Um reencontro com os animais terríveis do passado, sem muita imaginação

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Sting: Aranha Assassina, que chega aos cinemas neste fim de semana, é um filme de 2024 com o pé no passado, buscando recriar o clima, a tensão e as histórias dos longas de animais assassinos que encheram os cinemas entre os anos 1970 e 1990.

Para isso, o diretor e roteirista Kiah Roache-Turner toma duas decisões claras. Primeiramente, coloca uma criança como protagonista - é Charlotte, garotinha que "adota" uma aranha que encontra na casa da avó, sem saber que é uma alienígena pronta para ter o tamanho de um cachorro e matar pessoas por aí. A outra decisão é exagerar em tudo: nas atuações; na forma de filmar, com a câmera correndo, com zoom excessivo; e com uma fotografia que parece imitar a que veríamos em um VHS encontrado perdido em uma gaveta.

O ar de nostalgia empregado por Roache-Turner funciona ao propor o reencontro entre espectadores com os animais assassinos. Mas será que isso basta? No começo do ano, o cineasta Luc Besson recriou bem o cinema camp ao voltar ao ridículo de sua produção de 20 anos atrás com Dogman. E, mais do que recriar, mostrou um novo caminho, novas ideias.

O longa de Roache-Turner, porém, parece uma imitação e o espectador é provocado apenas a lembrar de como as aranhas de Aracnofobia eram bizarras ou como algumas ideias ou até movimentos de câmera são só reproduções de Cujo.

'INFESTAÇÃO'

Fica tudo mais desanimador quando pensamos que 2024 nos proporcionou um outro filme sobre aranhas matando pessoas: Infestação, que ficou só duas semanas em cartaz no Brasil, utiliza as aranhas para tecer um comentário social interessantíssimo.

Sting: Aranha Assassina, em último caso, pelo menos faz com que o espectador reflita sobre qual o caminho que devemos seguir para recuperar antigos estilos cinematográficos. O novo longa até provoca risos e poderia ser um bom filme sobre uma aranha alienígena, ao melhor estilo de Ed Wood. Mas, convenhamos, se é para imitar o passado, basta assistir ao que já foi feito. A nostalgia é um bom ponto de partida, mas nunca um bom final.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um brasileiro foi preso levando mais de três quilos de cocaína na bagagem, na Ilha de Bali, na Indonésia. No país asiático, o tráfico de drogas pode ser punido com a pena de morte. A prisão aconteceu no último dia 13 e foi confirmada nesta quinta-feira, 24, pela agência antinarcóticos da Indonésia.

O brasileiro não teve a identidade divulgada, o que impossibilitou o contado com sua defesa. De acordo com informações da agência, o passageiro desembarcou no aeroporto de Bali com uma mochila e uma mala.

Durante a inspeção, foram encontrados dois pacotes com pouco mais de 3 quilos da droga no interior da bagagem. Na audiência realizada pela justiça, o brasileiro foi apresentado ao lado de uma sul-africana que foi presa no mesmo dia, com quase 1 kg de metanfetamina escondido nas roupas.

O brasileiro ficou calado durante a audiência. Antes, ele tinha dito aos policiais que entregaria a droga a um homem, em Bali.

As leis antidrogas da Indonésia estão entre as mais severas do mundo, prevendo inclusive a pena de morte para traficantes. O país tem dezenas de condenados à espera da execução, mas há quase dez anos a pena capital não é aplicada.

As últimas execuções aconteceram em 2016, quando um indonésio e três nigerianos condenados por tráfico foram colocados à frente de um pelotão de fuzilamento.

Um ano antes, os brasileiros Marco Archer Cardoso Moreira e Rodrigo Muxfeldt Gularte, presos e condenados por tráfico, foram executados, apesar dos apelos do governo brasileiro para a não aplicação da pena de morte. Nos últimos anos, aumentou a pressão internacional contra a pena de morte.

Em 2023, a brasileira Manuela Vitória de Araújo Farias, detida com 3 kg de cocaína no aeroporto de Bali, conseguiu se livrar da pena de morte. Sua defesa alegou que ela foi usada como "mula" por uma organização criminosa internacional e não sabia que levava drogas. Ela foi condenada a 11 anos de prisão e ao pagamento de 1 bilhão de rúpias indonésias, equivalentes a cerca de R$ 300 mil - uma punição considerada branda. Manuela ainda cumpre a pena.

A reportagem entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores para ter mais informações sobre a situação do brasileiro preso na Indonésia e aguarda retorno.

Em abril desde ano, a diretora executiva Larissa Eloi, de 42 anos, estava em um táxi nas proximidades da Avenida Faria Lima, na zona oeste de São Paulo, por volta das 19 horas, quando o vidro do veículo foi estourado. "Estava com o celular na mão, na altura do joelho. O aparelho foi levado em segundos, sem que eu sequer avistasse o criminoso."

A cada cinco roubos e furtos de celular registrados no Brasil, um acontece na capital paulista, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 24, no Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Apesar de reunir 5,6% da população brasileira, o município concentra 18,5% dos casos, com destaque para a atuação de gangues que agem de moto e de bicicleta. Em nota, o governo de SP afirmou que as forças de segurança têm atuado de forma integrada e realizado operações específicas.

Ela conseguiu bloquear o aparelho e não teve outros prejuízos financeiros, mas conta que o trauma foi grande. "Por semanas tive dificuldade em circular pela cidade e, em alguns momentos, precisei usar aplicativos com carros blindados para me sentir segura. Trabalho presencialmente todos os dias na Faria Lima."

Furto em bar de Pinheiros

Após ter o aparelho levado na capital, a jornalista Ana Paula Alcantara, moradora da Granja Viana, em Cotia, na região metropolitana de São Paulo, foi vítima de extorsão.

Ela teve os grupos de WhatsApp invadidos, com pedidos de dinheiro feitos pelos ladrões a amigos, como se fossem pedidos dela. Os ladrões conseguiram receber um Pix de R$ 100, mas queriam mais dinheiro para "devolver" o aparelho.

Ana foi furtada no último dia 20 em Pinheiros, zona oeste da capital, um dos bairros mais visados pelas gangues de roubos de celular. "Estava em um restaurante com meu parceiro e pegamos uma mesa lá fora para que eu pudesse fumar. Deixei o celular em cima da mesa e chegou um cara", diz.

Roubo de celular cada dia mais lucrativo para o crime

Segundo especialistas, o roubo de celular tem se tornado lucrativo diante da popularização do Pix e dos aplicativos de transferências. Mais do que o ganho do aparelho, o smartphone é usado para aplicar golpes e aumentar o valor desviado pelos ladrões.

"É um crime de grandes cidades", diz Renato Sergio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Uma das razões disso, explica, são centrais de receptação de aparelhos funcionando "a pleno vapor" nos grandes centros.

O Anuário de Segurança se baseia em informações dadas por governos estaduais, Tesouro Nacional, polícias Civil, Militar e Federal, entre outras fontes oficiais. A publicação é uma das mais principais referências de estatísticas no setor.

"Antes, com celular que era furtado, levava uma hora para você ter os seus dados furtados. Hoje, em 10 minutos, você tem seus dados completamente invadidos", exemplifica Lima.

"Para o criminoso que acabou de colocar uma arma na sua cabeça e pegar o aparelho, na esquina alguém espera por ele com um computador para desbloquear e começar a aplicar golpe", acrescenta.

O que diz a Secretaria da Segurança Pública

Em nota, a SSP afirmou que as forças de segurança têm atuado de forma integrada e realizado operações específicas, entre elas a Big Mobile, que já permitiu a recuperação de mais de 27 mil aparelhos celulares furtados ou roubados.

"Além disso, desde junho, a Polícia Militar passou a usar uma ferramenta em parceria com o Google que permite que os policiais, durante atendimento de ocorrências, consigam fazer o bloqueio remotamente de um aparelho subtraído."

Um homem morreu após ser brutalmente espancado na praia dos Amores, em Balneário Camboriú, neste domingo, 20. De acordo com o depoimento da esposa da vítima à polícia, ele teria sido agredido após defender uma mulher, amiga do casal, que estava sendo vítima de assédio dentro de um bar. Até o momento, nenhum suspeito foi identificado. Não houve flagrante.

A violência teria acontecido na rua, próximo ao estabelecimento onde o desentendimento com os agressores começou, conforme a esposa. Imagens de câmeras de segurança do bar foram enviadas à Polícia Civil. O estabelecimento disse, por meio das redes sociais, que está cooperando com a investigação.

Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, além de análise das imagens de câmeras de segurança, estão sendo escutadas testemunhas para o esclarecimento dos fatos e identificação dos suspeitos.

Em postagens nas redes sociais de familiares, de amigos e da viúva, Kellem Costa, a vítima foi identificada como o paraense Rodrigo Araújo, definido pelas pessoas próximas a ele como um "cara calmo e do bem", que vivia "com alegria" e tinha muitos amigos.

Araújo era fã de heavy metal e publicava momentos em festas, dançando e interagindo com pessoas. Sua profissão e local de residência não são informados nos perfis.

"Não consigo dormir desde o ocorrido", publicou a esposa, Kellem Costa. "Vou procurar todos os meios corretos de resolver a situação e punir os culpados", escreveu ela em um stories. Já uma amiga disse: "Não pedimos nada além de J Justiça de um ser que deu a vida pra proteger uma mulher".