Cléo vive triângulo amoroso em 'O Amor Dá Voltas'

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Bela, bem-sucedida como atriz e produtora. Feliz no amor. Com o marido, Leandro D’Lucca, ganhou um enteado, Gael. "Um menino pronto, de 9 anos, um encanto." Cléo, ex-Pires, tem muitos motivos para comemorar, mas ainda quer mais, quer tudo. O que ainda lhe falta? "Agora é o reconhecimento na carreira como cantora e compositora." Cléo prepara o novo disco para lançar em 2023. A indústria fonográfica mudou muito. Seu pai, Fábio Jr., fez a carreira de ator e cantor que todo mundo sabe. Que lição a filha pode tirar da carreira do pai? "Quer saber? Nenhuma! E nem é por causa das mudanças na indústria. Hoje o disco, o CD é item de colecionador. As plataformas mudaram. É a questão de gênero. Ele é homem, e isso faz uma diferença enorme." Cléo se encontra com o repórter do Estadão num hotel do Itaim para falar do novo filme, O Amor Dá Voltas, que estreia na quinta, 22. Nesse mesmo hotel, deu outra entrevista ao jornal, no lançamento de outro filme, Me Tira da Mira, no ano passado. Trabalhava com o pai e o irmão, Fiuk. Um filme em família. E... Que tal? "Foi muito bom. O próprio público, neste momento que ainda está difícil para o cinema, correspondeu. Quero mais é seguir desenvolvendo projetos com eles." Sobre O Amor Dá Voltas, só tem elogios para o diretor e roteirista Marcos Bernstein. Corroteirista de Central do Brasil com o hoje autor de novelas João Emanuel Carneiro, Bernstein fez filmes como Do Outro Lado da Rua, com a grande Fernanda Montenegro, e Meu Pé de Laranja Lima, adaptado do romance de José Mauro de Vasconcelos, que já havia sido filmado por Aurélio Teixeira em 1970. O Amor Dá Voltas anuncia uma mudança de rumo. Bernstein incursiona pela comédia romântica. Igor Angelkorte faz o médico que volta da África, onde integrou o Médicos sem Fronteiras, cheio de amor pra dar. Trocou cartas com a namorada que abandonou. De cara toma um choque. Ela se casou com outro, tem um bebê. Mas como se trocou cartas apaixonadas com ele? A surpresa - a grande descoberta? -, as cartas foram escritas pela irmã, Cléo. Em que a comédia romântica de Bernstein se diferencia das outras? "Marcos escreve muito bem, cria diálogos incríveis que a gente tem prazer de dizer, porque são reais, que gostaríamos de expressar. Mas o melhor é que ele não se prende aos clichês de gêneros. As histórias e as personagens são bem estruturadas." O repórter destaca uma cena, um diálogo, em que Igor provoca Cléo, como se estivesse empenhado em conquistá-la. Quer dizer, ele já está apaixonado - claro, não é? -, mas ainda não sabe. Cléo: "Fala mais para eu me lembrar da cena". Como assim, para lembrar? "Amigo, esse filme foi feito em 2016, mas se é a cena que estou pensando é bem bacana. A gente sempre dá umas ajustadas no texto para ficar mais natural, mas o Marcos escreve bem e a gente só precisa não estragar." POLÍTICA Um assunto que mexe com Cléo é a política. Lulista assumida, fez campanha nas redes sociais. Está cheia de expectativa. "Lula acredita na arte, na educação, na saúde. Será necessário muito investimento de recursos e de gente para zerar o que foi perdido nos últimos quatro anos. A desigualdade aumentou, a escolaridade diminuiu e muita gente abriu mão das vacinas. Recuperar o que foi perdido, o que foi abandonado vai exigir o esforço de todos " MAIS DOIS FILMES Ela tem mais dois filmes para estrear em 2023. Um deles está pronto e você já pode até ter visto o trailer de Vovó Ninja nos cinemas. O outro teve suas filmagens encerradas no mês passado, no Rio. O segundo - O Velho Fusca - tem direção de Emiliano Ruschel. Dividem a cena com Cléo os atores Tonico Pereira, Caio Manhente, Danton Mello, Christian Malheiros e Giovanna Chaves. Em termos de locações, não poderia ser mais carioca. Foi filmado em bairros tradicionais como a Urca, Praia do Flamengo, Laranjeiras, Barra da Tijuca e Centro. Ela fala com carinho de Vovó Ninja, que fez com a mãe, Glória Pires, direção de Bruno Barreto. Contracenam como... mãe e filha! Cléo despacha os filhos para passarem as férias com a avó, num sítio sem internet. O que parece o inferno para as crianças e adolescentes revela-se a maior diversão quando assaltantes invadem o lugar e Glória Pires abandona o estilo zen de vida para assumir o modelito ninja. Pau neles! Cléo fala com afeto da mãe. É o momento de revelar fragilidades. "Foi a pior coisa que nos aconteceu durante a pandemia." O padrasto, Orlando Morais, ficou mal. A família chegou a pedir orações no Facebook ao que parecia inevitável. Orlando, por fim, se salvou. "Tenho o privilégio de ter dois pais, o de sangue e o do coração. Os dois sempre me deram apoio, carinho, me ajudaram a ser a pessoa que sou." De volta ao próximo disco, o que será? "Aguarde, mas vai ser eclético. Música para dançar, para ouvir com mais atenção, com letras elaboradas." É a meta atual de Cléo, vencer também na música. Não duvide que ela conseguirá. A moça é competitiva, e quando se dedica vai fundo.

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) e o Ministério da Justiça informaram ter impedido um ataque a bomba que ocorreria no show da cantora americana Lady Gaga na Praia de Copacabana neste sábado, 3. O líder do grupo criminoso e autor do plano foi preso e um adolescente foi apreendido, de acordo com a PCERJ.

De acordo com a Polícia, o homem responde por porte ilegal de arma de fogo, no Rio Grande do Sul. Já o adolescente foi apreendido por armazenamento de pornografia infantil no Rio. Um terceiro suspeito foi alvo de busca e apreensão em Macaé, na Região dos Lagos do Rio. Segundo a PCERJ, ele ameaçou matar uma criança ao vivo, e responde por terrorismo e induzimento ao crime.

A operação foi batizada de Fake Monster - os fãs de Gaga são apelidados de little monsters, ou monstrinhos. De acordo com a Polícia, os envolvidos no plano de ataque recrutavam participantes, inclusive adolescentes, virtualmente.

O objetivo era promover ataques coordenados com uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov. Os criminosos tratavam o plano como um "desafio coletivo" e buscavam ganhar notoriedade nas redes sociais, segundo a PCERJ. O grupo disseminava discurso de ódio contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.

Segundo a Polícia, os alvos das operações "atuavam em plataformas digitais, promovendo a radicalização de adolescentes, a disseminação de crimes de ódio, automutilação, pedofilia e conteúdos violentos como forma de pertencimento e desafio entre jovens".

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nas cidades fluminenses Rio, Niterói, Duque de Caxias e Macaé. Além disso, os policiais também cumpriram mandados nos municípios de Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista, no Estado de São Paulo; São Sebastião do Caí, no Rio Grande do Sul; e Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso. Os agentes apreenderam dispositivos eletrônicos e outros materiais para perícia.

A Polícia informou que organizou a operação com "discrição e precisão" para evitar pânico e distorção de informações entre os frequentadores do show.

A ameaça foi identificada pela Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil. O Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública produziu um relatório técnico com as ameaças digitais.

Participaram da ação a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), a Delegacia Policial da Tijuca (19ª DP) e Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). As polícias locais dos Estados que tiveram mandados de busca e apreensão também colaboraram.

O cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, afirmou neste domingo, 4, que "o próximo papa não será uma xerox do papa Francisco". A declaração foi feita a um grupo de jornalistas depois de uma missa que celebrou na igreja de Sant'Andrea al Quirinale, da qual é titular em Roma.

Ao ser perguntado sobre os rumos das congregações gerais, reuniões que os cardeais estão realizando para debater temas e o perfil do próximo papa, Scherer disse: "Vamos deixar-nos surpreender".

"O menino que seria canonizado, Carlo Acutis, dizia que Deus não gosta de fotocópias, gosta de originais. Tem continuidade e descontinuidade: descontinuidade porque não é mais o mesmo papa que está adiante. Agora a continuidade é cuidar da Igreja, da missão da Igreja, as preocupações em relação à evangelização", afirmou.

Na homilia da missa em sua igreja, o cardeal afirmou que vários cardeais celebraram em suas igrejas titulares pedindo pela alma do papa Francisco e agradecendo pelos frutos de seu pontificado.

Também pediu orações pela realização do conclave: "Agora os cardeais estão por escolher um novo pontífice. Como será? Como se chamará? Tantas são as especulações, e é tudo o que podemos fazer. Todos podem ter a própria ideia sobre quem escolher, mas é importante que seja escolhido aquele que Deus quer, que seja confirmado aquele que o Espírito Santo indica".

Desde a morte de Francisco no último dia 21, os cardeais tiveram nove congregações gerais, em que abordaram os desafios que o próximo líder da Igreja Católica enfrentará, como abusos sexuais, escândalos financeiros e desafios da unidade e da evangelização.

A esposa da professora que foi encontrada morta, na segunda-feira, 28, na zona sul de São Paulo, prestou um depoimento de mais de três horas à Polícia Civil, nessa sexta, 2. Fernanda Fazio, de 45 anos, foi casada durante oito anos com a professora assassinada, Fernanda Reinecke Bonin, de 42 anos. Há cerca de um ano, o casal se separou, mas estava tentando uma reconciliação.

Fernanda Fazio confirmou a versão de ter pedido ajuda à mulher depois que seu carro teve uma avaria na zona oeste da capital. Ela estava com os dois filhos do casal. O pai da professora também foi ouvido pelo delegado, mas não há detalhes do seu depoimento.

A polícia pediu uma perícia no carro de Fernanda Fazio. A análise técnica pode confirmar se o veículo teria sofrido a avaria no câmbio, o que motivou a saída da professora Fernanda Bonin de seu apartamento, na noite de domingo, 27, para socorrer a esposa.

Ela não chegou ao local combinado. Seu corpo foi encontrado sem vida, no dia seguinte, em um terreno baldio, na Avenida João Paulo da Silva, em Vila da Paz, próximo ao autódromo de Interlagos. Ela tinha um cadarço atado ao pescoço e marcas de possível estrangulamento.

A perícia no carro não coloca a companheira da professora na condição de suspeita. Ela é apenas averiguada, ou seja, sua versão sobre o defeito no carro está sendo verificada nesta fase de coleta de indícios pela investigação. A reportagem não localizou a defesa dela.

A esposa alegou que, naquela noite, levava os filhos gêmeos do casal para o apartamento de Fernanda, mas o carro teve um problema na troca de marchas e parou na Avenida Jaguaré, na zona oeste. Ela, então, pediu ajuda à mulher e mandou sua localização. O câmbio do carro teria voltado a funcionar meia hora depois. Fernanda Fazio foi ao prédio, mas a portaria informou que sua mulher não estava.

No dia seguinte, a professora não foi trabalhar - ela lecionava na Beacon School, escola particular da zona oeste. Sem conseguir contato com Fernanda Bonin, a esposa comunicou à polícia o desaparecimento dela.

Sigilo para resguardar provas

A Polícia Civil de São Paulo impôs sigilo nas investigações sobre o assassinato da professora Fernanda Bonin. O sigilo em um inquérito policial é decretado para facilitar a coleta e resguardar as provas, bem como possibilitar a realização de diligências, sem que os investigados ou outros envolvidos possam ser alertados, comprometendo a investigação.

No caso da professora, o resguardo das informações foi determinado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), as equipes de investigação estão empenhadas na análise de imagens que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos.

Além de imagens de câmeras dos circuitos interno e externo do prédio onde a professora residia, foram coletados os registros de câmeras de monitoramento nas ruas da possível rota feita pela SUV Hyundai Tucson dirigida pela professora. As buscas pelas imagens se estenderam à avenida vizinha do local onde o corpo foi encontrado.

Um dos focos da investigação é localizar a Tucson e o celular que foram levados da professora. Ela portava o aparelho quando desceu sozinha pelo elevador do prédio, naquela noite. Próximo ao horário em que o corpo de Fernanda Bonin foi encontrado, o celular dela ainda recebia chamadas. Depois, foi desligado ou ficou sem bateria. A polícia aguarda também os laudos da necropsia no corpo para estabelecer as causas da morte e o resultado da perícia feita no local em que o corpo foi achado.

Segundo o boletim de ocorrência, ao qual o Estadão teve acesso, a professora era casada havia oito anos com Fernanda Fazio. Elas tiveram dois filhos. Há um ano, com problemas no relacionamento, as duas deixaram de morar juntas e se revezavam na guarda das crianças. O casal passou a fazer terapia em busca de reconciliação.

Depois que o corpo de Fernanda foi encontrado com marcas de violência, a polícia iniciou a investigação de crime de latrocínio - roubo seguido de morte. Essa foi a impressão inicial, uma vez que os bens da vítima - o carro e o celular - teriam sido levados pelo autor ou autores do crime. Assim que as apurações tiveram início, no entanto, a polícia mudou o rumo da investigação e, sem descartar o latrocínio, investiga também o crime de homicídio doloso - morte intencional.