Marido de Ney Latorraca se emociona em entrevista sobre o ator: 'Pessoa maravilhosa'

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O marido de Ney Latorraca, o ator e diretor Edi Botelho, se emocionou ao falar sobre o marido, que morreu nesta quinta-feira (26), aos 80 anos, após lutar contra um câncer de próstata. Ele também revelou algumas memórias ao lado do marido. Botelho e Latorraca ficaram juntos por 30 anos.

Em entrevista ao Jornal Nacional, Botelho exaltou o legado de seu marido. Ele afirmou que Ney desejaria ser lembrado com a mesma alegria que deu para seus trabalhos. "Vai ficar essa pessoa maravilhosa que ele era, amiga de todo mundo, essa pessoa para cima, que sabia brincar com tudo", declarou ele, emocionado.

Botelho também comentou sobre a comédia musical Seu NeyLa, que homenageou os 60 anos da carreira do marido em 2022. Na época, o ator estava recluso e não compareceu à estreia da peça. No entanto, Latorraca fez uma participação no elenco de forma híbrida: ele atuou na sala de sua casa e apareceu em um telão gigante no teatro.

"Acabou sendo um momento maravilhoso, porque era uma cena inédita. Era um espetáculo mesmo, ele aparecia no telão enorme e interagia com os atores", relembrou Botelho. "Eu presenciei isso várias vezes, [as pessoas o chamando de] senhor Neyla. Ele levava na brincadeira total", concluiu.

O casal, que sempre manteve a discrição sobre sua vida pessoal, se conheceu em 1995. Edi Botelho, além de ator e diretor, é autor do livro Gerald Thomas - Cidadão do Mundo. Juntos, trabalharam em peças como O Martelo (1999) e Entredentes (2014). Apesar do relacionamento longo, o casal optou por não ter filhos.

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A Agência Nacional de Mineração (ANM) elevou o nível de emergência da barragem B1-A para nível 2, em Brumadinho, no interior de Minas Gerais. Conforme a agência, foram identificadas condições de estabilidade marginal na estrutura da barragem.

A medida é preventiva, visando resguardar as pessoas que ocupam o entorno da barragem, diz a ANM, em nota. Isso porque os estudos conduzidos por auditores e projetistas não foram conclusivos sobre a segurança da estrutura. A Emicon Mineração e Terraplenagem, responsável pela barragem, foi procurada e ainda não deu retorno.

A ANM considerou que houve insuficiência nas investigações geotécnicas. "Apesar da realização de novas investigações, tais dados ainda não foram integrados às análises por questões contratuais pendentes. Diante desse cenário, a ANM determinou a contratação de uma empresa independente para realizar nova análise, considerando as informações disponíveis", diz o comunicado.

O objetivo seria garantir de forma segura a retirada de ao menos dez famílias de comunidades do entorno. "Não foram registradas anomalias que indiquem risco iminente de rompimento e a decisão foi tomada durante o período de estiagem, o que reduz os riscos hidrológicos. A medida visa garantir que a evacuação da população ocorra de forma segura e organizada", diz.

Conforme a agência, a decisão se deu com articulação prévia com o Ministério Público Federal, o Estado de Minas Gerais e a Fundação Estadual do Meio Ambiente, além da Defesa Civil e prefeitura de Brumadinho. A agência acionou também o acordo de cooperação técnica com a Defesa Civil de Minas e realizou sobrevoo conjunto na área da barragem e da zona de salvamento (entorno). A agência informou que continua acompanhando a situação da B1-A "de forma rigorosa e transparente".

Famílias já deixam área crítica

A barragem que passou do nível 1 para o 2 está localizada na Serra da Conquista, na sub-bacia do Córrego dos Quéias. A escala vai de 1 a 3, em ordem crescente de risco. Depois de ser notificada pela agência, a prefeitura de Brumadinho deu início à notificação dos cerca de 40 moradores da necessidade de evacuação para áreas mais seguras.

Conforme o município, a previsão é que a retirada das famílias comece nesta sexta-feira, 25, e se complete em cinco dias. A maioria vai para a casa de parentes.

Na tarde desta quinta-feira, uma parte dos moradores já tinha deixado a área. Foi criada uma comissão estratégica no município para acompanhar as medidas preventivas em relação à barragem.

A barragem B1-A está na mira do Ministério Público de Minas Gerais desde 2022, quando a Emicon firmou um termo em que se comprometeu a melhorar as condições de segurança desta e de outras barragens - Quéias, Dique B3 e Dique B-4, localizadas em Brumadinho. Em outubro do ano passado, uma nota técnica da ANM alertava para a ausência de atividade humana na mina do Quéias e indícios de descaracterização dessas estruturas.

Tragédia em 2019 matou 272

A barragem B1-A não tem relação com a B-1, a barragem da Vale também localizada em Brumadinho, que rompeu em 2019, causando a morte de 272 pessoas e um grande desastre ambiental. O volume total do represamento da Emicon é de 914 mil metros cúbicos de sedimentos, 13 vezes menos do que o volume acumulado na B1.

Com o rompimento da barragem da Vale, 12 milhões de metros cúbicos vazaram, atingido vilas, estradas e rios.

No vazamento ocorrido na barragem do Fundão, em Mariana, em 2015, também em Minas, vazaram 43 milhões de metros cúbicos de rejeitos. A área era menos habitada e 19 pessoas morreram, mas o desastre ambiental foi sem precedentes, contaminado a Bacia do Rio Doce.

Um brasileiro foi preso levando mais de três quilos de cocaína na bagagem, na Ilha de Bali, na Indonésia. No país asiático, o tráfico de drogas pode ser punido com a pena de morte. A prisão aconteceu no último dia 13 e foi confirmada nesta quinta-feira, 24, pela agência antinarcóticos da Indonésia.

O brasileiro não teve a identidade divulgada, o que impossibilitou o contado com sua defesa. De acordo com informações da agência, o passageiro desembarcou no aeroporto de Bali com uma mochila e uma mala.

Durante a inspeção, foram encontrados dois pacotes com pouco mais de 3 quilos da droga no interior da bagagem. Na audiência realizada pela justiça, o brasileiro foi apresentado ao lado de uma sul-africana que foi presa no mesmo dia, com quase 1 kg de metanfetamina escondido nas roupas.

O brasileiro ficou calado durante a audiência. Antes, ele tinha dito aos policiais que entregaria a droga a um homem, em Bali.

As leis antidrogas da Indonésia estão entre as mais severas do mundo, prevendo inclusive a pena de morte para traficantes. O país tem dezenas de condenados à espera da execução, mas há quase dez anos a pena capital não é aplicada.

As últimas execuções aconteceram em 2016, quando um indonésio e três nigerianos condenados por tráfico foram colocados à frente de um pelotão de fuzilamento.

Um ano antes, os brasileiros Marco Archer Cardoso Moreira e Rodrigo Muxfeldt Gularte, presos e condenados por tráfico, foram executados, apesar dos apelos do governo brasileiro para a não aplicação da pena de morte. Nos últimos anos, aumentou a pressão internacional contra a pena de morte.

Em 2023, a brasileira Manuela Vitória de Araújo Farias, detida com 3 kg de cocaína no aeroporto de Bali, conseguiu se livrar da pena de morte. Sua defesa alegou que ela foi usada como "mula" por uma organização criminosa internacional e não sabia que levava drogas. Ela foi condenada a 11 anos de prisão e ao pagamento de 1 bilhão de rúpias indonésias, equivalentes a cerca de R$ 300 mil - uma punição considerada branda. Manuela ainda cumpre a pena.

A reportagem entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores para ter mais informações sobre a situação do brasileiro preso na Indonésia e aguarda retorno.

Em abril desde ano, a diretora executiva Larissa Eloi, de 42 anos, estava em um táxi nas proximidades da Avenida Faria Lima, na zona oeste de São Paulo, por volta das 19 horas, quando o vidro do veículo foi estourado. "Estava com o celular na mão, na altura do joelho. O aparelho foi levado em segundos, sem que eu sequer avistasse o criminoso."

A cada cinco roubos e furtos de celular registrados no Brasil, um acontece na capital paulista, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 24, no Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Apesar de reunir 5,6% da população brasileira, o município concentra 18,5% dos casos, com destaque para a atuação de gangues que agem de moto e de bicicleta. Em nota, o governo de SP afirmou que as forças de segurança têm atuado de forma integrada e realizado operações específicas.

Ela conseguiu bloquear o aparelho e não teve outros prejuízos financeiros, mas conta que o trauma foi grande. "Por semanas tive dificuldade em circular pela cidade e, em alguns momentos, precisei usar aplicativos com carros blindados para me sentir segura. Trabalho presencialmente todos os dias na Faria Lima."

Furto em bar de Pinheiros

Após ter o aparelho levado na capital, a jornalista Ana Paula Alcantara, moradora da Granja Viana, em Cotia, na região metropolitana de São Paulo, foi vítima de extorsão.

Ela teve os grupos de WhatsApp invadidos, com pedidos de dinheiro feitos pelos ladrões a amigos, como se fossem pedidos dela. Os ladrões conseguiram receber um Pix de R$ 100, mas queriam mais dinheiro para "devolver" o aparelho.

Ana foi furtada no último dia 20 em Pinheiros, zona oeste da capital, um dos bairros mais visados pelas gangues de roubos de celular. "Estava em um restaurante com meu parceiro e pegamos uma mesa lá fora para que eu pudesse fumar. Deixei o celular em cima da mesa e chegou um cara", diz.

Roubo de celular cada dia mais lucrativo para o crime

Segundo especialistas, o roubo de celular tem se tornado lucrativo diante da popularização do Pix e dos aplicativos de transferências. Mais do que o ganho do aparelho, o smartphone é usado para aplicar golpes e aumentar o valor desviado pelos ladrões.

"É um crime de grandes cidades", diz Renato Sergio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Uma das razões disso, explica, são centrais de receptação de aparelhos funcionando "a pleno vapor" nos grandes centros.

O Anuário de Segurança se baseia em informações dadas por governos estaduais, Tesouro Nacional, polícias Civil, Militar e Federal, entre outras fontes oficiais. A publicação é uma das mais principais referências de estatísticas no setor.

"Antes, com celular que era furtado, levava uma hora para você ter os seus dados furtados. Hoje, em 10 minutos, você tem seus dados completamente invadidos", exemplifica Lima.

"Para o criminoso que acabou de colocar uma arma na sua cabeça e pegar o aparelho, na esquina alguém espera por ele com um computador para desbloquear e começar a aplicar golpe", acrescenta.

O que diz a Secretaria da Segurança Pública

Em nota, a SSP afirmou que as forças de segurança têm atuado de forma integrada e realizado operações específicas, entre elas a Big Mobile, que já permitiu a recuperação de mais de 27 mil aparelhos celulares furtados ou roubados.

"Além disso, desde junho, a Polícia Militar passou a usar uma ferramenta em parceria com o Google que permite que os policiais, durante atendimento de ocorrências, consigam fazer o bloqueio remotamente de um aparelho subtraído."