Rachel Zegler é acusada de prejudicar 'Branca de Neve' ao se posicionar a favor da Palestina

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A atriz Rachel Zegler, protagonista da nova versão de Branca de Neve, está envolvida em uma polêmica acerca de seu posicionamento favorável à causa palestina. Em uma reportagem publicada pela revista norte-americana Variety na terça-feira, 25, foi revelado que Marc Platt, um dos produtores do filme, voou até Nova York (EUA) para pressionar a artista a excluir um comentário pró-Palestina feito nas redes sociais.

Em agosto do ano passado, a atriz fez uma série de postagens agradecendo aos fãs pela empolgação com o lançamento do primeiro trailer da obra. O último comentário dela, no entanto, chamou bastante atenção. Após os agradecimentos, Zegler escreveu: "e sempre se lembrem, Palestina livre".

A fala da atriz viralizou e dividiu o público. Enquanto muitos a criticaram e a acusaram de apoiar o grupo Hamas, outros celebraram a coragem da artista ao se manifestar em apoio à causa palestina. A mando da Disney, Platt foi enviado pessoalmente para convencer Zegler a excluir o comentário e "se comportar" durante o período de divulgação do filme. A atriz, no entanto, se recusou a apagar a publicação.

Para complicar ainda mais a situação, Gal Gadot, a Rainha Má do filme, é israelense e apoia Israel publicamente. Segundo a reportagem da Variety, a intérprete da Mulher Maravilha chegou a receber ameaças de morte e teve de começar a andar com seguranças contratados pela Disney. A postura de Zegler desagradou o estúdio e o produtor, que acreditam que a jovem artista agiu de forma "egoísta" e "mimada".

Jonah Platt, filho de Marc Platt , acusou a atriz de prejudicar a arrecadação da bilheteria com seus posicionamentos políticos. Em seu perfil no Instagram, Jonah postou nessa quarta-feira, 26, uma publicação criticando a atitude da atriz, que classificou como "narcisista".

"Sim, meu pai, o produtor de uma enorme propriedade intelectual da Disney, com centenas de milhões de dólares em jogo, teve que deixar sua família para atravessar o país e repreender sua funcionária de 20 anos por envolver sua crença política pessoal no meio da promoção de um filme em que ela assinou um contrato de milhões de dólares", desabafou. Após a repercussão negativa da postagem, Jonah excluiu a publicação.

"As ações dela claramente prejudicaram a bilheteria do filme", pontuou Jonah. O longa, que custou US$ 270 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) para ser produzido, faturou somente US$ 87,3 milhões (cerca de R$ 500 milhões) em seu primeiro final de semana, um valor bem abaixo do esperado pela Disney. "Dezenas de milhares de pessoas trabalharam nesse filme, e ela sequestrou a conversa para satisfazer seus próprios desejos imaturos, colocando em risco todos os colegas, a equipe e os trabalhadores que dependiam do sucesso do filme", finalizou o filho do produtor.

A Disney e Rachel Zegler não se pronunciaram sobre o caso.

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Após a prisão de Edson Aparecido Campolongo, funcionário público apontado pela polícia como suspeito de ao menos 18 ataques a ônibus na região metropolitana de São Paulo, o irmão, Sérgio Campolongo, se entregou nesta quarta-feira, 23, à polícia e também foi preso.

Sérgio é acusado de participar de pelo menos dois casos de depredação a veículos. Ele se apresentou com seus advogados no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Bernardo do Campo. O Estadão tenta contato com a defesa dos dois presos.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o mandado de prisão foi cumprido nesta quarta. A onda de ataques aos ônibus já soma mais de 500 casos apenas na capital, de acordo com a SPTrans. Até o momento, 16 suspeitos foram presos, de acordo com a SSP.

Edson confessou ter danificado 16 veículos somente no último dia 17, além de ter depredado um ônibus na Avenida Jorge João Saad, no Morumbi, no dia 15, de acordo com a polícia.

Foram apreendidos com Edson um estilingue e pequenas esferas de metal, utilizados nos ataques, informa a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP).

As investigações apontam que os crimes foram planejados com antecedência e que o homem é suspeito de recrutar outras pessoas para promover ataques. Os dois irmãos juntos teriam participado de, ao menos, 18 ataques.

A polícia chegou a Campolongo após as investigações apontarem que o carro dele estava sempre perto dos ataques. Até o momento, as investigações apontam que ele não mirava empresas específicas, e que os ataques eram aleatórios. As ações dos irmãos se concentraram principalmente nas cidades de São Bernardo do Campo e Osasco, ambas na região metropolitana.

As razões para cometer os crimes não ficaram totalmente esclarecidas. Edson teria dito, em depoimento, que mobilizava os ataques para "consertar o Brasil".

Nas redes sociais, Campolongo tinha um perfil ativo, com publicações diárias contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e movimentos de esquerda, e posts enaltecendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. O delegado Júlio César Teixeira, que esteve à frente da investigação que prendeu Edson Campolongo, disse que o servidor negou ser filiado a partidos políticos ou a sindicatos.

Os irmãos respondem pelos crimes de dano qualificado e atentado à segurança de outro meio de transporte. Caso as investigações confirmem o arremesso de um coquetel molotov, os suspeitos poderão responder também por tentativa de homicídio.

O programa de Financiamento Estudantil (Fies) terá um aumento de 30% no limite de cobertura, dos atuais R$ 60 mil para R$ 78 mil semestrais, para os cursos de Medicina, anunciou o ministro da Educação, Camilo Santana. O Comitê Gestor do Fies já aprovou o aumento, mas o MEC ainda não informou quando a portaria com a mudança no teto será publicada.

O teto atual de R$ 10 mil por mês era questionado por estudantes de Medicina por não cobrir toda a mensalidade de alunos de baixa renda, deixando coparticipações que chegavam até a R$ 4 mil mensais, dependendo da faculdade.

Os estudantes que mais reclamavam do valor do teto eram os do Fies Social, aqueles com renda familiar até meio salário mínimo por pessoa inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

O Fies Social é uma modalidade dentro do programa criada para abarcar a população de baixa renda ao financiar 100% do valor da mensalidade da faculdade particular até o limite do teto. Beneficiários do Fies com renda entre 0,5 e 3,5 salários mínimos por pessoa não têm direito a 100% de financiamento.

Porém, mesmo entre os alunos do Fies Social, parte deles precisava pagar uma coparticipação, já que, frequentemente, as mensalidades dos cursos de Medicina ultrapassam R$ 10 mil. Essa diferença - que costuma chegar a até a R$ 4 mil mensais - se tornava inviável para alunos com renda familiar de até meio salário mínimo por pessoa, relatam os estudantes.

Há casos, inclusive, de alunos que abandonaram o curso por não conseguirem arcar com as coparticipações, ficando sem diploma e com a dívida acumulada.

A partir do momento que o novo teto for implementado, o valor de R$ 13 mil mensais passará a cobrir 85% dos cursos privados de Medicina do País, segundo o ministro.

A Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo apreenderam R$ 700 mil em dinheiro vivo em Boa Vista. Os valores foram encontrados com um homem cuja conta bancária recebeu 'grandes valores oriundos de empresas beneficiárias de furto bancário eletrônico' - hackeamento de contas ligadas ao Banco Central, via acesso por uma empresa de software, no dia 30 de junho.

O golpe é investigado pela PF e pela Promotoria de São Paulo no âmbito da Operação Magna Fraus.

Segundo a PF, a ação que levou à prisão do suspeito é 'fruto de intercâmbio' regular de informações junto ao Banco Central e ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), que reporta transações atípicas à Polícia Federal.

Flagrado com os R$ 700 mil em uma casa na capital de Roraima, o homem foi preso por lavagem de dinheiro 'em virtude da ausência de justificativas plausíveis para a posse dos altos montantes em espécie'.

O rombo estimado em mais de R$ 500 milhões representa a maior fraude eletrônica já realizada contra o sistema financeiro e alcançou contas de liquidação de oito bancos e instituições. Os investigadores apontam que a ação esvaziou contas de pagamentos instantâneos.