'Rainha da Sucata': Relembre a história da novela que volta no 'Vale a Pena Ver de Novo'

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Clássico da teledramaturgia brasileira, Rainha da Sucata volta à programação da Globo a partir do dia 3 de novembro, no Vale a Pena Ver de Novo. A novela, que marcou os anos 1990, substitui A Viagem na faixa vespertina e chega às telas 35 anos após sua primeira exibição.

Ambientada na cidade de São Paulo, a história acompanha o choque entre a nova burguesia e a elite tradicional em decadência. No centro desse conflito estão Maria do Carmo (Regina Duarte), uma jovem que conquistou a independência financeira sem abandonar suas origens humildes, e Laurinha Figueroa (Glória Menezes), uma socialite acostumada a privilégios que luta para manter seu status.

Maria do Carmo transforma o negócio de ferro-velho da família em uma empresa de sucesso, mas mantém sua vida ligada às raízes simples do bairro de Santana, onde mora com os pais, Onofre (Lima Duarte) e Neiva (Nicette Bruno).

Ela começa um romance com Edu Figueroa (Tony Ramos), antigo amor que a desprezou no passado. Para ajudar a família dele, que enfrenta dificuldades financeiras, a jovem propõe um casamento estratégico. Ao se mudar para o elegante casarão nos Jardins, ela se depara com a hostilidade de Laurinha, que faz de tudo para desestabilizá-la.

Além das disputas familiares, Maria do Carmo enfrenta problemas nos negócios. Renato Maia (Daniel Filho), administrador de sua empresa, se mostra corrupto e provoca perdas significativas. Entre intrigas e traições, a protagonista precisa lidar com desafios que colocam à prova sua integridade.

Nos capítulos finais, Laurinha causa a morte do marido Betinho (Paulo Gracindo) e tenta incriminar Maria do Carmo antes de seu próprio fim trágico, ao se jogar de um prédio na Avenida Paulista. A protagonista, entretanto, consegue superar as acusações e retoma sua vida com dignidade, fechando a história com a confirmação do amor de Edu.

O elenco de Rainha da Sucata conta ainda com Aracy Balabanian, Antônio Fagundes, Renata Sorrah, Raul Cortez, Claudia Raia, Marisa Orth, Andrea Beltrão, Patrícia Pillar, Marcello Novaes, Lolita Rodrigues e Cleyde Yáconis. A trama, escrita por Silvio de Abreu e dirigida por Jorge Fernando, foi exibida no horário nobre em 1990.

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Mais duas pessoas morreram no Paraná na última quarta-feira, 22, após serem intoxicadas por metanol com o consumo de bebida alcoólica adulterada. Os óbitos elevam para três a quantidade de mortes confirmadas no Estado pela intoxicação com a substância.

A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) por meio de nota. As mortes não entraram no balanço apresentado pelo Ministério da Saúde no mesmo dia, que ainda registrava apenas uma morte no território paranaense.

Uma das vítimas era uma mulher de 41 anos, moradora de Curitiba, que estava internada em estado grave desde o dia 11 de outubro. "Ela possuía doenças crônicas e outras comorbidades", informou a Sesa.

A segunda morte é de um homem de 43 anos, residente em Almirante Tamandaré, na região metropolitana da capital. Ele deu entrada em um serviço de saúde de Curitiba na última segunda-feira, 20, como caso suspeito. No dia seguinte, um exame laboratorial confirmou a intoxicação por metanol.

Ao todo, o Paraná já tem seis casos confirmados de intoxicação pela substância: quatro em Curitiba, um em Almirante Tamandaré e um em Foz do Iguaçu. Desses, três resultaram em morte. Conforme o governo, os demais não estão mais internados.

Antes da mulher de Curitiba e do homem de Almirante Tamandaré, a primeira morte no Estado foi de um homem de 55 anos, morador de Foz do Iguaçu.

Com base o balanço mais recente do Ministério da Saúde, divulgado na quarta-feira - que não contabilizou as duas mortes mais recentes no Paraná -, o Brasil registra dez mortes e 53 casos confirmados em todo o território nacional de intoxicação por metanol. A maioria das ocorrências está concentrada em São Paulo, com sete mortes e 42 casos confirmados.

O metanol é uma substância tóxica que não pode ser identificada pelo cheiro ou pelo sabor, nem provoca alterações visíveis nas bebidas. Mesmo em pequenas quantidades, pode levar uma pessoa à morte.

Os sinais de intoxicação costumam aparecer entre seis e 72 horas após a ingestão e podem ser confundidos com uma ressaca. Os sintomas iniciais incluem dor de cabeça, náuseas, vômitos, sonolência, falta de coordenação, tontura e confusão mental.

Entre as consequências mais graves estão dor abdominal intensa, alterações visuais (como visão embaçada, pontos escuros, sensibilidade à luz ou cegueira súbita), dificuldade para respirar, convulsões e coma.

O governo federal publicou, em edição extra do Diário Oficial da União desta sexta-feira, 24, que estabelece regras para o pagamento de diárias a agentes públicos participantes da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). Os valores chegam a R$ 800 por pessoa.

São considerados os deslocamentos de servidores civis, empregados públicos, contratados por tempo determinado e colaboradores eventuais, da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.

No intervalo de 27 de outubro a 5 de novembro, os valores individuais das diárias serão de R$ 800, um aumento de R$ 100 em relação ao pagamento que geralmente é feito para deslocamento a capitais como Belém (PA).

Esses valores estão definidos em outro decreto de 2006. No decreto publicado nesta sexta, o governo não decidiu novos valores, mas vinculou as diárias a parâmetros já estabelecidos. No período de 6 a 21 de novembro, os valores individuais das diárias variam de R$ 380,00 a R$ 800,00, dependendo do cargo.

Conforme previsão legal, há indenização no valor de R$ 157,01 aos servidores que se afastarem do seu local de trabalho, sem direito à percepção de diária, para execução de trabalhos de campo, por exemplo. Além disso, há um adicional de embarque e desembarque no valor de R$ 95,00.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou na quinta-feira, 23, a suspensão da comercialização, manipulação, divulgação e uso de todos os medicamentos manipulados da Elmeco Serviços Farmacêuticos e Treinamento Profissional.

O hormônio Nesterone e os implantes de testosterona manipulados, conhecidos como "chips da beleza", também foram proibidos.

Em nota, a Elmeco informou que fez as adequações exigidas e que, no último dia 15, enviou à vigilância sanitária regional um plano de ação para comprovar que suas operações estão dentro das normas.

A empresa também declarou que discorda da decisão da Anvisa e que pretende tomar todas as medidas necessárias para esclarecer o caso e comprovar a regularidade de suas atividades.

Medicamentos manipulados

Segundo a Anvisa, a suspensão dos medicamentos manipulados foi determinada após a "comprovação da manipulação irregular e da adulteração generalizada de todos as preparações estéreis da empresa, causadas por falhas nas boas práticas de manipulação".

De acordo com a agência, essas falhas representam um grande risco de contaminação cruzada e microbiana. As preparações, diz a Anvisa, precisam ser feitas em um ambiente totalmente esterilizado para evitar contaminações e garantir a segurança de quem vai usá-las. Qualquer impureza ou microrganismo pode representar risco à saúde.

Hormônios

No caso do Nesterone, hormônio usado para inibir a menstruação e seus efeitos, como cólicas intensas, sangramentos excessivos e tensão pré-menstrual, a suspensão foi determinada porque o produto é considerado irregular. Segundo a Anvisa, "ele nunca teve a sua eficácia e segurança comprovadas".

Já os implantes de testosterona estão suspensos porque foram embalados de forma inadequada, em frasco-ampola, sem estudos que comprovem a limpeza e esterilização corretas dos recipientes e tampas. Sem essa validação, a agência entende que há alto risco de contaminação por substâncias bacterianas.

Os implantes, conhecidos como "chips da beleza", são dispositivos de silicone inseridos sob a pele - geralmente nos glúteos ou no abdômen - para liberar substâncias de forma contínua.

Em outubro do ano passado, a Anvisa chegou a proibir a venda desse tipo de implante. Um mês depois, voltou atrás e autorizou a comercialização com restrições. Ainda assim, a própria agência mantém ressalvas, deixando claro que esses produtos não possuem eficácia comprovada e não estão isentos de riscos.