Astro de 'Round 6', Oh Yeong-Su é condenado à prisão por assédio sexual; saiba mais

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Alerta: o texto abaixo aborda temas sensíveis como estupro, violência doméstica e violência contra a mulher. Se você se identifica ou conhece alguém que está passando por esse tipo de problema, ligue 180 e denuncie.

O ator Oh Yeong-Su, de 80 anos, que interpretou o jogador 001 em Round 6, foi sentenciado na última quinta-feira, 3, a um ano de prisão por assédio sexual, em decisão realizada após um julgamento do recurso do ator que adiou a punição imputada em 2024.

O caso ocorreu em 2017, em meio a uma apresentação do ator no teatro, na cidade de Daegu. A vítima fazia parte da mesma companhia de teatro que Yeong-Su, segundo informações do portal coreano Chosun.

A divisão responsável pelo julgamento do ator realizou uma audiência na última quinta, 3, quando negou a apelação da defesa realizada após a decisão inicial do juiz, que ocorreu em primeira instância em março de 2024.

A promotoria destrinchou o ocorrido: "O réu é um veterano que atua no mundo do teatro há 50 anos, e este é um caso grave de assédio sexual contra uma jovem atriz promissora que acabava de entrar no mundo do teatro [...] O réu sabia que a vítima não seria capaz de falar sobre os danos que havia causado devido à sua falta de posição ou conexões no mundo do teatro".

Os advogados de Yeong-Su negaram a acusação de assédio, de acordo com o portal: "O réu não cometeu a agressão sexual e, mesmo que tenha cometido, não pode ser acusado de agressão sexual forçada".

O advogado da defesa continuou: "A única evidência direta dos fatos da acusação é a declaração da vítima, mas ela é inconsistente e entra em conflito com os fatos e declarações objetivos, portanto, carece de credibilidade".

O réu perdeu tudo por causa deste incidente, mas, por favor, ajude-o a recuperar sua honra para que ele possa acabar com sua vida no palco", completou a defesa.

Entenda o caso

O caso ocorreu em 2017 na companhia de teatro em que ambos trabalhavam, localizada em Daegu, na Coreia do Sul. A vítima afirma que foi tocada de maneira inapropriada, além do ator tê-la abraçado e beijado na bochecha. A denúncia inicial foi apresentada em 2021 e o caso foi encerrado no mesmo ano.

Entretanto em 2022, a vítima realizou uma apelação, o que reabriu o caso no Ministério Público de Suwon.

À época do primeiro julgamento, a juíza Jeong Yeon-ju disse para a AFP que os registros da vítima e suas alegações eram "consistentes... e parecem ser declarações que não podem ser feitas sem realmente vivenciá-las".

O tribunal também acrescentou: "O que está escrito no diário da vítima e no relatório de aconselhamento da vítima após o incidente coincide bastante com os detalhes deste caso". Yeong-Su foi condenado, inicialmente, a oito meses de prisão, em 2024.

Anteriormente, Oh explicou que a situação era na verdade um mal-entendido, afirmando que ele apenas segurou a mão da mulher para guiá-la ao redor de um lago. Ele acrescentou: "Eu pedi desculpas porque a pessoa disse que não faria um escândalo sobre isso, mas isso não significa que eu esteja admitindo as acusações."

Yeong-Su foi vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator Coadjuvante pela série Round 6, da Netflix. Também ficou conhecido por viver um monge no filme Primavera, Verão, Outono, Inverno… e Primavera, de Kim Ki-duk, que estreou em 2003.

Em outra categoria

A Advocacia-Geral da União (AGU) ajuizou uma ação contra a mineradora Vale S.A, cobrando R$ 2 bilhões por danos causados ao patrimônio público na exploração na mina do Tamanduá, em Nova Lima (MG). O processo foi protocolado na quinta-feira, 24.

A AGU alega que a área de aproximadamente 66,5 mil metros quadrados, que pertence à União, foi ocupada indevidamente pela Vale.

Segundo a AGU, a empresa tem autorização para instalar um mineroduto na região, mas a lavra mineral no terreno é proibida.

O órgão ainda diz que a extração de minério na área foi comprovada por análises técnicas e de imagens geoespaciais e que a própria Vale reconheceu a atividade no local.

A União argumenta que a única forma de reparação é o ressarcimento financeiro pelos danos causados, já que o recurso natural não pode ser devolvido.

Em entrevista a correspondentes estrangeiros, o embaixador André Corrêa do Lago, escolhido para ser presidente da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) em novembro, disse que há um esforço muito grande do governo, liderados pela Casa Civil, para conseguir convencer os hotéis de Belém, no Pará, a baixarem os preços para o evento, diante de aumento de até 10 vezes do valor normal.

Ele admitiu que os hotéis geralmente aumentam os preços em todas as COPs que já foram realizadas, mas que em Belém está havendo um movimento extorsivo, e por este motivo alguns países já manifestaram que podem deixar de participar.

"Na maioria das cidades onde as COPs aconteceram, os hotéis passaram a pedir o dobro ou o triplo do valor. No caso de Belém, os hotéis estão pedindo mais de 10 vezes os valores normais. Então, há uma sensação, literalmente, de revolta dos países por essa insensibilidade, sobretudo por parte dos países em desenvolvimento, os países de menor desenvolvimento relativo, que estão dizendo que não poderão vir à COP por causa dos preços extorsivos, abusivos, que estão sendo cobrados", informou.

"Os esforços continuam, mas eu acredito, talvez, que os hotéis não estejam se dando conta da crise que eles estão provocando e, realmente, isso se tornou, a partir do momento que ficou público, com a declaração de um representante dos países africanos, em entrevista à Reuters, que os países estão pedindo para o Brasil tirar a COP de Belém", acrescentou.

Rio 92

O embaixador ressaltou que a cúpula faz parte de um processo que começou em 1992, com a Rio-92 , e que acontece no momento em que serão publicadas as Contribuições Nacionalmente Determinadas" (em inglês, "Nationally Determined Contributions", NDC) até 2035. "A Cúpula vai nos mostrar o quão perto ou longe estamos do limite de 1,5 ºC de aumento na temperatura global".

Lago, que tem enfatizado que a cúpula do Brasil deve ser lembrada pela implementação de soluções e tecnologias já existentes, para que se avance num novo modelo econômico baseado em um baixo carbono, enfatizou que a Iniciativa Climática para Óleo e Gás (OGCI) será convidada para os espaços de negociação, a chamada Zona Sul.

"Precisamos de muito mais recursos para a transição energética e, não há dúvidas, que esse é um dos esforços para viabilizar os investimentos necessários nestes projetos", pontuou a jornalistas. "A forma como o mundo precisa lidar com os fósseis é algo que precisa ser feito na COP30", acrescentou.

O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, endossou que existe o compromisso do setor de óleo e gás com o processo de descarbonizar as suas atividades e estudar maneiras de se financiar a adição energética. "Não queremos estar fora dos debates", enalteceu.

Em sua avaliação, a transição energética não pode ser mais um fator de desequilíbrio mundial e nem de ampliação da pobreza energética. "O mundo vai continuar aumentando seu consumo energético nos próximos anos e os combustíveis fósseis entregam um serviço importante para várias economias, barato e seguro. É preciso pensar o uso dos combustíveis fósseis mais focados ao setor industrial, como o setor petroquímico e o de fertilizantes, por exemplo."

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) registrou um novo recorde mundial para o raio mais longo. Fenômeno ocorrido nos Estados Unidos bateu 829 km de extensão.

Registrado em 22 de outubro de 2017, durante uma tempestade de grande magnitude, o megarrelâmpago se estendeu do leste do Texas até perto de Kansas City - o equivalente à distância entre Paris e Veneza, na Europa, conforme a OMM.

"Um carro levaria de oito a nove horas e um avião comercial, pelo menos 90 minutos, para cobrir essa distância", exemplificou a organização. O recorde mundial foi certificado por um comitê de 11 especialistas de Estados Unidos, Brasil, Alemanha, Espanha, Nepal e Israel e divulgado nesta quinta-feira, 31.

"Os raios são uma fonte de admiração, mas também um grande perigo que ceifa muitas vidas ao redor do mundo todos os anos e, portanto, é uma das prioridades da iniciativa internacional Alertas Antecipados para Todos", disse a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo.

Segundo ela, as novas descobertas apontam para preocupações relacionadas a nuvens eletrificadas capazes de gerar relâmpagos de longo alcance, afetando a aviação e podendo causar incêndios florestais.

O Comitê de Extremos de Tempo e Clima da OMM, responsável por registrar recordes climáticos, validou o novo recorde utilizando tecnologia de satélite avançada. O raio mais longo anterior, também registrado nos Estados Unidos, foi de 768 quilômetros e ocorreu entre o Mississippi e o Texas em 29 de abril de 2020. A OMM certificou-o em 2022. Esses registros têm uma margem de erro de aproximadamente +/- 8 quilômetros.

O recorde anterior e o novo recorde de extensão de relâmpago foram medidos utilizando a mesma metodologia, baseada na distância máxima do grande círculo. "O evento de 2017 é notável por ter sido uma das primeiras tempestades onde o mais novo Satélite Ambiental Operacional Geoestacionário (GOES-16) da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) documentou 'megarrelâmpagos - eventos de descarga de raios de duração/distância extremamente longa", afirmou a OMM.

Esse relâmpago específico não havia sido identificado na análise original da tempestade de 2017, mas foi descoberto por meio de uma nova reavaliação da tempestade.

"Este novo recorde demonstra claramente o incrível poder do ambiente natural. Além disso, a avaliação da OMM de eventos extremos ambientais, como este recorde de distância de raios, atesta o significativo progresso científico na observação, documentação e avaliação de tais eventos. É provável que eventos extremos ainda maiores existam e que seremos capazes de observá-los à medida que medições adicionais de raios de alta qualidade se acumulam ao longo do tempo", disse o professor Randall Cerveny, relator de Extremos de Tempo e Clima da OMM.