Lollapalooza 2024: 2º dia começa vazio e com chuva

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O segundo dia do Lollapalooza 2024 já começou prejudicado pela garoa forte no Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo. Além da chuva, o frio e o vento já incomodavam na manhã deste sábado, 23, quando os portões do festival abriram, às 11h.

Entre as principais atrações do dia estão o cantor irlandês Hozier, a banda de rock alternativo Thirty Seconds to Mars e o metal do grupo Limp Bizkit. Fecham a noite a banda Kings of Leon, que substitui Paramore após cancelamento, o grupo Titãs, que faz o último show da turnê Encontro.

O festival começou na sexta, 22, em um dia típico de Lollapalooza. Também teve chuva, lama e muito vento no autódromo. No dia em que os destaques foram as bandas The Offspring, Arcade Fire e Blink-182, o evento recebeu um grande público.

2º dia de Lolla começou vazio

Por volta das 12h, o autódromo ainda estava vazio. Os poucos corajosos que decidiram enfrentar o frio se abrigavam em tendas espalhadas pela grama do festival e nos estandes de patrocinadores que proporcionavam alguma cobertura.

A reportagem conversou com alguns fãs que estavam no local, que explicaram que chegaram cedo para conferir os primeiros shows, como os das brasileiras Tulipa Ruiz e Day Limns.

Marina e Ana Paula Carvalho, mãe e filha de 18 e 52 anos, respectivamente, contaram que chegaram cedo para conferir a apresentação de Supla, que começou por volta de 12h30 no Palco Samsung Galaxy. A mais velha, inclusive, vestia uma camiseta do cantor.

As duas saíram às 6h da manhã de Guararema e vieram de trem para o Lolla. Elas contam que já é costume virem ao festival e já estavam preparadas para a chuva. "Viemos em 2022, que foi muito pior. Quando começa a chover, pensamos: 'pelo menos não é a chuva daquele ano'", disse Marina.

O que esperar dos principais shows do 2º dia de Lollapalooza

Hozier: O irlandês é dono do sucesso Take Me To Church, mas sua apresentação no Lollapalooza deve ir bem além disso. Recentemente, ele lançou um álbum, Unreal Unearth, que deve estar tão presente no setlist quanto seu álbum de estreia, Hozier. O artista é conhecido por misturar referências à literatura, política e acontecimentos pessoais - o show deve ser marcado por esses três elementos.

É a primeira vez que o músico se apresenta no Brasil em mais de dez anos de carreira. Acostumado a fazer shows intimistas com um público contido, a maior curiosidade será como o cantor irá se sair com o público brasileiro, que tem fama de ser caloroso.

Thirty Seconds To Mars: O duo Thirty Seconds To Mars, composto pelos irmãos Jared Leto e Shannon Leto, não é estranho nem a terras brasileiras e nem a festivais. Esteve no Rock in Rio 2017 e o show no Lollapalooza 2024 marca a sétima passagem da banda pelo País.

Nas apresentações em outros países da América Latina, o grupo apresentou um setlist mais compacto, de apenas nove músicas. Apesar do show curto, a expectativa é que os irmãos consigam conquistar o público com a energia e carisma que costumam levar às suas apresentações.

Kings of Leon: A apresentação do Kings of Leon foi, mais uma vez, confirmada após o anúncio do line-up do Lollapalooza. Em 2019, o grupo foi anunciado como atração do festival em dezembro. À época, a grade já estava fechada. Este ano, eles chegam como alternativa ao Paramore, que cancelou a apresentação em janeiro.

O foco do show deve ser os primeiros álbuns da carreira dos artistas - em especial Only by the Night, de 2008. Eles têm fama de realizar apresentações contidas e focar em uma verdadeira "maratona" de músicas. Em uma de suas últimas apresentações, no México, o grupo tocou quase 20 faixas.

Titãs Encontro: O grupo, que nessa turnê volta para sua formação clássica - Arnaldo Antunes, Nando Reis, Branco Mello, Sérgio Britto, Tony Bellotto, Charles Gavin e Paulo Miklos - afirma que essa será a última apresentação desse reencontro que começou em junho de 2023 e que se estendeu diante do apelo dos fãs e dos estádios lotados por onde eles passaram.

Só por isso o show do grupo no Lolla será histórico. Resta saber se uma plateia tão eclética - característica dos grandes festivais - vai reconhecer o valor de clássicos como Bichos, Sonífera Ilha e Comida.

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Após a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça terem informado que impediram um possível ataque a bomba durante o show de Lady Gaga na praia de Copacabana, no sábado, 3, a equipe da cantora se manifestou, afirmando que só tomaram conhecimento do potencial problema de segurança por meio da mídia, já neste domingo, 4.

Em declaração à agência AP, um porta-voz de Lady Gaga informou que tanto a cantora quanto a sua equipe "tomaram conhecimento dessa suposta ameaça através de informações da imprensa nesta manhã."

"Antes e durante o espetáculo, não houve preocupações de segurança conhecidas, nenhuma comunicação por parte da polícia ou das autoridades a Lady Gaga sobre possíveis riscos", continuou.

O porta-voz ainda destacou que a equipe de Lady Gaga "trabalhou com as forças de ordem durante o planejamento e execução do show e todas as partes confiavam nas medidas de segurança implementadas".

Operação Fake Monster

A operação que investigou o possível ataque a bomba foi batizada de Fake Monster, já que os fãs da cantora são apelidados de little monsters, ou monstrinhos. De acordo com a Polícia, os envolvidos no plano de ataque recrutavam participantes, inclusive adolescentes, virtualmente.

O objetivo era promover ataques coordenados com uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov. Os criminosos tratavam o plano como um "desafio coletivo" e buscavam ganhar notoriedade nas redes sociais, segundo a PCERJ. O grupo disseminava discurso de ódio contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.

A Polícia Civil de São Paulo chegou a cumprir quatro mandados de busca e apreensão no âmbito da operação, incluindo a localização de um adolescente de 16 anos na cidade de São Vicente, no litoral paulista, que reconheceu ser autos de algumas das mensagens de ódio publicadas na internet.

O adolescente foi localizado no bairro Vila Jockey Clube. Os policiais apreenderam com ele um computador, um celular, um HD externo, um cartão de memória e um videogame. Ele foi liberado na presença do pai dele.

O show de Lady Gaga em Copacabana

A apresentação da cantora no Rio de Janeiro foi considerada a maior de sua carreira, diante de uma plateia de 2,1 milhões de pessoas (estimativa da prefeitura, polícia e organização), e teve repercussão internacional.

No palco, cantou a maior parte de seus sucessos e trocou de roupa inúmeras vezes, como numa performance teatral dinâmica. Também fez diversos pedidos de desculpas e declarações de amor ao público brasileiro. (Com informações da agência AP)

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o julgamento que discute a adoção do modelo de escolas cívico-militares em São Paulo. Ele pediu vista na última sexta-feira, 2. A Corte julgava se mantinha, ou não, uma decisão do ministro Gilmar Mendes que liberou a implementação do programa.

A decisão de Gilmar atendeu a um pedido do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele cassou uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que havia suspendido a lei que instituiu o modelo de escola cívico-militar no Estado. O programa é uma das prioridades de Tarcísio na sua gestão.

Ao avaliar o caso, Gilmar considerou que o TJ-SP invadiu a competência do STF ao suspender o modelo porque a lei que instituiu as escolas cívico-militares também é alvo de ações no Supremo. Por isso, o ministro entendeu que a ação em tramitação na Justiça estadual deveria aguardar julgamento pelo Supremo.

O TJ-SP havia acolhido uma ação da Apeoesp, maior sindicato de professores da rede estadual. A entidade alega que questões relativas a essa modalidade de ensino são de competência federal. A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), porém, defende a prerrogativa de o Estado criar o programa.

De acordo com o governo de São Paulo, 300 escolas mostraram interesse pela adoção do modelo cívico-militar em consulta pública. A adesão das escolas ao programa é voluntária. A previsão inicial de implementação era para 2026, mas em fevereiro a Secretaria Estadual da Educação anunciou 100 escolas que devem adotar o modelo a partir do segundo semestre deste ano.

A polícia japonesa prendeu neste sábado, 3, um homem suspeito de ser responsável pelo incêndio que matou a pesquisadora brasileira Amanda Borges da Silva, de 30 anos. O corpo dela foi encontrado com marcas de queimaduras, dentro de um apartamento próximo ao Aeroporto Internacional de Narita, em Tóquio, na quinta-feira, 1.

De acordo com informações da NHK, mídia estatal do Japão, o suspeito se chama Abaseriya Patabadige Pathum Udayanga. Ele tem 31 anos, é do Sri Lanka e está desempregado. Ainda segundo a NHK, ele morava no apartamento de dois andares no bairro de Hon-Sarizuka.

Udayanga é suspeito de incêndio criminoso, pois saiu do apartamento sem apagar o fogo. De acordo com a NHK, o incêndio teria começado no quarto e se espalhou para as paredes e o teto do apartamento.

Ele foi interrogado pela polícia e admitiu as acusações. Udayanga afirmou que estava em tanto pânico que não conseguiu apagar as chamas.

A polícia japonesa ainda investiga as circunstâncias do ocorrido e qual o relacionamento de Udayanga com Amanda.

Nascida em Caldazinha, em Goiás, Amanda Borges da Silva era formada em Letras e tinha acabado de concluir o mestrado na área de Linguística.

Ela estava a passeio pela Ásia e foi ao Japão em abril para a acompanhar o Grande Prêmio de Suzuka, de Fórmula 1, realizado no dia 6. Também teria visitado parentes do namorado, na Coréia do Sul.

Um amigo da brasileira contou ao Estadão que ela parou de responder mensagens cerca de duas horas antes do voo dela de volta ao País.