Fernanda Torres vence Globo de Ouro de Melhor Atriz por 'Ainda Estou Aqui'

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A atriz Fernanda Torres, protagonista do longa Ainda Estou Aqui, venceu o prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama do Globo de Ouro 2025. A vitória ocorreu na noite deste domingo, 5, no Beverly Hilton Hotel, em Los Angeles, nos Estados Unidos, durante a cerimônia da 82ª edição da premiação.

Fernanda superou as atrizes Pamela Anderson, Angelina Jolie, Nicole Kidman, Tilda Swinton e Kate Winslet e se sagrou a primeira brasileira a vencer uma estatueta do prêmio por sua atuação. Em seu discurso, a atriz agradeceu sua mãe, a também atriz Fernanda Montenegro, e celebrou a importância do longa.

"Eu quero dedicar esse prêmio à minha mãe. Vocês não tem ideia, ela esteve aqui há 25 anos. Isso é uma prova que a arte perdura na vida, até durante os momentos mais difíceis, como os quais Eunice Paiva passou", afirmou Fernanda. "Com tantos problemas no mundo de hoje, tanto medo, esse é um filme que nos ajuda a sobreviver em tempos tão desafiadores quanto esses".

O filme de Walter Salles também estava concorrendo ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, mas acabou sendo superado por Emilia Pérez. Nas redes sociais, muitos brasileiros expressaram indignação com a decisão.

Veja discurso de Fernanda Torres no Globo de Ouro na íntegra:

"Meu Deus, eu não preparei nada, eu não estava pronta. Esse foi um ano incrível para as atuações femininas, tantas atrizes que eu admiro. É claro, eu tenho que agradecer ao Walter Salles, meu parceiro, meu amigo. Que história, Walter! E, é claro, que quero dedicar esse prêmio à minha mãe. Vocês não tem ideia, ela estava aqui há 25 anos atrás. Isso é uma prova que a arte perdura na vida, até durante os momentos mais difíceis, como os quais Eunice Paiva passou. Com tantos problemas no mundo de hoje, tanto medo, esse é um filme que nos ajuda a sobreviver em tempos tão desafiadores quanto esses. Então, para a minha mãe, para a minha família, para os meus filhos e para todos, muito obrigada ao Globo de Ouro."

Reconhecimento

Em Ainda Estou Aqui, Fernanda Torres interpreta Eunice Paiva - mãe do escritor Marcelo Rubens Paiva e viúva do ex-deputado federal Rubens Paiva. No longa biográfico, inspirado no livro homônimo escrito por Marcelo, acompanhamos a vida da família Paiva durante a ditadura militar. Quando o patriarca da casa é raptado pelo regime, cabe a Eunice manter sua família unida e lutar pelo esclarecimento do sumiço de seu marido.

A obra de Walter Salles se tornou um fenômeno de público e crítica, vendendo mais de 3 milhões de ingressos no Brasil e ganhando destaque internacional em diversas premiações cinematográficas ao redor do mundo. Com a vitória no Globo de Ouro, uma indicação para o Oscar se torna ainda mais possível.

Apesar da premiação organizada pela Associação dos Correspondentes Estrangeiros de Hollywood ter votantes diferentes, a atenção gerada pela vitória tende a alavancar o interesse e o reconhecimento de Fernanda entre seus pares. Com isso, é possível que a candidatura da brasileira ao maior prêmio do cinema mundial ganhe ainda mais força.

Caso a indicação seja conquistada, Fernanda Torres repetirá o feito de sua mãe, Fernanda Montenegro, que foi indicado ao prêmio de Melhor Atriz Principal no Oscar de 1999 por Central do Brasil.

A lista completa de indicados ao Oscar 2025 será revelada em 17 de janeiro. O Brasil também sonha com uma indicação de Ainda Estou Aqui nas categorias de Filme Internacional e Melhor Roteiro Adaptado.

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Após a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça terem informado que impediram um possível ataque a bomba durante o show de Lady Gaga na praia de Copacabana, no sábado, 3, a equipe da cantora se manifestou, afirmando que só tomaram conhecimento do potencial problema de segurança por meio da mídia, já neste domingo, 4.

Em declaração à agência AP, um porta-voz de Lady Gaga informou que tanto a cantora quanto a sua equipe "tomaram conhecimento dessa suposta ameaça através de informações da imprensa nesta manhã."

"Antes e durante o espetáculo, não houve preocupações de segurança conhecidas, nenhuma comunicação por parte da polícia ou das autoridades a Lady Gaga sobre possíveis riscos", continuou.

O porta-voz ainda destacou que a equipe de Lady Gaga "trabalhou com as forças de ordem durante o planejamento e execução do show e todas as partes confiavam nas medidas de segurança implementadas".

Operação Fake Monster

A operação que investigou o possível ataque a bomba foi batizada de Fake Monster, já que os fãs da cantora são apelidados de little monsters, ou monstrinhos. De acordo com a Polícia, os envolvidos no plano de ataque recrutavam participantes, inclusive adolescentes, virtualmente.

O objetivo era promover ataques coordenados com uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov. Os criminosos tratavam o plano como um "desafio coletivo" e buscavam ganhar notoriedade nas redes sociais, segundo a PCERJ. O grupo disseminava discurso de ódio contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.

A Polícia Civil de São Paulo chegou a cumprir quatro mandados de busca e apreensão no âmbito da operação, incluindo a localização de um adolescente de 16 anos na cidade de São Vicente, no litoral paulista, que reconheceu ser autos de algumas das mensagens de ódio publicadas na internet.

O adolescente foi localizado no bairro Vila Jockey Clube. Os policiais apreenderam com ele um computador, um celular, um HD externo, um cartão de memória e um videogame. Ele foi liberado na presença do pai dele.

O show de Lady Gaga em Copacabana

A apresentação da cantora no Rio de Janeiro foi considerada a maior de sua carreira, diante de uma plateia de 2,1 milhões de pessoas (estimativa da prefeitura, polícia e organização), e teve repercussão internacional.

No palco, cantou a maior parte de seus sucessos e trocou de roupa inúmeras vezes, como numa performance teatral dinâmica. Também fez diversos pedidos de desculpas e declarações de amor ao público brasileiro. (Com informações da agência AP)

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o julgamento que discute a adoção do modelo de escolas cívico-militares em São Paulo. Ele pediu vista na última sexta-feira, 2. A Corte julgava se mantinha, ou não, uma decisão do ministro Gilmar Mendes que liberou a implementação do programa.

A decisão de Gilmar atendeu a um pedido do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele cassou uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que havia suspendido a lei que instituiu o modelo de escola cívico-militar no Estado. O programa é uma das prioridades de Tarcísio na sua gestão.

Ao avaliar o caso, Gilmar considerou que o TJ-SP invadiu a competência do STF ao suspender o modelo porque a lei que instituiu as escolas cívico-militares também é alvo de ações no Supremo. Por isso, o ministro entendeu que a ação em tramitação na Justiça estadual deveria aguardar julgamento pelo Supremo.

O TJ-SP havia acolhido uma ação da Apeoesp, maior sindicato de professores da rede estadual. A entidade alega que questões relativas a essa modalidade de ensino são de competência federal. A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), porém, defende a prerrogativa de o Estado criar o programa.

De acordo com o governo de São Paulo, 300 escolas mostraram interesse pela adoção do modelo cívico-militar em consulta pública. A adesão das escolas ao programa é voluntária. A previsão inicial de implementação era para 2026, mas em fevereiro a Secretaria Estadual da Educação anunciou 100 escolas que devem adotar o modelo a partir do segundo semestre deste ano.

A polícia japonesa prendeu neste sábado, 3, um homem suspeito de ser responsável pelo incêndio que matou a pesquisadora brasileira Amanda Borges da Silva, de 30 anos. O corpo dela foi encontrado com marcas de queimaduras, dentro de um apartamento próximo ao Aeroporto Internacional de Narita, em Tóquio, na quinta-feira, 1.

De acordo com informações da NHK, mídia estatal do Japão, o suspeito se chama Abaseriya Patabadige Pathum Udayanga. Ele tem 31 anos, é do Sri Lanka e está desempregado. Ainda segundo a NHK, ele morava no apartamento de dois andares no bairro de Hon-Sarizuka.

Udayanga é suspeito de incêndio criminoso, pois saiu do apartamento sem apagar o fogo. De acordo com a NHK, o incêndio teria começado no quarto e se espalhou para as paredes e o teto do apartamento.

Ele foi interrogado pela polícia e admitiu as acusações. Udayanga afirmou que estava em tanto pânico que não conseguiu apagar as chamas.

A polícia japonesa ainda investiga as circunstâncias do ocorrido e qual o relacionamento de Udayanga com Amanda.

Nascida em Caldazinha, em Goiás, Amanda Borges da Silva era formada em Letras e tinha acabado de concluir o mestrado na área de Linguística.

Ela estava a passeio pela Ásia e foi ao Japão em abril para a acompanhar o Grande Prêmio de Suzuka, de Fórmula 1, realizado no dia 6. Também teria visitado parentes do namorado, na Coréia do Sul.

Um amigo da brasileira contou ao Estadão que ela parou de responder mensagens cerca de duas horas antes do voo dela de volta ao País.