Motorista que atropelou Kayky Brito critica ator e família após pedido por reencontro

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O motorista que atropelou o ator Kayky Brito, Diones Coelho da Silva, criticou o ator e a família após uma série de pedidos por um reencontro. Segundo o condutor, ele não teve retorno das mensagens que enviou ao artista depois da alta do hospital.

"Já tentei contato e não tive retorno. Sinto algo muito frio da parte de lá, com relação a poder vê-lo. Quero dar um abraço nele, preciso disso para selar e tirar algo de dentro de mim", declarou Diones em uma entrevista ao portal iG. O motorista contou sentir uma "resistência" da família por uma conversa entre os dois.

Ele disse ter enviado mensagens a Sthefany Brito, irmã do ator, mas relatou que não obteve retorno. Em contato com a assessoria da atriz, o condutor foi informado de que iria "ver Kayky no momento certo". "Sinto muito frio o contato de lá para cá", afirmou.

Em relação ao ator, o motorista comentou que também não teve respostas de Kayky às mensagens que lhe enviou e criticou não ter tido o nome citado no vídeo que o artista gravou após receber alta. "Agradeceu ao motorista e o motorista tem nome, Diones Coelho da Silva, trabalhador, do bem, que só quer encontrar com ele, dar um abraço, selar e virar a página", declarou.

Após a repercussão das falas, Diones publicou um story no Instagram dizendo que não pretende mais comentar o caso. "A partir de hoje, quero virar essa página. [...] Não tenho ressentimentos em meu coração por ninguém, nem por qualquer comentário na internet. Continuo amando a cada um", escreveu.

O Estadão entrou em contato com a assessoria de Kayky Brito pedindo um posicionamento sobre as declarações do motorista, mas não obteve retorno até o momento da publicação. O espaço segue aberto.

Diones comentou em vídeo publicado por Kayky Brito após a alta

Após ter recebido alta, Kayky publicou um vídeo no último dia 10 em que agradecia a Diones. "Obrigado todos vocês, meus fãs, que mandaram mensagem, obrigado ao motorista que salvou minha vida, obrigada a minha família, beijo no coração", disse.

À época, o motorista realizou um comentário na publicação em que pedia pelo reencontro. "Quero muito poder te dar um abraço, estar com você. Estou aguardo seu contato para esse momento que espero tanto", escreveu.

Kayky foi atropelado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, no dia 2 de setembro. Diones chegou a prestar socorro ao ator, que foi atendido pelo Corpo de Bombeiros. O artista sofreu politraumatismos e ficou internado por 27 dias no Hospital Copa D'Or, na capital fluminense.

No dia 27 de setembro, a Polícia Civil concluiu o inquérito do atropelamento e informou que o condutor não responderia por nenhum crime. Conforme as investigações, ele estava abaixo do limite da velocidade permitida e prestou socorro.

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Um motorista de ônibus é feito de refém nesta quarta-feira, 30, na Avenida José Pinheiro Borges, na região de Itaquera, zona leste da capital.

A Polícia Militar foi acionada e, segundo a secretaria estadual da Segurança Pública, um homem com uma faca abordou um ônibus do transporte público e mantém o motorista refém desde por volta das 17h40.

O veículo, que faz a linha 407L-10 (Barro Branco - Guilhermina Esperança), está sem passageiros nem cobrador - os únicos ocupantes são sequestrador e refém.

O ônibus é da empresa Express Transportes Urbanos. Segundo funcionários da firma, o sequestrador é um ex-funcionário da empresa. O refém é funcionário da empresa há mais de 20 anos, segundo as mesmas fontes, e estava encerrando o expediente quando foi rendido.

O Corpo de Bombeiros e o Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) foram acionados e acompanham a ocorrência, que ainda está em andamento. A via, sentido centro, foi totalmente bloqueada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Agentes do GATE especializados em negociação tentam convencer o homem a se entregar. Atiradores estão posicionados para disparar contra o homem, caso seja necessário para preservar a vida do motorista.

Um motorista de ônibus é feito de refém nesta quarta-feira, 30, na Avenida José Pinheiro Borges, na região de Itaquera, zona leste da capital.

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O Corpo de Bombeiros e o Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) foram acionados e acompanham a ocorrência, que ainda está em andamento.

Agentes do GATE especializados em negociação tentam convencer o homem a se entregar.

O Ministério da Saúde quer direcionar recursos financeiros para vagas de pós-graduação médica em áreas com poucos médicos no Sistema Único de Saúde (SUS), como patologia clínica e oncologia. A proposta foi anunciada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a divulgação do estudo Demografia Médica da Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) nesta quarta-feira, 30.

"Queremos fazer uma parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB) para que essas pós-graduações aconteçam nas vagas prioritárias que o SUS mais precisa e onde precisa. O Ministério da Saúde está disposto, inclusive, a ter um acordo financeiro, colocar recursos para direcionar essas vagas", disse o ministro.

Essas pós-graduações em Medicina têm características bastante heterogêneas, conforme mostra o estudo Demografia Médica. Podem ser presenciais ou EAD, com ou sem prática, com pelo menos 360 horas e não possuem uma fiscalização ou regulamentação. Por outro lado, as residências médicas, consideradas o padrão-ouro para especialização na Medicina, têm uma carga horária de cerca de 3.000 horas anuais, são majoritariamente práticas e realizadas com supervisão médica em hospitais ou unidades de saúde.

As pós-graduações latu sensu em Medicina têm crescido exponencialmente no Brasil, ocupando uma lacuna deixada pelo déficit de vagas em residências médicas no País em comparação com a alta de médicos graduados. A expectativa é de que neste ano quase 35 mil médicos recém-formados saiam das faculdades, concorrendo a menos de 20 mil vagas de acesso direto ao primeiro ano de residência.

Para obter o título de especialista, o médico pode fazer a residência (que confere o título automaticamente) ou então prestar a prova da sociedade que representa cada especialidade (o que pode ser feito após uma pós-graduação, mas não há essa obrigação). Nem todas as especialidades médicas, porém, têm provas de título - o que, na prática, faz com que só seja possível se tornar especialista por meio da residência.

'Mais Médicos' para residências

Padilha falou sobre a criação de um grupo de instituições de excelência para apoiar a formação de residentes em áreas remotas, onde há uma baixa relação de médicos por habitante. Disse ainda que está estudando um conjunto de ações voltadas para as residências médicas que ainda será anunciado.

"O principal desafio é como a residência vai chegar nessas regiões com menor número de médicos", disse o ministro. "O estudo (Demografia Médica) dá todos os elementos de onde nós precisamos jogar esforços para expandir com qualidade programas de residência médica", completou.

A criação de especializações médicas nesses locais é uma estratégia pensada pelo Ministério da Saúde, pois os estudos mostram que as residências são as principais responsáveis pela fixação futura de profissionais nas cidades (muito mais do que as graduações).

"Seria uma espécie de Mais Médicos para as especialidades que precisam em determinadas regiões do País e faz um condutor financeiro para que o especialista vá para essa região e permaneça no SUS depois", explicou o ministro.

Para cumprir esse objetivo de incentivar a formação de especialistas em áreas e regiões prioritárias para o SUS, o Ministério da Saúde criou, em 2009, o programa federal Pró-Residências, que financia bolsas de residência médica em instituições públicas e privadas sem fins lucrativos. Em 2019, o programa foi interrompido e foi retomado em 2023.

Exame de progressão

Outra medida que o Ministério da Saúde estuda voltada aos cursos de Medicina é a criação de uma avaliação de progressão dos estudantes, com provas feitas ao longo de toda a graduação para medir a evolução dos alunos e corrigir possíveis deficiências durante o percurso da graduação. O objetivo é impedir que os alunos cheguem ao final da graduação com lacunas de conhecimento, além de também avaliar os cursos de forma contínua.

O primeiro passo desse projeto foi dado na última semana, quando, junto com o Ministério da Educação (MEC), a pasta anunciou o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed), para avaliar o desempenho de estudantes e os cursos de formação médica, em substituição ao Enade, servindo também como via de acesso a residências médicas.

O Enamed deve começar a ser aplicado em outubro deste ano. Já as provas de progresso ainda não foram instituídas e não têm data prevista.

Esse formato de avaliação aplicada ao longo da formação é "o que existe de melhor no mundo hoje", segundo Padilha, usado mesmo em países como os Estados onde há também um exame obrigatório que habilita os médicos a exercerem a profissão (como propõe um projeto de lei e já ocorre com os advogados no Brasil).

Alguns especialistas defendem, inclusive, que as avaliações de ensino tenham consequências para os cursos - aqueles que tiverem uma média geral ruim seriam impedidos de abrir novas turmas.

Junto ao Conselho Nacional de Educação (CNE), o Ministério da Saúde também está estudando uma atualização das diretrizes curriculares de Medicina, que definem regras gerais do que os cursos de todo o País devem ensinar.