O desemprego no Brasil registrou uma queda no segundo trimestre de 2025, atingindo 5,8% da população economicamente ativa, de acordo com dados do IBGE. Apesar da melhora no índice geral, que mostra um mercado de trabalho em recuperação, o levantamento revela desigualdades marcantes entre regiões, níveis de escolaridade, gênero e cor.
Desafios persistentes
Cerca de 1,3 milhão de pessoas estão em busca de trabalho há pelo menos dois anos, evidenciando a dificuldade de reinserção de parte da população no mercado formal. O Maranhão lidera o índice de informalidade, com 56,2% dos trabalhadores sem carteira assinada ou proteção previdenciária. Já o rendimento médio real habitual avançou para R$ 3.477, refletindo tímida melhora no poder de compra.
Desigualdade regional
A taxa de desemprego permanece mais elevada em estados do Nordeste e no Distrito Federal. Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e o DF (8,7%) concentram os maiores índices de desocupação. Em contrapartida, estados do Sul e Centro-Oeste exibem melhores resultados, com destaque para Santa Catarina (2,2%), Mato Grosso (2,3%) e Rondônia (2,8%).
Diferenças por escolaridade e cor
O nível de instrução continua sendo um fator determinante para a empregabilidade. Quem possui ensino superior completo apresenta a menor taxa de desocupação (3,2%), contra 9,4% entre aqueles com apenas o ensino médio incompleto.
O recorte por cor também aponta desigualdades: enquanto a taxa de desemprego entre brancos é de 4,8%, entre pardos sobe para 6,4% e entre pretos chega a 7%.
Mulheres ainda mais afetadas
A taxa de desocupação entre as mulheres alcançou 6,9%, bem acima da média nacional, reforçando a persistente desigualdade de gênero no mercado de trabalho brasileiro.
Desemprego no Brasil cai para 5,8% no 2º trimestre, mas desigualdades persistem
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