Disparidade entre distritos se mantém, mostra mapa da desigualdade em SP

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Moradores de Moema, Butantã e Vila Mariana têm acesso mais fácil aos serviços de saúde, educação, transporte, habitação, saneamento e também maiores rendas. Na outra ponta, quem vive nos distritos do Capão Redondo, Tremembé e Brasilândia sofre com os menores índices de qualidade de vida da capital. A diferença de longevidade entre os distritos mais nobres e os mais periféricos ainda passa de 20 anos.

Esse cenário de disparidades da cidade de São Paulo é atualizado com o lançamento desta quinta-feira, 26, do Mapa da Desigualdade pela organização Rede Nossa São Paulo. O ranking dos 96 distritos foi elaborado com base na análise de 45 indicadores divididos em 11 áreas distintas: saúde, educação, segurança pública, direitos humanos, meio ambiente, mobilidade, trabalho e renda, habitação, cultura, infraestrutura digital e esporte. E consolida dados do poder municipal.

"A questão territorial é a grande marca da desigualdade na cidade mais rica do Brasil. Existe um centro expandido com uma estrutura com padrão bastante elevado. Mas existem distritos periféricos subdesenvolvidos", afirma Jorge Abrahão, coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo e do Instituto Cidades Sustentáveis.

O distrito de Moema lidera o ranking geral com 75,6 pontos de 96 possíveis. O bairro da zona sul obteve o melhor desempenho em oito indicadores, entre eles educação (esforço docente), habitação (domicílios em favelas), saúde (mortalidade materna) e segurança pública (feminicídio, homicídios e homicídios de jovens).

Na outra ponta do ranking está a Brasilândia, que aparece na última posição. O distrito da zona norte obteve desempenho abaixo da média da cidade em 28 indicadores, incluindo oferta de emprego formal, gravidez na adolescência, remuneração média mensal do emprego formal, pontos de entrega voluntária, acesso à internet móvel e domicílios em favelas.

Abrahão afirma que o estudo, realizado anualmente desde 2012, não identifica redução significativa da desigualdade nos últimos dez anos. "Não fomos capazes de fazer investimentos diferenciados e melhores acessos aos serviços para que essas diferenças fossem reduzidas", afirma.

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Brasil é o 14º país mais desigual do mundo. O grupo de 1% mais ricos recebe 30,8 vezes mais que os 50% mais pobres. A pandemia da covid-19 acentuou as desigualdades, piorando as condições de vida dos mais pobres, das mulheres e da população negra.

LONGEVIDADE

Um dado emblemático da desigualdade social na cidade de São Paulo é a diferença de idade média ao morrer entre os 96 distritos. No Alto de Pinheiros, distrito da zona oeste que lidera nesse indicador, a idade média ao morrer é 82 anos. Outros distritos mantêm índices na casa dos 80, como Pinheiros e Jardim Paulista (81), Perdizes (80), além de Itaim Bibi, Consolação, Vila Mariana, Butantã, Saúde, Moema, Lapa, Campo Belo (79).

Por outro lado, regiões mais vulneráveis, como Anhanguera, no extremo da zona oeste, a idade ao morrer cai para 58. Em distritos como Iguatemi, Sé e Cidade Tiradentes, a média é 60 anos. A média geral, considerando-se todos os 96 distritos, é de 70 anos.

A diferença da idade média ao morrer entre os distritos permanece a mesma nos últimos 20 anos aproximadamente. É um dado simbólico importante que não se alterou", afirma Jorge Abrahão. "Embora as idades médias tenham aumentado, separadamente, a diferença permanece a mesma."

SEGURANÇA

Os dados reafirmam as dificuldades enfrentadas por quem vive e mora na cidade. Na área da segurança pública, o distrito da Sé concentra os piores índices. A relação entre o total de óbitos por causas externas (homicídio e intervenção legal) a população residente gera um índice de 26,2 - essa média dos distritos é 5,28.

A região também apresenta os índices mais baixos na violência contra a mulher (881), dado que considera o coeficiente de vítimas de violência para cada dez mil residentes. O líder do ranking é a Vila Andrade (132). Questionada sobre os dados, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP) não se manifestou até as 20h de ontem.

GESTÃO MUNICIPAL

Procurada para comentar o estudo, a Prefeitura apresentou obras em diversas áreas e disse que investe em todas as regiões para entregar à população uma cidade cada vez mais democrática e justa. Em especial sobre a questão da idade ao morrer destacou que "foram entregues pela atual administração 22 novas UBSs, ampliadas de 3 para 34 o número de UPAs, além de modernizados os hospitais municipais".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Os filhos de Miguel Falabella, Theo e Cassiano, fizeram uma rara aparição pública na noite de segunda-feira, 18, durante o Festival de Gramado. Na ocasião, o longa Querido Mundo, dirigido pelo artista, estava sendo exibido na mostra de cinema.

Os jovens, de 30 e 28 anos, respectivamente, não costumam fazer aparições públicas ao lado do pai, mas abriram uma exceção para acompanhar a projeção do terceiro filme da carreira de diretor de Falabella.

Na trama, baseada em peça homônima escrita pelo artista, uma dona de casa (Malu Galli) fica presa nos escombros de um prédio abandonado com o seu vizinho (Eduardo Moscovis). Insatisfeitos com seus respectivos casamentos, os dois encontram a oportunidade perfeita para viverem algo inesquecível.

Apesar da longa carreira de Falabella no meio artístico, seus filhos seguiram caminhos opostos. Theo é formado em economia e Cassiano atua na área de desenho industrial.

Os dois são filhos biológicos de uma amiga do artista e viveram em um apartamento no Rio de Janeiro alugado por Falabella ao longo da juventude. A convivência com a mãe e os garotos ocorreu de forma harmônica e, após algum tempo, o artista adotou os meninos legalmente.

"E, de repente, vocês fizeram com que meu olhar se estendesse para além do rio em que eu navegava", escreveu Falabella em uma postagem no Instagram em 2022. "Que alegria vê-los trilhar seus caminhos, buscando sempre a minha mão, não mais por segurança, mas pelo amor que aprendemos juntos!", finalizou.

A BBC tirou de sua programação o documentário Ozzy Osbourne: Coming Home horas antes de o filme ir ao ar, na manhã desta segunda-feira, 18. Segundo a emissora britânica, a decisão de última hora respeita "o desejo da família". Por enquanto, não há uma nova data prevista de exibição.

"Nossos sentimentos estão com a família Osbourne neste momento difícil. Respeitamos o desejo da família de esperar um pouco mais antes de exibir este filme tão especial. A nova data [de transmissão] será confirmada em breve", disse a BBC em um comunicado.

Concebido inicialmente para ser uma série, o material virou um filme de uma hora sobre os três últimos anos de vida de Ozzy Osbourne.

A estreia do documentário na BBC One estava prevista para 18 de agosto, às 21h do horário local (17h no horário de Brasília), menos de um mês após a morte do ícone do heavy metal, que aconteceu em 22 de julho.

A ideia era mostrar a jornada do Príncipe das Trevas e de sua mulher e empresária, Sharon Osborne, na volta deles para o Reino Unido, além de todo o esforço físico do cantor em sua preparação para se apresentar no show de despedida do Black Sabbath, em Birmingham, que aconteceu apenas duas semanas antes de sua morte.

Outro filme previsto

Quatro dias antes da morte de Ozzy Osbourne, em 18 de julho, o perfil oficial do cantor, o de Sharon Osbourne e a Mercury Studios, empresa responsável pela captação do show de despedida do ícone do heavy metal, confirmaram que a apresentação vai virar um filme e será exibido nos cinemas em 2026.

Esse material, no entanto, não tem relação com o filme da BBC, que já estava sendo gravado três anos antes da morte de Ozzy.

Ozzy Osbourne morreu em 22 de julho em sua casa em Birmingham, mesma cidade onde nasceu o Black Sabbath e onde ele fez seu show de despedida duas semana antes.

O cantor tinha 76 anos e sofreu uma parada cardíaca em decorrência de sua doença arterial coronariana e Parkinson.

Gilberto Gil está se preparando para uma despedida memorável. Aos 83 anos, o cantor e compositor baiano levará sua turnê Tempo Rei para Buenos Aires, na Argentina, com um show marcado para o dia 31 de outubro na Movistar Arena. Os ingressos para a apresentação estarão disponíveis a partir desta quarta-feira, 20.

A passagem pela capital argentina faz parte da turnê que celebra os 60 anos de carreira de Gil e marca sua saída dos palcos. Reconhecido como um dos ícones da música popular brasileira, o artista reúne no espetáculo clássicos que atravessam gerações, mesclando inovação, poesia e engajamento social em sua obra.

Originalmente prevista para se encerrar neste ano, a turnê foi estendida até 2026. A decisão foi anunciada após a remarcação do show em Belém (PA), que agora acontecerá em 21 de março de 2026. A data anterior, 9 de agosto de 2025, foi reconsiderada por coincidir com um período sensível para a família Gil, próximo ao aniversário de Preta Gil, que morreu no dia 20 de julho.

Antes da despedida definitiva, Gil ainda se apresenta em diversas cidades brasileiras em 2025. Em setembro, ele passa por Porto Alegre (6/9); em outubro, por São Paulo (17 e 18/10) e Rio de Janeiro (25 e 26/10); e, em novembro, por Fortaleza (15 e 16/11) e Recife (22, 23 e 28/11). A capital baiana, Salvador, encerra a turnê em solo brasileiro no dia 20 de dezembro.

Além dos shows em terra firme, a turnê também inclui uma apresentação especial em alto-mar. O Navio Tempo Rei partirá do porto de Santos (SP) em 1º de dezembro e navegará até o dia 4, com um cruzeiro temático que reunirá Gilberto Gil e convidados.