Mostra imersiva de Tim Burton transforma o Jardim Botânico no 'Estranho Mundo de Jack'

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Uma abóbora enorme e iluminada já é vista de longe na entrada principal do Jardim Botânico de São Paulo. Um homem vestido de Beetlejuice espera para entrar. A música de O Estranho Mundo de Jack toca continuamente. Parece outubro, mas é maio. A diferença é que Tim Burton trouxe o Halloween mais cedo para a capital paulista com a nova exposição O Estranho Mundo de Jack de Tim Burton - Caminho de Luzes, que se propõe a ser uma imersão - em um espaço de 40 mil metros quadrados - na mente gótica do cineasta.

O Brasil é o segundo país a receber a mostra. O Estranho Mundo de Jack de Tim Burton - Caminho de Luzes nasceu no Jardim Botânico de Nova York e teve ingressos esgotados. Ao todo, 180 mil pessoas visitaram a mostra, que ficou em cartaz por nove semanas. O evento vem à capital paulista com a bênção de Burton - que chegou a visitar a cidade em 2022 para a abertura de outra exposição sobre ele na Oca, no Parque do Ibirapuera. Em 2016, o cineasta também foi tema de mostra no Museu da Imagem e do Som (MIS).

Mas, se são muitos os eventos que exploram a obra do artista, um dos mais excêntricos e bem-sucedidos do cinema da atualidade, é raro ver algo em torno de O Estranho Mundo de Jack - que, vale dizer, não foi dirigido por Tim Burton, mas produzido pelo cineasta. Segundo Iñaki Fernández, CEO da LetsGo Company, empresa responsável pela mostra, dificilmente a Disney permite a adaptação da obra. "Não houve muitas adaptações nem no teatro, em musicais, nem em outras coisas, é como um tesouro. Eles demoraram 3 anos para fazer o filme, um stop motion. A Disney o protege muito."

Foi de uma negativa durante a pandemia que a exposição surgiu. Iñaki chegou a contatar Burton para realizar uma exposição sobre ele em Madri, mas o cineasta não quis. Seis meses depois, o CEO lhe enviou um projeto de outra exposição imersiva, O Labirinto de Tim Burton, e se tornou parceiro do artista. Carlos Konrath, presidente do conselho da Opus Entretenimento, responsável por trazer a exposição ao Brasil, celebra que o País tenha conseguido vê-la tão cedo. "O Brasil normalmente recebe depois de ter rodado muito no mundo. De cada dez exposições, sete, oito, nove ou quase todas seguem essa regra. Nós tiramos de Nova York, estamos aqui em São Paulo e agora vamos entregar para o mundo", comenta.

Lucas Zaffari, CEO da Opus Entretenimento, diz que a empresa espera receber cerca de 150 mil pessoas, além de prolongar a exposição, marcada para terminar em junho. Oito mil ingressos serão oferecidos gratuitamente a estudantes e ONGs e outros 16 mil a preço popular.

Entrar na trilha da exposição é se deparar com personagens marcantes do filme de 1993: em tamanho real, estão Jack Skellington, Sally e Zero. O convite para tirar fotos é claro, já que há um degrau com marcas de pés ao lado de cada estátua. Dá mesmo gosto ficar lado a lado com as figuras, mas perde muito quem resolver ir à exposição apenas para fazer registros - ainda que ela em grande parte tenha sido estruturada para isso, com cerca de 25 pontos instagramáveis.

MEDINHO

Não é à toa, porém, que a mostra foi pensada para o Jardim Botânico. Cada folha faz parte do sonho que Tim Burton criou e caminhar pela trilha é perceber o quanto a maior área de mata atlântica da cidade de São Paulo cairia bem em um filme do cineasta. A sensação tem até um quê psicodélico. As luzes se misturam com a vegetação, os sons levam para outro lugar e, em determinado trecho, estourar bolhas de sabão brancas significa liberar pequenos pontos de fumaça.

São três os ambientes que compõem a exposição: a Cidade do Halloween, a Cidade do Natal e a Cidade do Halloween no Natal. Foram mais de 40 dias de montagem e mais de 10 contêineres com 50 toneladas de equipamento para que a mostra ganhasse vida.

Caminhar sozinho no trajeto pode até parecer estar em um filme de terror colorido - ainda mais na mata e à noite -, mas o objetivo, como conta Iñaki, não é transmitir medo. "A intenção é mais surpreender", diz. Na dúvida, vá acompanhado: ir sozinho, principalmente em horários mais vazios, pode dar certo medinho.

Vale a pena observar os pontos menos óbvios. De vez em quando, dê uma olhada para trás ou para o meio das árvores. Você vai se surpreender com novas perspectivas e com a folhagem ganhando cor (e para que isso seja possível, lembre-se: faça fotos, mas dá para deixar o celular um pouco de lado). Uma outra dica: sapatos confortáveis e um casaquinho. A exposição exige uma boa caminhada (há carrinhos à disposição para o público PcD). O ideal é usar roupas confortáveis e esperar um ventinho gelado com o anoitecer.

Tim Burton: O Estranho Mundo de Jack - Caminho de Luzes

Jardim Botânico de São Paulo

Av. Miguel Estéfano, 3.031

2ª a dom., 17h45 às 21h45

R$ 21 a R$ 120. Até 29/6

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Após ser multada pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo por despejar esgoto na Represa de Guarapiranga, a Sabesp está anunciando um plano para universalizar o saneamento no entorno da represa. O programa prevê a instalação de 23 novas estações elevatórias de esgoto no entorno da represa e a instalação de 650 km de redes novas para conectar mais 90 mil imóveis à rede até 2029.

A represa abastece 4 milhões de pessoas, a maioria na capital paulista. Como mostrou o Estadão, o vazamento foi flagrado no dia 31 de maio pela Associação Nossa Guarapiranga (AnGua). A Sabesp diz que o problema foi decorrente de uma interrupção no fornecimento de energia elétrica na estação Riviera.

Desde 2020, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) cobra medidas da companhia para evitar esse tipo de ocorrência.

O Programa Nossa Guarapiranga, que deve ser lançado oficialmente na próxima semana, inclui a modernização de seis estações elevatórias - duas já foram entregues e as outras serão reformadas até o primeiro semestre de 2026. No total, até 2029, o investimento no plano será de R$ 2,57 bilhões.

O que será feito na Guarapiranga:

- 23 novas estações elevatórias

- 650 km de redes novas

- 65 mil imóveis a serem conectados

- 25 mil imóveis em áreas informais a serem conectados, mediante autorização das prefeituras ou outros órgãos

- 6 estações elevatórias modernizadas

Este ano e no próximo serão contratados R$ 958 milhões em obras. Algumas iniciativas que fazem parte do programa já estão em andamento: há R$ 150 milhões em obras sendo executadas neste momento, segundo a Sabesp.

A companhia poderá fazer uso do princípio da disponibilidade previsto em lei federal para cobrar tarifa mínima, de R$ 37,96 por mês, de domicílios residenciais que têm ou terão rede à disposição, mas não se conectam a ela.

Já nas áreas informais, como as ocupações, o plano é obter adesão das prefeituras para que a rede seja estendida a esses locais. Os moradores de baixa renda terão isenção de tarifa.

Conforme Roberval Tavares, diretor de Engenharia e Inovação da Sabesp, a companhia tem como meta universalizar o saneamento em todo o Estado e a Guarapiranga faz parte. "Vamos atender a todos os imóveis que ainda não têm coleta em São Paulo e nos municípios de Embu das Artes, Embu Guaçu e Itapecerica da Serra e que estão na bacia da Guarapiranga. Inclusive todos os imóveis informais."

ETE de Barueri tem capacidade ampliada

Outro pilar do programa é modernizar as estações para que trabalhem com mais eficiência operacional, encaminhando o esgoto para tratamento na estação de Barueri. Entre as estações já reformadas, está a ETE Embu, no município de Embu Guaçu, que foi alvo de furtos e vandalismo. Foi erguido um muro alto no entorno e instaladas três novas bombas, uma delas reserva, movida a gás, que pode ser acionada em caso de falta de energia.

Atualmente existem mais de 30 estações de esgoto instaladas na represa. As 23 novas estações serão espalhadas nas margens esquerda e direita da Guarapiranga. Para tratar o aporte maior de esgoto que vai receber, a Estação de Tratamento de Esgoto de Barueri, na Grande São Paulo, está sendo ampliada. A capacidade atual, de tratar 16 metros cúbicos por segundo, vai chegar a 22 m3 até 2027, segundo Tavares.

Alerta: o texto abaixo trata de temas como abuso de substâncias, dependência química e transtornos mentais. Se você está passando por problemas, veja ao final dele onde buscar ajuda.

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Informações preliminares da Polícia Civil do Paraná indicam que o homem teria disparado contra Anne e, na sequência, tirado a própria vida. As mortes teriam acontecido no último sábado, 19.

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Onde buscar ajuda

Se você está passando por sofrimento psíquico ou conhece alguém nessa situação, veja abaixo onde encontrar ajuda:

Centro de Valorização da Vida (CVV): Se estiver precisando de ajuda imediata, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV), serviço gratuito de apoio emocional que disponibiliza atendimento 24 horas por dia. O contato pode ser feito por e-mail, pelo chat no site ou pelo telefone 188.

Canal Pode Falar: Iniciativa criada pelo Unicef para oferecer escuta para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. O contato pode ser feito pelo WhatsApp, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h.

SUS: Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) são unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) voltadas para o atendimento de pacientes com transtornos mentais. Há unidades específicas para crianças e adolescentes. Na cidade de São Paulo, são 33 Caps Infantojuventis e é possível buscar os endereços das unidades nesta página.

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