'A Sociedade da Neve' entra na lista de mais vitoriosos da história dos Prêmios Goya

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A Sociedade da Neve foi consagrado, no sábado, 10, como o terceiro filme mais premiado do cinema espanhol depois de vencer a 38ª edição dos Prêmios Goya. A superprodução sobre um acidente de avião na Cordilheira dos Andes levou 12 dos 13 prêmios que concorreu, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor para Juan Antonio Bayona.

"Passamos dez anos ouvindo pessoas nos dizendo que este filme não era possível, que um filme em espanhol não poderia ser feito com esse nível de ambição", disse Bayona, que já teve três Goyas como diretor, mas nunca tinha visto um de seus trabalhos reconhecidos como o melhor do ano. "E digo que eles estavam errados porque [...] tem 150 milhões de telespectadores [na Netflix] em todo o mundo. Um filme feito na Espanha. Em espanhol."

O filme, rodado entre Espanha, Uruguai e Argentina e que concorre ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, começou a noite com 10 prêmios, incluindo em todas as categorias técnicas, desde som à direção de arte, montagem, efeitos especiais ou maquiagem e penteado, cuja equipe também disputará o Oscar no dia 12 de março, em Los Angeles.

"Acredito no cinema espanhol e penso nestas pessoas que estiveram na montanha abandonada, dados como mortas no meio do nada, e conseguiram sair porque trabalharam juntas e colaboraram para fazer o impossível. E essa é a ideia que sempre quis da nossa família no cinema espanhol: juntos podemos conseguir o que queremos", acrescentou Bayona, emocionado.

Apenas Mar Adentro, de 2004, com 14 Goyas, e Ay, Carmela!, de 1990, com 13, superam o feito de A Sociedade da Neve.

Veja a lista de vencedores do Prêmio Goya

Melhor Filme: A Sociedade da Neve

Melhor Direção: Juan Antonio Bayona, por A Sociedade da Neve

Melhor Ator: David Verdaguer, por Saben aquell

Melhor Atriz: Malena Alterio, por Que nadie duerma

Melhor Filme Europeu: Anatomia de Uma Queda (França)

Melhor Filme Ibero-Americano: A Memória Infinita, de Maite Alberdi (Chile)

Melhor Ator Coadjuvante: José Coronado, por Cerrar los ojos

Melhor Atriz Coadjuvante: Ane Gabarain, por 20.000 especies de abejas

Melhor Filme de Animação: Meu Amigo Robô, de Pablo Berger

Melhor Documentário: Mientras seas tú, el aquí y ahora de Carme Elias, de Claudia Pinto

Melhor Roteiro Adaptado: Pablo Berger, por Meu Amigo Robô

Melhor Roteiro Original: Estibaliz Urresola, por 20.000 especies de abejas

Melhor Direção de Arte: Alain Bainée, por A Sociedade da Neve

Melhor Edição: Andrés Gil e Jaume Martí, por A Sociedade da Neve

Melhor Fotografia: Pedro Luque, por A Sociedade da Neve

Melhor Curta de Animação: To bird or not to bird, de Martín Romero

Melhor Curta-Metragem Documental: Ava, de Mabel Lozano

Melhor Curta-Metragem de Ficção: Aunque es de noche, de Guillermo García López

Melhor Trilha Sonora Original: Michael Giacchino, por A Sociedade da Neve

Melhor Canção Original: Yo solo quiero amor, de Rigoberta Bandini, por Te estoy amando locamente

Melhor Novo Diretor: Estibaliz Urresola, por 20.000 especies de abejas

Melhor Ator Revelação: Matías Recalt, por A Sociedade da Neve

Melhor Atriz Revelação: Janet Novás, por O corno

Melhor Direção de Produção: Margarita Huguet, por A Sociedade da Neve

Melhores Efeitos Especiais: Pau Costa, Félix Bergés e Laura Pedro, por A Sociedade da Neve

Melhor Som: Jorge Adrados, Oriol Tarragó e Marc Orts, por A Sociedade da Neve

Melhor Maquiagem e Penteado: Ana e Belén López-Puigcerver e Montse Ribé, por A Sociedade da Neve

Melhor Figurino: Julio Suárez, por A Sociedade da Neve

Goya de Honra: Juan Marine

Goya Internacional: Sigourney Weaver

Fonte: AP

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O Ministério da Saúde quer direcionar recursos financeiros para vagas de pós-graduação médica em áreas com poucos médicos no Sistema Único de Saúde (SUS), como patologia clínica e oncologia. A proposta foi anunciada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a divulgação do estudo Demografia Médica da Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) nesta quarta-feira, 30.

"Queremos fazer uma parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB) para que essas pós-graduações aconteçam nas vagas prioritárias que o SUS mais precisa e onde precisa. O Ministério da Saúde está disposto, inclusive, a ter um acordo financeiro, colocar recursos para direcionar essas vagas", disse o ministro.

Essas pós-graduações em Medicina têm características bastante heterogêneas, conforme mostra o estudo Demografia Médica. Podem ser presenciais ou EAD, com ou sem prática, com pelo menos 360 horas e não possuem uma fiscalização ou regulamentação. Por outro lado, as residências médicas, consideradas o padrão-ouro para especialização na Medicina, têm uma carga horária de cerca de 3.000 horas anuais, são majoritariamente práticas e realizadas com supervisão médica em hospitais ou unidades de saúde.

As pós-graduações latu sensu em Medicina têm crescido exponencialmente no Brasil, ocupando uma lacuna deixada pelo déficit de vagas em residências médicas no País em comparação com a alta de médicos graduados. A expectativa é de que neste ano quase 35 mil médicos recém-formados saiam das faculdades, concorrendo a menos de 20 mil vagas de acesso direto ao primeiro ano de residência.

Para obter o título de especialista, o médico pode fazer a residência (que confere o título automaticamente) ou então prestar a prova da sociedade que representa cada especialidade (o que pode ser feito após uma pós-graduação, mas não há essa obrigação). Nem todas as especialidades médicas, porém, têm provas de título - o que, na prática, faz com que só seja possível se tornar especialista por meio da residência.

'Mais Médicos' para residências

Padilha falou sobre a criação de um grupo de instituições de excelência para apoiar a formação de residentes em áreas remotas, onde há uma baixa relação de médicos por habitante. Disse ainda que está estudando um conjunto de ações voltadas para as residências médicas que ainda será anunciado.

"O principal desafio é como a residência vai chegar nessas regiões com menor número de médicos", disse o ministro. "O estudo (Demografia Médica) dá todos os elementos de onde nós precisamos jogar esforços para expandir com qualidade programas de residência médica", completou.

A criação de especializações médicas nesses locais é uma estratégia pensada pelo Ministério da Saúde, pois os estudos mostram que as residências são as principais responsáveis pela fixação futura de profissionais nas cidades (muito mais do que as graduações).

"Seria uma espécie de Mais Médicos para as especialidades que precisam em determinadas regiões do País e faz um condutor financeiro para que o especialista vá para essa região e permaneça no SUS depois", explicou o ministro.

Para cumprir esse objetivo de incentivar a formação de especialistas em áreas e regiões prioritárias para o SUS, o Ministério da Saúde criou, em 2009, o programa federal Pró-Residências, que financia bolsas de residência médica em instituições públicas e privadas sem fins lucrativos. Em 2019, o programa foi interrompido e foi retomado em 2023.

Exame de progressão

Outra medida que o Ministério da Saúde estuda voltada aos cursos de Medicina é a criação de uma avaliação de progressão dos estudantes, com provas feitas ao longo de toda a graduação para medir a evolução dos alunos e corrigir possíveis deficiências durante o percurso da graduação. O objetivo é impedir que os alunos cheguem ao final da graduação com lacunas de conhecimento, além de também avaliar os cursos de forma contínua.

O primeiro passo desse projeto foi dado na última semana, quando, junto com o Ministério da Educação (MEC), a pasta anunciou o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed), para avaliar o desempenho de estudantes e os cursos de formação médica, em substituição ao Enade, servindo também como via de acesso a residências médicas.

O Enamed deve começar a ser aplicado em outubro deste ano. Já as provas de progresso ainda não foram instituídas e não têm data prevista.

Esse formato de avaliação aplicada ao longo da formação é "o que existe de melhor no mundo hoje", segundo Padilha, usado mesmo em países como os Estados onde há também um exame obrigatório que habilita os médicos a exercerem a profissão (como propõe um projeto de lei e já ocorre com os advogados no Brasil).

Alguns especialistas defendem, inclusive, que as avaliações de ensino tenham consequências para os cursos - aqueles que tiverem uma média geral ruim seriam impedidos de abrir novas turmas.

Junto ao Conselho Nacional de Educação (CNE), o Ministério da Saúde também está estudando uma atualização das diretrizes curriculares de Medicina, que definem regras gerais do que os cursos de todo o País devem ensinar.