Luciana Gimenez detalha cirurgia delicada na coluna: 'Nunca tive tanto medo'

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Luciana Gimenez foi submetida a uma cirurgia de emergência após perder os movimentos dos braços devido a uma hérnia de disco na vértebra C6. Em entrevista ao Domingo Espetacular, exibida neste domingo, 7, a apresentadora relatou a angústia ao receber o diagnóstico: "Nunca tive tanto medo na minha vida".

Os sintomas começaram dias depois do carnaval, que ela aproveitou intensamente como madrinha de bateria da Vai-Vai. Luciana também curtiu o Carnaval do Rio e esteve no desfile das campeãs em São Paulo. Quatro dias após os eventos, acordou com fortes dores e dificuldade de locomoção. "Não conseguia levantar da cama, nem escovar os dentes. Precisei de ajuda para tudo", contou. No hospital, veio o diagnóstico: uma hérnia havia comprimido a medula e provocado a perda parcial dos movimentos.

Sem possibilidade de um tratamento conservador, a apresentadora foi levada à cirurgia de discectomia com fusão cervical, procedimento que envolve a remoção do disco danificado, inserção de uma prótese e estabilização da área com placas de titânio. A incisão foi feita na parte da frente do pescoço e o procedimento durou cerca de três horas.

"Era cirurgia ou ficar sem movimento. Eu precisava de respostas. Meu maior medo era não voltar a ser quem eu sou", contou.

Quase um mês depois, a apresentadora segue em recuperação, fazendo sessões intensas de fisioterapia e fonoaudiologia. Isso porque uma das cordas vocais ficou temporariamente paralisada durante o procedimento. Apesar do susto, Luciana Gimenez segue otimista: "Ainda estou no processo, mas estou aqui, viva, e pronta pra voltar. Quando a gente passa por isso, começa a ver a vida com outros olhos."

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A Advocacia-Geral da União (AGU) ajuizou uma ação contra a mineradora Vale S.A, cobrando R$ 2 bilhões por danos causados ao patrimônio público na exploração na mina do Tamanduá, em Nova Lima (MG). O processo foi protocolado na quinta-feira, 24.

A AGU alega que a área de aproximadamente 66,5 mil metros quadrados, que pertence à União, foi ocupada indevidamente pela Vale.

Segundo a AGU, a empresa tem autorização para instalar um mineroduto na região, mas a lavra mineral no terreno é proibida.

O órgão ainda diz que a extração de minério na área foi comprovada por análises técnicas e de imagens geoespaciais e que a própria Vale reconheceu a atividade no local.

A União argumenta que a única forma de reparação é o ressarcimento financeiro pelos danos causados, já que o recurso natural não pode ser devolvido.

Em entrevista a correspondentes estrangeiros, o embaixador André Corrêa do Lago, escolhido para ser presidente da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) em novembro, disse que há um esforço muito grande do governo, liderados pela Casa Civil, para conseguir convencer os hotéis de Belém, no Pará, a baixarem os preços para o evento, diante de aumento de até 10 vezes do valor normal.

Ele admitiu que os hotéis geralmente aumentam os preços em todas as COPs que já foram realizadas, mas que em Belém está havendo um movimento extorsivo, e por este motivo alguns países já manifestaram que podem deixar de participar.

"Na maioria das cidades onde as COPs aconteceram, os hotéis passaram a pedir o dobro ou o triplo do valor. No caso de Belém, os hotéis estão pedindo mais de 10 vezes os valores normais. Então, há uma sensação, literalmente, de revolta dos países por essa insensibilidade, sobretudo por parte dos países em desenvolvimento, os países de menor desenvolvimento relativo, que estão dizendo que não poderão vir à COP por causa dos preços extorsivos, abusivos, que estão sendo cobrados", informou.

"Os esforços continuam, mas eu acredito, talvez, que os hotéis não estejam se dando conta da crise que eles estão provocando e, realmente, isso se tornou, a partir do momento que ficou público, com a declaração de um representante dos países africanos, em entrevista à Reuters, que os países estão pedindo para o Brasil tirar a COP de Belém", acrescentou.

Rio 92

O embaixador ressaltou que a cúpula faz parte de um processo que começou em 1992, com a Rio-92 , e que acontece no momento em que serão publicadas as Contribuições Nacionalmente Determinadas" (em inglês, "Nationally Determined Contributions", NDC) até 2035. "A Cúpula vai nos mostrar o quão perto ou longe estamos do limite de 1,5 ºC de aumento na temperatura global".

Lago, que tem enfatizado que a cúpula do Brasil deve ser lembrada pela implementação de soluções e tecnologias já existentes, para que se avance num novo modelo econômico baseado em um baixo carbono, enfatizou que a Iniciativa Climática para Óleo e Gás (OGCI) será convidada para os espaços de negociação, a chamada Zona Sul.

"Precisamos de muito mais recursos para a transição energética e, não há dúvidas, que esse é um dos esforços para viabilizar os investimentos necessários nestes projetos", pontuou a jornalistas. "A forma como o mundo precisa lidar com os fósseis é algo que precisa ser feito na COP30", acrescentou.

O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, endossou que existe o compromisso do setor de óleo e gás com o processo de descarbonizar as suas atividades e estudar maneiras de se financiar a adição energética. "Não queremos estar fora dos debates", enalteceu.

Em sua avaliação, a transição energética não pode ser mais um fator de desequilíbrio mundial e nem de ampliação da pobreza energética. "O mundo vai continuar aumentando seu consumo energético nos próximos anos e os combustíveis fósseis entregam um serviço importante para várias economias, barato e seguro. É preciso pensar o uso dos combustíveis fósseis mais focados ao setor industrial, como o setor petroquímico e o de fertilizantes, por exemplo."

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) registrou um novo recorde mundial para o raio mais longo. Fenômeno ocorrido nos Estados Unidos bateu 829 km de extensão.

Registrado em 22 de outubro de 2017, durante uma tempestade de grande magnitude, o megarrelâmpago se estendeu do leste do Texas até perto de Kansas City - o equivalente à distância entre Paris e Veneza, na Europa, conforme a OMM.

"Um carro levaria de oito a nove horas e um avião comercial, pelo menos 90 minutos, para cobrir essa distância", exemplificou a organização. O recorde mundial foi certificado por um comitê de 11 especialistas de Estados Unidos, Brasil, Alemanha, Espanha, Nepal e Israel e divulgado nesta quinta-feira, 31.

"Os raios são uma fonte de admiração, mas também um grande perigo que ceifa muitas vidas ao redor do mundo todos os anos e, portanto, é uma das prioridades da iniciativa internacional Alertas Antecipados para Todos", disse a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo.

Segundo ela, as novas descobertas apontam para preocupações relacionadas a nuvens eletrificadas capazes de gerar relâmpagos de longo alcance, afetando a aviação e podendo causar incêndios florestais.

O Comitê de Extremos de Tempo e Clima da OMM, responsável por registrar recordes climáticos, validou o novo recorde utilizando tecnologia de satélite avançada. O raio mais longo anterior, também registrado nos Estados Unidos, foi de 768 quilômetros e ocorreu entre o Mississippi e o Texas em 29 de abril de 2020. A OMM certificou-o em 2022. Esses registros têm uma margem de erro de aproximadamente +/- 8 quilômetros.

O recorde anterior e o novo recorde de extensão de relâmpago foram medidos utilizando a mesma metodologia, baseada na distância máxima do grande círculo. "O evento de 2017 é notável por ter sido uma das primeiras tempestades onde o mais novo Satélite Ambiental Operacional Geoestacionário (GOES-16) da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) documentou 'megarrelâmpagos - eventos de descarga de raios de duração/distância extremamente longa", afirmou a OMM.

Esse relâmpago específico não havia sido identificado na análise original da tempestade de 2017, mas foi descoberto por meio de uma nova reavaliação da tempestade.

"Este novo recorde demonstra claramente o incrível poder do ambiente natural. Além disso, a avaliação da OMM de eventos extremos ambientais, como este recorde de distância de raios, atesta o significativo progresso científico na observação, documentação e avaliação de tais eventos. É provável que eventos extremos ainda maiores existam e que seremos capazes de observá-los à medida que medições adicionais de raios de alta qualidade se acumulam ao longo do tempo", disse o professor Randall Cerveny, relator de Extremos de Tempo e Clima da OMM.