Matthew Perry: o que se sabe e o que falta saber sobre a morte do Chandler de 'Friends'

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No último sábado, 28, Matthew Perry, o Chandler Bing de Friends, foi encontrado morto na jacuzzi da sua casa, em Los Angeles. O ator faleceu aos 54 anos de idade.

De acordo com o TMZ, a suspeita inicial é de que Matthew tenha se afogado. Nenhuma droga ilícita foi encontrada pela polícia no local. No entanto, havia na casa de Matthew Perry antidepressivos, ansiolíticos e um medicamento para doença pulmonar obstrutiva crônica - usado por quem tem enfisema ou bronquite crônica. Matthew foi fumante boa parte de sua vida. O caso segue em investigação.

O que já se sabe sobre a morte do ator

Um dia após o corpo de Matthew ter sido encontrado, o Los Angeles County Medical Examiner's Office (órgão semelhante ao IML brasileiro) divulgou informações a respeito de seu caso.

Consta nos registros da instituição: "Local da morte: residência"; "Status do corpo: pronto para liberação"; "Status do caso: aberto" e, em relação à causa da morte, permanece em aberto para "investigações adicionais pendentes".

Nesta quarta-feira, 1, exames iniciais revelaram que o ator não foi vítima de overdose de fentanil e metanfetamina. De acordo com o TMZ, esse teste inicial não descarta o exame toxicológico que está em andamento e que pode demorar de semanas a meses para ser finalizado. Portanto, a causa da morte ainda não foi definida.

Como estava Matthew Perry

Transparente sobre a sua luta contra o alcoolismo e o uso de substâncias ilícitas, Matthew Perry passava por um bom momento em sua vida.

"Ele estava muito bem, o que torna tudo ainda mais injusto. Eu fiquei muito feliz em ver aquilo. Ele estava em um lugar emocionalmente melhor. Ele parecia bem, tinha parado de fumar. Ele estava sóbrio", conta Marta Kauffman em entrevista ao Today Show. "Ele aprendeu coisas nessa jornada. E ele entendeu que queria ajudar outras pessoas com problemas de vício. E isso deu propósito para ele."

O seu bom estado também estava se refletindo em algumas mudanças em sua vida. Desde 2020, o ator havia deixado para trás a luxuosa mansão de Malibu e se mudou para Los Angeles, para uma casa mais modesta.

No dia da sua morte, o ator praticou exercícios por duas horas antes de voltar para a sua casa. Quando chegou ao local que foi encontrado, Matthew pediu para que o seu assistente fizesse uma tarefa, ficando sozinho em sua mansão. Quando o assistente retornou, o encontrou na jacuzzi.

Reação do público, do elenco de Friends e da família

A morte de Matthew Perry foi sentida por muitos de seus fãs. Nas ruas de Nova York, próximo do prédio que servia de cenário para o apartamento do elenco de Friends, pessoas deixaram a sua homenagem ao ator.

De acordo com David Crane, um dos criadores de Friends, essa repercussão poderia até não surpreender o ator, que estava familiarizado com a grandiosidade da série, mas ele acredita que, talvez, Matthew não conseguisse internalizar o amor que ele recebia.

No domingo, 29, após o seu corpo ser liberado pelo Los Angeles County Medical Examiner's Office (órgão semelhante ao IML brasileiro), a família do ator se pronunciou.

"Nós estamos de coração partido pela trágica perda de nosso amado filho e irmão. Matthew trouxe tanta alegria para o mundo, tanto como ator quanto como amigo. Vocês todos significaram muito para ele, e nós agradecemos às demonstrações de amor", disseram à People.

Na segunda-feira, 30, Jennifer Aniston, Courteney Cox, David Schwimmer, Matt LeBlanc e Lisa Kudrow, o elenco principal de Friends, também se pronunciaram sobre o ocorrido a partir de um comunicado em conjunto.

"Estamos todos absolutamente devastados com a perda de Matthew. Éramos mais do que simples colegas de elenco. Somos uma família", diz a declaração publicada com exclusividade para a People. "Há tanto a ser dito, mas neste momento vamos nos permitir um instante para lamentar e processar esta perda inimaginável."

Com o tempo, falaremos mais, quando e como formos capazes", continua a declaração. "Por agora, nossos pensamentos e nosso amor estão com a família de Matty, seus amigos e todos que o amaram ao redor do mundo."

Informações sobre o velório e o enterro ainda não foram divulgadas.

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) e o Ministério da Justiça informaram ter impedido um ataque a bomba que ocorreria no show da cantora americana Lady Gaga na Praia de Copacabana neste sábado, 3. O líder do grupo criminoso e autor do plano foi preso e um adolescente foi apreendido, de acordo com a PCERJ.

De acordo com a Polícia, o homem responde por porte ilegal de arma de fogo, no Rio Grande do Sul. Já o adolescente foi apreendido por armazenamento de pornografia infantil no Rio. Um terceiro suspeito foi alvo de busca e apreensão em Macaé, na Região dos Lagos do Rio. Segundo a PCERJ, ele ameaçou matar uma criança ao vivo, e responde por terrorismo e induzimento ao crime.

A operação foi batizada de Fake Monster - os fãs de Gaga são apelidados de little monsters, ou monstrinhos. De acordo com a Polícia, os envolvidos no plano de ataque recrutavam participantes, inclusive adolescentes, virtualmente.

O objetivo era promover ataques coordenados com uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov. Os criminosos tratavam o plano como um "desafio coletivo" e buscavam ganhar notoriedade nas redes sociais, segundo a PCERJ. O grupo disseminava discurso de ódio contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.

Segundo a Polícia, os alvos das operações "atuavam em plataformas digitais, promovendo a radicalização de adolescentes, a disseminação de crimes de ódio, automutilação, pedofilia e conteúdos violentos como forma de pertencimento e desafio entre jovens".

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nas cidades fluminenses Rio, Niterói, Duque de Caxias e Macaé. Além disso, os policiais também cumpriram mandados nos municípios de Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista, no Estado de São Paulo; São Sebastião do Caí, no Rio Grande do Sul; e Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso. Os agentes apreenderam dispositivos eletrônicos e outros materiais para perícia.

A Polícia informou que organizou a operação com "discrição e precisão" para evitar pânico e distorção de informações entre os frequentadores do show.

A ameaça foi identificada pela Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil. O Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública produziu um relatório técnico com as ameaças digitais.

Participaram da ação a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), a Delegacia Policial da Tijuca (19ª DP) e Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). As polícias locais dos Estados que tiveram mandados de busca e apreensão também colaboraram.

O cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, afirmou neste domingo, 4, que "o próximo papa não será uma xerox do papa Francisco". A declaração foi feita a um grupo de jornalistas depois de uma missa que celebrou na igreja de Sant'Andrea al Quirinale, da qual é titular em Roma.

Ao ser perguntado sobre os rumos das congregações gerais, reuniões que os cardeais estão realizando para debater temas e o perfil do próximo papa, Scherer disse: "Vamos deixar-nos surpreender".

"O menino que seria canonizado, Carlo Acutis, dizia que Deus não gosta de fotocópias, gosta de originais. Tem continuidade e descontinuidade: descontinuidade porque não é mais o mesmo papa que está adiante. Agora a continuidade é cuidar da Igreja, da missão da Igreja, as preocupações em relação à evangelização", afirmou.

Na homilia da missa em sua igreja, o cardeal afirmou que vários cardeais celebraram em suas igrejas titulares pedindo pela alma do papa Francisco e agradecendo pelos frutos de seu pontificado.

Também pediu orações pela realização do conclave: "Agora os cardeais estão por escolher um novo pontífice. Como será? Como se chamará? Tantas são as especulações, e é tudo o que podemos fazer. Todos podem ter a própria ideia sobre quem escolher, mas é importante que seja escolhido aquele que Deus quer, que seja confirmado aquele que o Espírito Santo indica".

Desde a morte de Francisco no último dia 21, os cardeais tiveram nove congregações gerais, em que abordaram os desafios que o próximo líder da Igreja Católica enfrentará, como abusos sexuais, escândalos financeiros e desafios da unidade e da evangelização.

A esposa da professora que foi encontrada morta, na segunda-feira, 28, na zona sul de São Paulo, prestou um depoimento de mais de três horas à Polícia Civil, nessa sexta, 2. Fernanda Fazio, de 45 anos, foi casada durante oito anos com a professora assassinada, Fernanda Reinecke Bonin, de 42 anos. Há cerca de um ano, o casal se separou, mas estava tentando uma reconciliação.

Fernanda Fazio confirmou a versão de ter pedido ajuda à mulher depois que seu carro teve uma avaria na zona oeste da capital. Ela estava com os dois filhos do casal. O pai da professora também foi ouvido pelo delegado, mas não há detalhes do seu depoimento.

A polícia pediu uma perícia no carro de Fernanda Fazio. A análise técnica pode confirmar se o veículo teria sofrido a avaria no câmbio, o que motivou a saída da professora Fernanda Bonin de seu apartamento, na noite de domingo, 27, para socorrer a esposa.

Ela não chegou ao local combinado. Seu corpo foi encontrado sem vida, no dia seguinte, em um terreno baldio, na Avenida João Paulo da Silva, em Vila da Paz, próximo ao autódromo de Interlagos. Ela tinha um cadarço atado ao pescoço e marcas de possível estrangulamento.

A perícia no carro não coloca a companheira da professora na condição de suspeita. Ela é apenas averiguada, ou seja, sua versão sobre o defeito no carro está sendo verificada nesta fase de coleta de indícios pela investigação. A reportagem não localizou a defesa dela.

A esposa alegou que, naquela noite, levava os filhos gêmeos do casal para o apartamento de Fernanda, mas o carro teve um problema na troca de marchas e parou na Avenida Jaguaré, na zona oeste. Ela, então, pediu ajuda à mulher e mandou sua localização. O câmbio do carro teria voltado a funcionar meia hora depois. Fernanda Fazio foi ao prédio, mas a portaria informou que sua mulher não estava.

No dia seguinte, a professora não foi trabalhar - ela lecionava na Beacon School, escola particular da zona oeste. Sem conseguir contato com Fernanda Bonin, a esposa comunicou à polícia o desaparecimento dela.

Sigilo para resguardar provas

A Polícia Civil de São Paulo impôs sigilo nas investigações sobre o assassinato da professora Fernanda Bonin. O sigilo em um inquérito policial é decretado para facilitar a coleta e resguardar as provas, bem como possibilitar a realização de diligências, sem que os investigados ou outros envolvidos possam ser alertados, comprometendo a investigação.

No caso da professora, o resguardo das informações foi determinado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), as equipes de investigação estão empenhadas na análise de imagens que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos.

Além de imagens de câmeras dos circuitos interno e externo do prédio onde a professora residia, foram coletados os registros de câmeras de monitoramento nas ruas da possível rota feita pela SUV Hyundai Tucson dirigida pela professora. As buscas pelas imagens se estenderam à avenida vizinha do local onde o corpo foi encontrado.

Um dos focos da investigação é localizar a Tucson e o celular que foram levados da professora. Ela portava o aparelho quando desceu sozinha pelo elevador do prédio, naquela noite. Próximo ao horário em que o corpo de Fernanda Bonin foi encontrado, o celular dela ainda recebia chamadas. Depois, foi desligado ou ficou sem bateria. A polícia aguarda também os laudos da necropsia no corpo para estabelecer as causas da morte e o resultado da perícia feita no local em que o corpo foi achado.

Segundo o boletim de ocorrência, ao qual o Estadão teve acesso, a professora era casada havia oito anos com Fernanda Fazio. Elas tiveram dois filhos. Há um ano, com problemas no relacionamento, as duas deixaram de morar juntas e se revezavam na guarda das crianças. O casal passou a fazer terapia em busca de reconciliação.

Depois que o corpo de Fernanda foi encontrado com marcas de violência, a polícia iniciou a investigação de crime de latrocínio - roubo seguido de morte. Essa foi a impressão inicial, uma vez que os bens da vítima - o carro e o celular - teriam sido levados pelo autor ou autores do crime. Assim que as apurações tiveram início, no entanto, a polícia mudou o rumo da investigação e, sem descartar o latrocínio, investiga também o crime de homicídio doloso - morte intencional.