James Bond: Amazon assume controle criativo da franquia '007'; saiba o que muda

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Os produtores Barbara Broccoli e Michael G. Wilson pegaram Hollywood de surpresa nesta quinta-feira, 20, com o anúncio de que estão deixando o controle criativo dos filmes de James Bond. Os dois, que são produtores e peças-chave da saga do espião três há décadas, repassaram as decisões criativas oficialmente para a Amazon MGM Studios. A informação foi divulgada pela BBC.

A novidade é o novo capítulo de uma saga que se desenrola desde 2022, quando a gigante do e-commerce finalizou a compra histórica da MGM, o estúdio-mãe de 007. Na ocasião, a Amazon esperava desenvolver um novo filme a curto prazo, mas um impasse logo se instaurou: Broccoli e Wilson mantiveram o controle sobre todas as decisões envolvendo a saga, mesmo com a Amazon sendo a dona do negócio. Os dois são conhecidos por manterem uma postura rígida a respeito da história do espião. Agora, diante de um novo acordo, as três partes - Amazon MGM Studios, Barbara Broccoli e Michael G. Wilson - firmam uma parceria inédita. Os produtores veteranos continuam sendo detentores da franquia, mas o estúdio ganha, enfim, o tão cobiçado controle total.

"Desde sua introdução cinematográfica há mais de 60 anos, James Bond se mantém como um dos personagens mais icônicos no entretenimento filmado", declarou Mike Hopkins, diretor do Prime Video e da Amazon MGM Studios. "Somos gratos aos saudosos Albert R. Broccoli e Harry Saltzman por trazerem James Bond aos cinemas ao redor do mundo, e a Michael G. Wilson e Barbara Broccoli por sua dedicação incontestável e seu papel na continuação do legado da franquia que é adorada por legiões de fãs no mundo inteiro."

James Bond chegou aos cinemas no ano de 1962, com o filme 007 Contra o Satânico Dr. No. Na época, Albert Broccoli (pai de Barbara e padrasto de Wilson) e Harry Saltzman compraram os direitos de adaptação dos romances de Ian Fleming, e deram início ao sucesso que perdura até hoje. Os herdeiros assumiram o posto para continuar a franquia em 1995, e estão à frente dos lançamentos desde 007 Contra GoldenEye.

O que muda daqui em diante?

O último filme de James Bond lançado nos cinemas foi 007 - Sem Tempo para Morrer, 25º da história e o 5º e último de Daniel Craig. Especulações sobre o destino da saga e quem poderá assumir o posto circulam na imprensa há quase uma década, e se intensificaram após 2021. No entanto, não há informações concretas sobre quem poderá ser o próximo espião.

Com a mudança nos bastidores, a expectativa por novidades aumenta, e a especulação que circula na imprensa internacional diz respeito à derivação da franquia. Agora que está no controle criativo, a Amazon pode dar sinal verde para séries e filmes derivados, ambientados no universo de 007 - mais ou menos como a Disney fez com Star Wars.

A verdade é que Broccoli sempre agiu como uma espécie de guardiã do legado do pai, o que por muito tempo frustrou o desejo dos executivos da Amazon de lucrarem ainda mais com a franquia. É justamente por isso que a mudança é uma grande surpresa, e pode alterar bastante o futuro de James Bond.

No ano passado, o Prime Video lançou o reality 007: Estrada para o Milhão, um programa que, embora se aproveite do título, não interfere na história dos filmes ou tem alguma ligação direta com os personagens. Agora, a empresa tem a chance de tirar do papel os seus projetos que realmente têm a possibilidade de expandir a saga.

Nos últimos anos, a Amazon já vinha tentando criar novas histórias, que foram vetadas insistentemente por Broccoli. Há relatos que afirmam que a executiva chegou a se frustrar com o estúdio e dizer que tratavam-se de pessoas "idiotas". Vale lembrar que Barbara passou sua carreira fazendo a curadoria do legado de Bond e garantindo que todas as escolhas para o personagem fossem coerentes com as ideias do pai.

Por enquanto, ainda não há novidades sobre os próximos capítulos de 007. Os 25 filmes já existentes estão disponíveis para compra ou aluguel no Prime Video.

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Uma menina de 9 anos morreu na noite de quarta-feira, 23, em Minas Gerais, depois de comer bolos e pães de queijo na casa da avó, na cidade de São Francisco. Ela passou mal e deu entrada no hospital municipal já em parada cardiorrespiratória.

Conforme informações preliminares da Polícia Militar, a avó preparava um café da tarde e servia bolo para a menina e uma irmã dela. Por volta das 18h, um tio das crianças apareceu na residência da mulher com pães de queijo. O homem entregou os produtos e foi embora.

Após a refeição, a criança começou a sentir fortes dores abdominais e uma secreção espumosa começou a sair pelo nariz, segundo o relato da PM. A avó tentou reanimar a criança e um vizinho a levou para o hospital municipal de São Francisco.

A criança chegou à unidade já em parada cardiorrespiratória e, apesar do atendimento, não resistiu. Não há relatos de que a irmã e a avó tenham passado mal também. Conforme a mãe da menina, ela estaria em São Francisco para passar as férias escolares na casa da avó.

Ainda na noite de quarta, a PM informou que um gato foi apresentado à polícia com os mesmos sintomas da garota. Ele foi levado por um homem que mora perto da casa da avó. Na mesma noite, o animal morreu. O relato não especifica se o animal vivia na mesma casa onde estavam os alimentos e a quem pertencia.

O corpo da menina foi levado ao Instituto Médico Legal de Januária e foi liberado para necrOpsia. O gato e os alimentos foram recolhidos para exames da perícia. A reportagem buscou contato com a Polícia Civil para mais detalhes sobre o caso e aguarda retorno.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) anunciou nesta quarta-feira, 23, que 200 policiais militares vão trabalhar dentro de ônibus das linhas municipais na capital, na tentativa de evitar novos ataques ao transporte público. A onda de depredações de ônibus já soma 530 casos apenas na capital, desde 12 de junho, de acordo com a São Paulo Transporte (SPTrans).

Os números oficiais, porém, só consideram os registros desde junho. Como mostrou o Estadão, o sindicato das empresas de ônibus (SPUrbanuss) considera que os casos tiveram início em janeiro. O balanço mais recente, até o dia 15, aponta 947 depredações em 2025. A situação já causaria problemas de operação, uma vez que os coletivos atingidos precisam ser retirados de circulação para a troca dos vidros.

De acordo com o prefeito, os policiais, que atuarão dentro dos coletivos das linhas com o maior número de ataques, fazem parte da Operação Delegada, na qual agentes trabalham durante a folga e são pagos pela Prefeitura. Segundo Nunes, o Município paga R$ 1 milhão por dia para 2,4 mil policiais militares trabalharem em ações de segurança nos dias de folga. "Em torno de 200 policiais militares vão ficar, desde a saída da garagem, dentro dos ônibus, acompanhando o percurso para dar garantia de segurança aos passageiros", disse o prefeito, durante a entrega de 120 ônibus elétricos à frota da cidade, na manhã de ontem. Agentes armados da Guarda Civil Metropolitana (GCM) fizeram a escolta dos novos ônibus elétricos para evitar ataques nas Avenidas Faria Lima e Eusébio Matoso.

Investigações continuam

A polícia trabalha com duas possíveis causas para a onda de ataques. A primeira é de brigas sindicais e conflitos entre empresas de viação, que buscam criar um clima de medo para desestabilizar o setor e forçar a Prefeitura da capital a fazer mudanças no transporte público - isso porque os ataques começaram em janeiro, após mudanças no sistema feitas pela Prefeitura.

Contudo, não descartam também que a onda de vandalismo esteja acontecendo por um "efeito manada" e ausente de uma articulação maior por trás dos ataques. "Acreditamos que não existe só uma motivação. Existe o efeito manada, o contágio, o propósito inicial, assim como existe alguém pegando onda, uma sucessão de propósitos", disse o delegado Ronaldo Sayeg, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo. Assim pode ser definida a ação dos irmãos Sérgio e Edson Campolongo, que fizeram uma série de ataques em um só dia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um juiz aposentado, de 61 anos, foi preso na manhã desta quinta-feira, 24, depois de atropelar uma ciclista na cidade de Araçatuba, interior do Estado.

Informações da Polícia Civil indicam que o magistrado, identificado como Fernando Augusto Fontes Rodrigues Júnior, estava alcoolizado no momento do acidente. A reportagem tenta contato com a defesa dele.

A vítima, Thais Bonatti, de 30 anos, está hospitalizada em estado grave.

Conforme o boletim de ocorrência, o caso aconteceu na Avenida Waldemar Alves, no bairro Jardim Presidente. Júnior estava dirigindo uma caminhonete modelo Ford Ranger, quando parou o veículo perto de um ponto de descarga de mercadorias de um supermercado.

O registro policial informa que uma mulher que o acompanhava tentou sentar em seu colo. Neste momento, o juiz aposentado acelerou o carro e passou com a caminhonete por cima da ciclista.

Quando a Polícia Militar chegou ao local da ocorrência, Thais já tinha sido socorrida ao pronto-socorro. Os agentes foram ao local e constataram que o estado de saúde da vítima era grave. A perícia técnica foi acionada para investigar o caso.

Júnior foi levado à Delegacia Seccional e submetido a exame clínico de embriaguez. O médico legista atestou que o juiz estava "alcoolizado/embriagado". Um juiz das garantias foi acionado também para acompanhar a ocorrência.

A polícia deu voz de prisão ao magistrado e, na sequência, a sua prisão em flagrante foi convertida em preventiva (sem prazo pré-definido).

Fernando Júnior foi indiciado por lesão corporal culposa e encaminhado à cela especial da Cadeia Pública de Penápolis, interior do Estado, onde aguardará a audiência de custódia.