Carlinhos Brown defende Claudia Leitte por mudança de termos religiosos em letra de música

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A cantora Claudia Leitte se envolveu, mais uma vez, em uma polêmica por trocar nomes de orixás das religiões de matrizes africanas por nomes que remetem ao cristianismo. Depois de ser amplamente criticada, Carlinhos Brown saiu em sua defesa.

O caso aconteceu em um show no último dia 14, no Candyall Guetho Square, em Salvador, reaberto por Carlinhos Brown recentemente para celebrar os 40 anos da Axé Music.

Na apresentação, Claudia Leitte cantou a música Caranguejo e trocou a palavra Iemanjá por Yeshua, que em algumas religiões cristãs é considerado o nome original de Jesus. A cantora que é evangélica desde 2014 cantou "Eu canto meu Rei Yeshua" no lugar de "Saudando a rainha Iemanjá".

Claudia Leitte foi muito criticada nas redes sociais. A voz de Carlinhos Brown surge dissonante neste sentido. Em entrevista ao portal iBahia, o músico disse que podia garantir que Claudia Leitte não é uma pessoa racista.

A defesa de Brown veio depois que Pedro Tourinho, secretário de Cultura e Turismo de Salvador, criticou artistas que ganham dinheiro com o axé e querem "reescrever" a história à sua maneira.

"Quando um artista se diz parte desse movimento, saúda o povo negro e sua cultura, reverencia sua percussão e musicalidade, faz sucesso e ganha muito dinheiro com isso, mas, de repente escolhe reescrever a história e retirar o nome dos Orixás das músicas, não se engane: o nome disso é racismo, e é surreal e explícito o reforço do que houve de errado naquele tempo", disse o político.

"A gente precisa buscar esse tom. Não vi que o secretário falou isso [que Claudia é racista], mas sobre mudar letras, e para o povo de santo, que tem também tamanha clareza, sabe que Yeshua é Oxalá", disse.

Na entrevista, Carlinhos Brown defendeu ainda que não é necessário polemizar o assunto. "Essa ideia de que Jesus não está próximo a nós. É claro que está, nós seguimos os caminhos de Jesus Cristo. Você não entra em um terreiro que não tenha uma imagem do Sagrado Coração de Jesus. Então, não vamos nos envolver com aqueles que querem destruir isso e imaginar que a nossa dor é a nossa dor. A gente é vitória. A nossa dor foi dissipada há muito tempo".

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A Polícia Civil de São Paulo fechou, na quarta-feira, 30, um laboratório que produzia ilegalmente remédios para emagrecer, em Santo André, no ABC paulista. Na fábrica, que funcionava em um condomínio comercial, no bairro Jardim, próximo à região central da cidade, foi encontrada a substância tirzepatida, usada na fabricação do Mounjaro. Um homem de 69 anos, apontado como um dos responsáveis pela empresa, foi preso. O suspeito não foi identificado, o que impossibilitou o contato com sua defesa.

O Mounjaro é um medicamento aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em setembro do ano passado para tratar diabetes tipo 2. No entanto, o remédio passou a ser amplamente utilizado de forma off-label (fora da indicação) para perda de peso. Nos Estados Unidos, o remédio já foi aprovado para tratamento da obesidade. No Brasil, a dosagem mensal custa entre R$ 3 mil e R$ 4 mil.

A investigação sobre o laboratório em Santo André começou por meio de uma denúncia anônima. De acordo com a denúncia, encaminhada ao 4.º Distrito Policial do município, a empresa estaria importando substâncias para fazer a manipulação dos remédios clandestinamente.

Durante as buscas, os agentes encontraram no local insumos usados em medicamentos para tratar diabetes e centenas de seringas, canetas aplicadoras de insulina, ampolas, frascos e tubos de ensaio. Havia também instruções sobre a manipulação das substâncias e documentos com nomes de clientes.

Nas embalagens, foi encontrada a identificação de uma distribuidora de produtos farmacêuticos americana, a única aprovada pela Anvisa e outras agências para fornecer medicamentos à base de tirzepatida, princípio ativo usado no tratamento de diabetes e comercializado com o nome de Mounjaro. No entanto, a polícia suspeita que a substância era proveniente do Paraguai.

Os insumos, equipamentos e embalagens foram apreendidos. A polícia apreendeu também três notebooks e cinco celulares no local, que agora serão analisados pela perícia.

O homem identificado como responsável foi preso por adulteração de produtos terapêuticos e medicinais. Conforme a polícia, as investigações prosseguem para identificar os demais envolvidos no esquema criminoso, inclusive na compra e distribuição de remédios ilegais.

A reportagem entrou em contato com a Eli Lilly do Brasil, fabricante do Mounjaro, e aguarda retorno.

Uma casa no Morumbi, zona sul de São Paulo, foi alvo de criminosos encapuzados na manhã desta quarta-feira, 30. A Polícia Civil investiga o furto na Rua Madalena de Morais.

Conforme o boletim de ocorrência, um grupo entrou no imóvel, que estava vazio, e furtou bolsas, joias, relógios, óculos, roupas, perfumes e tênis. "Alguns dos objetos foram encontrados em uma residência em obras nas proximidades", diz a Secretaria da Segurança Pública do Estado.

Momentos depois, uma equipe localizou o veículo utilizado no crime e, ao tentar abordá-lo, os suspeitos efetuaram disparos de arma de fogo, abandonando o automóvel depois na Rua João da Mata.

Conforme a SSP, o carro já tinha queixa de furto. A ocorrência foi registrada como furto, associação criminosa e disparo de arma de fogo no 89º Distrito Policial (Jardim Taboão), que requisitou perícia e coleta de impressões digitais para auxiliar na identificação dos envolvidos.

Morumbi é líder em roubo de residências

Conforme mostrou reportagem do Estadão, o Morumbi foi a região que mais registrou roubos a residências no 1° trimestre deste ano, segundo estatísticas da Secretaria da Segurança.

O grande número de imóveis de alto padrão associado à baixa circulação de pessoas nas ruas em alguns períodos do dia e da noite favorecem a ação das quadrilhas.

Foram 9 casos de janeiro a março, dois a menos do que no mesmo período de 2024, quando a região já figurava no topo da lista.

Um policial militar de folga reagiu a um assalto na Avenida das Nações Unidas, zona sul de São Paulo, na quarta-feira, 30. Ele estava em uma motocicleta, quando outra moto se aproximou e ele foi abordado por dois criminosos armados, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado. Após os tiros, os suspeitos fugiram.

Um deles, um homem de 19 anos, foi encontrado com ferimento causado por disparo de arma de fogo e preso em flagrante por tentativa de roubo e receptação. Ele foi socorrido e permaneceu sob escolta da Polícia Militar.

A moto utilizada pelos criminosos foi apreendida, sendo constatado ser um veículo roubado e com a placa adulterada.

O caso foi registrado como tentativa de roubo de veículo, receptação de veículo, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e localização/apreensão de veículo no 11° DP (Santo Amaro).