita de conjuntivite, o que o levou a cancelar compromissos profissionais. "Desde ontem à tarde começou a irritação. Eu tô numa... Tô ótima", brincou.

Após o golpe, Gominho revelou que ficou sem celular e tem se comunicado apenas por meio do Apple Watch. "Estou conversando com as pessoas pelo relógio, uso como celular. Fico com fone e respondo por SMS. Estou muito anos 2000", ironizou.

O ator David José Lessa Mattos Silva, que deu vida ao menino Pedrinho na primeira versão de O Sítio do Picapau Amarelo, exibido pela extinta TV Tupi nos anos 1950, morreu nesta segunda-feira, 6, aos 83 anos. A causa da morte foi uma doença pulmonar progressiva diagnosticada em 2017.

David José tinha 13 anos quando estreou na TV, interpretando o personagem criado por Monteiro Lobato. Já adulto, ele contracenou com nomes como o da atriz Irene Ravache em O Profeta, novela exibida em 1977 também pela TV Tupi; e de Fernanda Montenegro, no espetáculo teatral É, de 1979, baseado na obra de Millôr Fernandes.

Além de ator, David José era também jornalista, historiador, professor e escritor, autor do livro O Espetáculo da Cultura Paulista: Teatro e TV em São Paulo - 1941-1950. Como jornalista, atuou como diretor e apresentador nas TVs Bandeirantes e Gazeta. David José deixa esposa, Lígia Todescan Lessa Mattos, dois filhos e dois netos.