'Pequenas Criaturas' é o grande vencedor do Festival do Rio; confira lista de premiados

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O Festival do Rio encerrou, nesse domingo, 12, sua 27ª edição com a entrega dos Troféus Redentor e do Prêmio Felix, dedicados, respectivamente, à Première Brasil e à produção LGBT+. A cerimônia no Cine Odeon - Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro foi conduzida pelos atores Clayton Nascimento e Luisa Arraes.

O grande destaque da noite foi Pequenas Criaturas, de Anne Pinheiro Guimarães, que conquistou o prêmio de Melhor Longa-Metragem de Ficção na competição principal da Première Brasil. A produção também levou o Troféu Redentor de Melhor Direção de Arte.

Estrelado por Carolina Dieckmann e Caco Ciocler, o filme acompanha Helena, uma mãe que se vê sozinha após o marido viajar a trabalho para o exterior. Ambientado em 1986, a trama mostra a adaptação da família à nova capital futurista do País, enquanto a matriarca precisa lidar com um adolescente irritado e uma criança que enxerga o mundo de maneira única.

A edição 2025 trouxe novidades, como o retorno do voto popular para eleger os favoritos em Melhor Filme e Melhor Documentário, tanto na Première Brasil quanto na mostra Novos Rumos, e a estreia da categoria Melhor Figurino.

Confira todos os vencedores do Festival do Rio 2025:

Première Brasil - Competição Principal

Melhor Longa-metragem de Ficção

- Pequenas Criaturas, de Anne Pinheiro Guimarães

Melhor Longa-Metragem de Ficção: Voto Popular

- #SalveRosa, de Susanna Lira

Melhor Direção de Longa-Metragem de Ficção

- Rogério Nunes, por Coração das Trevas

Melhor Atriz

- Klara Castanho, por #SalveRosa

Melhor Ator

- Gabriel Faryas, por Ato Noturno

Melhor Longa-Metragem Documentário

- Apolo, de Tainá Müller e Ísis Broken

Melhor Longa-Metragem Documentário: Voto Popular

- Cheiro de Diesel, de Natasha Neri e Gizele Martins

Prêmio Especial do Júri

- Cheiro de Diesel, de Natasha Neri e Gizele Martins

Melhor Direção de Documentário

- Mini Kerti, por Dona Onete - Meu Coração Neste Pedacinho Aqui

Melhor Atriz Coadjuvante

- Diva Menner, por Ruas da Glória

Melhor Ator Coadjuvante

- Alejandro Claveaux, por Ruas da Glória

Melhor Roteiro

- Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, por Ato Noturno

Melhor Fotografia

- Luciana Baseggio, por Ato Noturno

Melhor Direção de Arte

- Claudia Andrade, por Pequenas Criaturas

Melhor Montagem

- André Finotti, por Honestino

Melhor Som

- Ariel Henrique e Tales Manfrinato, por Love Kills

Melhor Trilha Sonora Original

- Plínio Profeta, por Apolo

Melhor Figurino

- Renata Russo, por #SalveRosa

Melhor Curta-Metragem (ex aequo)

- Sebastiana, de Pedro de Alencar

- O Faz-Tudo, de Fábio Leal

Première Brasil - Novos Rumos

Melhor Longa-Metragem

- Uma Em Mil, de Jonatas Rubert e Tiago Rubert

Melhor Longa-Metragem: Júri Popular

- A Herança de Narcisa, de Clarissa Appelt e Daniel Dias

Melhor Direção

- João Borges, por Espelho Cigano

Melhor Atriz

- Ana Flavia Cavalcante e Mawusi Tulani, por Criadas

Melhor Ator

- Márcio Vito, por Eu Não Te Ouço

Menção Honrosa de Melhor Atriz

- Docy Moreira, por Espelho Cigano

Prêmio Especial do Júri

- Nada a Fazer, de Ângela Leal e Leandra Leal

Melhor Curta-Metragem

- Ponto Cego, de Luciana Vieira e Marcel Beltrán

Menção Honrosa

- Os Arcos Dourados de Olinda, de Douglas Henrique

Prêmio Felix

Melhor Filme Brasileiro

- Ato Noturno, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher

Melhor Filme Internacional

- A Sapatona Galáctica (Lesbian Space Princess), de Leela Varghese e Emma Hough Hobb

Melhor Documentário

- Copacabana, 4 de Maio, de Allan Ribeiro

Prêmio Especial do Júri

- Me Ame Com Ternura (Love Me Tender), de Anna Cazenave Cambe

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O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro tenta localizar o professor universitário aposentado Antônio Petraglia, de 70 anos, que está desaparecido desde domingo, 12, quando saiu sozinho para fazer uma caminhada em um parque localizado na região do Morro da Urca, na zona sul da capital fluminense.

Petraglia foi diagnosticado com a doença de Alzheimer, segundo relataram familiares à corporação. Ele saiu de casa, no Flamengo, no período da tarde para fazer uma caminhada habitual, mas não retornou. Os bombeiros foram acionados por volta das 20h10.

Em nota, o sindicato dos professores da UFRJ (AdUFRJ) informou que Petraglia costuma fazer exercícios regularmente por recomendação médica, e que suas atividades eram monitoradas pela esposa por meio de um aplicativo de geolocalização.

Quando a mulher do docente percebeu que o sinal que indicava a trilha havia sido interrompido, ela acionou o resgate. Ele saiu de casa trajando uma camisa cinza, shorts preto, tênis e carregava uma correntinha de identificação pessoal.

As buscas, concentradas na área da Pista Claudio Coutinho, completaram 24 horas na noite desta segunda-feira, 13, mas o paradeiro do docente aposentado ainda é desconhecido.

Para tentar localizar Petraglia, os militares utilizam drones com câmeras térmicas, cães farejadores e embarcações que realizam buscas pelo mar, na altura do costão do Morro da Urca. Os bombeiros realizam varreduras terrestres e sobrevoos sobre as trilhas do morro e as áreas de mata.

"Um Posto de Comando Avançado (PCAv) foi montado nas proximidades do Parque do Bondinho para coordenar as equipes em campo", informou a corporação em nota.

Professor do Programa de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica da UFRJ, Antonio Petraglia se formou em Engenharia Eletrônica pela universidade em 1977 e tornou-se mestre em Engenharia Elétrica pela mesma instituição em 1982.

Entre as décadas de 1980 e 1990, realizou o doutorado na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Pela mesma instituição americana, desenvolveu um pós-doutorado de março de 2001 a fevereiro de 2002 e, posteriormente, realizou outra pesquisa de pós-doutorado na University of Southern Califórnia (USC), entre janeiro e dezembro de 2014.

O ex-presidente da Câmara Municipal de São Paulo Milton Leite (União Brasil) apresentou nesta segunda-feira, 13, uma representação criminal contra quatro advogados do Jockey Club de São Paulo, acusando-os de injúria racial equiparada ao crime de racismo. O documento foi registrado no 78º Distrito Policial (Jardins).

A denúncia se baseia em uma petição apresentada pelos advogados do Jockey no processo de recuperação judicial do clube, na qual Vicente Renato Paolillo, José Mauro Marques, João Boyadjian e Hoanes Koutoudjian se referem a Leite como um "antropoide desvairado", termo geralmente usado para se referir a macacos. Procurado pela reportagem, o Jockey não se manifestou.

No documento, os advogados escreveram que "o vereador citado, qual antropoide desvairado, verberava: 'proprietários de cavalos, tirem seus cavalos de lá, porque serão presos'", em referência à aprovação, durante a presidência de Leite, da lei municipal que proibiu corridas de cavalos com apostas em São Paulo, principal atividade do Jockey Club.

Segundo a defesa de Leite, o uso da expressão configura "racismo gratuito, doloso e recreativo", uma forma de discriminação disfarçada de linguagem culta ou ironia. "Trata-se de um ato premeditado, consciente e destituído de qualquer motivação legítima - um gesto de desprezo travestido de retórica, que busca atingir a dignidade da vítima apenas pelo prazer de ofendê-la em razão de sua cor", afirmam os advogados Fernando Capez, Luciano Cardoso e Guilherme Chebl.

"Os representados, todos homens brancos, de elevada instrução e larga experiência profissional, ao utilizar a expressão 'antropoide desvairado' em documento judicial, conferiram aparência de erudição a uma ofensa que, em verdade, traduz o mais clássico insulto racista: reduzir o negro à condição de animal", afirmaram.

A defesa sustenta ainda que a ofensa não tem relação com o tema do processo - a reestruturação financeira do Jockey - e que foi incluída com o único propósito de humilhar.

A representação pede a instauração de inquérito policial para apurar o caso e responsabilizar criminalmente os quatro advogados e solicita ainda o aumento da pena pela prática em concurso de agentes.

O ex-presidente da Câmara lamentou o episódio e afirmou que tomará medidas cíveis e criminais contra os responsáveis. "É triste ver que, no tempo de hoje, advogados que até então não tinham exposto, tirado a carapuça, hoje baixaram ao praticar o ato de racismo contra mim, contra uma população negra desse País. Têm tamanho desrespeito com o nosso povo de praticar o ato de uma maneira formal nos autos de um processo. Nós vamos tomar as providências diante da lei", afirmou.

Segundo ele, também será protocolada ação por danos morais e eventuais valores obtidos por sucumbência serão destinados à Universidade Zumbi dos Palmares e ao Hospital Cruz Verde.

"Lutarei até as últimas consequências pela condenação criminal e civil", afirmou, acrescentando que os advogados serão identificados junto à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O ex-presidente sugeriu articular a abertura de uma CPI para investigar o Jockey Club. "Sem prejuízo também de trabalharmos para construir uma CPI contra o Jockey Club, pelas atitudes e por patrocinar e contratar gente, um advogado, um profissional racista, para defender aquela instituição", afirmou.

Milton Leite, que deixou a Câmara neste ano após sete mandatos consecutivos, presidiu o Legislativo paulistano por três vezes e anunciou que não disputaria nova eleição.

O terreno do Jockey Club de São Paulo, com cerca de 600 mil m², é alvo de uma disputa entre o clube e a Prefeitura, que cobra R$ 829 milhões em impostos contestados na Justiça. A gestão municipal estuda declarar a área de utilidade pública para viabilizar sua desapropriação e transformação em parque municipal, conforme previsto na revisão do Plano Diretor de 2023.

Em 2024, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) sancionou uma lei que proibia as corridas de cavalos com apostas, numa tentativa de inviabilizar o funcionamento do Jockey. A medida contou com o apoio de Leite, na época presidente da Câmara, que afirmou até que iria ao Jockey Club acompanhado de agentes do Controle de Zoonoses e da polícia, para impedir competições de turfe.

No entanto, o Tribunal de Justiça suspendeu a lei após pedido do Ministério Público e a declarou inconstitucional, garantindo a continuidade das atividades do clube.

Passageiros de um voo da Air France que sairia de Paris com destino a Salvador nesta segunda-feira, 13, ficaram mais de seis horas esperando dentro do avião até a decolagem ser cancelada.

O voo AF476 não saiu do aeroporto Charles de Gaulle por problemas técnicos e foi remarcado para esta terça-feira, 14, informou a companhia aérea. A Air France também lamentou a situação e pediu desculpas aos clientes.

"Primeiro, disseram haver problemas mecânicos. Em seguida, houve mudança de tripulação", relatou um passageiro brasileiro em uma publicação no Instagram. "O comandante sempre passando previsões de decolagens sem saber ao certo o que informar", escreveu.

Segundo a publicação, os passageiros ficaram sem assistência da companhia durante a espera. "O Boeing 777 está lotado inclusive com crianças e pessoas idosas. Passageiros estão extenuados e com fome e questionam a empresa aérea por que mantê-los tanto tempo no interior da aeronave sem o devido cuidado", afirmou o brasileiro.

Em nota, a Air France confirmou que os passageiros ficaram a bordo do Boeing 777 até a validação do novo horário de partida. Porém, a companhia aérea não informou o tempo de espera na aeronave nem sobre a assistência aos passageiros.

"A Air France lamenta essa situação excepcional e pede desculpas aos seus clientes. A companhia reitera que a segurança de seus clientes e tripulantes é sua prioridade absoluta", diz o comunicado.