'Homem com Mil Filhos': conheça a história do doador de esperma que virou doc na Netflix

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O Homem com Mil Filhos, minissérie documental que chega nesta quarta, 3, na Netflix, assusta com o título. Mas acredite: a história do holandês Jonathan Jacob Meijer é hiperbólica mesmo. Ao longo de mais de 15 anos, ele foi doador de esperma e, segundo ele, ajudou famílias a realizar sonhos.

Contudo, o que a produção revela é o drama de pais e mães que acreditaram na palavra de Meijer e descobriram que o doador responsável pelo nascimento dos seus filhos doou também para outras centenas de casais. Pior: estima-se que ele passou mais de 50 mil horas em clínicas de fertilização, e não só no seu país de origem. Meijer teria feito doações na Austrália, Dinamarca, Alemanha, Hungria, México, Polônia, Romênia, Sérvia, Suécia, Suíça, Ucrânia e Estados Unidos.

Resultado: o próprio Meijer não sabe ao certo quantas crianças nasceram das suas doações - até porque alguns dos bancos de esperma que usou fora da Holanda não são obrigados a revelar se houve nascimentos a partir das suas amostras. Contudo, ele admitiu no tribunal, no ano passado, que foi responsável por ao menos 550 crianças.

Ainda que possa não ter os mil filhos sugeridos pelo título do documentário, 500 já seria um número chocante. De acordo com o jornal The Independent, isso significaria que em 100 anos ele teria 15 mil descendentes andando por aí.

E essa é a grande preocupação dos pais enganados por Meijer. "[Nossos filhos] não podem nunca só sair ou transar com alguém, eles sempre terão que tomar cuidado e, mesmo assim, o parceiro pode não saber que é filho de um doador", afirmou Natalie, uma das vítimas, à publicação.

Foi esse receio quanto ao risco de incesto que motivou a ação civil contra Meijer em 2023, mas este não foi o primeiro caso contra ele. Em 2017, ele foi proibido de fazer novas doações na Holanda após ser constatado que ele era o pai de 102 crianças, oriundas de doações feitas a 11 clínicas no país.

'Enganoso'

Com a nova notoriedade do caso após o lançamento da produção, Meijer veio a público declarar que a minissérie é "enganosa". À BBC Radio 4, ele disse: "acho que a Netflix fez um ótimo trabalho selecionando cinco famílias [que estão infelizes] das 225 famílias que eu ajudei, e elas definitivamente contariam outra história".

A produtora-executiva do documentário, Natalie Hill, rebateu as críticas. "Passei os últimos quatro anos falando com as famílias impactadas pelas mentiras do Jonathan. Eu pessoalmente conversei com 45 ou 50 famílias", disse, lembrando que 50 famílias também deram declarações de impacto sobre o comportamento de Meijer e pediram para que o juiz da ação de 2023 o impedisse de continuar.

Ainda não existem leis internacionais regulando doações de esperma, e Meijer não é o único, digamos, entusiasta da prática. A minissérie revela que existem outros homens que viajam o mundo fazendo doações, sem qualquer restrição.

Com três episódios, O Homem com Mil Filhos já está disponível na Netflix.

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Após a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça terem informado que impediram um possível ataque a bomba durante o show de Lady Gaga na praia de Copacabana, no sábado, 3, a equipe da cantora se manifestou, afirmando que só tomaram conhecimento do potencial problema de segurança por meio da mídia, já neste domingo, 4.

Em declaração à agência AP, um porta-voz de Lady Gaga informou que tanto a cantora quanto a sua equipe "tomaram conhecimento dessa suposta ameaça através de informações da imprensa nesta manhã."

"Antes e durante o espetáculo, não houve preocupações de segurança conhecidas, nenhuma comunicação por parte da polícia ou das autoridades a Lady Gaga sobre possíveis riscos", continuou.

O porta-voz ainda destacou que a equipe de Lady Gaga "trabalhou com as forças de ordem durante o planejamento e execução do show e todas as partes confiavam nas medidas de segurança implementadas".

Operação Fake Monster

A operação que investigou o possível ataque a bomba foi batizada de Fake Monster, já que os fãs da cantora são apelidados de little monsters, ou monstrinhos. De acordo com a Polícia, os envolvidos no plano de ataque recrutavam participantes, inclusive adolescentes, virtualmente.

O objetivo era promover ataques coordenados com uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov. Os criminosos tratavam o plano como um "desafio coletivo" e buscavam ganhar notoriedade nas redes sociais, segundo a PCERJ. O grupo disseminava discurso de ódio contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.

A Polícia Civil de São Paulo chegou a cumprir quatro mandados de busca e apreensão no âmbito da operação, incluindo a localização de um adolescente de 16 anos na cidade de São Vicente, no litoral paulista, que reconheceu ser autos de algumas das mensagens de ódio publicadas na internet.

O adolescente foi localizado no bairro Vila Jockey Clube. Os policiais apreenderam com ele um computador, um celular, um HD externo, um cartão de memória e um videogame. Ele foi liberado na presença do pai dele.

O show de Lady Gaga em Copacabana

A apresentação da cantora no Rio de Janeiro foi considerada a maior de sua carreira, diante de uma plateia de 2,1 milhões de pessoas (estimativa da prefeitura, polícia e organização), e teve repercussão internacional.

No palco, cantou a maior parte de seus sucessos e trocou de roupa inúmeras vezes, como numa performance teatral dinâmica. Também fez diversos pedidos de desculpas e declarações de amor ao público brasileiro. (Com informações da agência AP)

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o julgamento que discute a adoção do modelo de escolas cívico-militares em São Paulo. Ele pediu vista na última sexta-feira, 2. A Corte julgava se mantinha, ou não, uma decisão do ministro Gilmar Mendes que liberou a implementação do programa.

A decisão de Gilmar atendeu a um pedido do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele cassou uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que havia suspendido a lei que instituiu o modelo de escola cívico-militar no Estado. O programa é uma das prioridades de Tarcísio na sua gestão.

Ao avaliar o caso, Gilmar considerou que o TJ-SP invadiu a competência do STF ao suspender o modelo porque a lei que instituiu as escolas cívico-militares também é alvo de ações no Supremo. Por isso, o ministro entendeu que a ação em tramitação na Justiça estadual deveria aguardar julgamento pelo Supremo.

O TJ-SP havia acolhido uma ação da Apeoesp, maior sindicato de professores da rede estadual. A entidade alega que questões relativas a essa modalidade de ensino são de competência federal. A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), porém, defende a prerrogativa de o Estado criar o programa.

De acordo com o governo de São Paulo, 300 escolas mostraram interesse pela adoção do modelo cívico-militar em consulta pública. A adesão das escolas ao programa é voluntária. A previsão inicial de implementação era para 2026, mas em fevereiro a Secretaria Estadual da Educação anunciou 100 escolas que devem adotar o modelo a partir do segundo semestre deste ano.

A polícia japonesa prendeu neste sábado, 3, um homem suspeito de ser responsável pelo incêndio que matou a pesquisadora brasileira Amanda Borges da Silva, de 30 anos. O corpo dela foi encontrado com marcas de queimaduras, dentro de um apartamento próximo ao Aeroporto Internacional de Narita, em Tóquio, na quinta-feira, 1.

De acordo com informações da NHK, mídia estatal do Japão, o suspeito se chama Abaseriya Patabadige Pathum Udayanga. Ele tem 31 anos, é do Sri Lanka e está desempregado. Ainda segundo a NHK, ele morava no apartamento de dois andares no bairro de Hon-Sarizuka.

Udayanga é suspeito de incêndio criminoso, pois saiu do apartamento sem apagar o fogo. De acordo com a NHK, o incêndio teria começado no quarto e se espalhou para as paredes e o teto do apartamento.

Ele foi interrogado pela polícia e admitiu as acusações. Udayanga afirmou que estava em tanto pânico que não conseguiu apagar as chamas.

A polícia japonesa ainda investiga as circunstâncias do ocorrido e qual o relacionamento de Udayanga com Amanda.

Nascida em Caldazinha, em Goiás, Amanda Borges da Silva era formada em Letras e tinha acabado de concluir o mestrado na área de Linguística.

Ela estava a passeio pela Ásia e foi ao Japão em abril para a acompanhar o Grande Prêmio de Suzuka, de Fórmula 1, realizado no dia 6. Também teria visitado parentes do namorado, na Coréia do Sul.

Um amigo da brasileira contou ao Estadão que ela parou de responder mensagens cerca de duas horas antes do voo dela de volta ao País.