Nando Reis avalia impacto das drogas no seu processo artístico

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O cantor e compositor Nando Reis comentou em entrevista como o uso de álcool e outras drogas impactou seu processo artístico ao longo dos anos. "O uso de drogas ou a alteração da consciência também quebra algum tipo de rigidez, do ponto de vista da expressão, que pode ser tanto benéfico quanto desastroso", disse o músico ao site Breeza.

Em recuperação há oito anos, o artista de 61 anos está lançando o álbum Uma Estrela Misteriosa Revelará o Segredo, o primeiro que produziu totalmente sóbrio. Em 2023, em um depoimento para a revista Piauí, o cantor revelou seus problemas com o uso abusivo de álcool e cocaína.

"Quando eu digo que é o primeiro disco que eu gravei sóbrio, não estou falando sobre criação. Eu tô falando sobre mudança de hábito, de cuidado e de interrupção de uma rota. Porque, no caso, eu sou alcoólatra, sou dependente químico e essa adicção, como qualquer adicção interferiu muito na minha vida", disse o artista que também contou que o uso das drogas nunca foi determinante para a qualidade da sua produção.

"Eu nunca publiquei nada antes de ter um crivo, um crítico, que eu só consigo ter, e isso foi idêntico a vida inteira, lúcido, sóbrio, então, essa mudança, ou melhor, o período da minha adicção e o comprometimento que a minha adicção teve nas minhas relações pessoais, familiares e profissionais afetou muito uma coisa que estava relacionado ao meu trabalho e a perda de senso crítico nas apresentações, e isso eu acho horrível", continuou o ex-Titãs.

"O estado de embriaguez, de alteração, inviabiliza uma etapa do trabalho muito importante, que chama-se mixagem, no qual eu sempre fui relapso. Na mixagem, há decisões artísticas importantíssimas a serem tomadas, que exigem o mesmo rigor e senso crítico. Só a lucidez é capaz de produzir bons resultados", conta o artista. "Esse disco não teve realmente nenhuma influência (das drogas) nem na composição nem na mixagem", pontua.

Na entrevista, o cantor também foi questionado sobre falas antigas em que dizia "que a sua facilidade em criar o seu mundo interno tinha muito a ver com a relação com as drogas". A isso, o artista disse querer refazer sua frase.

"Acho que o mundo onírico ou fantasioso da criação, que é uma transcendência de um pensamento muito objetivo e onde você dissolve a concretude das coisas e dá a elas múltiplos significados, é uma característica minha que associo muito com a minha infância", respondeu.

Na conversa publicada no jornalístico, o compositor também falou sobre como ele reagiu à relação dos filhos do casal, Theodoro, Sophia, Sebastião, Zoe e Ismael, com as drogas. "Nunca conversei muito. Sempre soube que todo mundo fuma maconha, quase faz parte do ritual da vida das pessoas. Eu e Vânia, a gente sempre observou o quanto isso tinha um componente temerário, nunca incentivei. Eu acho que era importante, do ponto de vista da educação", disse. "Quando observei em alguns deles, em determinado momento, um uso excessivo, que me parecia criar um torpor, me incomodava. E eu, como tinha já, mesmo sem reconhecer, noção das minhas questões com a adicção, sempre olhei do ponto de vista de alerta", explicou.

"Nunca fui um apologista, e ao mesmo tempo o que eu tinha e percebia em mim era uma patologia, uma doença, eu sabia que o uso, para mim, fazia mal, e eu não conseguia me controlar, e olhava para eles sempre com preocupação. E, mais tarde, com eles mais adultos, sempre conversei: 'olha, você tem que tomar cuidado, porque eu tenho dependência e isso é horrível, é um sofrimento'. E se você tem, não é bom, você perde o poder de decisão e a sua vida entra num rodamoinho. E, ao mesmo tempo, meus filhos sempre me viram sofreram com isso", contou.

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Um incêndio atinge uma indústria de vasilhames na tarde deste sábado, 26, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado às 14h32. A informação inicial é que não há vítimas.

"Graças a Deus não há vítimas", disse a capitã Karoline Burunsizian, porta-voz do Corpo de Bombeiros, em entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band. "A brigada da empresa que estava combatendo as chamas no início falou que não há vítimas dentro, não havia funcionários. Estamos trabalhando com essa informação", continuou.

Segundo a capitã, o foco dos agentes é evitar que o fogo se alastre para outras partes do prédio. Karoline afirmou ainda que o material incendiado é uma mistura de plástico e produtos químicos.

"Nós estamos fazendo esse levantamento com a empresa. Provavelmente são vasilhames de plástico com produto químico no interior. Mas o que é exatamente [a substância] só vamos saber depois das equipes no local confirmarem", acrescentou a porta-voz.

Inicialmente, seis viaturas foram deslocadas para a rua Atleca Fratucelli Lopes, nº 189, no bairro Vila Nova Bonsucesso. Porém, na última atualização do caso, às 15h59, os Bombeiros disseram que 40 homens em 12 viaturas trabalhavam para conter as chamas.

Nas redes sociais, usuários relatam que é possível avistar a fumaça a dezenas de quilômetros de distância, como o Tucuruvi, na zona norte da capital paulista. Outros pontos mencionados são Tatuapé, Guaianases e as cidades de Cotia e Osasco.

O local do incêndio fica a pouco mais de 6 km de distância do Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde as chamas também podem ser vistas de acordo com relatos publicados nas redes sociais.

A administração do aeroporto informou que pousos e decolagens ocorrem normalmente no local.

O governo de Minas Gerais exonerou o filho da professora Soraya Tatiana Bonfim, Matteos França Campos, de 32 anos, após sua prisão ontem, 25, quando confessou ter matado a própria mãe.

Matteos trabalhava como assessor na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, desde 2021, conforme consta no perfil do LinkedIn. A exoneração foi publicada no Diário Oficial Eletrônico de Minas Gerais (DOE-MG) deste sábado, 26.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) declarou em coletiva à imprensa que Matteos foi o responsável pelo assassinato da mãe, que morreu esganada. A defesa dele não foi localizada pela reportagem.

Docente há oito anos no Colégio Santa Marcelina, Soraya, de 56 anos, foi encontrada morta no último domingo, 20, no Bairro Conjunto Caieiras, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O suspeito foi preso na tarde desta sexta, dia em que seria celebrada a missa de sétimo dia de morte.

De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o suspeito foi preso na casa do pai, no Bairro Jardim Alvorada, Região Noroeste de Belo Horizonte, durante o cumprimento de um mandado de prisão.

A Polícia Civil informou ainda que foram constatadas muitas contradições entre o depoimento do filho e as imagens de segurança que flagraram o veículo da vítima à caminho do local onde o corpo foi encontrado.

Após o enterro, na última terça-feira, ele teria publicado em seu perfil privado do Instagram uma homenagem com foto e texto se despedindo da mãe.

Um avião de pequeno porte fez um pouso de emergência e ficou danificado na manhã deste sábado, 26, em uma área de mata próxima à Serra do Japi, no km 9 da Rodovia dos Bandeirantes, na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo.

A aeronave, que realizava um voo local para propaganda, teve uma pane no motor, de acordo com informações preliminares, e parou de "barriga" para cima. Apenas o piloto estava a bordo da aeronave, que sobreviveu ao acidente.

Segundo informações do Centro de Controle Operacional (CCO) da Rede VOA, responsável pela administração do Aeroporto Estadual Comandante Rolim Adolfo Amaro, em Jundiaí, a aeronave modelo Cessna 150, prefixo PR-NIJ, decolou do aeroporto Vale Eldorado, em Bragança Paulista, para onde retornaria, após o piloto declarar emergência na frequência da torre por volta das 11h.

Ainda conforme a VOA, o piloto pousaria no aeroporto, mas não conseguiu chegar e precisou fazer o pouso de emergência em uma área de campo aberto próximo à ETEC Benedito Storani, a 4,5 km do aeroporto.

Equipes do Corpo de Bombeiros, da concessionária que administra a rodovia e do aeroporto foram acionadas e prestaram os primeiros socorros no local.