Quem é Nathan Amaral, o jovem violinista brasileiro que ganhou concurso de música nos EUA?

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O violinista brasileiro Nathan Amaral venceu, aos 28 anos, a 27ª edição do Concurso Sphinx em Detroit, nos Estados Unidos, no domingo, 27. Disputando a categoria sênior, entre pessoas de 18 a 30 anos, ele levou US$ 50 mil para casa (cerca de R$ 245,5 mil) e a garantia de apresentar um solo de violino em grandes orquestras do país.

O concurso premia jovens negros e latinos, tocadores de cordas clássicas. Os competidores se apresentam para um painel de jurados internacionalmente renomados e recebem orientação de profissionais consagrados em suas áreas. Os finalistas tocam com a Orquestra Sinfônica Sphinx, a única negra e latina com os melhores músicos dos EUA.

Amaral recebeu o prêmio após apresentar o 1º movimento do Concerto de Violino de Samuel Coleridge-Taylor em G menor na final da disputa. O segundo lugar ficou com o violoncelista norte-americano Aaron Olguin, de 29 anos, que levou US$ 20 mil (R$ 98,1 mil); e o terceiro, com a violinista norte-americana Bethlehem Kelley, de 22 anos, que ganhou US$ 10 mil (R$ 49,1 mil).

Natural do Rio de Janeiro, Amaral começou a aprender violino aos 12 anos em um projeto social que usava a música para tirar as crianças das ruas. Desde então, recebeu diversos prêmios, como o Paul Roczek da Universidade Mozarteum, de Salzburgo, na Áustria, como melhor aluno de violino; e também foi duas vezes vencedor do maior prêmio de violino do Brasil, o concurso Eleazar de Carvalho.

Pouco menos de 30 dias antes de ganhar o Concurso Sphinx, o artista fez um desafio nas redes sociais para mostrar 100 dias de seus treinos. Em uma publicação, após vencer a competição, ele disse "ainda tentar absorver tudo o que aconteceu".

"Finalmente estou em casa e relaxando, tentando absorver tudo o que aconteceu, e treinar é o que me mantém com os pés no chão. Usei o pouco de tempo que tinha para mexer meus dedos lentamente e agradecer meu corpo pela quantidade de trabalho que tivemos nos últimos dias", escreveu ele no Instagram.

Depois, ele contou que se prepara para a segunda etapa de uma audição e agradeceu o apoio dos seguidores. "Muito obrigado a todos pelas várias mensagens amorosas que recebi e por me apoiarem tanto na minha jornada maluca", finalizou.

O público o parabenizou nos comentários. "Parabéns pelo talento e dedicação, você é um orgulho para nós brasileiros!", disse uma pessoa. "Tocou lindíssimo, Nathan! Orgulho de tudo que você tem se tornado! Sempre na torcida por aqui", falou outra.

O Estadão tentou contato com ele para saber melhor sobre sua trajetória, mas não teve retorno até o momento desta publicação. O espaço segue aberto.

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O Ministério da Saúde recebeu esta semana um lote com 1,3 milhão de vacinas contra a Covid-19. Esta é a primeira remessa das 7,4 milhões de doses previstas.

A previsão da Pasta é que a partir da próxima semana os Estados comecem a receber os imunizantes atualizados. A previsão para este ano é aplicar mais de 15 milhões de doses da vacina a todos os públicos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Ministério da Saúde lançou novo edital do Programa Mais Médicos, com previsão de 3.174 vagas. Os profissionais interessados podem se inscrever até 08 de maio.

Das vagas abertas, 3.066 serão distribuídas em 1.620 municípios brasileiros, e 108 destinadas para 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). O objetivo do programa, segundo o Ministério, é fortalecer a assistência médica em regiões remotas e de maior vulnerabilidade social.

Os profissionais selecionados integrarão equipes de Saúde da Família, que oferecem atendimento e acompanhamento mais próximos da população.

A Polícia Civil de São Paulo pediu uma perícia no carro de Fernanda Fazio, esposa de Fernanda Reinecke Bonin, professora de Matemática de 42 anos, que foi encontrada morta na última segunda-feira, 28, na zona sul da capital.

Em depoimento à polícia, Fazio alegou que tivera um problema na caixa de câmbio do seu veículo enquanto se deslocava para a casa da professora no último domingo, 27. Por conta desta falha, que a impedia de continuar dirigindo, ela ligou para Fernanda ajudá-la com o veículo.

Ao sair do prédio para encontrar a companheira, Fernanda Bonin não foi mais vista. Ela foi encontrada já sem vida, no dia seguinte, em um terreno baldio na Avenida João Paulo da Silva, em Vila da Paz, próximo ao Autódromo de Interlagos.

Em depoimento, Fazio alegou que o carro voltou a funcionar 30 minutos depois de pedir socorro à Fernanda. Como a professora não chegou ao local combinado, a esposa se dirigiu ao prédio da vítima, mas ela não estava.

No dia seguinte, a professora não foi trabalhar - ela lecionava na Beacon School, uma escola de alto padrão da zona oeste. Como a esposa não conseguia contato, resolveu comunicar o desaparecimento de Fernanda à polícia.

O Estadão apurou que investigadores da Polícia Civil viram inconsistências no depoimento de Fazio, e que pediram uma perícia no carro da mulher da professora para confirmar que a caixa de câmbio realmente estava com problemas, conforme mencionado em depoimento.

Mesmo com a perícia, Fernanda Fazio não é considerada suspeita, mas apenas averiguada. A defesa dela não foi localizada pela reportagem.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que as as investigações do caso seguem sob sigilo pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e que "a companheira e o pai da vítima já foram ouvidos pela autoridade policial".

"As equipes da unidade seguem empenhadas na análise de imagens que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos e para identificação da autoria do crime", informou a secretaria no comunicado.

Segundo o boletim de ocorrência, ao qual o Estadão teve acesso, a professora de Matemática era casada havia oito anos com Fernanda Fazio, de 45 anos.

Fazia um ano que as duas não moravam juntas, após idas e vindas no relacionamento. Elas frequentavam sessões de terapia de casal e buscavam a reconciliação. Juntas, elas tiveram dois filhos, que se revezavam nas casas das mães.