Mortes de policiais militares em serviço cresce 133% em SP entre 2022 e 2024, diz pesquisa

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Mais policiais têm morrido em serviço, segundo pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, encomendada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância das Nações Unidas (Unicef) divulgada nesta quinta-feira, 3. Os dados coletados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) e do Ministério Público mostram aumento de 133% nos óbitos desde 2022.

Conforme o relatório, foram 14 PMs mortos em serviço em 2024, ante seis em 2022. Houve aumento também na letalidade por agentes de segurança (leia mais abaixo). Para os pesquisadores, o enfraquecimento do programa das câmeras corporais nas fardas é um dos fatores que contribuem para esse cenário.

Em nota, a SSP, da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirma que "as instituições policiais mantêm programas robustos de treinamento e formação profissional, além de comissões especializadas na mitigação de riscos". Também diz que "ampliou em 18,5% o número de câmeras corporais".

A recorrência de confrontos e a letalidade policial maior, dizem especialistas, não necessariamente leva ao combate mais eficaz ao crime organizado. Esse cenário pode resultar, na verdade, em risco maior para comunidades dominadas por facções e para os próprios PMs, que encontram bandidos mais dispostos a atirar durante ações policiais nas comunidades.

Impactos do discurso

Durante a campanha política para governador, Tarcísio e seu atual secretário de segurança, Guilherme Derrite, questionaram a eficiência das câmeras em fardas sob o argumento de que poderiam inibir o trabalho das tropas e não ajudariam a reduzir a violência policial.

Depois de eleito, o governador mudou o discurso e disse que manteria o programa, mas com troca da tecnologia, acabando com a gravação ininterrupta e passando a permitir que o próprio policial militar ou equipe remota ativasse e desativasse a câmera. Esses novos equipamentos, até o momento, não foram implementados, mas já estão em testes, conforme a SSP.

De acordo com a gestão estadual, essa tecnologia conta "com novas funcionalidades, como leitura de placas, comunicação bilateral e acionamento remoto, que será ativado assim que a equipe for despachada para uma ocorrência".

"Além disso, todo policial em patrulhamento deverá acionar a câmera sempre que se deparar com uma situação de interesse da segurança pública. O uso dos equipamentos segue regras rígidas, e qualquer agente que descumpri-las estará sujeito às sanções cabíveis", afirma a pasta de segurança pública.

Para Samira Bueno, diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, "o discurso político e institucional deslegitima essa ferramenta". "Os policiais não estão utilizando; não existem sanções aos que não utilizam. No em momento que abolir a gravação ininterrupta, não vai ter mesmo nenhuma evidência", diz.

Segundo a especialista, quando o agente tem a preocupação de seguir o protocolo, porque está usando a câmera, ele se protege mais. "Ele mata a menos e ele morre menos", afirma.

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou em dezembro de 2024 que a PM de São Paulo utilize as câmeras em grandes operações e incursões em favelas com gravação ininterrupta. O governo recorreu da decisão e conseguiu um prazo maior para detalhar a proposta. Em fevereiro deste ano, a PM se reuniu com o ministro para apresentar o funcionamento dos novos equipamentos. Ainda não há uma decisão definitiva por parte do STF.

Além da flexibilização das câmeras, o relatório produzido pelo Fórum mostra que, entre 2022 e 2024, houve redução em medidas de controle de força policial. Isso, conforme os pesquisadores, também impacta da conduta dos agentes, os colocando em maior risco.

O número de Conselhos de Disciplina - responsáveis por julgar praças que cometeram infrações ou crimes - caiu 46% em 2024 e os processos administrativos disciplinares, em 12,1%. A quantidade de sindicâncias e Inquéritos Policiais Militares (IPMs) atingiu o menor patamar dos últimos oito anos.

Desde junho de 2024, a Corregedoria da Polícia Militar também passou a depender de autorização do Subcomandante-Geral da PM para afastar policiais envolvidos em casos de atentado às instituições, ao Estado ou aos direitos humanos, impactando na agilidade das decisões.

"Isso causa uma demora, porque enquanto o subcomandante não se manifesta - e ele tem vários compromissos, não só esse, para cumprir - o policial está normalmente atuando nas ruas", disse Leonardo Carvalho, pesquisador do Fórum, no fim do ano passado ao Estadão. "Burocratiza um mecanismo que funcionava como freio para eventuais casos de uso abusivo da força."

Aumento na morte de crianças e adolescentes

A pesquisa aponta aumento de 120% nas mortes de crianças e adolescentes por intervenção policial em dois anos, passando de 35 em 2022 para 77 em 2024. Considerando todas as crianças e os adolescentes vítimas de mortes violentas no ano passado um a cada três foi morto por policiais.

- No recorde de crianças entre 10 e 14 anos, o Estado passou de uma morte em 2022, para quatro em 2024;

- Já na faixa 15 aos 19 anos, os registros passaram de 34 para 73.

As crianças e os adolescentes negros são 3,7 vezes mais vítimas do que os brancos. Enquanto a taxa de letalidade na faixa etária até 19 anos foi de 1,22 para cada 100 mil negros, entre os brancos da mesma idade o índice ficou em 0,33.

"Esse cenário reforça a necessidade urgente de investirmos em políticas públicas de segurança que protejam, de fato, a vida de meninos e meninas, e que garantam prioridade na investigação e responsabilização dos culpados", afirma Adriana Alvarenga, chefe do escritório do Unicef em São Paulo.

O total de mortes causadas por policiais militares em serviço, sem considerar faixa etária ou cor, caiu de 716 casos em 2019 para 256 em 2022, após a implementação das câmeras corporais e outras políticas de controle da força pelo Estado. No ano passado, porém, foram 649 mortes provocadas por policiais em serviço, aumento de 153,5% ante 2022.

A morte decorrente de intervenção policial considera apenas casos de resistência a abordagem policial durante um flagrante, legítima defesa do policial e/ou quando é provocada para cessar agressão injusta, ou seja, se o suspeito estava colocando em risco a vida de outra pessoa.

Em outra categoria

Solteira desde o final de maio e agora oficialmente divorciada de Zé Felipe, Virginia Fonseca estaria se aproximando de Vini Jr., camisa 10 da seleção brasileira e jogador do Real Madrid. Ao menos é o que especulam os fãs da influenciadora que a acompanham diariamente nos stories do Instagram, onde ela posta sua rotina.

Os boatos começaram depois que Virginia se despediu dos seguidores às 21h do último sábado, 19, dizendo que já iria dormir. No dia seguinte, domingo, 20, o comportamento da influenciadora em uma live de sua empresa de cosméticos, a WePink, levou fãs a especularem que ela estava de ressaca. A data coincidiu com a festa de aniversário de 25 anos de Vini Jr., que aconteceu no Rio de Janeiro.

Coincidências

A suposta ressaca de Virginia foi o suficiente para os fãs conectarem alguns pontos. Ela e o jogador já estavam trocando curtidas nas redes sociais. No fim de semana da festa de Vini Jr., Virginia estava em sua mansão de Mangaratiba, no Rio de Janeiro, próximo ao local onde aconteceu o aniversário do jogador.

Outra coincidência notada pelos fãs mais atentos é que Vini Jr. pediu para que os convidados da festa usassem roupas pretas, e Virginia embarcou em seu jatinho para São Paulo no domingo vestindo preto, acompanhada da amiga Duda Freire, que também vestia roupa preta. O jogador teria proibido celulares na festa.

Indiretas

Zé Felipe, ex-marido de Virginia, foi o primeiro a soltar uma suposta indireta sobre a situação. O cantor, que é nascido e vive em Goiânia, postou uma foto no Rio de Janeiro vestindo uma blusa com o número 10 nas costas e a seguinte legenda: "Em Goiânia tem o 10", uma suposta referência ao número da camisa do jogador da seleção brasileira.

Já Virginia não se pronunciou oficialmente sobre ter ido ou não à festa de Vini Jr., mas postou uma mensagem enigmática em seus stories na terça-feira, 22, após a onda de boatos. "Faça de mim, senhor, uma pessoa sábia para que eu saiba enfrentar qualquer situação por mais difícil que ela seja", dizia o texto.

'Falha' da mãe

Já Margareth Serrão, mãe de Virginia e que estava junto com a filha em Mangaratiba, curtiu - sem querer, segundo ela -, um post que sugeria a indireta do seu ex-genro ao jogador de futebol. Após a repercussão entre os fãs da influenciadora, a assessoria de Margareth soltou um comunicado. "Ela curtiu o post sem querer e não ia fazer isso nunca", dizia o texto.

Virginia voltou para Mangaratiba depois de passar o domingo em São Paulo. Ela ficou até terça-feira na mansão no Rio acompanhada da mãe, dos três filhos, de amigos e da irmã e cunhada de Zé Felipe, que estão mais próximas da influenciadora depois da separação do casal.

Francisco Gil, de 30 anos, relatou a conversa que teve com Gilberto Gil após a morte de Preta, sua mãe. Gil confortou o neto - único filho da cantora: "Que agora venham os 50 bilhões de anos." No ano passado, Preta lançou uma autobiografia intitulada Os primeiros 50.

Em suas redes sociais, Francisco completou a frase do avô: "Estenda-se infinito, mãezinha. A gente que é de axé sabe que a morte não é um fim".

Preta Gil morreu aos 50 anos no último domingo, 20, nos Estados Unidos, em decorrência de um câncer que tratava desde 2023.

O filho da cantora também reviveu seus últimos momentos na postagem: "Na nossa última noite juntos, você dormia e eu acompanhava cada respiração sua. Você segurava minha mão com força… e eu sem entender de onde você estava tirando aquela força. Já faz muito tempo que venho tentando entender de onde vem essa sua força toda... e agora entendo."

"Ter o seu amor foi um impacto grande pra qualquer um e eu nunca me incomodei de dividir ele com ninguém, porque foi você quem me ensinou que o amor não se limita", escreveu também.

Gominho compartilhou, nesta terça-feira, 22, imagens da mansão onde viveu com a amiga Preta Gil, que morreu no domingo, 20, aos 50 anos. A residência está localizada no bairro do Joá, na zona oeste do Rio de Janeiro, e possui vista privilegiada para o Cristo Redentor.

A propriedade foi lar da cantora por vários anos, antes de ela ir para os Estados Unidos em busca de um novo tratamento contra o câncer. Nas imagens publicadas, é possível ver detalhes da vista e da área externa da casa, marcada por natureza abundante e ampla iluminação natural.

No story, Gominho escreveu: "Foi intensa, mas deliciosa nossa morada por aqui!! Obrigado por me abrigar para além do seu coração."

Após a morte da cantora, o apresentador revelou que está procurando um novo local para viver. Em meio ao luto, ele também mencionou a dificuldade de encontrar um imóvel acessível na capital fluminense.

"Tá brabo de achar alguma coisa boa e em conta no RJ pra alugar! Senhor, que cidade cara! […] Marquei visita quinta num apartamento no centro! Veremos…", publicou no X (antigo Twitter).