Por que Wagner Moura se afastou das novelas? Ator explica

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Distante das novelas desde 2007, Wagner Moura explicou por que se afastou dos trabalhos em folhetins. O último papel do ator em uma novela foi como o vilão Olavo, de Paraíso Tropical. Antes disso, ele interpretou Gustavo, em A Lua me Disse, de 2005.

A revelação foi feita ao portal Hugo Gloss. Wagner disse que já recebeu muitos convites, mas optou por não aceitar. "Acho difícil", disse. "Fiz duas novelas, que gostei muito e aprendi demais, mas é um compromisso enorme, de quase um ano inteiro. É muito tempo", disse.

Atualmente, Wagner Moura está focado na divulgação do filme O Agente Secreto, de Kléber Mendonça Filho, candidato brasileiro ao Oscar. Inclusive, Wagner Moura é apontado pelas revistas americanas Hollywood Reporter e Variety como um dos favoritos na categoria de Melhor Ator.

O Agente Secreto estreia nos cinemas brasileiros no dia 6 de novembro.

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Um menino de 11 anos disparou acidentalmente contra um garoto de 9 anos em Jundiaí, interior de São Paulo, na manhã desta segunda-feira, 13, após manusear a arma do pai. A vítima foi atingida de raspão na região do olho e socorrida ao Hospital São Vicente, onde permanece em observação.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a arma era registrada e o pai do menino possui registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC). O caso foi apresentado no 1º Distrito Policial de Jundiaí.

De acordo com a Guarda Civil Municipal (GCM), que atendeu a ocorrência, o menino encontrou a arma sobre a cama do pai e começou a manuseá-la. O disparo ocorreu de forma acidental e atingiu o outro garoto, que estava próximo.

Um jovem de 22 anos forjou o próprio sequestro para tentar conseguir dinheiro da mãe, que mora na zona leste de São Paulo. O caso foi registrado na quarta-feira, 8, e está sendo investigado pela 1ª Delegacia Antissequestro da capital paulista.

De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a mãe do rapaz, de 46 anos, procurou a delegacia para relatar que o filho havia saído de casa para trabalhar, mas não chegou ao local de serviço. Ela então recebeu mensagens de supostos sequestradores exigindo uma quantia em dinheiro para libertar o jovem. A SSP não informou o valor solicitado.

Durante a investigação, os agentes da Polícia Civil descobriram que o jovem estava em um endereço em São Bernardo do Campo, na região metropolitana da capital. No local, os policiais constataram que ele havia forjado o próprio sequestro para conseguir dinheiro da mãe.

O motivo para ele pedir o dinheiro também não foi informado pela secretaria. O caso, que continua sendo investigado, foi registrado pela polícia como estelionato, que tem pena prevista de um a cinco anos de prisão.

Circulam nas redes sociais postagens afirmando que 30% das bebidas destiladas vendidas no Brasil são falsificadas. O dado é atribuído a um estudo publicado pela Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), mas o número que aparece lá é inferior a 5%.

Um estudo encomendado pela ABBD à Euromonitor International foi publicado pela entidade em 26 de setembro deste ano. Ele indica que 28% do total de bebidas destiladas vendidas no Brasil são ilegais. Isso não significa que todo este volume é de bebidas falsificadas. Dentro desse percentual há também casos de sonegação fiscal, contrabando, descaminho e produção sem registro. O crime de falsificação representa 1,1% do mercado de bebidas alcoólicas, segundo a ABBD, e 4,7% do mercado de bebidas destiladas, que é o mais impactado.

"A confusão acontece porque o mercado ilegal de bebidas destiladas - que realmente tem uma expressiva participação de 28% do total do mercado - inclui todo tipo de ilicitude, como evasão fiscal, contrabando/descaminho, produção sem registro e, também, a falsificação nessa proporção bem menor", explicou, em nota, a associação que encomendou a pesquisa.

Os números resultam de pesquisa de campo realizada entre abril e junho de 2025. Foram visitadas 30 lojas em cinco cidades e revisados quatro marketplaces na internet. Os pesquisadores identificaram mais de 1,2 mil itens. A pesquisa ouviu ainda 37 organizações, empresas e autoridades que atuam no setor de bebidas.

Também foram revisadas mais de 50 fontes sobre o mercado ilícito, incluindo notícias de apreensões, balanços aduaneiros dos últimos seis anos, importações legais, anuários das bebidas produzidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e dados sobre prejuízos do álcool à saúde.

Falsificação é fonte de preocupação

Mesmo em proporção menor do que o que está sendo difundido, a falsificação é de fato o que gera mais preocupação, segundo a entidade, porque afeta não apenas o setor produtivo, como também a saúde dos consumidores. De acordo com o estudo da Euromonitor International, os dois principais métodos de falsificação são o refil de garrafas de marcas conhecidas e a adição na bebida de álcool impróprio para o consumo humano, como é o caso do metanol. Essa estratégia é vantajosa para os falsificadores por conta da discrepância de valor, o que atrai compradores: nos mercados online, o whisky falsificado chega a ser 48% mais barato que o original.

"Há diferentes fatores que mantêm o ilícito relevante na categoria de bebidas: a alta carga tributária, a dificuldade de fiscalização em grandes territórios, a sofisticação crescente das redes criminosas e a disseminação de canais de venda informais e digitais que ajudam no escoamento desses produtos", disse João Garcia, gerente de Consultoria da Euromonitor International na época da divulgação do estudo.

No último dia 8, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, notificou nove plataformas de comércio online para que suspendessem a venda de insumos que possam ser usados na falsificação de bebidas, como lacres, rótulos, garrafas e tampas.

A determinação integra o rol de medidas de resposta à crise de intoxicação de pessoas por bebidas adulteradas com metanol. Até 13 de outubro, o Ministério da Saúde tinha confirmado 32 casos de intoxicação, com cinco óbitos. Ainda há 181 casos e 9 mortes em investigação.

Mais dados

Além do estudo divulgado pela ABBD, outros levantamentos mostram o cenário do mercado ilegal de bebidas no Brasil. Em abril deste ano, a Federação dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo (Fhoresp) publicou uma pesquisa mostrando que aproximadamente 36% das bebidas comercializadas no Brasil estavam sujeitas a algum tipo de irregularidade, como falsificação, adulteração, contrabando ou sonegação fiscal.

Não foram divulgados dados específicos sobre falsificação, e a Fhoresp observou que a pesquisa não teve foco em adulteração por metanol. Em nota enviada ao Verifica, a Fhoresp disse que os dados são aproximados por conta das dificuldades em obter números precisos sobre o mercado clandestino.

O levantamento foi feito ouvindo 20 sindicatos patronais, empresas do setor de hotéis, bares e restaurantes e de outros setores por amostragem, como agências de viagem, buffets e cigarros. Também foram usados dados abertos de fontes públicas, como registros de ações de fiscalização.

"Como as fraudes no setor de bebidas são clandestinas e a fiscalização é insuficiente para cobrir todo o mercado, o estudo se baseou em dados indiretos, obtidos também com especialistas e autoridades públicas de fiscalização e controle, que falaram sob anonimato, bem como dados de entidades correlatas", disse a nota.

Este texto foi produzido a partir de uma parceria entre Estadão Verifica e Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) para combater a desinformação sobre esse setor da indústria e reforçar o papel do jornalismo profissional. A iniciativa visa desmentir rumores infundados e conscientizar o público sobre os impactos negativos da desinformação.