Ingrid Guimarães revela que já demitiu equipe inteira por machismo

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A atriz Ingrid Guimarães desabafou sobre um episódio de misoginia que ocorreu recentemente em um set de filmagens, e que, por isso, precisou demitir a equipe. "A minha vida é enfrentar macho no cinema brasileiro", relatou durante sua ida ao podcast Pé no Sofá, publicado nessa quinta-feira, 9.

"Vivi há pouco tempo uma situação de misoginia no set. [Mesmo] com mulheres no comando [...] Na última [situação], a gente demitiu todo mundo. Porque se você deixa passar, se você ficar com medo, a pessoa repete."

"Todas as mulheres com as quais trabalhei eu vi sofrendo algum tipo de misoginia. Todas, sem exceção", comentou a atriz.

"E a misoginia no set é uma misoginia que eu demoro para perceber. Eu tenho feito filmes com mulheres, meus últimos quatro filmes foram dirigidos por mulheres. Tenho optado, preferido."

Ela falou mais sobre como muitos enxergam os filmes em que atua: "Não vou entrar em detalhes, mas claramente eram homens que primeiro não gostavam do gênero [do filme]. Porque a comédia tem isso, é [um gênero] um pouco desprezado. Tem gente que está ali na equipe porque está trabalhando só. É uma coisa que já me chateia profundamente."

"A segunda coisa é [ter] mulheres em papéis de comando. Hoje em dia eu sou produtora dos meus filmes, eu sou coprodutora, então existe uma coisa de que você manda de uma certa maneira", confessou também.

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Passageiros de um voo da Air France que sairia de Paris com destino a Salvador nesta segunda-feira, 13, ficaram mais de seis horas esperando dentro do avião até a decolagem ser cancelada.

O voo AF476 não saiu do aeroporto Charles de Gaulle por problemas técnicos e foi remarcado para esta terça-feira, 14, informou a companhia aérea. A Air France também lamentou a situação e pediu desculpas aos clientes.

"Primeiro, disseram haver problemas mecânicos. Em seguida, houve mudança de tripulação", relatou um passageiro brasileiro em uma publicação no Instagram. "O comandante sempre passando previsões de decolagens sem saber ao certo o que informar", escreveu.

Segundo a publicação, os passageiros ficaram sem assistência da companhia durante a espera. "O Boeing 777 está lotado inclusive com crianças e pessoas idosas. Passageiros estão extenuados e com fome e questionam a empresa aérea por que mantê-los tanto tempo no interior da aeronave sem o devido cuidado", afirmou o brasileiro.

Em nota, a Air France confirmou que os passageiros ficaram a bordo do Boeing 777 até a validação do novo horário de partida. Porém, a companhia aérea não informou o tempo de espera na aeronave nem sobre a assistência aos passageiros.

"A Air France lamenta essa situação excepcional e pede desculpas aos seus clientes. A companhia reitera que a segurança de seus clientes e tripulantes é sua prioridade absoluta", diz o comunicado.

O soldado da Polícia Militar Luiz Guilherme Crispim de Oliveira, de 30 anos, morto na madrugada de sábado, 11, quando peregrinava em uma romaria para o Santuário Nacional de Aparecida deixou uma filha de apenas 1 ano e 4 meses, além de um menino de 4 anos. Sua mulher, a farmacêutica Aline da Silva Costa, diz que ele foi morto por ser policial.

"O assaltante viu o símbolo da Polícia Militar no colete dele e atirou. Ele não reagiu, levantou a mão e foi tirar a mochila", disse, em entrevista ao G1 durante o velório, em Cruzeiro, no interior paulista, no domingo, 12.

O soldado não foi a única vítima da violência durante as romarias para o santuário em comemoração ao dia de Nossa Senhora Aparecida. O estudante Gustavo Henrique dos Santos Pereira, de 19 anos, também foi assassinado por ladrões durante a caminhada, no domingo, 12. As mortes levaram o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, a falar sobre a necessidade de "uma solução para resguardar a vida" de quem faz a romaria a pé.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) diz que o policiamento foi reforçado pela Polícia Militar durante o evento neste ano e seguirá intensificado nos próximos dias, com base na análise dos índices criminais e nas denúncias da população. A pasta lamentou as mortes do policial e do estudante, vítimas de assaltantes. "Os casos estão sendo investigados pelas respectivas delegacias, com o objetivo de localizar e prender os criminosos."

Conforme Aline, era a segunda vez que o marido fazia a romaria a pé para Aparecida. "A gente achou que eles iam desistir porque o tempo estava ruim, mas foram. Infelizmente aconteceu essa fatalidade", lamentou.

Ela contou que o policial e um primo dela saíram de Cruzeiro, onde residem, e caminhavam pela rodovia Presidente Dutra na altura do km 55, em Lorena, quando o assaltante encostou a arma nas costas do primo. "O assaltante anunciou o assalto também ao Crispim, que não reagiu. Ele levantou as mãos e foi tirar a mochila. Acho que, quando o assaltante viu o símbolo da polícia, ele atirou. Morreu por ser policial", disse.

O soldado foi atingido por um tiro no peito. Dois acompanhantes foram baleados de raspão, receberam socorro e passam bem. Crispim foi socorrido, mas morreu em um hospital de Lorena. "A gente tinha muitos planos, muitos sonhos. Ela (a bebê) está com um ano e pouquinho. Teve a primeira festinha de aniversário, tínhamos planos da escolinha. Agora eu fico pensando como vai ser", diz Aline.

O policial foi sepultado no domingo, 12, no Cemitério Jardim Santa Casa. O corpo foi levado em viatura dos bombeiros, acompanhada por viaturas da PM com as sirenes ligadas. Durante o velório, familiares e amigos pediram justiça.

De acordo com a esposa, Crispim era devoto de Nossa Senhora Aparecida e, desde que se mudou para Cruzeiro, falava em ir para o santuário. No ano passado, ele participou da romaria.

Crispim entrou na Polícia Militar em 2015 e integrava a 4.ª Companhia do 23.º Batalhão da Polícia Militar. Em nota oficial, o comandante tenente-coronel Rodrigo dos Santos Iacovantuono disse que o soldado era reconhecido por sua conduta exemplar, comprometimento e respeito à farda.

"Crispim dedicou dez anos de sua vida ao serviço público, sempre com o firme propósito de proteger e servir a sociedade paulista. Durante o tempo em que integrou o efetivo da 4.ª Companhia, destacou-se por sua conduta exemplar, dedicação ímpar e respeito à farda que envergava com orgulho. Seu comprometimento com a missão policial militar e sua postura íntegra conquistaram o respeito de seus pares e superiores, deixando um legado de honra e companheirismo."

Recusa e morte durante assalto

O estudante Gustavo Henrique dos Santos Pereira, era natural de Cruzeiro, mas estava morando em Cachoeira Paulista, na mesma região. Ele caminhava com um amigo pela rodovia Oswaldo Ortiz Monteiro, próximo ao entroncamento com a Rodovia Presidente Dutra, no trecho de Canas, rumo a Aparecida, quando foram abordados por um homem armado. O criminoso anunciou o assalto e exigiu os celulares das vítimas.

O outro rapaz entregou o aparelho, mas Gustavo teria se recusado a entregar o seu celular. O assaltante disparou contra a cabeça da vítima. O jovem morreu no local. O corpo foi sepultado na manhã desta segunda-feira, 13, no Cemitério Jardim Santa Clara, em Cruzeiro.

Gustavo, mais conhecido como Gu, era aluno da Faculdade de Ciências Humanas do Estado de São Paulo (Facic), em Cruzeiro. A instituição lamentou a morte do rapaz em postagem nas redes sociais.

Durante as celebrações da padroeira do Brasil, o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, falou sobre a necessidade de "uma solução para resguardar a vida" de quem faz a romaria a pé. Sem se referir diretamente às mortes, ele disse que "a Dutra se transformou num santuário de um povo caminhante e é muito perigosa."

No sábado, 11, o ciclista José Antonio dos Santos, que saiu de Mairiporã com um grupo de amigos, foi atropelado e morreu no km 100 da pista sentido Rio da Dutra, em Pindamonhangaba. O motorista fugiu sem prestar socorro.

O Santuário participa das discussões com a concessionária e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para a construção de uma passarela de 134 km exclusiva para os peregrinos ao lado da rodovia, entre Arujá e Aparecida. "Gente querida, 40 mil pessoas vindo a pé. Merece todo o cuidado e todo o zelo dos poderes constituídos", disse dom Orlando, em coletiva.

O santuário de Aparecida recebeu 494,6 mil devotos de Nossa Senhora entre os dias 3 e 12 de outubro. O aumento é de 54% em relação ao ano passado, quando 320,6 mil fiéis foram ao santuário no mesmo período. Este ano, cerca de 40 mil devotos fizeram a peregrinação a pé, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Só neste domingo, 12, cerca de 152 mil pessoas assistiram às sete missas e outras atividades religiosas desenvolvidas no santuário.

O Brasil registra 32 casos confirmados de intoxicação por metanol, conforme dados do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda-feira, 13. O País teve um aumento de três registros positivos de intoxicação pela substância com relação ao último balanço, publicado na sexta-feira, 10.

Há 181 ocorrências que ainda estão em investigação e há um acumulado de 320 suspeitas descartadas, segundo o ministério.

O número de cinco óbitos confirmados pelo consumo da substância permanece o mesmo em relação aos últimos dois balanços. Todas as mortes foram registradas no Estado de São Paulo - três na capital, uma em São Bernardo dos Campos e outra em Osasco.

Com 100 casos em investigação, São Paulo continua sendo também o Estado com o maior número de ocorrências confirmadas para a intoxicação da substância, com 23 notificações - três a mais que o último balanço e que correspondem ao aumento nacional - e os cinco óbitos positivos já citados.

Rio Grande do Sul, com um caso, e Paraná, com três, são os dois outros Estados que também têm casos confirmados de pacientes intoxicados por metanol.

Os Estados que também investigam possíveis contaminações são Pernambuco, com 43 suspeitas, Espírito Santo (9 casos em investigação), Rio Grande do Sul (6), Rio de Janeiro (5), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (4), Goiás (3), Maranhão (2), Alagoas (2), Minas Gerais (1), Paraná (1), Rondônia (1).

Além das cinco mortes confirmadas, outras nove seguem em investigação: três em São Paulo, três em Pernambuco, uma no Ceará, uma em Minas Gerais e uma no Mato Grosso do Sul. Desde o início da contagem, outras 15 mortes suspeitas foram descartadas.

Na última quinta-feira, 9, o Ministério da Saúde informou que adquiriu um lote com 2,5 mil unidades do antídoto fomepizol destinado ao tratamento das intoxicações, que vêm sendo causadas pelo consumo de bebidas adulteradas.

Cerca de mil ampolas continuarão em estoque e outras 1,5 mil unidades do fármaco começaram a ser distribuídas para o atendimento aos pacientes. São Paulo é o Estado que recebe a maior quantidade em razão do maior número de casos.