'Vovó ninja': filme com Glória Pires tem ares de 'meu pé de laranja lima' e 'coleção vaga-lume'

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O título Vovó Ninja causa um certo estranhamento. Um desavisado pode achar que é um filme B dos anos 1970 ou, ainda, um personagem dos Trapalhões, que já trouxeram ao mundo o fantasma Simião e o guerreiro Didi e a ninja Lili. Mas não. O filme é a nova aposta de Bruno Barreto, cineasta que volta às origens em um longa com cara de Sessão da Tarde.

Dicas do streaming: filmes incríveis da sua infância para ver com seus filhos

Estreia desta quinta-feira, 5, o longa-metragem parece uma mistura de Meu Pé de Laranja Lima com a Coleção Vaga-lume. No centro da história, três netos que precisam passar as férias na casa da avó (Glória Pires). É uma fazenda afastada, considerada amaldiçoada por crianças vizinhas, e que vai tirar as crianças da cidade da zona de conforto que estão.

"Este não é o meu primeiro filme com essa temática. Meu primeiro filme, Tati, a Garota, contava a história de uma mãe solteira e sua filha de 6 anos que se mudam do subúrbio do Rio de Janeiro para Copacabana", contextualiza Bruno ao Estadão. "Há simetria entre as histórias, abordando tanto a perspectiva adulta quanto a infantil, sem compartimentalizar".

Depois de Tati, a Garota, aliás, Bruno transitou bastante entre seus objetivos de carreira - comandou longas como Dona Flor e Seus Dois Maridos, O Beijo no Asfalto, O Que é Isso, Companheiro e, mais recentemente, obras como Crô: O Filme e Férias Trocadas. "Escolho os meus novos projetos pelos personagens. Preciso me afeiçoar a eles", explica o diretor. "A história a gente muda, mexe, melhora. Personagem é um só. Precisa ser bom sempre."

Filme para ver em família

Em Vovó Ninja, por mais que o protagonismo seja de Glória Pires como essa avó, parece que o carinho do roteiro está todo depositado nas crianças. Vemos o mundo a partir dos olhos dos três - que, após uma tentativa de assalto na fazenda, pensam que a vó é ninja.

"Acredito que as crianças trazem uma autenticidade única para as cenas", continua Bruno. "Como diz Fernanda Montenegro, a criança sempre revela o truque do ator. Por exemplo, a Luiza Salles, que faz o papel da irmã do meio neste filme, nunca tinha atuado antes, nunca tinha pisado em um set de filmagem, mas sua naturalidade era impressionante. Amo isso."

Glória, enquanto isso, encara tudo com a mesma naturalidade. Ela entra em compasso com os pequenos, acompanhando essa deixa para colocar artifícios de lado. Ela diz, ao Estadão, que estar com crianças a inspira, assim como atuar em um filme dessa temática.

"O filme aborda a importância de relacionamentos familiares, de estarmos atentos aos detalhes que mantêm as conexões vivas", diz. Vai além: ao abraçar um clima mais leve, se aproxima de um tipo de história que foi deixada de lado nos últimos anos, para a família.

"Acho que a importância está em reunir as pessoas em torno de um assunto comum. Antigamente, as famílias se reuniam para ouvir rádio, depois para assistir televisão na sala. Hoje, com a internet, isso se perdeu. Ir ao cinema é um ritual que ajuda a resgatar essa união. Mesmo que seja para discordar sobre algo, o importante é estar juntos", diz Glória que, pela primeira vez, atua ao lado de Cléo, que interpreta também sua filha no longa.

Aliás, perguntada se gostou de interpretar uma avó, Glória, que deu a entrevista ao lado da filha, não pensou duas vezes na resposta. "Foi uma delícia. Fiquei encantada com a proposta, porque eu quero ser avó, né? Eu não sou avó ainda, mas quero muito ser", diz. Cléo sacou na hora a deixa e as duas caíram na gargalhada. "Nem dá para dizer que isso foi indireta. Foi diretíssima", disse a filha. O teste para isso, com o filme, pelo menos já aconteceu e Glória parece feliz com o resultado: "No final, só queria ser avó".

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A Administração Federal de Aviação dos EUA aprovou nesta terça-feira, 6, a proposta da SpaceX, de Elon Musk, de aumentar os lançamentos orbitais da Starship/Super Heavy de cinco para 25 por ano em Boca Chica, no Texas. Também foram analisados os pousos adicionais do veículo Starship e do foguete de propulsão Super Heavy no local.

A agência disse que a alteração da licença para dar suporte ao aumento de atividade "não impactaria significativamente a qualidade do ambiente humano" de acordo com a Lei de Política Ambiental Nacional.

A Polícia Federal em Minas prendeu nesta terça-feira, 6, três investigados da Operação Egrégora sob suspeita de desvios de R$ 11,5 milhões dos cofres do INSS por meio da 'criação' de idosos fantasmas para recebimento de benefícios assistenciais destinados a pessoas de baixa renda.

Os agentes federais também fizeram buscas em oito endereços de Belo Horizonte, Contagem e Betim.

O INSS está sob investigação da Operação Sem Desconto, missão integrada da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União que descortinou um rombo de R$ 6,3 bilhões contra milhares de aposentados em todo o País. O escândalo levou à queda do presidente da autarquia, Alessandro Stefanutto, e do ministro Carlos Lupi (Previdência).

A Operação Egrégora derrubou um grupo que criava pessoas fictícias, falsificando certidões de nascimento, documentos de identidade e comprovantes de residência para fraudar o INSS.

A maioria das fraudes envolvia benefícios assistenciais para idosos de baixa renda. Dez idosos se passaram por 40 pessoas fictícias. Os fraudadores receberam valores indevidos por quase 20 anos.

A Operação Egrégora mobilizou agentes da PF e da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP) do Ministério da Previdência Social.

Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal da Justiça Federal de BH. Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato qualificado e associação criminosa.

A PF estima que, além do prejuízo de R$ 11,5 milhões causado à União, a Operação Egrégora evitou um prejuízo adicional superior a R$ 5,2 milhões aos cofres públicos.

Um vídeo que mostra um robô humanoide agindo de forma agressiva contra engenheiros em uma fábrica na China viralizou nas redes sociais nos últimos dias. As imagens registram o momento em que o equipamento, um Unitree H1, entra em colapso durante uma fase de testes e começa a se mover violentamente, atingindo os profissionais e derrubando equipamentos.

A gravação, publicada originalmente na rede social X no domingo, 4, mostra o robô pendurado em um guindaste de construção. Dois engenheiros observam suas funções quando o modelo começa a agitar braços e pernas de forma descontrolada, atingindo um dos homens e provocando a queda de um monitor.

Segundo a Unitree Robotics, fabricante do modelo, o episódio foi causado por uma falha de programação e não representa uma ação intencional do robô. A empresa classificou o acontecido como um acidente durante testes.

O caso reacendeu o debate sobre a segurança de robôs humanoides em ambientes de trabalho. Embora falhas em códigos sejam comuns, especialistas destacam a importância de protocolos mais rígidos na fase de testes e no uso comercial desses equipamentos.

Nas redes sociais, internautas compararam o robô ao "Exterminador do Futuro" e especularam, sem fundamento, uma revolta das máquinas, hipótese descartada por profissionais da área. A Unitree ainda não divulgou o local exato ou a data do ocorrido.

O que o robô é capaz de fazer?

O Unitree H1 é um robô humanoide de 1,80 metro e cerca de 70 quilos. Equipado com motores de alto torque, é capaz de caminhar e correr em terrenos irregulares, com velocidade que pode ultrapassar os 5 metros por segundo, um recorde entre robôs de seu porte.

Com sensores como LiDAR 3D e câmeras de profundidade, o H1 tem visão 360° e pode subir escadas, evitar obstáculos e interagir de forma autônoma com o ambiente. Ele foi projetado para executar tarefas variadas, como manutenção industrial, apoio em saúde, atividades de entretenimento e pesquisa.

Também é capaz de realizar movimentos complexos, como dançar, pular e manter o equilíbrio após empurrões. Sua bateria de 864Wh é removível, permitindo longos períodos de operação contínua.

Graças ao design modular, o robô serve como plataforma de pesquisa em robótica e inteligência artificial (IA), sendo usado por instituições acadêmicas e centros de inovação ao redor do mundo.

Confira o vídeo aqui