Nunes diz que não pretende mudar plano de enchente após chuva provocar caos e morte em SP

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), defendeu nesta segunda-feira, 27, o plano contra alagamentos de sua gestão e disse que não pretende mudar suas ações para prevenir a cidade dos efeitos das tempestades. De acordo com ele, a enchente da última sexta-feira, 24, "teria sido uma tragédia" se a Prefeitura não tivesse feito as obras de drenagem que já fez.

Nunes participou nesta manhã da inauguração da estação Varginha, da Linha 9-Esmeralda, na zona sul de São Paulo. Ele foi questionado sobre os estragos provocados pela chuva nos últimos dias. Vídeos que mostram o Beco do Batman, na Vila Madalena, completamente tomado pela água em poucos minutos, viralizaram nas redes sociais.

"Foi um volume de chuva muito grande", alegou. Foram 120 milímetros, quase metade para todo o mês de janeiro.

O temporal de sexta provocou alagamento de estações de trem, metrô e avenidas. Na zona norte, o teto de um shopping desabou. No último sábado, 25, o artista plástico Rodolpho Tamanini Netto, de 73 anos, também foi encontrado sem vida dentro da própria casa, na Rua Belmiro Braga, em Pinheiros, bairro da zona oeste de São Paulo. Informações da Secretaria de Segurança Pública indicam que a residência foi invadida por uma enxurrada provocada pelos temporais da última sexta.

A entrada da água teria sido facilitada após um carro, arrastado pela enxurrada, se chocar e quebrar o portão da casa de Tamanini. Um amigo do artista revelou ao Estadão que a vítima tinha acabado de instalar uma porta antienchente porque sofria de forma recorrente com as inundações neste período de fortes temporais.

Durante a entrevista, Nunes admitiu os problemas de drenagem da Vila Madalena, que sofre com alagamentos há décadas, e defendeu a retomada de um projeto de construção de piscinão para a região. Especialistas ouvidos pelo Estadão em abril de 2024, entretanto, já apontavam que os reservatórios de retenção de água não são as melhores estratégias para resolver o problema.

O método ajuda a reduzir enchentes, mas não funciona como único meio contra alagamentos, sobretudo diante das mudanças causadas pelo aquecimento global. A Prefeitura mantém esse tipo de construção como principal medida de drenagem.

"As obras da prefeitura têm dado o resultado esperado, ainda mais se a gente considerar o que está acontecendo com as mudanças climáticas, com um volume de chuva muito alto, em um espaço de tempo muito curto", afirmou o prefeito. "Obviamente ainda tem muita coisa para fazer, mas a gente já avançou bastante."

De acordo com Nunes, o Município investiu 7,6 bilhões em obras de drenagem - em especial canalizações de rios e construção de piscinões com projeção de capacidade para 100 anos - e contenção de encostas para evitar enchentes e deslizamentos nos últimos quatro anos, período do seu primeiro mandato. Ele afirmou que, neste momento, estão em obras oito novos piscinões na cidade, entre eles o do Rio Verde, na zona leste da cidade, que deve atender à principal demanda de drenagem da cidade hoje.

Além da canalização de rios, construção de piscinões e obras de contenção de encostas, o prefeito citou a construção de jardins de chuva, mas em volume muito menos expressivo: hoje, são 300 em toda a cidade de São Paulo, conforme Nunes.

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A cantora Preta Gil, que morreu aos 50 anos, no último domingo, 20, terá um velório aberto ao público no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A cerimônia será na sexta-feira, 25 de julho, das 9h às 13h, segundo informações divulgadas pela família da artista na noite desta terça-feira, 22.

"Velório de Preta Maria Gadelha Gil Moreira, sexta-feira, 25 de julho, das 9h às 13h: cerimônia aberta ao público no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Celebraremos sua vida, arte e legado", diz a imagem de divulgação da cerimônia.

Mais cedo, Flora Gil, madrasta de Preta e esposa de Gilberto Gil, informou em suas redes sociais que o corpo de Preta segue sem previsão para repatriação. A família ainda resolve trâmites burocráticos para liberar o corpo para o Brasil.

"Informamos que, neste momento, ainda não há previsão para a repatriação do corpo de Preta Gil ao Brasil. Ela será velada na cidade do Rio de Janeiro, onde sua família, amigos e o público poderão prestar suas últimas homenagens", escreveu.

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgou, nesta terça-feira, 22, a lista dos cinco finalistas de cada categoria do Prêmio Jabuti Acadêmico. Em sua segunda edição, a premiação reconhece obras brasileiras de excelência das áreas científicas, técnicas e profissionais.

Os vencedores serão revelados em uma cerimônia no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, em 5 de agosto. Cada vencedor será premiado com R$ 5 mil e uma estatueta. Segundo a CBL, foram 2.004 inscrições neste ano - em 2024, foram 1.953. No dia 14 de julho, a organização já havia divulgado a lista de semifinalistas.

O prêmio é dividido em dois eixos: Ciência e Cultura e Prêmios Especiais. Neste ano, a principal novidade é a categoria de Tradução, que avalia livros em tradução inédita de qualquer idioma para o português e publicados em nova edição no Brasil. Ela faz parte do eixo Prêmios Especiais.

Entre os finalistas da premiação, está o economista e colunista do Estadão Pedro Fernando Nery, na categoria Economia, pela obra Extremos: Um Mapa Para Entender as Desigualdades no Brasil (Zahar).

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes concorre na categoria Direito com o livro Democracia e Redes Sociais: O Desafio de Combater o Populismo Digital Extremista (Atlas).

Livro Acadêmico Clássico e Personalidade Acadêmica

A CBL também anunciou que a obra Metodologia do Trabalho Científico (Cortez Editora), do professor e filósofo Antônio Joaquim Severino, foi escolhida como o Livro Acadêmico Clássico do Prêmio Jabuti Acadêmico 2025. A escolha foi feita com base em uma consulta pública realizada no primeiro semestre.

O livro, que completa 50 anos em 2025 e já está em sua 24ª edição, é "uma ferramenta eficiente para o trabalho docente" e "apresenta elementos conceituais e diretrizes para a compreensão e aplicação das atividades lógicas e técnicas relacionadas à prática científica", conforme comunicado divulgado à imprensa.

Já o sociólogo José de Souza Martins, autor de mais de 30 obras e professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP), já havia sido anunciado como a Personalidade Acadêmica homenageada pela premiação, "em reconhecimento ao conjunto de sua obra e à sua expressiva contribuição para a compreensão dos fenômenos sociais contemporâneos."

Douglas Souza Arruda, o Dodô Batera, um dos fundadores do grupo Karametade, morreu nesta terça-feira, 22, aos 52 anos. O músico fazia parte da primeira formação do grupo de pagode, desde 1993.

De acordo com o jornal A Tribuna, o músico tinha um melanoma na nuca e passou por várias cirurgias para controlar o tumor, mas o câncer voltou mais agressivo e o vitimou.

O velório e o enterro acontecerão em Santos, no litoral de São Paulo, nesta terça, 22, e quarta, 23.

Vavá, vocalista do Karametade, lamentou a morte do parceiro musical. "Saiba que sua história nunca será apagada meu irmão, um cara alegre, de sorriso fácil, simpático e uma pessoa incrível, que agora mora lá no céu. Até um dia meu irmão, seu legado nunca se apagará", escreveu o cantor.

Dodô participou da gravação de todos os álbuns de estúdio do Karametade, de 1997 a 2005. A música Morango do Nordeste foi o maior hit do grupo de pagode que estourou nos anos 90.