Morre aos 95 anos Joan Plowright, atriz de '101 Dálmatas' indicada ao Oscar

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Ícone do teatro britânico, a atriz Joan Plowright morreu aos 95 anos. A morte foi confirmada pela família à rede BBC, que disse que a atriz morreu serena, mas sem informar a causa da morte.

Em comunicado, os familiares celebraram a "longa e ilustre carreira" da atriz, que participou de produções como O Último Grande Herói (1993), Denis - O Pimentinha (1993), 101 Dálmatas (1996) e Um Sonho de Primavera (1993), que lhe rendeu uma indicação ao Oscar. A atriz era ainda dona de dois Globos de Ouro, um Emmy e dois Bafta.

A nota diz também que a atriz estava aposentada há uma década, desde que tinha perdido a visão, e finaliza dizendo que ela passou a última década em sua propriedade em Sussex, rodeada de amigos e família. "Anos repletos de risos e boas memórias", finaliza a declaração da família.

Nos palcos britânicos, Plowright ganhou notoriedade ao trabalhar com diretores e dramaturgos como Orson Welles, em Moby Dick, de 1955; John Osborne, em The Entertainer, de 1957, e Shelagh Delaney, em A Taste of Honey, de 1960. Esta última montagem foi parar na Broadway e acabou rendendo a Plowright um Prêmio Tony.

Na vida pessoal, um episódio nos anos 1950 foi marcante. Nos ensaios de The Entertainer, conheceu o também ator Laurence Olivier (1907-1989). Na produção, ela interpretou a filha do personagem de Olivier, que já era um ator consagrado nos palcos britânicos. Ele era casado com a atriz Vivien Leigh (1913-1967), de quem se separou em 1960 para ficar com Joan Plowright. Eles se casaram no ano seguinte. O casamento durou até a morte de Olivier, em 1989 e os dois tiveram três filhos.

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A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) negou o novo recurso da Tools For Humanity, empresa de Sam Altman, de remunerar financeiramente clientes brasileiros - com criptomoedas - pela coleta de dados biométricos sensíveis, como o registro de íris, no projeto World ID. Desta maneira, a prática que ficou conhecida como "venda de íris" continua proibida no País. A decisão de 18 de julho foi divulgada nesta terça, 5.

Em janeiro deste ano, a empresa já havia sido proibida de oferecer tokens digitais, conhecidos como Worldcoin (WLD) - que podem valer de R$ 300 a R$ 700 - em troca da coleta de dados biométricos para o projeto World. Desde então, as atividades foram suspensas no Brasil. Para a ANPD, o modelo de incentivo financeiro afetava o poder de decisão e consentimento dos usuários em uma prática que desequilibrava a relação entre companhia e cidadãos.

Para voltar a operar, a empresa propôs um sistema de indicação. Ao realizar a coleta de dados biométricos, o cliente poderia indicar outra pessoa para o cadastro. Quanto mais pessoas indicadas realizassem a biometria, mais tokens o cliente poderia ganhar.

"No contexto atual, e após cessar sua operação no Brasil, a empresa informa que alterou seu processo de verificação de World ID para que o titular não receba, diretamente, o incentivo ao verificar sua World ID. No novo modelo de negócio apresentado, segundo a regulada, não haverá incentivo financeiro direto ao titular que consentir com o tratamento da sua íris, podendo este ser recompensado caso os seus indicados também realizem o processo de verificação de seu World ID", disse a empresa no processo.

No entanto, a proposta foi considerada compensação financeira indireta pela ANPD.

"Ainda que se observe, na nova proposta, um aparente distanciamento entre a coleta de dados pessoais e a concessão da contraprestação, tal separação aparentemente não se revela suficiente para afastar os riscos previamente identificados. Isso porque, mesmo com o distanciamento formal, aquele que indica terceiros permanece sendo beneficiado economicamente com base exclusiva na coleta de dados biométricos de novos titulares", diz a decisão do diretor Arthur Pereira Sabbat.

Em nota ao Estadão, a World disse que "discorda da interpretação da ANPD e pretende buscar medidas legais adicionais para esclarecer a questão". Veja abaixo:

"A World respeitosamente discorda da interpretação da ANPD e pretende buscar medidas legais adicionais para esclarecer a questão. Programas de indicação são uma prática comum no Brasil e amplamente usados em setores aéreo, financeiro, telecomunicações e de pagamentos - inclusive por instituições públicas. Acreditamos que a implementação de um programa de indicação atende à decisão técnica preliminar da Autoridade e cumpre com os requisitos da LGPD.A World continuará trabalhando junto à ANPD e seguirá o processo legal conforme estabelecido, enquanto permanece comprometida em expandir o acesso à tecnologia de prova de humanidade no Brasil. Essa importante tecnologia continuará disponível para os brasileiros em locais selecionados, de forma limitada".

Em seu argumento, a ANPD afirma que a prática da Tools for Humanity é diferente dos programas de indicação vistos em outras empresas. "Diferentemente dos programas tradicionais de indicação, em que o usuário acessa um serviço ou produto como beneficiário final, o modelo proposto transforma o dado biométrico - e não um serviço concreto, utilizável ou de valor direto ao titular - no próprio objeto da operação. A biometria passa a ser tratada como elemento central, coletada em troca de um benefício indireto concedido a terceiros, o que acentua os riscos associados ao consentimento", diz a decisão.

Reação

Em publicação, o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) apoiou a decisão da ANPD. "Proposta da empresa de recompensar usuários por indicações de terceiros não alterava modelo de negócios baseado na exploração de dados biométricos". Veja abaixo:

"O novo modelo de negócios sugerido pela empresa, baseado em recompensas por indicação de terceiros que escaneiem a íris, ainda compromete a autonomia dos titulares, especialmente em contextos de vulnerabilidade socioeconômica. Trata-se do mesmo problema que levou à adoção da medida preventiva em janeiro de 2025", diz a nota.

Como funcionava o cadastro e pagamento da coleta de íris?

Para realizar o cadastro pessoal no sistema da Tools for Humanity, chamado de World ID, os usuários precisavam realizar reconhecimento facial e escaneamento de íris, que são dados biométricos sensíveis. Em troca, a startup oferecia algumas dezenas de "moedas digitais" (chamadas worldcoins) que podiam ser vendidas dentro do próprio aplicativo por "dinheiro de verdade". Na prática, a pessoa fazia uma imagem de alta resolução da íris e recebia tokens de criptoativos, como o bitcoin, que podiam ser trocados por reais - dependendo da cotação dessa moeda era possível receber entre R$ 300 e R$ 700.

O serviço vinha ganhando muitos adeptos em São Paulo, primeira cidade no Brasil a participar do projeto. Como mostrou o Estadão, muitos dos participantes apresentavam algum tipo de vulnerabilidade social e topavam o registro da íris apenas pelo dinheiro "rápido" e "fácil". Desde 2024, a ANPD, por meio da Coordenação-Geral de Fiscalização (CGF), vem fiscalizando o uso de dados biométricos para a nova rede social. Segundo a Tools for Humanity, o World ID permitiria a comprovação de que o titular é um ser humano único vivo e promoveria maior segurança digital em contexto de ampliação das ferramentas de inteligência artificial (IA).

Na última segunda-feira, 4, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Roraima prendeu em uma rodovia em Boa Vista, um homem, de 30 anos, suspeito de transportar 103 quilos de ouro, avaliados em mais de R$ 60 milhões. A apreensão foi considerada a maior já feita pela corporação.

Quando uma carga de drogas é apreendida, uma contraprova é guardada e o restante, por questão de segurança, é incinerado logo na sequência. No caso de ouro, entretanto, o processo ocorre de forma diferente.

O suspeito foi identificado como o empresário Bruno Mendes de Jesus, que transportava o material de Porto Velho, Rondônia, até a capital roraimense. No carro, estavam também a sua esposa e o filho de 9 meses. A defesa alega que ele tem relações com a atividade de mineração por uma questão de "sobrevivência", mas afirma que o empresário era apenas o motorista da operação, e não proprietário do material.

O que é feito com a carga?

Em geral, conforme informações da Polícia Federal de Brasília, quando há esse tipo de apreensão, é feita uma investigação para apurar a responsabilidade e também de onde veio o ouro apreendido. No caso em questão, como a apreensão foi feita pela Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Federal é a instituição que segue com as investigações para descobrir a origem, o destino e a propriedade do material.

Ou seja, durante o processo de investigação é feita uma análise para tentar descobrir a origem lícita do ouro, assim como é feita uma rastreabilidade para verificar o grau de pureza da matéria apreendida.

Com relação à guarda do ouro apreendido, a carga fica em uma área protegida da Polícia Federal ou em uma instituição bancária sob custódia até o fim do processo. A localidade não é informada por uma questão estratégica e de segurança, conforme informações da Polícia Federal.

Terminada a parte judicial, o caso vai para o poder judiciário. Em casos em que é matéria-prima da União, incide o artigo que trata de crime de usurpação.

No Brasil, o ouro e outras riquezas minerais encontradas no subsolo pertencem à União, conforme a Constituição Federal. Desta forma, a exploração de ouro requer autorização legal do Poder Público Federal. Fazê-lo sem permissão é crime de usurpação, segundo a Lei 8.176/91.

"O artigo 2° constitui crime contra o patrimônio, na modalidade de usurpação, produzir bens ou explorar matéria-prima pertencentes à União, sem autorização legal ou em desacordo com as obrigações impostas pelo título autorizativo", conforme publicação.

Fortes chuvas atingiram a cidade de Santos, no litoral paulista, na madrugada desta quarta-feira, 6. Há diversos pontos de alagamento nas principais vias da cidade.

Choveu 119,2mm entre as 4h e as 10h da manhã, um dos maiores índices do Estado de São Paulo no período, segundo informações do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). O índice representa quase o total da média histórica de chuvas para todo o mês de agosto, que é de 122,2 mm.

Por volta das 8h da manhã, as ondas chegaram a 1,72m na Ilha das Palmas. Os morros seguem em estado de atenção. "Moradores de áreas de encostas devem ficar atentos aos sinais de risco como aberturas de trincas na moradia e no terreno, inclinação de árvores, postes e muros, além de água barrenta descendo pela encosta", alerta a Prefeitura.

A Defesa Civil de Santos também recomenda que, em períodos de chuva, a população não transite em locais alagados ou inundados e nem atravesse ruas com enxurradas. Caso seja necessário transitar pela cidade, a recomendação é para o uso do aplicativo Waze, que mostra rotas alternativas para deslocamentos.

Em virtude da ressaca do mar, a cidade sofreu nos últimos dias o assoreamento dos canais na região da orla, o que comprometeu parte do escoamento das águas pluviais. Cerca de 960 toneladas de areia já foram retiradas do Canal 3, na Avenida Washington Luís, até terça-feira, 5.

Serviço de saúde

Ainda em razão dos alagamentos algumas policlínicas da cidade não estão em funcionamento nesta manhã: Vila Gilda, Rádio Clube, Castelo, Alemoa, Penha, Vila Nova, Morro Santa Maria, Santa Maria/São Jorge, Caneleira. Outras unidades, embora abertas, realizam atendimentos de forma parcial devido ao atraso de funcionários.

Consultas, exames e procedimentos serão reagendados nas policlínicas e unidades especializadas, devido à dificuldade da chegada dos profissionais e pacientes.

Lixo

Equipes do consórcio Terra Santos atuam para a retirada dos resíduos acumulados na Cidade após a paralisação parcial dos trabalhadores da coleta e limpeza urbana, informa a Prefeitura, reforçando que a coleta e varrição transcorrem apesar das fortes chuvas.

Transporte

A Companhia de Energia de Tráfego (CET) de Santos suspendeu o serviço de zona azul. A linha turística de bonde não funcionará nesta quarta-feira.