Liberação de prédios mais altos na área do Instituto Butantan avança na Câmara de SP

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A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na noite desta quarta-feira, 25, em 1ª votação, projeto de lei que altera parte das regras para construção na área do Instituto Butantan, no distrito Butantã, zona oeste da capital. Na prática, a proposta aumenta o limite de altura máxima para novos prédios, que mudaria de 28 metros para 48 metros.

Foram 33 votos favoráveis - exatamente a quantidade necessária para aprovação -, além de outros 6 votos contra e mais 8 abstenções. A segunda e votação final deve ficar para o 2º semestre, como mostrou o Estadão.

Enviado aos vereadores pela Prefeitura, o projeto atende a uma demanda do instituto, que está com um plano de expansão, com cerca de R$ 1,2 bilhão previsto por meio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do BNDES. O Butantan defende que a mudança é necessária para a ampliação da produção de vacinas, como de HPV e dTpa (difteria, tétano e coqueluche).

A ampliação do complexo tem recebido críticas de parte dos moradores do entorno e de algumas associações, organizadas por meio do movimento SOS Instituto Butantan. Um dos pontos principais é que a expansão deve resultar na derrubada de mais de 6,6 mil árvores.

Líder de governo na Câmara, Fabio Riva (MDB) defendeu que a discussão ainda deve se aprofundar. "É a primeira votação. Depois, em agosto, nós vamos realizar no mínimo duas audiências públicas, ouvir a comunidade local", disse. "Votar favoravelmente é um gesto para a cidade, para as vacinas, para o instituto, que precisa ampliar suas capacidade de produção."

A vereadora Luna Zarattini (PT) se manifestou contra a proposta. "Não teve um diálogo para a gente poder aprovar esse projeto", disse.

Como mostrou o Estadão, a proposta havia sido discutida pelos vereadores em sessão na terça-feira, 24, mas não obteve quórum suficiente para votação. Por isso, a votação passou para esta quarta. Era necessária aprovação por 33 dos 55 vereadores.

O Instituto Butantan argumenta que construções mais verticais têm menor impacto em corte de árvores do que as de menor estatura - as quais exigiriam maior área construída horizontalmente. Também afirma que a expansão envolveria só o entorno do atual parque fabril, onde já há edificações.

"O Instituto Butantan mantém seu compromisso de restaurar a Mata Atlântica nativa e plantar novas mudas de árvores na área do instituto e no entorno", disse, em nota.

O projeto altera uma lei que entrou em vigor há seis meses, que cria um "zoneamento" específico para quadras do Jaguaré, da Vila Leopoldina e do Butantã, além de pequenos trechos de outros distritos no entorno do Rio Pinheiros. Trata-se do Plano de Intervenção Urbana (PIU) Arco Pinheiros, sancionado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) no fim de dezembro.

O que muda com o projeto? Qual a justificativa da Prefeitura?

A legislação paulistana prevê uma Zona de Ocupação Especial (ZOE) na área que contempla a Cidade Universitária, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e o Butantan. Esses locais têm permissão de novas construções de até 28 metros de altura.

O projeto de lei desmembra essa ZOE em três. No caso da Universidade de São Paulo (USP) e do IPT, as regras seguiriam as mesmas, enquanto a área do instituto passaria a permitir novos prédios com até 48 metros.

Nos três locais, seguirá o coeficiente de aproveitamento de 0,5. Isto é, será permitido ter uma área construída com até metade das dimensões do terreno - o que é mais restritivo do que o previsto na maioria da cidade.

Como as áreas são ZOE, por lei, deverão passar por um Plano de Intervenção Urbana (PIU) específico futuramente. Isso significa que será necessária a realização de estudos técnicos e atividades de participação popular até a definição de normas específicas para o território.

O projeto de lei foi enviado à Câmara com justificativa da gestão Nunes, na qual é apontado que foi enviado após pedido formal do Butantan. "Essa previsão (limite atual de 28 metros) se mostra incompatível com o atual projeto de expansão do Instituto", destacou.

Aponta, também, que a maior verticalização reduzirá o perímetro de construção e, consequentemente, a quantidade de árvores potencialmente removidas.

"A manutenção do gabarito atual causará a paralisação das obras de ampliação do parque produtivo, que se mostram essenciais à produção de vacinas, soros e medicamentos monoclonais, como as vacinas da dengue, chikungunya e HPV, dentre outras", acrescentou.

Além disso, o Butantan tem ressaltado que se trata de projeto de longo prazo, no decorrer de 20 anos, e que a mudança nos parâmetros construtivos obtiveram aval dos conselhos municipal e estadual de patrimônio cultural. Indica, ainda, que cerca de 60% das árvores que poderão ser suprimidas são de espécies invasoras.

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Os filhos de Miguel Falabella, Theo e Cassiano, fizeram uma rara aparição pública na noite de segunda-feira, 18, durante o Festival de Gramado. Na ocasião, o longa Querido Mundo, dirigido pelo artista, estava sendo exibido na mostra de cinema.

Os jovens, de 30 e 28 anos, respectivamente, não costumam fazer aparições públicas ao lado do pai, mas abriram uma exceção para acompanhar a projeção do terceiro filme da carreira de diretor de Falabella.

Na trama, baseada em peça homônima escrita pelo artista, uma dona de casa (Malu Galli) fica presa nos escombros de um prédio abandonado com o seu vizinho (Eduardo Moscovis). Insatisfeitos com seus respectivos casamentos, os dois encontram a oportunidade perfeita para viverem algo inesquecível.

Apesar da longa carreira de Falabella no meio artístico, seus filhos seguiram caminhos opostos. Theo é formado em economia e Cassiano atua na área de desenho industrial.

Os dois são filhos biológicos de uma amiga do artista e viveram em um apartamento no Rio de Janeiro alugado por Falabella ao longo da juventude. A convivência com a mãe e os garotos ocorreu de forma harmônica e, após algum tempo, o artista adotou os meninos legalmente.

"E, de repente, vocês fizeram com que meu olhar se estendesse para além do rio em que eu navegava", escreveu Falabella em uma postagem no Instagram em 2022. "Que alegria vê-los trilhar seus caminhos, buscando sempre a minha mão, não mais por segurança, mas pelo amor que aprendemos juntos!", finalizou.

A BBC tirou de sua programação o documentário Ozzy Osbourne: Coming Home horas antes de o filme ir ao ar, na manhã desta segunda-feira, 18. Segundo a emissora britânica, a decisão de última hora respeita "o desejo da família". Por enquanto, não há uma nova data prevista de exibição.

"Nossos sentimentos estão com a família Osbourne neste momento difícil. Respeitamos o desejo da família de esperar um pouco mais antes de exibir este filme tão especial. A nova data [de transmissão] será confirmada em breve", disse a BBC em um comunicado.

Concebido inicialmente para ser uma série, o material virou um filme de uma hora sobre os três últimos anos de vida de Ozzy Osbourne.

A estreia do documentário na BBC One estava prevista para 18 de agosto, às 21h do horário local (17h no horário de Brasília), menos de um mês após a morte do ícone do heavy metal, que aconteceu em 22 de julho.

A ideia era mostrar a jornada do Príncipe das Trevas e de sua mulher e empresária, Sharon Osborne, na volta deles para o Reino Unido, além de todo o esforço físico do cantor em sua preparação para se apresentar no show de despedida do Black Sabbath, em Birmingham, que aconteceu apenas duas semanas antes de sua morte.

Outro filme previsto

Quatro dias antes da morte de Ozzy Osbourne, em 18 de julho, o perfil oficial do cantor, o de Sharon Osbourne e a Mercury Studios, empresa responsável pela captação do show de despedida do ícone do heavy metal, confirmaram que a apresentação vai virar um filme e será exibido nos cinemas em 2026.

Esse material, no entanto, não tem relação com o filme da BBC, que já estava sendo gravado três anos antes da morte de Ozzy.

Ozzy Osbourne morreu em 22 de julho em sua casa em Birmingham, mesma cidade onde nasceu o Black Sabbath e onde ele fez seu show de despedida duas semana antes.

O cantor tinha 76 anos e sofreu uma parada cardíaca em decorrência de sua doença arterial coronariana e Parkinson.

Gilberto Gil está se preparando para uma despedida memorável. Aos 83 anos, o cantor e compositor baiano levará sua turnê Tempo Rei para Buenos Aires, na Argentina, com um show marcado para o dia 31 de outubro na Movistar Arena. Os ingressos para a apresentação estarão disponíveis a partir desta quarta-feira, 20.

A passagem pela capital argentina faz parte da turnê que celebra os 60 anos de carreira de Gil e marca sua saída dos palcos. Reconhecido como um dos ícones da música popular brasileira, o artista reúne no espetáculo clássicos que atravessam gerações, mesclando inovação, poesia e engajamento social em sua obra.

Originalmente prevista para se encerrar neste ano, a turnê foi estendida até 2026. A decisão foi anunciada após a remarcação do show em Belém (PA), que agora acontecerá em 21 de março de 2026. A data anterior, 9 de agosto de 2025, foi reconsiderada por coincidir com um período sensível para a família Gil, próximo ao aniversário de Preta Gil, que morreu no dia 20 de julho.

Antes da despedida definitiva, Gil ainda se apresenta em diversas cidades brasileiras em 2025. Em setembro, ele passa por Porto Alegre (6/9); em outubro, por São Paulo (17 e 18/10) e Rio de Janeiro (25 e 26/10); e, em novembro, por Fortaleza (15 e 16/11) e Recife (22, 23 e 28/11). A capital baiana, Salvador, encerra a turnê em solo brasileiro no dia 20 de dezembro.

Além dos shows em terra firme, a turnê também inclui uma apresentação especial em alto-mar. O Navio Tempo Rei partirá do porto de Santos (SP) em 1º de dezembro e navegará até o dia 4, com um cruzeiro temático que reunirá Gilberto Gil e convidados.