Show de Roberto Carlos no Pacaembu é cancelado pela Prefeitura; entenda

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A apresentação do Roberto Carlos marcada para a noite sexta-feira, 19, dia em que o cantor completa 83 anos, foi cancelada pela Prefeitura de São Paulo. A decisão oficial foi comunicada por volta das 16h30. O show marcaria a inauguração do Mercado Pago Hall, centro de eventos que fica dentro da Arena Pacaembu, no segundo subsolo. A casa será administrada pela Allegra Pacaembu, concessionária que detém a exploração do local por 35 anos, ainda não cancelou oficialmente o show nem informou o público sobre o reembolso dos ingressos. Quem comprou o ingresso, aliás, recebeu um e-mail por volta de 18h38 dizendo que a apresentação estava confirmada.

De acordo com a nota enviada à imprensa, o motivo foi a falta de segurança no local.

Leia trecho da nota

"Após vistoria e análise de documentação nesta sexta-feira (19) que apontou uma série de irregularidades que colocam a segurança do público em risco, a Prefeitura não autorizou a realização do show do cantor Roberto Carlos, programado para esta noite, na Arena Pacaembu.

A decisão foi tomada após a comprovação de falta de itens indispensáveis para a segurança durante vistoria conjunta dos Bombeiros e Contru, órgão municipal que atesta justamente a segurança de edificações. Representantes da empresa responsável pela concessão do Pacaembu também acompanharam os testes em que foi constatado não haver condições para a realização do evento.

Há irregularidades como falta de saídas de emergência obstruídas e não concluídas; sinalização de rotas de fuga inexistente; escadas pressurizadas inoperantes; portas das saídas de emergência sem barras antipânico; sistema de detecção de incêndio inoperante. No laudo, o Corpo de Bombeiros afirma ainda que nem "sequer foi apresentado Projeto Técnico para Ocupação Temporária em Edificação Permanente (PTOTEP), contendo as devidas medidas de segurança contra incêndio, destarte em total desconformidade com o contido no artigo 27 do Regulamento de Segurança contra Incêndio das Edificações e Áreas de Risco no Estado de São Paulo".

Parte dessa nota havia sido publicada pela Prefeitura de São Paulo publicou em seu site, confirmando que a apresentação seria cancelada. No entanto, em seguida, o texto foi retirado do ar.

Por volta das 16h, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura disse ao Estadão que ainda apurava o caso e que não tinha um posicionamento oficial se o show iria ocorrer ou não. Por outro lado, as assessorias de Roberto Carlos e da Allegra Pacaembu garantiam que a apresentação ocorreria normalmente.

Antes disso, na quinta-feira, 18, o Corpo de Bombeiros de São Paulo, enviou à Secretaria de Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), o pedido de cancelamento do show do cantor Roberto Carlos por falta de segurança no local.

Segundo o laudo dos Bombeiros assinado pelo Coronel Comandante Alexandre Merlin, o espaço ainda segue em obras e apresenta, de acordo com inspeção feita pelo órgão, 18 irregularidades, entre elas, rotas de fuga obstruídas, hidrantes despressurizados, falta de instalação de sistema central de alarme de incêndio e chuveiros anti-incêndio e portas contra fogo ainda em fase de instalação. A Allegra, ainda de acordo com os Bombeiros, não teria solicitado a vistoria dentro do prazo exigido por lei.

O documento ainda alerta a SMUL de que o evento não tem licença do Corpo de Bombeiros para ocorrer. "Caso o evento ocorra, será em total revelia ao Corpo de Bombeiros", diz o texto. Ainda segundo o órgão, o espaço foi advertido nesta quinta-feira, 18, mesmo dia em que a SMUL recebeu o pedido de cancelamento.

A assessoria de imprensa da SMUL não soube informar à reportagem do Estadão por qual trâmite o documento do Corpo de Bombeiros seguiria dentro do órgão para que uma decisão pudesse ser tomada. O espaço segue aberto.

Em nota enviada ao Estadão no início da tarde desta sexta-feira, a assessoria de imprensa da Allegra Pacaembu afirmou possuir a autorização emitida pela Prefeitura de São Paulo para abrir o espaço. Disse ainda que o evento atenderia "todas as normas vigentes na cidade e oferecerá as condições de conforto e segurança necessárias para uma experiência de alta qualidade".

A respeito do ofício do Corpo de Bombeiros, a concessionária afirma que dará todas as respostas necessárias à corporação, "demonstrando que cumpre a legislação para um evento temporário".

Essa última informação, sobre um "evento temporário", corrobora com uma postagem feita pelo perfil da Arena Pacaembu nesta quinta-feira, 18, que traz imagens de obras e últimos ajustes. "Um verdadeiro spoiler do que o futuro reserva para este espaço tão amado e icônico da cidade de São Paulo", diz o texto.

O centro de convenções onde a apresentação de Roberto Carlos está prevista para ocorrer foi projetado para receber até 8,5 mil pessoas. Entretanto, nesse show do cantor, deve receber um público do pouco menos de 3 mil pessoas. Os ingressos custavam até R$ 1.350.

A inauguração da Arena Pacaembu estava prevista inicialmente para o dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo, porém foi adiada. O show de Roberto Carlos marca a primeira etapa da reabertura do Complexo do Pacaembu que passou por reformas desde que foi concedido à Allegra.

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Após a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça terem informado que impediram um possível ataque a bomba durante o show de Lady Gaga na praia de Copacabana, no sábado, 3, a equipe da cantora se manifestou, afirmando que só tomaram conhecimento do potencial problema de segurança por meio da mídia, já neste domingo, 4.

Em declaração à agência AP, um porta-voz de Lady Gaga informou que tanto a cantora quanto a sua equipe "tomaram conhecimento dessa suposta ameaça através de informações da imprensa nesta manhã."

"Antes e durante o espetáculo, não houve preocupações de segurança conhecidas, nenhuma comunicação por parte da polícia ou das autoridades a Lady Gaga sobre possíveis riscos", continuou.

O porta-voz ainda destacou que a equipe de Lady Gaga "trabalhou com as forças de ordem durante o planejamento e execução do show e todas as partes confiavam nas medidas de segurança implementadas".

Operação Fake Monster

A operação que investigou o possível ataque a bomba foi batizada de Fake Monster, já que os fãs da cantora são apelidados de little monsters, ou monstrinhos. De acordo com a Polícia, os envolvidos no plano de ataque recrutavam participantes, inclusive adolescentes, virtualmente.

O objetivo era promover ataques coordenados com uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov. Os criminosos tratavam o plano como um "desafio coletivo" e buscavam ganhar notoriedade nas redes sociais, segundo a PCERJ. O grupo disseminava discurso de ódio contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.

A Polícia Civil de São Paulo chegou a cumprir quatro mandados de busca e apreensão no âmbito da operação, incluindo a localização de um adolescente de 16 anos na cidade de São Vicente, no litoral paulista, que reconheceu ser autos de algumas das mensagens de ódio publicadas na internet.

O adolescente foi localizado no bairro Vila Jockey Clube. Os policiais apreenderam com ele um computador, um celular, um HD externo, um cartão de memória e um videogame. Ele foi liberado na presença do pai dele.

O show de Lady Gaga em Copacabana

A apresentação da cantora no Rio de Janeiro foi considerada a maior de sua carreira, diante de uma plateia de 2,1 milhões de pessoas (estimativa da prefeitura, polícia e organização), e teve repercussão internacional.

No palco, cantou a maior parte de seus sucessos e trocou de roupa inúmeras vezes, como numa performance teatral dinâmica. Também fez diversos pedidos de desculpas e declarações de amor ao público brasileiro. (Com informações da agência AP)

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o julgamento que discute a adoção do modelo de escolas cívico-militares em São Paulo. Ele pediu vista na última sexta-feira, 2. A Corte julgava se mantinha, ou não, uma decisão do ministro Gilmar Mendes que liberou a implementação do programa.

A decisão de Gilmar atendeu a um pedido do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele cassou uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que havia suspendido a lei que instituiu o modelo de escola cívico-militar no Estado. O programa é uma das prioridades de Tarcísio na sua gestão.

Ao avaliar o caso, Gilmar considerou que o TJ-SP invadiu a competência do STF ao suspender o modelo porque a lei que instituiu as escolas cívico-militares também é alvo de ações no Supremo. Por isso, o ministro entendeu que a ação em tramitação na Justiça estadual deveria aguardar julgamento pelo Supremo.

O TJ-SP havia acolhido uma ação da Apeoesp, maior sindicato de professores da rede estadual. A entidade alega que questões relativas a essa modalidade de ensino são de competência federal. A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), porém, defende a prerrogativa de o Estado criar o programa.

De acordo com o governo de São Paulo, 300 escolas mostraram interesse pela adoção do modelo cívico-militar em consulta pública. A adesão das escolas ao programa é voluntária. A previsão inicial de implementação era para 2026, mas em fevereiro a Secretaria Estadual da Educação anunciou 100 escolas que devem adotar o modelo a partir do segundo semestre deste ano.

A polícia japonesa prendeu neste sábado, 3, um homem suspeito de ser responsável pelo incêndio que matou a pesquisadora brasileira Amanda Borges da Silva, de 30 anos. O corpo dela foi encontrado com marcas de queimaduras, dentro de um apartamento próximo ao Aeroporto Internacional de Narita, em Tóquio, na quinta-feira, 1.

De acordo com informações da NHK, mídia estatal do Japão, o suspeito se chama Abaseriya Patabadige Pathum Udayanga. Ele tem 31 anos, é do Sri Lanka e está desempregado. Ainda segundo a NHK, ele morava no apartamento de dois andares no bairro de Hon-Sarizuka.

Udayanga é suspeito de incêndio criminoso, pois saiu do apartamento sem apagar o fogo. De acordo com a NHK, o incêndio teria começado no quarto e se espalhou para as paredes e o teto do apartamento.

Ele foi interrogado pela polícia e admitiu as acusações. Udayanga afirmou que estava em tanto pânico que não conseguiu apagar as chamas.

A polícia japonesa ainda investiga as circunstâncias do ocorrido e qual o relacionamento de Udayanga com Amanda.

Nascida em Caldazinha, em Goiás, Amanda Borges da Silva era formada em Letras e tinha acabado de concluir o mestrado na área de Linguística.

Ela estava a passeio pela Ásia e foi ao Japão em abril para a acompanhar o Grande Prêmio de Suzuka, de Fórmula 1, realizado no dia 6. Também teria visitado parentes do namorado, na Coréia do Sul.

Um amigo da brasileira contou ao Estadão que ela parou de responder mensagens cerca de duas horas antes do voo dela de volta ao País.