PCC usou ONG para fazer denúncias falsas de abusos no sistema prisional

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O Ministério Público e a Polícia Civil de São Paulo investigam a ONG Pacto Social & Carcerário S.P - Associação de Familiares e Amigos de Reclusos, de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, por suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo a investigação, a ONG vinha sendo usada para atender a interesses da facção por meio de "ações diretamente manietadas".

O Estadão busca contato com representantes da ONG e pediu posicionamento da organização por meio de seus canais, o que ainda não havia ocorrido até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

Uma operação foi deflagrada nesta terça-feira, 14, para prender preventivamente 12 suspeitos, incluindo o presidente e o vice da ONG, além de três advogados. Também são cumpridos 14 mandados de busca em endereços ligados aos investigados.

A Justiça de São Paulo mandou suspender as atividades da ONG e retirar do ar suas redes sociais até a conclusão do inquérito.

A Polícia e a Promotoria acreditam estar diante de uma nova ala do PCC, que chamaram de "Setor das Reivindicações", criado para manipular discursos políticos a favor dos interesses da facção.

"A investigação demonstrou que a facção invadiu a sociedade civil organizada e vem, agora, se apropriando de discursos politizados para fazer valer os seus interesses espúrios, tudo em detrimento da sociedade e das instituições constituídas", dizem os investigadores.

Em seu site, a ONG Pacto Social & Carcerário S.P - Associação de Familiares e Amigos de Reclusos se apresenta como uma entidade voltada para ações judiciais e extrajudiciais "em favor dos associados, quando estiverem sofrendo ou na iminência de sofrer abuso de autoridade, arbitrariedade, ilegalidade, abuso de poder e afins por parte do poder público" e para "fiscalizar e exigir o cumprimento integral da Lei de Execuções Penais, Constituição Federal e tratados internacionais de Direitos Humanos".

A investigação da Operação Scream Fake (falso grito, em inglês) começou há três anos, quando uma mulher tentou entrar na Penitenciária II de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, com cartões de memória e manuscritos escondidos na roupa. O material foi apreendido.

Segundo os investigadores, a ONG vinha sendo usada para "promover ações judiciais ilegítimas, manifestações populares desvirtuadas e denúncias infundadas" contra agentes públicos para "desestabilizar o sistema de justiça criminal e colocar a opinião pública contra o poder estatal".

"Revelou-se que a organização criminosa, ainda fazendo uso da atuação dessa ONG, também orquestra de maneira contemporânea ataques a agentes públicos, que deveriam ser praticados no contexto de represálias e acompanhadas de falsas acusações/divulgações de abusos por parte de agentes estatais, um servindo de justificativa ao outro. De um lado integrantes da facção atentariam contra os funcionários públicos, de outro, a ONG dissemina bravatas vazias relacionadas ao sistema penitenciário", afirmam o MP e a Polícia Civil.

A operação conjunta foi deflagrada pela Central de Polícia Judiciária de Presidente Venceslau pelo Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Presidente Prudente.

Consultas médicas

Ao longo da investigação, as autoridades também descobriram que médicos e dentistas vinham sendo cooptados para fazer atendimentos particulares e exclusivos a detentos faccionados e custodiados na Penitenciária II de Presidente Venceslau e no Centro de Readaptação Penitenciária (unidade em que vigora o Regime Disciplinar Diferenciado, mais rígido).

As consultas beneficiariam chefões do PCC, em uma espécie de "plano de saúde do crime organizado", um plano "bastante seletivo", de acordo com autoridades envolvidas no inquérito, que daria direito a procedimentos variados, inclusive intervenções estéticas e cirúrgicas.

Em outra categoria

Samara Felippo usou suas redes sociais para revelar que teve uma publicação banida do Instagram na segunda-feira, 28. A atriz explicou que a justificativa da plataforma foi "nudez infantil".

A atriz negou expor suas filhas, Alícia, de 16 anos, e Lara, de 12 anos, de maneira inapropriada. Ela compartilhou o aviso que recebeu da rede social.

"Homens sendo misóginos, assediando, discursos de ódio, vocês não excluem e nem bloqueiam", afirmou a atriz.

A publicação que foi removida contava com inúmeras fotos dela com seu parceiro e suas filhas, e ela negou que houvesse qualquer foto das crianças com roupas de banho.

Além de ter sua publicação banida, Samara também está sendo impedida de fazer transmissões ao vivo.

Os seguidores apoiaram a atriz e afirmaram que o motivo da exclusão da publicação pode ter sido uma denúncia feita por outro perfil na rede social.

O rapper Sean "Diddy" Combs, de 55 anos, apresentou uma nova petição à Justiça norte-americana na tentativa de aguardar em liberdade a sentença pela qual foi condenado por crimes ligados ao transporte com fins de prostituição. Segundo a revista People, a defesa do artista ofereceu 50 milhões de dólares (cerca de R$ 278 milhões) como fiança e se comprometeu a entregar seu passaporte às autoridades.

O pedido foi protocolado nesta segunda-feira, 28, pouco mais de um mês após o juiz Arun Subramanian negar a primeira solicitação, feita em 2 de julho. Na ocasião, o magistrado argumentou que o histórico de violência doméstica do cantor representava risco à segurança pública.

Alegações da defesa

No novo documento entregue ao tribunal, os advogados afirmam que Diddy foi "provocado" por uma ex-namorada, identificada apenas como Jane, em um dos episódios de violência citados no processo. Os representantes do artista admitem a agressão, ocorrida em junho deste ano, mas alegam que ela teria iniciado o confronto físico.

Além disso, a defesa argumenta que as relações com Jane e com a ex-parceira Casandra "Cassie" Ventura eram consensuais e envolviam práticas do estilo "swing", portanto, não configurariam coerção ou tráfico.

Para garantir a liberdade provisória, o rapper se comprometeu a usar sua mansão em Miami como garantia, limitar seus deslocamentos aos distritos sul da Flórida e de Nova York, e manter contato apenas com seus advogados.

Entenda os vereditos

Sean Combs foi condenado em dois dos cinco crimes dos quais era acusado. Veja o desfecho de cada acusação:

Conspiração para extorsão (envolvendo práticas criminosas em sua empresa):

Inocentado (pena poderia chegar à prisão perpétua)

Tráfico sexual por meio de força, fraude ou coerção - Cassie Ventura:

Inocentado (pena poderia chegar a 15 anos ou prisão perpétua)

Transporte com fins de prostituição - Cassie Ventura:

Condenado (pena pode chegar a 10 anos de prisão)

Tráfico sexual por meio de força, fraude ou coerção - Jane:

Inocentado (pena poderia chegar à prisão perpétua)

Transporte com fins de prostituição - Jane:

Condenado (pena pode chegar a 10 anos de prisão)

A sentença definitiva está marcada para 3 de outubro e pode envolver até 20 anos de prisão, somando as penas máximas das duas condenações.

Jude Paulla, amiga que acompanhou de perto todo o tratamento de Preta Gil contra o câncer e esteve com ela até os últimos momentos de vida, em Nova York, compartilhou na segunda-feira, 28, um momento íntimo ao lado de Gilberto Gil e Flora Gil, pai e madrasta da cantora. "Uma tarde lembrando, relembrando, rindo, chorando, falando dela.." Preta Gil morreu no último dia 20 de julho, aos 50 anos.

As imagens foram postadas horas antes da missa de sétimo dia de Preta Gil, que aconteceu na noite de segunda-feira, 28, na na Paróquia Santa Mônica, no Rio de Janeiro, e reuniu família e amigos.

A DJ e influenciadora digital fazia parte do ciclo mais íntimo de amigos de Preta Gil. Em maio, ela deixou o Brasil para dar suporte à amiga, ficando com ela entre Nova York e Washington DC e compartilhando os momentos de carinho nas redes sociais desde então. Jude Paulla também revelou detalhes sobre os últimos dias da cantora, fazendo das memórias parte do seu processo de luto.

Questionada nos comentários sobre Drão [Sandra Gadelha, a mãe de Preta Gil], Jude esclareceu que "ela está bem na medida do possível" e falou que a mãe de Preta Gil sempre foi mais discreta. "Drão não é de aparecer muito! Hoje fiquei com ela a tarde toda, conversamos muito, lembrando de Pretinha e etc. Elá tá bem amparada", respondeu Jude.

Gil, Flora e Sandra Gadelha no velório

Gilberto Gil, Flora Gil e Sandra Gadelha, a Drão, chegaram ao velório de Preta Gil juntos e entraram de braços dados na cerimônia de despedida momentos depois do fechamento ao público. A cantora foi velada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro na última sexta-feira, 25.