Oscar diverso

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Num ano difícil para o cinema e para o mundo, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas faz história com várias indicações inéditas e algumas surpresas. Pela primeira vez, duas mulheres concorrem ao Oscar de melhor direção no mesmo ano: Chloé Zhao por Nomadland e Emerald Fennell por Bela Vingança. Chinesa, Zhao também é a primeira mulher não branca a disputar a estatueta na categoria. As duas são apenas a sexta e a sétima mulheres a concorrer por direção, depois de Lina Wertmüller (Pasqualino Sete Belezas, em 1977), Jane Campion (O Piano, 1993), Sofia Coppola (Encontros e Desencontros, 2003), Kathryn Bigelow (Guerra ao Terror, 2009) e Greta Gerwig (Lady Bird, 2017). Bigelow é a única vencedora.

Chloé Zhao também é a primeira mulher a concorrer em quatro categorias no mesmo ano: filme, direção, edição e roteiro adaptado.

Outra surpresa da categoria melhor direção foi a indicação do dinamarquês Thomas Vinterberg por Druk - Mais uma Rodada, que também disputa o Oscar de filme internacional. Ele parece ter tomado o lugar de um suposto favorito, Aaron Sorkin, por Os 7 de Chicago. Lee Isaac Chung é o primeiro diretor de origem asiática nascido nos Estados Unidos a concorrer, por Minari - Em Busca da Felicidade. Completa a categoria David Fincher, em sua terceira disputa, por Mank.

No anúncio da manhã de ontem, o casal Priyanka Chopra Jonas e Nick Jonas revelou ainda que 9 entre os 20 indicados nas categorias de atuação são pessoas não brancas, um avanço e tanto em relação ao ano passado, quando houve apenas uma concorrente negra - Cynthia Erivo por Harriet. Steve Yeun é o primeiro americano de origem asiática a disputar o Oscar de melhor ator, por Minari. O inglês Riz Ahmed é o primeiro de origem paquistanesa e o primeiro muçulmano na categoria, por O Som do Silêncio. O favorito é Chadwick Boseman, o primeiro ator negro a concorrer postumamente, por A Voz Suprema do Blues. Dois veteranos completam a lista: Gary Oldman, por Mank, e Anthony Hopkins, por Meu Pai.

Na categoria melhor ator coadjuvante, a surpresa foi LaKeith Stanfield, que fez campanha como ator principal por Judas e o Messias Negro. Ele concorre à estatueta com seu companheiro de elenco Daniel Kaluuya, que parecia o favorito até aqui. A indicação dos dois como coadjuvantes levanta a questão de quem é o protagonista do longa. Leslie Odom Jr., de Uma Noite em Miami, é o terceiro ator negro na disputa - ele também foi indicado para o Oscar de melhor canção, por Speak Now. Os outros dois atores coadjuvantes na corrida são Paul Raci, por O Som do Silêncio, e Sacha Baron Cohen, por Os 7 de Chicago.

Viola Davis (A Voz Suprema do Blues) e Andra Day (Estados Unidos vs. Billie Holiday) são concorrentes ao lado de três atrizes brancas: as inglesas Vanessa Kirby (Pieces of a Woman) e Carey Mulligan (Bela Vingança), e a americana Frances McDormand (Nomadland).

Entre as coadjuvantes, a sul-coreana Yuh-Jung Youn (Minari) também entra para a história como a primeira de seu país indicada para a categoria, um feito que nem as atrizes de Parasita conseguiram no ano passado. Maria Bakalova (Borat 2: Fita de Cinema Seguinte) é a primeira atriz búlgara a concorrer. Completam a lista Glenn Close (Era uma Vez um Sonho), Olivia Colman (Meu Pai) e Amanda Seyfried (Mank). É a oitava indicação de Close, que nunca levou um Oscar e concorre ao Framboesa de Ouro pelo mesmo papel. Jodie Foster, que surpreendeu ao vencer o Globo de Ouro por The Mauritanian, ficou de fora.

Outro destaque é o romeno Collective, que concorre em duas categorias: melhor documentário e melhor filme internacional.

Neste ano, os indicados para o Oscar de melhor filme são apenas oito: Bela Vingança, de Emerald Fennell; Judas e o Messias Negro, de Shaka King; Mank, de David Fincher; Meu Pai, de Florian Zeller; Minari - Em Busca da Felicidade, de Lee Isaac Chung; Nomadland, de Chloé Zhao; O Som do Silêncio, de Darius Marder; e Os 7 de Chicago, de Aaron Sorkin. Como os cinemas ficaram fechados nos principais mercados americanos a maior parte do ano, apenas três dos oito concorrentes não foram lançados no streaming ou concomitantemente nas salas abertas e no streaming: Meu Pai, Minari e Bela Vingança.

Mank lidera em número de indicações, com dez. Curiosamente, o filme, que fala sobre o roteirista de Cidadão Kane e foi escrito por Jack Fincher, pai do diretor David Fincher, não concorre ao prêmio de roteiro original. Em seguida, com seis indicações cada um, aparecem Meu Pai, Judas e o Messias Negro, Minari, Nomadland, O Som do Silêncio e Os 7 de Chicago. Mas isso não significa que Mank seja o favorito.

Depois de dois anos (2015 e 2016) em que a hashtag #OscarsSoWhite dominou as conversas sobre a premiação, a Academia resolveu se mexer e diversificar seus membros, passando de 25% de mulheres em 2015 para 33% em 2020 e de 10% de não brancos em 2015 para 19% em 2020. É possível que as indicações deste ano sejam um reflexo disso - e também da produção mais diversificada. Mas também é capaz de ser apenas um ponto fora da curva de um ano para lá de atípico. Esperemos que não.

PRINCIPAIS INDICADOS

Filme

Meu Pai

Judas e o Messias Negro

Minari - Em Busca da Felicidade

Mank

Nomadland

Bela Vingança

O Som do Silêncio

Os 7 de Chicago

Atriz

Viola Davis, por A Voz Suprema do Blues

Andra Day, por Estados Unidos vs Billie Holiday

Vanessa Kirby, por Pieces of a Woman

Frances McDormand, por Nomadland

Carey Mulligan, por Bela Vingança

Ator

Riz Ahmed, por O Som do Silêncio

Chadwick Boseman, por A Voz Suprema do Blues

Anthony Hopkins, por Meu Pai

Gary Oldman, por Mank

Steven Yeun, por Minari - Em Busca da Felicidade

Direção

Chloé Zhao, por Nomadland

Lee Isaac Chung, por Minari - Em Busca da Felicidade

Emerald Fennell, por Bela Vingança

David Fincher, por Mank

Thomas Vinterberg, por Druk - Mais uma Rodada

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

O ator David Harbour passou pelo Brasil em novembro do ano passado, quando participou da conferência D23, da Disney, e falou ao Estadão sobre o que os fãs podiam esperar de Thunderbolts*, novo filme da Marvel que acaba de estrear nos cinemas brasileiros.

Contido e com medo de spoilers, o ator bateu na tecla de que o longa mudaria o rumo da Casa das Ideias - uma conversa que, no final das contas, acaba surgindo sempre em entrevistas com atores da Marvel. Mas, algo chamou a atenção: a devoção de Harbour a Florence Pugh.

Espontaneamente, o Jim Hopper de Stranger Things falou sobre a colega de elenco. Vale ressaltar que, até aquele momento, não estava claro quem seria o protagonista do filme.

"Acho que uma das coisas de que mais gosto em Thunderbolts* é que a Florence Pugh é a líder do filme. Acho que ela tem uma força e uma presença. É provavelmente a melhor atriz entre nós", afirmou Harbour, de maneira muito franca. "Fico feliz em ser ator coadjuvante para uma mulher como ela. É menos sobre diversidade e mais sobre capacidade".

Agora, com Thunderbolts* finalmente nas telonas, dá para notar duas coisas: Florence Pugh é realmente uma atriz extraordinária, elevando a qualidade do filme para outro patamar, e Harbour parece realmente uma pessoa feliz em ser a "escada" do elenco.

O papel de Guardião Vermelho

No novo longa-metragem da Marvel, ele interpreta novamente o Guardião Vermelho, herói da época da União Soviética e que também é o emocionado pai da personagem de Pugh. Aqui, ele passa a fazer parte desse time de anti-heróis ao lado de Yelena (Pugh), Soldado Invernal (Sebastian Stan), John Walker (Wyatt Russell) e Fantasma (Hannah John-Kamen).

Nessa equação toda, Harbour é o mais coadjuvante de todos. Pugh é a protagonista absoluta, Stan tem o peso de já fazer parte do universo há bons anos, Wyatt ganha pontos pelo arco dramático em Falcão e o Soldado Invernal e John-Kamen também sai um pouco à frente por já ter aparecido como vilã de Homem-Formiga e a Vespa. Já Harbour apareceu em Viúva Negra, mas nunca assumindo um posto de peso.

Ainda assim, Harbour é uma das almas de Thunderbolts* - e ajuda o filme a ser realmente bom, livrando um peso das costas da Disney. No novo filme, o norte-americano é o alívio cômico da coisa toda, interpretando esse russo exagerado e histriônico que tenta ter mais proximidade com a filha. Não há grande dramaticidade ou momentos importantes do astro.

"Não quero dar nenhum detalhe a mais. Acho que vocês deveriam ver o filme com uma mente aberta, sem expectativas, e então vão perceber que ele realmente se encaixa no universo, mas o leva para uma direção diferente, o que é divertido", explicou o ator ao Estadão, também em novembro, sem dar pistas exatas sobre seu papel de fato no filme.

Especialista em papéis secundários memoráveis

Harbour construiu uma carreira sólida aparecendo em papéis secundários que, invariavelmente, roubam a cena. Antes de seu grande momento como Jim Hopper, ele já havia demonstrado esse talento em obras como O Segredo de Brokeback Mountain (2005), onde interpretou um personagem pequeno mas marcante.

Na TV, Harbour apareceu em séries aclamadas como The Newsroom, onde interpretou Elliot Hirsch, e Manhattan, como Dr. Reed Akley. Em ambos os casos, mesmo sem ser o protagonista, conseguiu entregar performances que ficaram na memória dos espectadores.

Em Hellboy, de 2019, finalmente ganhou um papel protagonista, mas ironicamente não conseguiu o mesmo brilho que tem em papéis menores. Foi em Viúva Negra que ele realmente mostrou sua vocação para ser o complemento perfeito em grandes produções, roubando as cenas como o Guardião - mesmo dividindo tela com Scarlett Johansson.

"Eu acho que há algo no DNA de alguns atores que os torna especialmente bons em papéis de apoio. É preciso ter capacidade de criar algo memorável em pouco tempo", disse o ator em entrevista à Entertainment Weekly em 2023, questionado sobre ser coadjuvante. "Não é sobre quanto tempo você está na tela, mas o que você faz com esse tempo."

Vale lembrar que, recentemente, Harbour também deixou sua marca em filmes como Sem Remorso, ao lado de Michael B. Jordan, e em Agente Oculto, da Netflix - todos como coadjuvante. Neste ano, também está em um pequeno papel em Resgate Implacável, filme com Jason Statham - ele interpreta um colega da época do exército com problemas de visão.

"Acho que posso não ser a estrela principal em muitos projetos, mas sou aquela peça do quebra-cabeça que ajuda a dar forma ao todo", confessou o ator ao The Hollywood Reporter em uma entrevista de 2022. "E, honestamente, isso me agrada muito. Há uma liberdade criativa em papéis coadjuvantes que nem sempre se tem como protagonista."

Reconhecimento além das câmeras

Mesmo com esse destaque como coadjuvante, porém, Harbour se consagrou e fez seu nome. É querido, reconhecido e tietado. Ao Estadão, falou sobre essa relação com os fãs e a relação com a fama.

"Há dias bons e ruins. É bonito quando seu trabalho toca tanto as pessoas que elas sentem no coração e te amam por isso", reflete o ator, que provocou grande euforia ao aparecer em eventos recentes. Mas ele pondera: "Às vezes pode ser difícil, porque uma das coisas que eu realmente gosto é a sensação de anonimato. No fim, esse é um preço que estou disposto a pagar".

Sabrina Sato publicou um texto em homenagem ao marido, Nicolas Prattes, por conta de seu aniversário de 28 anos de idade, comemorado neste domingo, 4. A postagem foi feita junto a um vídeo com diversos momentos do casal em família.

"Viva você! Viva essa sua alma cheia de luz, propósito e uma vontade quase teimosa de viver tudo intensamente. Como eu admiro tudo isso. Estar ao seu lado é como estar num filme que mistura romance, comédia e aventura e você, claro, é o protagonista gato, forte, sensível, inteligente", escreveu.

Em seguida, Sabrina Sato prosseguiu: "Você me faz sair da minha realidade. Quando estou com você, esqueço dos problemas, das crises existenciais e que eu já tinha 16 anos e estava entrando na faculdade quando você nasceu. Porque você transforma tudo em leveza".

"Obrigada por compartilhar essa vida comigo. Você me faz viver algo único. Surreal. Quase um sonho. Só que com beijo bom, risada boba e amor de verdade. Te amo com tudo o que sou e com tudo o que você é e vem. Feliz aniversário, amor da minha vida."

Confira a publicação de Sabrina Sato em homenagem a Nicolas Prattes aqui.

O Dia do Star Wars - também conhecido como Star Wars Day - é comemorado pelos fãs da série neste domingo, 4 de maio. Em homenagem à data anual, um vídeo foi lançado.

Divulgado pelo canal oficial da franquia no YouTube, o material mostra trechos de personagens clássicos dos filmes originais, como Luke Skywalker, C3PO e Chewbacca, alguns da safra dos anos 2000, como Darth Maul, até os mais recentes, como o 'Baby Yoda'. Algumas frases marcantes de personagens também aparecem ao fundo.

Por que 4 de Maio é o Dia do Star Wars?

Para entender o motivo da escolha do Star Wars Day, é necessário observar que na versão original, em inglês, uma das frases mais marcantes do filme: "May the force be with you" ("Que a força esteja com você"). A pronúncia é muito semelhante à do dia 4 de maio, que é "May the fourth". Daí surgiu a referência, feita por fãs até hoje.

Assista aqui