IGP-DI registra queda de 1,80% em junho e acumula deflação no ano

Economia
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O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) apresentou retração de 1,80% no mês de junho, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre). No acumulado de 12 meses, a taxa ainda é positiva, com alta de 3,83%, mas no ano de 2025 o índice já acumula deflação de 1,76%, refletindo a pressão de queda dos preços no atacado.

Entre os componentes do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve a maior influência no resultado, com recuo de 2,72% em junho — mais acentuado do que a queda de 1,38% registrada em maio. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação ao consumidor final, teve alta de 0,16% no mês, ligeiramente abaixo do 0,34% do mês anterior. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, registrou avanço de 0,69%, mantendo a tendência de alta do setor.

O movimento do IGP-DI reflete o impacto da redução nos preços agrícolas e industriais no atacado, além da desaceleração em algumas categorias do varejo, em um cenário de demanda ainda moderada e ajustes no câmbio. Economistas avaliam que a deflação acumulada em 2025 contribui para reduzir as expectativas inflacionárias, mas reforçam que a inflação ao consumidor segue positiva.

O IGP-DI é amplamente utilizado para reajuste de contratos de aluguel, tarifas públicas e negociações no mercado financeiro. O resultado de junho indica que, ao menos no curto prazo, a pressão de preços sobre os consumidores tende a ser limitada, o que pode abrir espaço para ajustes na política monetária.