Atriz de 'Friends' relata dores por esclerose múltipla: 'Eu me deito na cama gritando'

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Christina Applegate revelou em seu podcast, MeSsy, ter dificuldades para lidar com a esclerose múltipla (MS) na sua rotina. Ela, que interpretou a irmã de Rachel Greene em Friends, expressou ter problemas com a coordenação motora e com dores agudas.

"Eu me deito na cama gritando, com dores agudas. [Com] muita dor", disse na terça-feira, 5, com relação às crises de dor advindas da esclerose. "Eu mal consigo segurar meu celular algumas vezes. Eu vou tentar pegar meu celular, ou ligar a televisão, ou qualquer outra coisa, e não consigo. Às vezes, eu não consigo segurar [os objetos]. Não consigo nem abrir garrafas agora."

A esclerose múltipla é uma doença neurológica autoimune crônica que, segundo a Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME), faz com que o sistema imunológico ataque as células do próprio corpo.

Os sintomas variam a depender da área afetada, mas a falta de coordenação, as crises de dor, a fadiga e as alterações de humor são comuns na maior parte dos pacientes.

Sobre os sintomas, a atriz também relatou, em outro episódio do podcast, que possui alterações de humor constantes: "Eu estou muito depressiva agora [...] Sinto que estou presa nessa escuridão, que eu não sentia há uns 20 anos."

A atriz foi diagnosticada em 2021, ao mostrar que utilizava uma bengala para andar. Vencedora do Emmy, ela também foi protagonista de séries como Disque Amiga Para Matar e Samanta Who?.

Em outra categoria

O Brasil registrou 1.492 casos de feminicídio em 2024, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O número representa um aumento de 1% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizados 1.463 assassinatos de mulheres motivados por razões de gênero. Na média, uma mulher é morta a cada seis horas no país — a maioria dentro do próprio lar.

A violência tem um perfil marcante: 64% das vítimas eram mulheres negras, 70% tinham entre 18 e 44 anos, e 64% foram assassinadas dentro de casa. Em 80% dos casos, o autor do crime era o companheiro ou ex-companheiro da vítima, o que reforça o caráter íntimo e brutal do feminicídio.

O cenário evidencia a urgência de políticas públicas mais efetivas de prevenção à violência de gênero, proteção às vítimas e punição aos agressores. Especialistas apontam que o aumento dos casos está ligado à falta de fiscalização de medidas protetivas, à dificuldade de acesso a serviços de acolhimento e à insuficiência de campanhas permanentes de conscientização.

Organizações feministas e entidades de direitos humanos reforçam que o enfrentamento ao feminicídio deve ser prioridade do Estado, com ações integradas entre segurança pública, justiça, saúde, assistência social e educação. A denúncia de violência doméstica pode ser feita de forma anônima pelo telefone 180, canal exclusivo de atendimento à mulher.

O acesso à internet nos domicílios brasileiros atingiu 93,5% em 2024, segundo levantamento divulgado pelo IBGE. O dado representa um avanço significativo na inclusão digital, especialmente em áreas rurais, onde 84,8% das residências já contam com conexão. Ainda assim, cerca de 5,1 milhões de lares permanecem sem acesso à rede.

Entre os motivos mais citados para a ausência de internet estão a falta de conhecimento sobre como utilizar a tecnologia (32,6%), o custo elevado do serviço (27,6%) e a percepção de que não há necessidade de conexão (26,7%). Em 12,1% dos casos, o problema é estrutural: o serviço simplesmente não está disponível na região.

O levantamento também mostra uma mudança de hábito no consumo de conteúdo audiovisual. Em 2024, 32,7 milhões de lares no país possuíam serviços pagos de streaming, consolidando a preferência por plataformas sob demanda. Em contrapartida, a presença de aparelhos de TV caiu de 88% em 2023 para 86,5% neste ano, mesma taxa da TV aberta. Já o número de residências com TV por assinatura permaneceu estável em 24,3%.

Os dados refletem uma transformação no perfil de consumo das famílias brasileiras, cada vez mais conectadas à internet e menos dependentes de serviços tradicionais de televisão. Ainda assim, o desafio de levar conexão de qualidade e acessível a todas as regiões do país permanece no centro da agenda de inclusão digital.

A família brasileira do menino de 4 anos que morreu após ser atropelado por um ônibus, no dia 28 de maio, em Vancouver, no Canadá, vive o drama de não ter respostas da investigação sobre o caso. A mãe do menino Leonardo Pedro Schramm Machado, a fonoaudióloga cearense Silvana de Oliveira Schramm, continua internada em estado grave e, segundo o marido, Clineu Machado, ainda não sabe que perdeu o filho.

Ao lado da luta pela saúde da esposa, Clineu, que é arquiteto e vive há cerca de 20 anos no Canadá, pede justiça e o reconhecimento da culpa da empresa de ônibus pelo acidente.

A Polícia de West Vancouver informou que investiga as circunstâncias do acidente e oferece apoio à família (leia mais abaixo). O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, por meio do Consulado-Geral em Vancouver, vem prestando a assistência consular cabível à brasileira e a seus familiares.

Pai, mãe e filho têm dupla cidadania - canadense e brasileira. Clineu conta que sua mulher e o filho tinham saído a passeio para aproveitar a primavera na cidade e fizeram uma excursão de balsa até a Ilha de Bowen, na baía de Horseshoe. Ele não foi, mas recebeu pelo celular fotos feitas pela esposa de cada momento do passeio. As imagens mostravam a criança se divertindo na companhia de Silvana.

Na mesma tarde, após retornarem do passeio, mãe e filho foram atingidos por um ônibus que subiu a calçada do terminal onde estavam à espera da condução para casa. Eles ficaram presos sob a estrutura do veículo. Leonardo morreu ainda no local. Silvana foi socorrida com ferimentos graves. Outra mulher, amiga da família, também se feriu, mas já teve alta.

O acidente causou comoção na cidade e repercutiu na imprensa local.

De acordo com o brasileiro, o veículo se deslocou mesmo com as portas abertas, o que sinaliza para uma falha no sistema de frenagem. "Espero mais celeridade por parte da polícia em concluir rapidamente esta investigação, apontando as falhas ocorridas para que mudanças adequadas possam ser implementadas no sistema de transporte local, para evitarmos que novas tragédias como essas venham a ocorrer novamente", diz ao Estadão.

Clineu é engenheiro de segurança e avalia que as portas abertas do ônibus deveriam ter contido automaticamente qualquer movimento do veículo. "É até bizarro imaginar que um ônibus parado acelere de repente e atropele três pedestres que estão para ingressar nele, mas infelizmente isso ocorreu e explicações precisam ser trazidas à luz para esclarecimentos e fechamento deste caso", diz.

Ele acredita que o motorista não teve culpa no acidente e espera que isso seja confirmado pela investigação. "Parece claro que faltou freio ao veículo e ele se moveu com as portas abertas, o que é uma falha técnica primária."

No dia 3 de junho, o cônsul-geral do Brasil em Vancouver, Nestor Foster Jr, enviou carta ao prefeito Mark Sager pedindo que a família seja mantida informada sobre a investigação das responsabilidades pelo acidente conduzida pelas autoridades canadenses, bem como outras medidas adotadas pela Cidade de West Vancouver em relação ao caso. O consulado também oficiou a chefe da Polícia de Trânsito da Região Metropolitana de Vancouver cobrando rapidez na apuração.

Apesar disso, o processo demora, segundo o advogado da família, Tiago Rodrigues. "Estamos indo para dois meses após o acidente e não fomos informados até o momento de uma posição sobre a investigação. Considerando a natureza do acidente, não me parece justificável que a investigação leve tanto tempo, ao menos para que haja uma posição inicial. As circunstâncias do acidente foram bem particulares. Entendo que não se descarta a possibilidade de erro mecânico."

Procurada pelo Estadão, a Translink (empresa de transportes de Vancouver), informou que também aguarda o resultado das investigações que são feitas pela polícia de West Vancouver. "Continuamos com o coração partido pela tragédia ocorrida perto do Terminal de Balsas de Horseshoe Bay no final de maio. Como a investigação está em andamento, não podemos fazer mais comentários", diz.

A Polícia de West Vancouver informou que a família de Clineu Machado é apoiada pelo Programa de Serviços às Vítimas da instituição e que tem prestado todas as informações sobre o andamento das investigações sobre o acidente. "Em reconhecimento aos trágicos eventos ocorridos em Horseshoe Bay, o Departamento de Polícia de West Vancouver novamente expressa suas sinceras condolências à família e aos entes queridos da criança que tragicamente perdeu a vida", diz.

O ônibus envolvido no acidente foi apreendido e passou por inspeção mecânica. Os laudos são elaborados. As investigações preliminares sugerem que a velocidade não foi um fator predominante para o acidente. "O Departamento de Polícia de West Vancouver está trabalhando em colaboração com o Serviço Integrado de Análise e Reconstrução de Colisões (Icars) e a Divisão de Segurança e Fiscalização de Veículos Comerciais para apurar todas as circunstâncias deste trágico evento", disse.

Situação da mãe ainda é delicada

Passados quase dois meses, Silvana continua internada e vai ser submetida a uma cirurgia delicada. Clineu conta que no dia 9 de julho ela passou por uma cirurgia difícil, que durou quase 10 horas.

O drama imediato é salvar a perna direita de Silvana, que teve a musculatura muito comprometida. A fonoaudióloga também teve fraturas no pé. "Estamos aguardando uma boa conclusão para o quadro clínico grave de minha esposa, que ainda está em aberto, e os médicos estão buscando soluções para concluir sua cirurgia de quadril de forma satisfatória. Ela poderá necessitar ainda de um grande transplante de tecidos na área do osso do cóccix", explica.

Clineu vive há mais de duas décadas no Canadá e conheceu a fonoaudióloga em uma viagem para Fortaleza, onde ela vivia com a família. Após o casamento, Silvana foi morar com o marido em Vancouver. O pequeno Leonardo, filho único do casal, nasceu em outubro de 2020.

Sem conseguir trabalhar, o arquiteto brasileiro diz que tem se valido da ajuda de amigos e de doações.