Quem era a policial que morreu atropelada por jovem embriagado na Linha Amarela

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A policial militar que morreu atropelada por um motorista embriagado na Linha Amarela, nesta segunda-feira, no Rio, trabalhou dez anos como acolhedora de policiais feridos ou mortos em serviço. Era ela quem fazia a abordagem e informava as famílias de PMs sobre mortes em ação. Ultimamente, Carla Cristiane Teixeira Bon, de 39 anos, trabalhava na Coordenadoria de Polícia Pacificadora.

Na madrugada da segunda-feira, 17, ela dava apoio a agentes do Batalhão de Policiamento de Vias Expressas (BPVE) quando foi atropelada por um carro. Ela estava do lado de fora da viatura policial, na altura do bairro Castilho, na zona norte do Rio, quando foi atingida pelo veículo desgovernado. O carro era dirigido pelo militar do Exército Kayky Moisés Esposito Santos, de 21 anos, que, segundo a polícia, estava embriagado. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do militar.

Ainda de acordo com a polícia, ele foi preso e está sob responsabilidade da Polícia do Exército. Em nota, o Exército informou que um procedimento administrativo investigatório vai apurar as circunstâncias do acidente.

Carla estava na PM desde 2012 e, até 2022, atuou na comissão de acolhimento da Polícia Militar. Entre as suas funções estava a de procurar a família de policiais mortos em serviço e dar a informação aos familiares. Ela também oferecia suporte emocional às famílias. No caso de policiais feridos, fazia o encaminhamento e acompanhava o tratamento.

Carla deixou dois filhos. O corpo será sepultado às 15 horas, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na zona oeste do Rio. A Secretaria de Estado da Polícia Militar lamentou a morte da sargento em seus perfis oficiais no Instagram e no Facebook. Colegas de farda se manifestaram em redes sociais. "Vai em paz, guerreira, e que Deus conforte toda sua família"; e "Que Deus receba essa heroína e dê paz aos corações dos filhos, amigos e parentes".

O acidente que matou Carla deixou ferido outro policial militar que estava com ela. Ele foi socorrido pela concessionária que administra a via e levado para o Hospital Central da Polícia Militar. Já o motorista que dirigia o carro, também ferido, foi levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. A viatura e o veículo ficaram destruídos.

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O surfista Pedro Scooby revelou nessa quinta-feira, 30, detalhes sobre suas finanças pessoais e como sua esposa, a modelo Cintia Dicker, lhe ajudou em um momento delicado durante a pandemia. Em entrevista ao podcast do Alt Tabet, do humorista Antonio Tabet, o esportista relembrou que, no começo da pandemia de covid-19, optou por se mudar para Portugal para viver perto da namorada. Os dois estavam juntos há poucos meses.

Com as praias fechadas e o surfe mundial paralisado, a situação de Scooby não era das melhores. A modelo, então, decidiu ajudar o namorado. "Como ela ganhou a vida inteira em dólar, doía bem menos nela do que em mim. Ela foi a pessoa mais de boa do mundo, falou: 'Cara, ganho em dólar, deixa comigo'", afirmou o surfista.

"Teve uns meses que eu estava fazendo conta para caramba, e ela bancou, foi a pessoa mais parceira do mundo. Ela é, até hoje, a minha parceira. Me comprou na baixíssima", disse Scooby rindo. Os dois estão juntos desde 2019 e têm uma filha de dois anos, Aurora.

O surfista também falou sobre os comentários negativos que costuma ouvir sobre um suposto interesse maldoso da esposa. "Quando comecei a namorar ela, falavam que ela só estava comigo por interesse. Quando começamos a namorar, ela tinha muito mais dinheiro que eu. Se bobear, ainda tem."

Com uma carreira sólida no mercado de moda internacional, Cintia Dicker atua como modelo desde os 16 anos e está acostumada a fazer desfiles para grandes marcas. "Quando vi ela pela primeira vez, achei que fosse gringa, porque estava em um banner na Times Square do tamanho de um prédio, de uma marca de lingerie", brincou Scooby.

A modelo Paris Jackson, filha do cantor Michael Jackson, explicou o motivo pelo qual estava chorando sozinha nas ruas de Malibu, na Califórnia, no dia 23 de julho. Segundo a atriz, ela estava triste por conta do fim do seu noivado com o produtor musical Justin Long.

As imagens foram divulgadas pelo jornal britânico Daily Mail, que questionava o motivo da tristeza de Paris. Na reportagem, a publicação relembrou o aniversário da morte de Michael Jackson, dia 25 de junho, e levantou a hipótese de que o choro estava relacionado ao luto.

Nessa quinta-feira, 31, Paris usou o X, o antigo Twitter, para responder ao Daily Mail. "Eram lágrimas de um término. Vocês exageraram mais uma vez", comentou na postagem do jornal inglês. Nos comentários da publicação, dezenas de internautas criticaram a atitude do veículo. "Ela é um ser humano, cara. Vocês nunca choraram enquanto caminhavam sozinhos? Tentar transformar isso em uma matéria é cruel." "Caramba, as pessoas não podem mais chorar sozinhas", escreveu outra usuária. "Nem tudo é sobre o Michael Jackson", pontuou outra pessoa.

O relacionamento de Paris Jackson e Justin Long começou em 2022 e, em 2024, eles noivaram. Com o comentário na postagem do Daily Mail, a modelo acabou confirmando o fim do relacionamento. O motivo do término, no entanto, não foi revelado.

A mesa 8 da Flip 2025 não foi uma "mesa de poesia feminina", como aquelas que, há poucas décadas, separavam as poetas da conversa principal. Mas foi uma mesa sobre poesia, e de poesia feita por mulheres. A conversa entre Alice Ruiz, Claudia Roquette-Pinto e Marília Garcia, mediada por Fernando Luna, na manhã desta sexta-feira, 1º, falou sobre as convergências e divergências de três gerações de poetas e gerou diversos momentos aplaudidos pela plateia.

"É uma magia um espaço desse lotado de pessoas interessadas em poesia de mulheres às 10h da manhã de uma sexta", celebrou Alice em sua primeira fala. Logo, foi perguntada sobre a emoção de estar na Flip, a Festa Literária Internacional de Paraty, no ano em que o homenageado é o poeta Paulo Leminski, que foi seu companheiro e com quem teve os filhos, Miguel Ângelo Leminski, Aurea Alice Leminski e Estrela Ruiz Leminski.

"Normalmente para a mulher se pergunta da emoção, mesmo quando é trabalho. Se eu não tivesse colocado a emoção de lado, não teria conseguido trabalhar", respondeu Alice. Mais à frente na mesa, voltou à questão: "Espero não ter sido indelicada na primeira questão. É porque isso é o inferno da minha geração." Mas, de fato, Alice disse, é uma felicidade grande ver o reconhecimento da obra de Leminski, pelo qual ela e as filhas tanto trabalharam. "Essa coisa de estar vivo é por momentos como esse", disse.

Em seguida, Alice, Claudia e Marília contaram como conheceram a poesia uma da outra. "Nunca vi uma Flip com tantas poetas. Isso a gente se deve a essas pioneiras", disse a Claudia, falando da geração de Alice. "Os rapazes que me desculpem, mas em termos de quantidade e qualidade acho que já estamos na frente", completou Alice um pouco depois.

Um dos temas de convergência foi o erotismo, presente principalmente nas obras de Claudia e Alice. A veterana comentou que uma de suas grandes influências foi Clarice Lispector (1920-1977), mas também citou Gilca Machada (1893-1980), e disse que a presença do erotismo nas obras da poeta a impressionaram. Na época, ela atraiu críticas de homens do cenário cultural e literário. "Mulher escrever sobre erotismo, para mim, é político", afirmou Alice.

Marília comentou que acredita que a poesia vai sendo construída em conjunto, a partir de quem está produzindo naquele período, mas que agora vê uma pluralidade muito maior de vozes, diferente da época da Claudia. Depois, a colega lembrou que "escutou atrocidades" nos anos 1990, quando começou a publicar. "Mostrei um poema e um colega e ele me disse: 'você escreve igual a um homem'", lembrou. Foi nesse momento que ela lembrou como eram comuns as 'mesas de poesia feminina". "É muito diferente disso aqui, agora", afirmou.

A mesa ainda foi marcada pela leitura de poemas, todas muito aplaudidas pelo público, que lotou o Auditório da Matriz. "Eu tinha quase um compromisso em não falar de sofrimento. Mas, se eu falasse, queria apresentar uma saída", disse Alice, antes de ler um trecho de Milagrimas, que compôs com Itamar Assumpção. Quando encerrou o último verso, "a cada mil lágrimas sai um milagre", foi ovacionada de pé pela plateia.