Hoje é Dia do Poeta: 5 livros de autores contemporâneos que você precisa conhecer

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O Dia do Poeta, celebrado nesta segunda-feira, 20 de outubro, é um convite para mergulhar na produção recente da poesia brasileira e conhecer autores que renovam o gênero com diferentes olhares e linguagens.

A seleção reúne de nomes consagrados a novas vozes da cena literária e dos slams e a diversidade de temas e formas revela a vitalidade da poesia no País.

Entre os destaques, Fullgás, que revisita a obra de Antonio Cícero, um dos principais poetas e letristas brasileiros; Coisa Feita - Dois Preto Apaixonado na Cama, do poeta baiano Jordan, que propõe uma reflexão sobre corpo, erotismo e identidade negra, e Um Buraco Com Meu Nome, de Jarid Arraes, que reafirma a força de sua escrita voltada à experiência feminina e à resistência cotidiana.

Completando a lista estão os livros As Cidades, no qual Caetano W. Galindo transforma a geografia do Brasil em exercício de linguagem, e a antologia Amor e Fúria - Slammers que Escrevem apresenta poetas da cena da poesia falada que transformam suas vozes em manifestação política e artística.

Fullgás

A antologia Fullgás resgata a produção poética de Antonio Cicero, que morreu há um ano. O volume reúne os livros Guardar (1996), A Cidade e os Livros (2002) e Porventura (2012), além de textos inéditos, poemas esparsos e letras de música que marcaram sua trajetória, entre elas Pra Começar, Fullgás e O Último Romântico. A edição conta ainda com posfácio de Noemi Jaffe.

Editora: Companhia das Letras (240 págs.; R$ 79,90; R$ 29,90 o e-book; R$ 39,90 o audiolivro)

Coisa Feita - Dois Preto Apaixonado na Cama

No livro Coisa Feita - Dois Preto Apaixonado na Cama, o poeta, dramaturgo e compositor baiano Jordan propõe um exercício de revisão das representações culturais e literárias da masculinidade negra na tradição poética ocidental. Para isso, ele formula o conceito de poesia "HomoAfroErótica" para discutir corpo, erotismo e identidade como práticas de resistência e reconstrução simbólica.

Editora: Reformatório (124 págs.; R$ 54)

Um Buraco Com Meu Nome

No livro Um Buraco Com Meu Nome, Jarid Arraes aborda temas como o corpo feminino negro, a desigualdade e a busca por abrigo simbólico e social. Organizados em cinco partes - "Selvageria", "Fera", "Corpo Aberto", "Caverna" e "Inéditos" -, os poemas propõem reflexão sobre as condições de existência e resistência no presente. A edição é ilustrada pela própria autora.

Editora: Alfaguara (176 págs.; R$ 69,90; R$ 29,90 o e-book)

As Cidades

Em As Cidades, Caetano W. Galindo compõe um poema a partir dos 5.571 nomes de municípios brasileiros, organizados em ordem alfabética. O projeto nasce de uma proposta de "escrita não criativa", em que o autor explora a potência poética das palavras existentes e seu valor histórico e linguístico. O livro inclui também um ensaio em que Galindo comenta o processo de criação e as relações entre linguagem, geografia e representação.

Editora: Círculo de Poemas (40 págs.; R$ 47,90)

Amor e Fúria - Slammers que Escrevem

A antologia Amor e Fúria reúne poetas da cena de slam que utilizam a escrita como espaço de expressão e resistência. Os textos discutem temas sociais e políticos ligados à liberdade, diversidade, amor, desigualdade e direitos civis. Organizada por Mariana Félix e João Pinheiro, a coletânea reflete o caráter performático e coletivo da poesia falada, propondo diálogo entre criação literária e militância.

Editora: WMF Martins Fontes (128 págs.; R$ 59,90)

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Os investigadores da Polícia Federal (PF) responsáveis pela segunda fase da Operação Mafiusi encontraram na rede de transações milionárias depósitos que somam R$ 120 mil ligados a Patrícia Soriano, irmã de Roberto Soriano, o Tiriça - integrante da Sintonia Final do Primeiro Comando da Capital (PCC) e um dos principais rivais de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, dentro da facção. Segundo a PF, Patrícia recebeu uma transferência direta de R$ 40 mil dos operadores do esquema, além de outros R$ 80 mil enviados a empresas nas quais ela atuaria como sócia oculta.

Mensagens extraídas do celular de Klaus Cristhian Volker, preso preventivamente na quinta-feira (16) e apontado como principal operador da rede criminosa, indicam ligação direta entre ele, o ex-policial e doleiro do esquema, Maicon Adriano Vieira Maia, e Patrícia Soriano. As conversas mostram que a irmã de Tiriça estava por trás das empresas Artek Automatização e Refrigeração e Dakor Comércio e Representações de Roupas - companhias de fachada, segundo a PF, utilizadas para lavar quantias exorbitantes do tráfico internacional de drogas.

Os repasses foram feitos pela empresa RMD Instituição de Pagamento Ltda, pertencente ao ex-policial Maicon, apontado pela PF como articulador da estrutura ilícita em São Paulo. Preso na quinta-feira, Maicon deixou a corporação em novembro de 2023, mas, segundo a investigação, começou a operar o esquema ainda fardado.

Em dezembro de 2022, Volker e Maicon discutiram transferências a empresas ligadas à irmã do chefão do PCC, conhecido por ser extremamente violento e cunhado como "psicopata" pelo próprio Marcola. Nas mensagens, Maicon repassou a Klaus os dados da empresa Artek Automatização para transferência de valores. Klaus, então, respondeu com os dados da conta física de Patrícia Soriano.

Após alguns questionamentos e solicitações por parte de Klaus, o ex-policial e doleiro encaminhou dois comprovantes: um em favor da Dakor Comércio de Roupas no valor de R$ 80 mil e outra na conta direta de Patrícia Soriano, no valor de R$ 40 mil, ambos oriundos da RMD, empresa de Maicon.

O Estadão busca contato com as defesas.

A irmã de Tiriça também é viúva de Edmilson de Menezes, o Grilo, líder da facção paulista que morreu atropelado em outubro de 2024 enquanto peregrinava pela Via Dutra, em Santa Isabel, no interior de São Paulo, a caminho do Santuário de Aparecida. Antes de morrer, Grilo mantinha conversas com Klaus por intermédio do irmão, Edilson.

Grilo também era apontado como sócio de Willian Barile Agati, conhecido como 'Concierge do PCC' e denunciado como chefe do esquema de tráfico de drogas no Paraná na primeira fase da operação.

Agati e Grilo teriam se aliado a traficantes da Máfia dos Bálcãs e da 'Ndrangheta, a máfia da Calábria, região no sul da Itália, a mais potente organização criminosa da Europa, por meio dos chefões Nicola Assisi, o Fantasma, e Rocco Morabito, conhecido como U'Tamunga. A cocaína saía de portos como Paranguá (PR) em navios ou por meio de aviões e era enviada à Espanha, Bélgica e Itália.

Em julho de 2023, o irmão de Grilo intermediou junto a Klaus a compra de um imóvel em nome do então marido de Patrícia Soriano. Segundo a PF, as mensagens indicam que Klaus atuou como intermediário, encaminhando as ordens do líder do PCC ao advogado responsável pelo contrato do imóvel, localizado na Rodovia D. Pedro I, Km 20, sentido Jacareí-Campinas.

Meses depois, em outubro, Klaus enviou ao irmão de Grilo um documento do Ministério Público de São Paulo que confirmava o arquivamento de uma investigação contra o líder da facção por tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Na mensagem, Klaus pediu que o material fosse repassado ao "amigo", em referência a Grilo, e celebrou o desfecho do caso dizendo "graças a Deus".

Velha conhecida

Patrícia Soriano já havia sido citada na primeira fase da Operação Mafiusi, deflagrada em março de 2025, que revelou novos repasses de empresas de transporte público de São Paulo para a facção criminosa.

Entre as companhias investigadas pela PF estava a Movebuss, responsável por cerca de 630 ônibus na capital, na área D8, integrante do grupo local de distribuição do sistema municipal de transporte. À época, os investigadores identificaram que a empresa havia feito transferências para pessoas sob suspeita de ligação com o PCC.

Uma delas era Patrícia Soriano, que supostamente recebeu R$ 227.918,38 da empresa. Ainda segundo a PF, a irmã de Tiriça omitiu os valores nas declarações de renda, tanto como pessoa física quanto jurídica. Os investigadores também encontraram indícios de um padrão de vida de luxo mantido pela família Soriano, com publicações nas redes sociais que ostentavam viagens internacionais, carros, helicópteros e presentes caríssimos.

"As redes sociais se tornaram uma janela para a vida das pessoas, permitindo que compartilhem suas experiências, momentos e estilos de vida. Uma análise das contas públicas do Instagram das filhas de Patricia Soriano revelou um alto padrão de vida, destacando o poder das mídias sociais em fornecer insights sobre a vida de indivíduos e famílias", escreveu o delegado Eduardo Verza, do Grupo de Especial de Investigações Sensíveis (GISE), da PF.

O delegado disse ainda que integrantes da família Soriano "têm mostrado ao mundo suas viagens extravagantes a destinos como Paris, Milão e Veneza". "Elas compartilham fotos e vídeos de suas experiências em hotéis de luxo, e pontos turísticos icônicos. Além disso (...) frequentemente participam de eventos exclusivos e festas."

A reportagem tentou contato com Patrícia por meio de sua empresa, a Patrícia Soriano Transportes, mas o telefone e o e-mail registrados pertencem ao escritório de contabilidade que registrou a companhia.

Com a palavra, o advogado Eduardo Maurício, que representa Willian Agatti

"Willian Barile Agatti (e nenhuma de suas empresas) foram alvo de busca e apreensão e muito menos de mandado de prisão preventiva, já que não possui nenhuma relação com as pessoas e empresas alvo da Operação Mafiusi (fase 2).

E, no tocante à Operação Mafiusi (fase 1), Agatti é alvo de perseguição e comprovará na instrução processual sua inocência, e espera decisão do STJ nos autos do Habeas Corpus que requer a revogação de sua prisão preventiva em pleiteará diversas nulidades insanáveis em momento oportuno."

Agentes da Receita Federal apreenderam nesta segunda-feira, 20, em Porto Belo, Santa Catarina, 571 celulares iPhone dentro de uma aeronave que partiu de Foz do Iguaçu, no Paraná, com destino ao estado catarinense. A carga, de origem estrangeira, é avaliada em R$ 3 milhões.

O piloto da aeronave, um homem de 58 anos e já preso em São Paulo por transporte irregular de celular, e seu ajudante, de 34, foram presos em flagrante pelo crime de descaminho. Eles foram conduzidos para a delegacia da Polícia Federal em Florianópolis. A identidade dos suspeitos não foi informada e, por isso, não foi possível localizar a defesa.

A apreensão aconteceu por volta das 9h, no Aeroporto Costa Esmeralda, durante uma operação de inteligência das Equipes de Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal.

O avião monomotor modelo RV-10, que decolou da região de Foz do Iguaçu, foi abordado com mais de 570 aparelhos no seu interior sem a devida comprovação de importação regular.

De acordo com a Receita, os agentes presenciaram um veículo estacionado em frente ao hangar e viram quando o ajudante, morador de Foz, auxiliava o piloto a empurrar a aeronave para dentro do galpão. A dupla foi abordada e presa na sequência.

O órgão informou que o piloto já havia sido preso anteriormente, em janeiro de 2023, na cidade de Ourinhos, no interior paulista. Na ocasião, ele transportava 452 celulares escondidos em fundo falso no para-choque traseiro de um veículo. A carga foi avaliada em R$ 809 mil.

A chuva de meteoros Orionídeas, que resulta de detritos deixados pelo Cometa Halley, poderá ser vista de todo o território brasileiro nesta semana - desde que o tempo esteja bom - , informou o Observatório Nacional (ON), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

O pico da atividade está previsto para as noites de terça-feira, 21, para quarta-feira, 22, e de quarta para quinta-feira, 23. Segundo o observatório, o melhor horário de visualização será entre a meia-noite e o amanhecer.

De acordo com o astrônomo Marcelo De Cicco, coordenador do Projeto Exoss, parceiro do Observatório Nacional, essa chuva possui meteoros rápidos, brilhantes e que muitas vezes deixam trilhas luminosas no céu. Os meteoros podem chegar a 66 quilômetros por segundo, o que é considerado extremamente rápido.

"A boa notícia é que todo o Brasil pode observar. O radiante em Órion é visível de norte a sul, com leve vantagem no Norte e Nordeste, onde ele sobe mais alto. Mesmo no Sul, é um show garantido", afirma o astrônomo.

O nome dessa chuva de meteoros faz referência à constelação de Órion, o Caçador, de onde os meteoros parecem "nascer" perto da estrela Betelgeuse. No entanto, os meteoros podem surgir em qualquer parte do céu.

De acordo com o observatório, o pico das Orionídeas coincide com a Lua Nova apenas 2% iluminada e se pondo cedo. Isso significa céu escuro durante toda a noite, o que favorece a observação da chuva de meteoros. Em seu pico, sob condições ideais, os observadores podem esperar ver de 15 a 20 meteoros por hora.

Como observar chuvas de meteoros

Não é preciso nenhum equipamento especial nem muita habilidade para observar uma chuva de meteoros, de acordo com o ON. Mas é necessário estar em um local com baixa poluição luminosa.

Recomenda-se que o observador procure um local escuro, se possível, afastado das grandes cidades, para evitar a poluição luminosa. Além disso, deve-se apagar as luzes em volta e é imprescindível que o tempo esteja bom.

O que são chuvas de meteoros

Os meteoros são fenômenos luminosos atmosféricos devido a entrada de meteoroides em altíssima velocidade na atmosfera da Terra. Os meteoroides são fragmentos de cometas ou de asteroides que ficam à deriva no espaço.

Conforme a rocha espacial cai em direção à Terra, a resistência do ar, atuando no meteoroide, ocasiona a ablação (queima), formando um rastro brilhante.

Quando a Terra encontra muitos meteoroides ao mesmo tempo, ocorre uma chuva de meteoros. Esse fenômeno acontece quando a Terra passa pelas zonas de detritos deixadas pelos cometas.

Os meteoroides são geralmente pequenos, desde partículas de poeira até pedregulhos. Eles quase sempre são pequenos o suficiente para queimar rapidamente na atmosfera.

Passagem do Cometa Halley

As Orionídeas resultam da passagem da Terra através dos detritos deixados pelo Cometa Halley, que só visita o planeta a cada 75 ou 76 anos. Ao entrar na atmosfera, esses fragmentos queimam e criam os traços luminosos que vemos no céu.

O período de atividade deste fenômeno astronômico vai de 2 de outubro a 12 de novembro, segundo o Exoss, quando a Terra atravessa a parte mais densa e empoeirada desses detritos.

A Orionídeas é a segunda chuva de meteoros criada pelo Cometa Halley. A Eta Aquaridas, em maio, também foi formada por fragmentos do famoso cometa.