Angélica estreia programa ao vivo: 'Brasil precisa de conversas civilizadas'

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Angélica quer levar a descontração de um jantar entre amigos para a TV. Em seu novo programa, Angélica Ao Vivo, a apresentadora recebe convidados de universos variados e promete uma conversa informal, acompanhada de André Marques comandando a cozinha e Aline Wirley garantindo a trilha sonora com uma banda.

"Fiz muitos amigos ao longo dos anos e da minha carreira, e recebemos em casa gente muito variada, de todas as tribos. E por que não ter isso em um programa de televisão? Tenho feito projetos que refletem muito a minha história e aquilo em que eu estou acreditando, e esse projeto é isso", conta a apresentadora, em entrevista ao Estadão.

O programa com estreia marcada para esta quinta-feira, 16, no GNT, surgiu de uma ideia da própria apresentadora, que diz que o termo de ordem é descontração. "Com a internet, as pessoas estão muito nessa onda do ao vivo. Temos cada vez mais essa urgência da informação e também da espontaneidade, e acho que, na televisão, estamos precisando [disso]. O ao vivo é essencial para termos uma resposta do público e a coisa ficar realmente mais solta, de verdade."

Com uma carreira quase tão extensa quanto sua própria vida (afinal, sua primeira aparição na TV foi aos 4 anos de idade), Angélica diz que só agora se sente segura para estar em um programa ao vivo em que as situações nem sempre estarão sob seu controle. Afinal, uma comida pode queimar, a banda pode errar um acorde e a conversa dos convidados pode enveredar por rumos desconhecidos ou polêmicos.

"Eu já fiz bastante coisa ao vivo e tudo eu gostava e me sentia bem. Mas a segurança vem da maturidade. Eu acho que tenho uma história interna - e não uma história televisiva, porque essa todo mundo conhece - que me dá um estofo. Eu tenho segurança do que gosto, do que quero e de onde me sinto bem", admite. "De poder escolher, que é um privilégio também, os lugares onde vou estar. Maturidade até para falar coisas que de repente, em um ao vivo antes, eu tinha medo."

Neste sentido, a comunicadora afirma que essa mesma segurança é o que afasta o medo de qualquer tipo de cancelamento virtual. "Hoje em dia todo mundo tem medo de ser cancelado. É normal. Mas quando você tem uma segurança interna daquilo em que acredita e do que quer passar, isso não vira um problema. Pelo contrário, vira material para você estar ali falando com as pessoas."

Conversas sobre (quase) tudo

Nos últimos anos, Angélica se aventurou pelo streaming e retornou à apresentação com alguns formatos variados. Na HBO Max, comandou o Jornada Astral (que foi retirado da plataforma e hoje não está disponível em lugar algum), e fez o Angélica: 50 & Tantos e 50 & Uns no Globoplay; para o Disney+, atuou na série Tarã, ainda inédita, ao lado de Xuxa e Bruno Garcia.

É essa mesma versatilidade que promete deixar os temas possíveis do programa bastante livres. Além de convidados que formarão "uma grande salada de frutas", todas as edições contarão com um especialista de alguma área, que podem ser antropólogos, psicólogos, jornalistas ou outros - pessoas que, segundo Angélica, ela mesma acompanha nas redes sociais. Mesmo assim, alguns assuntos considerados mais espinhosos serão evitados.

"A gente quer evitar falar de política, porque estamos em um momento muito polarizado e complexo. Todos os assuntos que a gente for falar por lá são assuntos que eu acredito serem importantes para quem está assistindo. Claro que política também é, mas eu acho que desvirtua quando a gente entra nessa história, porque o mundo está muito confuso", opina, afirmando que as edições não vão fugir dos assuntos quentes da semana, e que a própria seleção de convidados vai instigar o diálogo.

"Quando as pessoas não se conhecem, elas podem achar que não têm coisas em comum, mas depois, todo mundo tem alguma coisa para acrescentar na vida do outro. A gente deveria pensar mais coletivamente, viver mais assim. Acho que nosso país está precisando de conversas civilizadas porque ninguém é dono da verdade."

Ao propor tal espaço de diálogo, a comunicadora faz uma análise da própria carreira e do lugar que ocupa hoje - como ela mesma define, de privilégio - para bancar projetos em que realmente acredita.

"Eu falo de um lugar de muito privilégio, de poder escolher o que eu quero fazer, a minha equipe, o que posso ter ao meu redor. A minha maior riqueza é poder estar nesse lugar hoje, além de ter tempo e poder escolher fazer os projetos em que eu acredito. Nem sempre foi assim", confessa.

"Ao longo da carreira, a gente vai indo e às vezes você está trabalhando com alguém que não gosta muito de você, está passando aquela energia [ruim]. Ou que você mesmo escolheu e é assim, porque faz parte. Poder estar com pessoas que estão na mesma onda e têm as mesmas crenças é muito gostoso. É claro que também tenho meus momentos muitos loucos, mas para mim é importante estar conectado com quem está ali com você."

Horário

Angélica Ao Vivo vai ao ar todas as quintas-feiras, às 22h30, no GNT e no Globoplay. O roteiro é Edu Araújo, Carlyle Jr. e Mariliz Pereira Jorge, com direção de Daniela Gleiser.

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A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) participou na manhã desta quinta-feira, 16, da Operação Alquimia, que visa combater as fraudes de bebidas alcoólicas com metanol. A Operação envolveu cerca de 150 agentes públicos da ANP, da Polícia Federal, da Receita Federal Brasileira e do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Deflagrada simultaneamente nos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, a Operação Alquimia busca mapear fluxos irregulares de metanol, com destinação diferente da declarada no momento da autorização de importação.

O grupo coletou amostras e vistoriou 24 alvos, incluindo um terminal de combustíveis, distribuidores de solventes, produtores de biodiesel, agentes de comércio exterior, consumidores industriais de solventes e agentes não regulados (como destilarias e indústrias químicas, dentre outros) que adquiriram grandes quantidades de metanol.

Segundo a ANP, o objetivo é identificar a origem do metanol que foi desviado clandestinamente da cadeia de solventes e inserido na cadeia de alimentos para a adulteração de bebidas alcoólicas no País, em especial no Estado de São Paulo. A participação da ANP incluiu o compartilhamento de conhecimentos sobre o fluxo de metanol no País e, em campo, foi focada na coleta de amostras.

Recentemente, a agência também participou da Operação Carbono Oculto, que desmantelou um importante esquema de fraudes e de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, incluindo a comercialização e uso irregular de metanol.

A cidade de São Paulo pode registrar uma diferença de 20ºC entre a temperatura mínima e a máxima nos próximas quatro dias, de acordo com a Climatempo.

Nesta sexta-feira, 17, as temperaturas devem variar de 16ºC a 31ºC graus, com sol e aumento de nuvens de manhã e pancadas de chuva à tarde e à noite.

No entanto, o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo alerta que o avanço de uma frente fria pelo litoral paulista muda o tempo no decorrer do sábado, 18.

De acordo com a previsão da Climatempo, o início do dia vai variar de muitas nuvens a nublado com chuva e à tarde e à noite podem ser registrados temporais, com mínima de 18ºC e máxima de 28ºC.

O CGE prevê também que, além de chuvas de moderada a forte intensidade, o sábado pode registrar rajadas de vento de mais de 50Km/h. Essa situação eleva o potencial para formação de alagamentos e queda de árvores.

Já no domingo, 19, a Climatempo prevê que o tempo será chuvoso, com os termômetros variando de 12ºC a 17ºC. A chuva só deve dar trégua durante a noite.

Na segunda-feira, 20, a temperatura não passa de 17ºC e a mínima pode chegar a apenas 11ºC, ou seja, 20ºC a menos que a máxima prevista para sexta-feira. O dia terá pancadas de chuva de manhã e muitas nuvens à tarde.

As onze prisões realizadas pela Polícia Civil nesta quinta-feira, 16, em uma operação contra uma quadrilha de roubos de celulares, alianças e motos, alcançou suspeitos de envolvimento em latrocínios de grande repercussão nos últimos meses. "Podemos associar esses criminosos à morte do doutor Belarmino, do arquiteto Jeferson, o ciclista Victor Medrado. É uma conexão de latrocínios e tentativas de latrocínios e roubos", afirmou Ronaldo Sayeg, diretor do Deic.

Um deles foi a morte do delegado Josenildo Belarmino, morto durante um assalto em janeiro na Chácara Santo Antônio, zona sul de São Paulo. O caso gerou enorme comoção entre os moradores do bairro, que fizeram protestos contra a violência. O delegado foi morto a tiros, no meio da rua em plena luz do dia. O crime foi registrado pelas câmeras de segurança.

Outro caso emblemático que contou com suspeitos presos nesta quinta-feira foi a morte do arquiteto Jeferson Dias Aguiar, durante uma tentativa de assalto no Butantã, zona oeste de São Paulo, em abril.

O assassinato do ciclista Vitor Medrado, de 46 anos, morto em 13 de fevereiro, durante um assalto em frente ao Parque do Povo, no Itaim Bibi, também é um dos crimes atribuídos ao grupo.

Embora os executores desses crimes já tenham sido presos, a polícia afirma que os suspeitos detidos na operação desta quinta-feira, chamada Conexões Ocultas, integravam o mesmo grupo criminoso.

Todos os suspeitos presos possuem ligações com uma quadrilha responsável por roubos e mortes durante os ataques até os receptadores de celulares, alianças e motocicletas, além de suspeitos de fornecer armas e placas falsas.

Uma das lideranças do esquema de receptação e fornecimento de armas é Suedna Barbosa Carneiro, a "Mainha do crime", que alugava os equipamentos para os criminosos praticarem roubos de moto e depois comprava os aparelhos roubados. Ela permanece presa.

"Ela é um elo fortíssimo da cadeia criminosa. Ela era uma facilitadora. É uma corrente com vários elos", afirmou Ronaldo Sayeg, diretor do Deic.

A polícia acredita que a operação terá impacto na queda dos índices de criminalidade na região central da cidade. "Não temos bala de prata, mas são crimes que preocupam a população. Foi um golpe duro nas operações criminosas", afirmou Artur Dian, delegado-geral da Polícia.

Segundo o Deic, a operação é realizada após um ano e meio de investigações e levantamentos, com informações que surgiram a partir de prisões de envolvidos no esquema.

Ao todo, participam mais 170 policiais, com o apoio do Grupo Especial de Reação (GER) e do helicóptero do Serviço Aerotático (SAT).