'Tenho crise de ansiedade e medo', diz Val Marchiori, prestes a começar quimioterapia

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Às vésperas de iniciar o tratamento de quimioterapia contra o câncer de mama, Val Marchiori refletiu sobre o diagnóstico da doença. Segundo ela, está confiante no processo, mas ainda não se sente preparada.

"Muitas noites eu me pego chorando, tenho crises de ansiedade, crises de medo. É difícil", disse em entrevista à Quem. "Estou com muita fé em Deus, mas 'preparada' é uma palavra muito difícil, porque acho que ninguém está, nem eu."

Recentemente, a socialite publicou nas redes sociais um vídeo cortando o cabelo. A decisão foi tomada para tentar amenizar a queda dos fios, parte natural do processo de quimioterapia.

"Conversei com a equipe médica e, com o cabelo comprido, a colocação da touca dói mais na cabeça. E vai cair, não tem como não cair. Pode cair menos, mas acaba caindo", explicou.

Segundo Val, foi difícil ver os cabelos caindo, mas ela encara o processo como "o primeiro passo para a cura". "Vou cortar e depois, se tiver que raspar, eu raspo. Tem que ir na fé. O cabelo, se Deus quiser, vai crescer", afirmou, otimista.

Quem é Val Marchiori

Considerada como socialite por parte da imprensa, Val Marchiori teve início na TV apresentando um quadro no programa de Amaury Jr. Ficou conhecida nacionalmente após participar do reality show Mulheres Ricas, da Band, em 2012. Posteriormente, trabalhou em diversas outras atrações, como o Programa Raul Gil e o carnaval da RedeTV!.

O nome da influenciadora também ganhou repercussão por conta de uma disputa judicial com a cantora Ludmilla, que a acusou de ter feito um comentário racista a respeito de seu cabelo em 2016.

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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, declarou hoje que 60% do financiamento necessário para zerar o desmatamento, até 2030, poderá ser bancado especificamente por dois mecanismos: o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) e a chamada "REDD+", sigla para "Redução das emissões provenientes do desmatamento e da degradação florestal (REDD)", que incorpora ações de manejo sustentável e de reflorestamento.

Juntos, esses dois instrumentos poderão gerar cerca de US$ 9 bilhões anuais, disse a ministra, em reunião preparatória para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025.

O valor seria suficiente para contribuir com a meta de acabar com o desmatamento. O TFFF é tema prioritário em termos de financiamento e vai garantir um "bônus" aos países que garantirem a conservação de florestas. Já em relação ao segundo mecanismo, os projetos enquadrados na categoria "REDD+" são classificados como geradores de créditos que podem ser vendidos no mercado de carbono.

"Os recursos destinados à proteção florestal estão muito aquém do necessário. Para preencher essa lacuna, precisamos mobilizar um menu de ações concretas de financiamento para a natureza", disse a ministra.

Marina Silva também fez um apelo em relação ao oceano. "Não podemos esquecer que ele absorve grande parte do CO2 global, regula o clima e provê os meios de vida de bilhões de pessoas em todo o mundo", afirmou. Os recursos destinados à conservação oceânica somam apenas US$ 1,2 bilhão por ano, quando seriam necessários cerca de US$ 16 bilhões, segundo as estimativas apresentadas.

"A proteção do oceano é parte inseparável da agenda climática e, portanto, as NDCs precisam ser também 'azuis'. Fazemos um chamado para que todos entreguem suas NDCs, alinhadas ao 1,5ºC", acrescentou a ministra, em referência ao limite de aquecimento para conter a crise climática.

Dois suspeitos de integrar uma gangue ligada aos chamados "quebra-vidros", bandidos que miram celulares de motoristas e passageiros, foram presos em uma operação deflagrada na manhã desta segunda-feira, 13, pela Polícia Civil de São Paulo. Outros dois homens estão foragidos.

Somente no primeiro semestre deste ano, o grupo teria desviado ao menos R$ 915 mil a partir de celulares roubados especialmente em vias que cortam o centro da capital paulista, como a Avenida do Estado e o Viaduto Júlio de Mesquita Filho.

As investigações indicam que 24 pessoas foram vítimas do esquema, todas também de janeiro a junho. Os suspeitos que foram alvo da operação desta segunda são descritos como integrantes de uma espécie de "núcleo central" de gangues "quebra-vidros", receptando aparelhos celulares roubados.

Conforme a Polícia Civil, o grupo alugou há pouco mais de um ano um apartamento na região do Glicério, no centro de São Paulo, para usá-lo como uma espécie de "QG (quartel-general) do crime" e facilitar a ação pós-furto.

"Era um apartamento usado exclusivamente para que esse núcleo tivesse tranquilidade (para atuar) e as ferramentas acessíveis, como internet, para analisar esses aparelhos e fazer as transações", afirma ao Estadão Lucas Lopes, delegado assistente do 8º Distrito Policial (Brás).

A investigação aponta que a gangue não escolhia de quem receberia os aparelhos. "É um dos grupos mais especializados nesse tipo de crime e que possuem um conhecimento amplo. Então, 'vinham' aparelhos celulares oriundos de vítimas de todo o centro de São Paulo", diz Lopes.

Quando os casos eram de bairros mais afastados, os criminosos levavam os aparelhos de bicicleta ou moto para os receptadores. Em ocorrências por perto, deslocavam-se inclusive a pé para entregar os celulares.

Os alvos preferenciais dos bandidos eram aparelhos celulares com GPS ligado, como os que geralmente ficam acoplados em painéis de motoristas. "Como a primeira camada de proteção não existia, eles mantinham esses celulares desbloqueados o tempo inteiro", explica o delegado.

Com os celulares em mãos, os criminosos responsáveis pelos desvios passavam a procurar brechas para multiplicar os prejuízos das vítimas, seja por meio de transferências para contas de laranjas ou outros meios.

"Começavam a fazer as varreduras para ver se encontravam alguma senha salva em bloco de notas, em navegador de internet ou em conversas de WhatsApp", diz Lopes. Em alguns casos, explica, eles também tentavam enganar familiares das vítimas com mensagens enganosas, pedindo transferências.

O grupo contava inclusive com uma "vasta quantidade de aparelhos celulares, máquinas de cartão, roteadores e chips", segundo a investigação. Alguns desses objetos foram apreendidos nesta segunda, além de dinheiro em espécie, mas até o momento não há um balanço oficial sobre quantidades.

De acordo com a polícia, a Justiça determinou o bloqueio de valores e ativos financeiros, inclusive em criptomoedas e investimentos, de pessoas físicas e jurídicas ligadas à quadrilha, totalizando um montante de R$ 915.006,59.

'QG do crime' foi localizado após furto a procurador

O imóvel usado como QG dos quebra-vidros foi localizado pela Polícia Civil de São Paulo após o furto, em julho deste ano, do celular do procurador de Justiça Antonio Calil Filho, que foi alvo de criminosos na região central da cidade.

A polícia identificou que alguns dos criminosos que atuariam por lá foram os mesmos alvos da primeira fase da Operação Broken Window (janela quebrada, em português), que resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão contra dois dos suspeitos.

A incursão de hoje foi a segunda fase da operação. A Polícia Civil busca cumprir, além dos quatro mandados de prisão, outros 27 de busca e apreensão em endereços localizados principalmente na capital paulista, em bairros como Cambuci e Mooca, mas não só.

Há um alvo até no Ceará, ligado a uma pessoa que seria responsável por fornecer a máquina de cartões para o grupo paulistano e facilitar desvios por meio dos cartões das vítimas. As investigações prosseguem.

Fiscais do Procon, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado de São Paulo, interditaram um posto de combustível de São Bernardo do Campo, na região metropolitana da capital, durante uma vistoria realizada no final de semana.

Em nota, o órgão explicou que a interdição foi realizada após o estabelecimento apresentar falhas "consideradas graves", como impedir que os fiscais continuassem a vistoria, não apresentar notas fiscais dos combustíveis comercializados e não informar os nomes dos distribuidores nas bombas de abastecimento.

A bandeira e o endereço do posto não foram informados e, por isso, não foi possível localizar a defesa.

A vistoria foi feita após denúncias de consumidores ao Procon-SP e ocorre em meio à investigação de intoxicações por metanol a partir da ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas, cuja cadeia de contaminação pode ter origem em postos de combustíveis.

"As ações de fiscalização em postos de combustíveis se tornaram mais estratégicas e necessárias por causa da suspeita das autoridades policiais, que investigam a possibilidade de adulteradores de bebidas terem adquirido etanol em postos de combustíveis, os quais, por sua vez, estariam comercializando o produto também adulterado, com a adição de metanol", diz o Procon-SP, em nota.

De nove estabelecimentos vistoriados, seis apresentaram irregularidades, diz o Procon-SP. Apenas um precisou de interdição. Não há nenhuma informação de que os postos em questão apresentavam metanol no combustível ou de que os locais faziam a distribuição da substância para fábricas clandestinas de bebidas, como apontaram investigações da polícia na semana passada.

A cidade de São Bernardo tem sido um foco das intoxicações. Além de registrar uma morte das cinco já confirmadas no Estado pela ingestão de metanol, a da jovem Bruna Araújo de Souza, de 30 anos, o município concentra 36 dos 100 casos que atualmente estão em investigação no território paulista. Ao todo, são 28 casos confirmados de intoxicação em todo o Estado.

Além disso, a cidade do ABC paulista registrou outras duas mortes suspeitas de serem causadas pela ingestão de metanol e que ainda estão sendo analisadas.

Na semana passada, a Polícia Civil localizou em São Bernardo uma empresa clandestina apontada como responsável por adulterar bebidas alcoólicas que intoxicaram uma das vítimas. Investigações apontam que o local adquiria etanol - usado para fraudar destilados - de um posto de combustível, que repassou o produto contaminado por metanol.

Em agosto, a Polícia de São Paulo, a Polícia Federal e o Ministério Público do Estado desmantelaram um esquema do Primeiro Comando da Capital que consistia em utilizar o metanol para adulterar combustível e vender o produto em postos usados para lavar o dinheiro do crime organizado. Autoridades paulistas, no entanto, descartam a participação da facção nos recentes casos de intoxicação pela substância.