Karla Sofía Gascón cita polêmica e se desculpa por tuítes: 'Eles já venceram'

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A atriz Karla Sofía Gascón, protagonista de Emilia Pérez, voltou a citar a polêmica que envolveu seu nome nos últimos dias. Em uma postagem feita no Instagram neste sábado, 1º, a artista se desculpou por seus tuítes antigos, resgatados por internautas e considerados racistas e intolerantes.

"Eles já venceram", iniciou a atriz na legenda. A publicação trazia uma imagem com os dizeres: "Como ocorre com Emilia Pérez, todos podemos mudar para melhor. Eu também".

"A primeira coisa que gostaria de fazer é pedir minhas mais sinceras desculpas a todos aqueles que se sentiram mal pela minha forma de me expressar em qualquer estágio da minha vida", escreveu ela, afirmando que "a maneira como se expressa é seu principal defeito". Karla disse que "por mais que sua mensagem seja uma, sem usar as palavras corretas, ela se torna outra".

A atriz também comentou sobre a ampla repercussão que sua carreira ganhou com a indicação ao Oscar. "Passei de viver uma vida normal para uma vida no auge da minha profissão em apenas seis meses", afirmou.

"Agora minha responsabilidade é muito grande porque minha voz não pertence só a mim, mas a muitas pessoas que se sentem representadas e esperançosas comigo", disse Karla, a primeira atriz trans indicada à categoria de Melhor Atriz na premiação.

A artista afirmou ter consciência de que não pode reparar seus atos do passado, mas completou dizendo não ser "a mesma pessoa de 10 ou 20 anos atrás". "Reconheço, entre lágrimas, que eles já venceram, alcançaram seu objetivo: manchar, com mentiras ou coisas tiradas de contexto, minha existência", escreveu.

Karla negou que seja racista, comentando que "uma das pessoas mais importantes em sua vida atual e que mais ama é muçulmana". "Sempre lutei por uma sociedade mais justa e por um mundo de liberdade, paz e amor. Jamais apoiarei guerras, extremismo religioso ou opressão das raças e povos", disse.

A atriz reafirmou que algumas de suas falas foram tiradas de contexto. "Criaram postagens como se eu estivesse insultando até minhas colegas, coisas que escrevi para glorificar como se fossem críticas, piadas como se fossem realidade, palavras que, sem o contexto, apenas parecem ódio. Tudo para que eu não ganhe nada e me afunde."

Ela, por fim, citou um conselho que recebeu da mãe: "Pouco me importa que você ganhe alguma coisa, só quero que você esteja bem e não te façam mal". "Mamãe, a vida me colocou aqui para enviar uma mensagem de esperança e amor neste mundo, e vou cumpri-la", escreveu. em:

Leia o texto completo, em espanhol, aqui

A atriz já havia se manifestado sobre o caso na última sexta-feira, 31. Ela chegou a desativar sua conta no X, antigo Twitter, após a repercussão dos tuítes. "Está claro que há algo muito sombrio por trás disso", disse ela em comunicado enviado à imprensa.

Entre os tópicos mencionados pela atriz nos tuítes resgatados, estão o assassinato de George Floyd, ataques terroristas na França, islamismo, a pandemia de covid-19 e críticas ao próprio Oscar.

Karla disputa o prêmio de Melhor Atriz com Fernanda Torres, de Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, além de Demi Moore (A Substância), Mikey Madison (Anora) e Cynthia Erivo (Wicked).

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A Polícia Civil do Rio Grande do Norte indiciou Igor Eduardo Pereira Cabral, 29 anos, por tentativa de feminicídio. O ex-atleta de basquete agrediu a namorada com mais de 60 socos dentro de um elevador em condomínio da zona Sul de Natal.

Ele está preso desde o dia 26 de julho. A vítima, Juliana Soares, 35 anos, passou por cirurgia na última sexta-feira, 1º, e segue em observação hospitalar. Em entrevista à TV Record, ela contou que ele queria mata-la.

No relatório final, a Polícia Civil solicitou ao judiciário a manutenção da prisão preventiva, já decretada, "diante da gravidade dos fatos, da periculosidade do indiciado e da necessidade de proteção à integridade física e psicológica da vítima".

Uso de 'substâncias' e 'perdão' a quem foi 'afetado'

A defesa de Igor Eduardo Cabral disse que vai aguardar os próximos passos do Ministério Público para se posicionar. Nesta segunda-feira, 4, o ex-atleta de basquete alegou, em nota, que as agressões ocorreram em "um contexto de uso de substâncias e instabilidade emocional".

"Embora as circunstâncias ainda estejam sendo apuradas, sinto a necessidade sincera de expressar meu pedido de perdão a todos que, de alguma forma, foram afetados. Não tenho intenção de justificar nada, tampouco minimizar o impacto dos fatos. Apenas desejo que Juliana consiga encontrar força para seguir em frente, com serenidade, coragem e paz. A ela, sua filha e sua família, envio minhas orações e meu mais genuíno respeito", disse Igor em nota.

Ainda segundo o comunicado, Igor Eduardo diz enfrentar o momento atual "com humildade e esperança de que, com o tempo, todas as partes envolvidas possam encontrar caminhos de cura, reflexão e recomeço."

Igor Eduardo Pereira Cabral está preso na Cadeia Pública de Ceará-Mirim, na Grande Natal. Na última sexta-feira, 1º, o preso chegou a denunciar maus-tratos e agressões sofridas por policiais penais. Entre as supostas agressões estão chutes, socos e uso de spray de pimenta. Ele teria sido colocado na cela algemado e sem roupas.

Em nota, a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap) disse que vai apurar a ocorrência. O interno chegou a ser deslocado para registro de boletim na Delegacia de Plantão da Polícia Civil e exame de corpo de delito no Instituto Técnico-Científico de Perícia. A investigação ficará a cargo da Polícia Civil. A Corregedoria do Sistema Prisional também foi acionada, segundo a Seap.

Os EUA poderão exigir um caução de até US$ 15.000 para alguns vistos de turista e negócios sob um programa piloto que será lançado em duas semanas, segundo um documento protocolado no Federal Register programado para ser publicado nesta terça, 5. A medida tem como objetivo reprimir a quantidade de visitantes que excedem o tempo de permanência de seus vistos.

As taxas também podem ser aplicadas a visitantes oriundos de países onde as informações de triagem são consideradas insuficientes para os padrões americanos, segundo o comunicado. O programa piloto, que entrará em vigor no dia 20 de agosto, deve durar um ano.

O Departamento de Estado anunciará os países incluídos na lista com no mínimo 15 dias antes dele entrar em vigor, e a lista pode ser alterada ao longo do programa.

O governo dos EUA já havia publicado uma regra temporária de um programa piloto semelhante em 2020. No entanto, com a redução mundial nas viagens globais como resultado da pandemia de covid-19, o país não implementou a medida.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou ao Financial Times que a nova legislação ambiental aprovada pelo Congresso representa "o maior retrocesso potencial" na proteção ambiental do Brasil em quatro décadas. "O mundo hoje não precisa de menos proteção ambiental, precisa de mais proteção", disse em entrevista.

O projeto, impulsionado pela bancada ruralista e aprovado às pressas antes do recesso parlamentar, permite a aprovação acelerada de projetos estratégicos e a autodeclaração de impacto ambiental por proponentes, inclusive em empreendimentos agropecuários. "O Brasil já mostrou que é possível desenvolver e proteger ao mesmo tempo", afirmou Marina ao FT.

Com a COP30 marcada para novembro, em Belém, a ministra expressou preocupação com os efeitos da nova lei na imagem internacional do país. "Certamente nos preocupa" o conflito entre a legislação e os compromissos ambientais assumidos no acordo Mercosul-UE, disse, citando também que "essa lei realmente não ajuda", como reconheceu um diplomata europeu.

Em vez de recomendar o veto presidencial integral, Marina disse ao FT que o governo tentará modificar o texto até 8 de agosto e negociar um novo projeto com o Congresso. "Acredito sempre no poder do diálogo", afirmou. "A sociedade está muito mobilizada para que as mudanças que o governo federal fará no projeto sejam aceitas pelo Congresso."

Ela alertou ainda que é "ilusão" pensar que projetos como a exploração de petróleo na foz do Amazonas ou a pavimentação da BR-319 poderão avançar sem licenciamento rigoroso. "Não tem base legal e seria questionado judicialmente", afirmou.

Marina também destacou os efeitos já visíveis das mudanças climáticas na floresta. "Pela primeira vez, o desmatamento por fogo foi maior do que por corte raso." Ainda assim, disse confiar no compromisso de Lula com metas climáticas mais ambiciosas. "O presidente Lula colocou muitas 'linhas verdes', o que me dá conforto para continuar."

Com ataques vindos do Congresso, a ministra afirmou ao FT que segue apostando no convencimento. "Para um democrata, mesmo em situações hostis, é preciso persistir", disse. "Proteger o meio ambiente não é ser contra o desenvolvimento, é ser a favor de um desenvolvimento que dure."