'Caramelo': Netflix lança campanha de adoção inspirada no filme

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A Netflix se uniu ao Instituto Caramelo para lançar uma nova campanha de adoção responsável de cães inspirada no filme Caramelo, que chegou ao streaming na última quarta-feira, 8. A ação une 12 ONGs de 15 estados brasileiros a possíveis novos adotantes, e busca promover a conscientização da causa do resgate de animais abandonados.

Em um site criado especialmente para a campanha, os novos potenciais "pais de pet" podem conhecer os cães disponíveis, filtrar por estado e conferir as informações de cada animal. Depois disso, o processo de adoção é conduzido por cada ONG, de acordo com seus próprios critérios. Todos os abrigos participantes foram selecionadas conforme a curadoria do Instituto Caramelo.

De acordo com a Netflix, a proposta é mostrar que "todo vira-lata merece ser protagonista - não apenas nas telas, mas também na vida de alguém". A página oficial da campanha será atualizada com novos cãezinhos até 14 de novembro, e fica no ar após este período com todas as informações das ONGs parceiras.

Para divulgar o projeto, os cartazes de alguns dos filmes e séries mais populares da Netflix ganharam novas versões na plataforma de streaming, com alguns dos cães que estão em busca de um lar ocupando o espaço dos protagonistas de títulos como Guerreiras do K-Pop, Outer Banks e Sintonia.

O projeto faz parte da campanha de divulgação de Caramelo, filme estrelado por Rafael Vitti e pelo cão Amendoim, um vira-lata encontrado nas ruas pelo seu tutor, o treinador de animais Luis Estrelas. Na história, conhecemos Pedro (Vitti), um chef de cozinha dedicado ao trabalho que conhece um vira-lata atrapalhado e simpático quando está prestes a conseguir a promoção dos sonhos e recebe um diagnóstico de câncer. O longa já está disponível para streaming.

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Uma ação policial realizada nesta terça-feira, 14, pelas Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, terminou com a morte de quatro suspeitos em uma comunidade do bairro Novo Mundo, na zona norte da capital.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP), os agentes foram deslocados para atender a uma ocorrência de sequestro, quando foram recebidos a tiros pelos suspeitos. Os policiais, segundo a pasta, reagiram e atiraram de volta, matando quatro pessoas.

Em entrevista ao Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, o comandante da Rota, coronel Vergílio Corrêa, deu mais detalhes sobre a ação e indicou que a ocorrência se tratava de um "tribunal do crime" - procedimento utilizado pelo crime organizado para julgar e, possivelmente, executar quem infringiu as regras do grupo.

Na versão de Corrêa, os policiais faziam uma patrulha de rotina na região quando avistaram uma atitude suspeita do grupo. "Quando visualizaram as viaturas da Rota, correram. Um deles, com um evidente sinal de estar armado", disse.

Os policiais adentraram a comunidade. Os suspeitos, que chegaram a tentar invadir apartamentos de moradores, começaram a abandonar objetos pessoais, como celulares. De acordo com Vergílio Corrêa, o confronto entre os suspeitos e os agentes aconteceu em três pontos da comunidade.

"Até então, não tínhamos a exata precisão do que se tratava. Provavelmente, acreditávamos se tratar de algo ligado ao tráfico, comum na região", disse o comandante da Rota.

"Quando (os policiais) deram sequência à averiguação do local, ficamos realmente sabendo do que se tratava a ocorrência. E a ocorrência, na verdade, era um ponto conhecido como tribunal do crime", acrescentou.

As vítimas que estavam na posição de serem julgadas pelo crime organizado foram resgatadas. De acordo com a Polícia Militar, outros três suspeitos que também participavam do tribunal do crime se renderam e foram presos pela Rota. Cinco armas foram apreendidas no local.

A SSP-SP informou que a ocorrência ainda está em andamento e que mais informações serão divulgadas após o registro do caso na delegacia.

Brasil, Índia, Japão e Itália lançaram nesta terça-feira, 14, uma iniciativa para conseguir o compromisso político de outros países a fim de quadruplicar o uso de combustíveis sustentáveis globalmente. O documento foi intitulado "Compromisso de Belém pelos Combustíveis Sustentáveis" ou "Belém 4x".

A ideia é que o compromisso seja oficializado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Cúpula de Líderes, que antecede a COP-30, e será realizada nos dias 6 e 7 de novembro, em Belém (PA). Ele permanecerá aberto a adesões posteriores.

Revelada durante a reunião pré-COP, a iniciativa é paralela e não faz parte dos acordos oficiais e metas da COP-30, Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).

A diplomacia brasileira trabalha para convencer mais países a participar do compromisso. As delegações receberam um documento com a nota conceitual sobre a iniciativa e vão levar o assunto às capitais.

A ideia é que os futuros membros realizem reuniões anuais em nível de ministros e possam fazer um monitoramento da evolução da iniciativa.

A meta de quadruplicar a produção e consumo de combustíveis sustentáveis tem como base relatório da Agência Internacional de Energia que fala sobre a multiplicação das soluções até 2035, com base em dados de referência do ano passado.

Durante discurso de abertura da reunião sobre transição energética, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu o fim dos subsídios "ineficientes" para combustíveis fósseis.

Marina citou acordo feito durante a COP-28, em Dubai, que decidiu que os países fariam uma transição rumo ao fim do uso dos combustíveis fósseis.

"A decisão representa um chamado para eliminar progressivamente os subsídios ineficientes aos combustíveis fósseis. Hoje, esses subsídios variam de 1,5 a 7 trilhões de dólares, a depender da metodologia", disse. A ministra defendeu que o dinheiro vá para fontes renováveis: "Em contraste, os subsídios e investimentos em energias renováveis são muito menores: cerca de US$ 170 bilhões nos países do G-20, ou US$ 500 bilhões se incluirmos o investimento privado", afirmou.

Na reunião, segundo fontes ouvidas pelo Estadão, boa parte dos países focou em dizer que estão caminhando rumo a renováveis e em garantir a eficiência energética.

Dois anos atrás, esses mesmos quatro países fizeram parte do lançamento da Aliança Global de Biocombustíveis (GBA), durante o G-20 na Índia. A coalizão também é voltada ao fomento da produção e uso de combustíveis renováveis e reúne 32 países atualmente e 14 organizações internacionais.

Mas, diferentemente daquela ocasião, a nova iniciativa para quadruplicar o uso de biocombustíveis não tem participação - até o momento - dos Estados Unidos, maior produtor e exportador mundial de etanol, um player incontornável do setor.

O governo Donald Trump inclusive abriu investigação sobre o Brasil e reclama do acesso do etanol americano ao mercado brasileiro. O país decretou um tarifaço que atingiu o Brasil e a Índia com 50% sobre exportações.

No entanto, diplomatas argumentam que o aumento de demanda não seria suprido sozinho por nenhum dos maiores produtores do mundo - os EUA, que detêm metade da produção global, Brasil, China, União Europeia e Índia.

Segundo diplomatas, um dos objetivos é fomentar políticas públicas nacionais, como o estabelecimento de mandatos de mistura de etanol na gasolina, uma forma de garantir um impulso aos biocombustíveis.

A aliança engloba esse tipo de combustível para o setor de transporte rodoviário, assim como o aéreo e marítimo, cuja descarbonização é considerada mais complexa por causa da falta de opção viável de eletrificação. Outros setores de difícil descarbonização são as indústrias de cimento e aço.

A meta de multiplicar por 4 o uso de biocombustíveis é global - e não em cada país - e também não tem um único tipo ou tecnologia de combustível como rota para descarbonização do setor de transportes.

A sugestão é fomentar um mix com opções líquidas e gasosas, como biodiesel, etanol, hidrogênio verde (que sofre uma onda de desinvestimento) e derivados, biogás, e-fuels (sintéticos), SAF (combustível sustentável de aviação) e bunker (para navios) entre outros.

Segundo diplomatas, há interesse de países como a África do Sul em produzir biogases e biocombustíveis. "A ideia é aumentar esse leque de opções para todo mundo e também trazer as cadeias de produção para perto de onde tem energia rica e barata", disse Laís Garcia, chefe da Divisão de Energias Renováveis do Itamaraty. "Aumentar a oferta de alternativas aos combustíveis fósseis faz parte dessa ideia de fazer uma transição segura, ordenada. Faltava essa sinalização política forte que a parte da eletricidade já tem."

Na COP-28, em Dubai, foi realizado o primeiro Balanço Global do Acordo de Paris (GST, na sigla em inglês). Na ocasião, além de decidir que os países fariam uma transição rumo ao fim dos combustíveis fósseis, as partes assumiram uma meta de triplicar a capacidade de energias renováveis até 2030.

De acordo com o diretor do Departamento de Energia do Itamaraty, João Marcos Paes Leme, a iniciativa se conecta com as metas assumidas no GST para caminhar rumo ao fim do uso de fósseis.

"Isso é uma resposta para implementar o GST. O GST prevê a descarbonização dos sistemas energéticos, a diminuição das emissões no setor de energia. Nós temos que saber como fazer", disse.

"Esperamos um bom número de adesões para que no processo de descarbonização os combustíveis sustentáveis tenham um papel relevante em complementação à eletrificação e outras tecnologias mais avançadas", disse Paes Leme, segundo quem há interesse de países europeus.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta nesta terça-feira, 14, sobre a contaminação de lotes específicos de três medicamentos orais líquidos usados para aliviar sintomas de resfriado e tosse: COLDRIF, Respifresh TR e ReLife. Os fármacos foram identificados na Índia na quarta-feira, 8, e estão associados a surtos localizados de doenças agudas e mortes de crianças no País.

O uso dos medicamentos contaminados, segundo a OMS, é inseguro e pode causar danos graves ou morte, especialmente em crianças. Os efeitos incluem dor abdominal, vômitos, diarreia, dificuldade para urinar, dor de cabeça, confusão mental e lesão renal aguda.

Os remédios são fabricados pelas empresas Sresan Pharmaceutical, Rednex Pharmaceuticals e Shape Pharma. De acordo com a Organização Central de Controle de Padrões de Medicamentos (CDSCO) da Índia, as autoridades estaduais determinaram a suspensão imediata da produção nos locais de fabricação e revogaram as autorizações dos produtos. Além disso, foi iniciado o recolhimento dos medicamentos contaminados.

A CDSCO informou à OMS que nenhum dos medicamentos contaminados foi exportado legalmente e que, até o momento, não há evidências de exportação ilegal.

A OMS, no entanto, recomenda que as autoridades nacionais reguladoras (ANRs) reforcem a vigilância, com atenção especial às cadeias de fornecimento informais, onde esses produtos podem circular sem detecção.

As ANRs, segundo a organização, também devem avaliar os riscos de qualquer medicamento oral líquido proveniente dos mesmos locais de fabricação, especialmente aqueles que foram produzidos desde dezembro de 2024.

Orientações

A OMS orienta que profissionais de saúde comuniquem sempre que encontrarem produtos contaminados ou perceberem efeitos inesperados ou falta de efeito dos medicamentos. Essas informações devem ser enviadas às autoridades nacionais reguladoras ou ao Centro Nacional de Farmacovigilância.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibiliza o VigiMed para que cidadãos, profissionais de saúde e detentores de registro de medicamentos reportem suspeitas de eventos adversos relacionados a remédios e vacinas. O sistema pode ser acessado aqui.

A OMS também recomenda maior atenção às cadeias de distribuição, especialmente em regiões que possam ser afetadas, e cuidado extra com o mercado informal ou sem regulamentação.

As autoridades reguladoras nacionais, tanto de saúde quanto de segurança pública, devem notificar imediatamente a OMS caso os produtos sejam detectados no País.

Para o público, a OMS recomenda que os produtos não sejam utilizados. Em caso de ingestão ou apresentação de efeitos adversos, a orientação é procurar atendimento médico imediatamente ou entrar em contato com um centro de controle de intoxicações.

No Brasil, os canais são:

O Disque-Intoxicação da Anvisa, que pode ser acionado pelo número 0800 722 6001;

O CIATox de cada região, que oferece orientação especializada e pode ser encontrado na lista disponível no site do Ministério da Saúde;

O Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI), pelos telefones (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733, com atendimento disponível para qualquer região do País.

Além disso, a OMS reforça que todos os produtos médicos devem ser adquiridos apenas de fornecedores autorizados.