O Campeonato Brasileiro de 2025 não tem se destacado apenas pela disputa acirrada dentro de campo. Fora dele, o torneio vem sendo marcado por uma verdadeira “dança das cadeiras” entre os treinadores. Até o momento, 16 técnicos já foram demitidos, evidenciando a instabilidade que domina o comando das equipes da Série A.
Entre os nomes mais conhecidos, chamam a atenção as saídas de Cuca (Atlético-MG), Mano Menezes (Fluminense), Fábio Carille (Vitória e Vasco) e Renato Paiva (Botafogo). A lista é extensa e atinge tanto clubes em luta contra o rebaixamento quanto equipes que almejam vagas em competições continentais, mostrando que a pressão por resultados imediatos tem sido determinante nas decisões das diretorias.
Clubes tradicionais na lista
Grandes clubes do país, como São Paulo, Corinthians, Grêmio, Fluminense e Santos, também trocaram de comando. O Santos, inclusive, aparece duas vezes na lista: primeiro com a saída de Cléber Xavier e, depois, com a demissão de Pedro Caixinha, reflexo de uma temporada marcada por oscilações e pressão da torcida.
O mesmo ocorre no Juventude, que viu dois treinadores — Cláudio Tencati e Fábio Matias — perderem espaço em meio a resultados abaixo do esperado. Essa repetição dentro de um mesmo clube mostra como, muitas vezes, a troca rápida de comando não resolve problemas estruturais mais profundos.
Reflexo da cultura de urgência
O alto número de mudanças no Brasileirão 2025 expõe uma característica recorrente no futebol brasileiro: a cultura da urgência, em que a paciência com projetos de médio e longo prazo é cada vez menor. Um empate fora de casa ou uma sequência curta de derrotas já são suficientes para acender o alerta e pressionar pela saída de técnicos.
Essa prática, no entanto, levanta debates sobre seus efeitos práticos. Especialistas do futebol apontam que a rotatividade excessiva pode prejudicar a formação de identidade tática das equipes, além de comprometer o desenvolvimento de jovens atletas e o planejamento financeiro dos clubes.
Perspectivas
Com a temporada ainda em andamento, é possível que a lista de demissões aumente, principalmente em clubes que lutam contra a queda para a Série B. A cada rodada, novos resultados podem desencadear mudanças, mantendo a estatística de 2025 como uma das mais turbulentas no que diz respeito à permanência de treinadores no comando das equipes.
Brasileirão 2025 registra onda de demissões no comando técnico
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