Empolgante ou tediosa? Como é 'Magnatas do Crime', série de Guy Ritchie em alta na Netflix

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A nova empreitada do expert da ação, Guy Ritchie, feita para a Netflix, alcançou o primeiro lugar entre as dez produções mais vistas na plataforma no Brasil. Magnatas do Crime é desdobramento do filme de mesmo título do cineasta, de 2019.

O que você precisa saber sobre Magnatas do Crime

Série estreou em 7 de março na Netflix

- Magnatas do Crime é spin off de filme com o mesmo nome de Guy Ritchie

- O cineasta também assina o roteiro da série

- Astro de The White Lotus, Theo James é protagonista

- História se passa no mesmo universo do filme original, de 2019

- Produção recebeu críticas mistas

No spin off de oito episódios, o astro de The White Lotus Theo James vive Eddie Horniman, um herdeiro inesperado. Soldado do exército britânico, ele acaba assumindo as ruínas da grande propriedade rural da família, sem saber que o que parecia um ralo de dinheiro faz parte de um império da maconha.

Se isso não fosse suficiente, expoentes gângsteres britânicos querem um pedaço dessa operação. O que para ele começa como determinação de proteger a família dos criminosos, vira fascínio pelo mundo do crime.

Fio da navalha

Como muito da filmografia de Guy Ritchie, Magnatas do Crime também brinca no limiar entre os gêneros. "Fica no fio da navalha entre comédia e drama", diz Theo James em vídeo de bastidores da produção.

A trama, que estreou em 7 de março, se passa no mesmo universo do filme de 2019, em que Matthew McConaughey é Mickey Pearson, um imperador da maconha do Reino Unido. "O mundo desse programa é inspirado no filme, mas a narrativa de fato é muito diferente", explicou Theo, no mesmo vídeo.

Apesar disso, nenhum personagem do longa é sequer mencionado na série. "Tenho um reservatório criativo inesgotável de diferentes ideias que tive no passado. A capacidade de estender as histórias tem sido tremendamente libertadora", afirma o cineasta à Netflix.

'Eu gostei da ideia de fundir a aristocracia britânica com o submundo do crime. A mistura desses dois gêneros incríveis e a explosividade disso", disse Theo James em entrevista ao canal do prêmio Bafta no YouTube.

Trata-se da combinação entre a fidalguia passada através das gerações por meio de títulos e propriedades - o que não necessariamente significa dinheiro no bolso -, com a clandestinidade criminosa, por onde enormes cifras circulam ao largo da lei. "Fundir tudo isso é realmente onde está toda a diversão. É disso que se trata a série. A evolução do zoológico para a selva, e como caçar na selva e sobreviver", define Guy, também à plataforma de streaming.

Críticas

A recepção da crítica de TV é mista. Enquanto Aramide Tinubu, do site Variety, chamou a série de "um programa brilhante", Judy Berman, do portal Time, disse que Magnatas do Crime "é estranhamente tediosa".

As avaliações do público, porém, são predominantemente positivas. No site de análises Rotten Tomatoes, a produção recebeu 83% de aprovação, semelhante à nota 8,4/10 no site IMDB. Já no Metacritic, a pontuação fica na casa dos 65%, na média entre críticos e usuários do site.

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) e o Ministério da Justiça informaram ter impedido um ataque a bomba que ocorreria no show da cantora americana Lady Gaga na Praia de Copacabana neste sábado, 3. O líder do grupo criminoso e autor do plano foi preso e um adolescente foi apreendido, de acordo com a PCERJ.

De acordo com a Polícia, o homem responde por porte ilegal de arma de fogo, no Rio Grande do Sul. Já o adolescente foi apreendido por armazenamento de pornografia infantil no Rio. Um terceiro suspeito foi alvo de busca e apreensão em Macaé, na Região dos Lagos do Rio. Segundo a PCERJ, ele ameaçou matar uma criança ao vivo, e responde por terrorismo e induzimento ao crime.

A operação foi batizada de Fake Monster - os fãs de Gaga são apelidados de little monsters, ou monstrinhos. De acordo com a Polícia, os envolvidos no plano de ataque recrutavam participantes, inclusive adolescentes, virtualmente.

O objetivo era promover ataques coordenados com uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov. Os criminosos tratavam o plano como um "desafio coletivo" e buscavam ganhar notoriedade nas redes sociais, segundo a PCERJ. O grupo disseminava discurso de ódio contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.

Segundo a Polícia, os alvos das operações "atuavam em plataformas digitais, promovendo a radicalização de adolescentes, a disseminação de crimes de ódio, automutilação, pedofilia e conteúdos violentos como forma de pertencimento e desafio entre jovens".

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nas cidades fluminenses Rio, Niterói, Duque de Caxias e Macaé. Além disso, os policiais também cumpriram mandados nos municípios de Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista, no Estado de São Paulo; São Sebastião do Caí, no Rio Grande do Sul; e Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso. Os agentes apreenderam dispositivos eletrônicos e outros materiais para perícia.

A Polícia informou que organizou a operação com "discrição e precisão" para evitar pânico e distorção de informações entre os frequentadores do show.

A ameaça foi identificada pela Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil. O Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública produziu um relatório técnico com as ameaças digitais.

Participaram da ação a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), a Delegacia Policial da Tijuca (19ª DP) e Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). As polícias locais dos Estados que tiveram mandados de busca e apreensão também colaboraram.

O cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, afirmou neste domingo, 4, que "o próximo papa não será uma xerox do papa Francisco". A declaração foi feita a um grupo de jornalistas depois de uma missa que celebrou na igreja de Sant'Andrea al Quirinale, da qual é titular em Roma.

Ao ser perguntado sobre os rumos das congregações gerais, reuniões que os cardeais estão realizando para debater temas e o perfil do próximo papa, Scherer disse: "Vamos deixar-nos surpreender".

"O menino que seria canonizado, Carlo Acutis, dizia que Deus não gosta de fotocópias, gosta de originais. Tem continuidade e descontinuidade: descontinuidade porque não é mais o mesmo papa que está adiante. Agora a continuidade é cuidar da Igreja, da missão da Igreja, as preocupações em relação à evangelização", afirmou.

Na homilia da missa em sua igreja, o cardeal afirmou que vários cardeais celebraram em suas igrejas titulares pedindo pela alma do papa Francisco e agradecendo pelos frutos de seu pontificado.

Também pediu orações pela realização do conclave: "Agora os cardeais estão por escolher um novo pontífice. Como será? Como se chamará? Tantas são as especulações, e é tudo o que podemos fazer. Todos podem ter a própria ideia sobre quem escolher, mas é importante que seja escolhido aquele que Deus quer, que seja confirmado aquele que o Espírito Santo indica".

Desde a morte de Francisco no último dia 21, os cardeais tiveram nove congregações gerais, em que abordaram os desafios que o próximo líder da Igreja Católica enfrentará, como abusos sexuais, escândalos financeiros e desafios da unidade e da evangelização.

A esposa da professora que foi encontrada morta, na segunda-feira, 28, na zona sul de São Paulo, prestou um depoimento de mais de três horas à Polícia Civil, nessa sexta, 2. Fernanda Fazio, de 45 anos, foi casada durante oito anos com a professora assassinada, Fernanda Reinecke Bonin, de 42 anos. Há cerca de um ano, o casal se separou, mas estava tentando uma reconciliação.

Fernanda Fazio confirmou a versão de ter pedido ajuda à mulher depois que seu carro teve uma avaria na zona oeste da capital. Ela estava com os dois filhos do casal. O pai da professora também foi ouvido pelo delegado, mas não há detalhes do seu depoimento.

A polícia pediu uma perícia no carro de Fernanda Fazio. A análise técnica pode confirmar se o veículo teria sofrido a avaria no câmbio, o que motivou a saída da professora Fernanda Bonin de seu apartamento, na noite de domingo, 27, para socorrer a esposa.

Ela não chegou ao local combinado. Seu corpo foi encontrado sem vida, no dia seguinte, em um terreno baldio, na Avenida João Paulo da Silva, em Vila da Paz, próximo ao autódromo de Interlagos. Ela tinha um cadarço atado ao pescoço e marcas de possível estrangulamento.

A perícia no carro não coloca a companheira da professora na condição de suspeita. Ela é apenas averiguada, ou seja, sua versão sobre o defeito no carro está sendo verificada nesta fase de coleta de indícios pela investigação. A reportagem não localizou a defesa dela.

A esposa alegou que, naquela noite, levava os filhos gêmeos do casal para o apartamento de Fernanda, mas o carro teve um problema na troca de marchas e parou na Avenida Jaguaré, na zona oeste. Ela, então, pediu ajuda à mulher e mandou sua localização. O câmbio do carro teria voltado a funcionar meia hora depois. Fernanda Fazio foi ao prédio, mas a portaria informou que sua mulher não estava.

No dia seguinte, a professora não foi trabalhar - ela lecionava na Beacon School, escola particular da zona oeste. Sem conseguir contato com Fernanda Bonin, a esposa comunicou à polícia o desaparecimento dela.

Sigilo para resguardar provas

A Polícia Civil de São Paulo impôs sigilo nas investigações sobre o assassinato da professora Fernanda Bonin. O sigilo em um inquérito policial é decretado para facilitar a coleta e resguardar as provas, bem como possibilitar a realização de diligências, sem que os investigados ou outros envolvidos possam ser alertados, comprometendo a investigação.

No caso da professora, o resguardo das informações foi determinado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), as equipes de investigação estão empenhadas na análise de imagens que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos.

Além de imagens de câmeras dos circuitos interno e externo do prédio onde a professora residia, foram coletados os registros de câmeras de monitoramento nas ruas da possível rota feita pela SUV Hyundai Tucson dirigida pela professora. As buscas pelas imagens se estenderam à avenida vizinha do local onde o corpo foi encontrado.

Um dos focos da investigação é localizar a Tucson e o celular que foram levados da professora. Ela portava o aparelho quando desceu sozinha pelo elevador do prédio, naquela noite. Próximo ao horário em que o corpo de Fernanda Bonin foi encontrado, o celular dela ainda recebia chamadas. Depois, foi desligado ou ficou sem bateria. A polícia aguarda também os laudos da necropsia no corpo para estabelecer as causas da morte e o resultado da perícia feita no local em que o corpo foi achado.

Segundo o boletim de ocorrência, ao qual o Estadão teve acesso, a professora era casada havia oito anos com Fernanda Fazio. Elas tiveram dois filhos. Há um ano, com problemas no relacionamento, as duas deixaram de morar juntas e se revezavam na guarda das crianças. O casal passou a fazer terapia em busca de reconciliação.

Depois que o corpo de Fernanda foi encontrado com marcas de violência, a polícia iniciou a investigação de crime de latrocínio - roubo seguido de morte. Essa foi a impressão inicial, uma vez que os bens da vítima - o carro e o celular - teriam sido levados pelo autor ou autores do crime. Assim que as apurações tiveram início, no entanto, a polícia mudou o rumo da investigação e, sem descartar o latrocínio, investiga também o crime de homicídio doloso - morte intencional.