Morte de Liam Payne: polícia investiga amigo por abandono; cantor teria brigado com mulheres

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A polícia investiga um empresário argentino, amigo de Liam Payne, por ter supostamente abandonado o cantor durante a estadia dele em Buenos Aires, na Argentina. Além dele, um traficante e um empresário do hotel em que o ex-integrante da One Direction estava hospedado são réus na investigação sobre a morte do artista. As informações foram divulgadas pelo jornal argentino La Nacion nesta quarta-feira, 6.

Segundo o jornal, Liam ainda teria se encontrado e discutido com duas mulheres antes da morte. L. e A., como ambas foram identificadas na publicação, teriam sido convocadas pelo cantor para ir até o hotel momentos antes da morte por meio de um aplicativo chamado Gemidos.

As acompanhantes foram as últimas a ver Liam vivo e colaboraram na investigação como testemunhas. Elas teriam exigido um pagamento de US$ 5 mil (cerca de R$ 28 mil), mas o cantor teria se recusado a pagá-las. Os três teriam discutido na recepção do hotel, o que fez com que o gerente ligasse para o amigo do cantor para enviar o dinheiro. Ele, porém, não teria dado resposta.

Uma das mulheres, L., estaria na mira da polícia após contradições em seu depoimento: ela não soube dizer se havia sido chamada por Liam ou por um funcionário do hotel até o local. Segundo o La Nacion, os investigadores encontraram um pote com maconha na casa dela.

Ainda conforme o jornal, o amigo do cantor não apareceu no hotel na tarde da morte de Liam. Ele também chegou a prestar depoimento, afirmando que esteve no local no dia, mas os funcionários teriam dito que não haviam visto o ex-One Direction. O homem também teria escondido da família do artista que Liam havia tido uma recaída com drogas.

A legislação argentina prevê uma pena de 2 a 6 anos de prisão por abandono, que pode aumentar para 3 a 10 anos caso o abandono tenha resultado em danos graves para a vítima ou morte. Tanto o funcionário quanto o traficante investigados no caso são acusados de fornecer drogas para o cantor.

Liam Payne morreu em 16 de outubro após sofrer uma queda no hotel em que estava hospedado. Exames toxicológicos indicaram a presença de algumas drogas em seu organismo. Ele teria sofrido cerca de 25 lesões com a queda, que resultaram no óbito.

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O Mercado Municipal de Piracicaba, no interior de São Paulo, sofre um incêndio de grandes proporções entre a madrugada e a manhã desta quarta-feira, 23. De acordo com a Defesa Civil estadual, as chamas começaram em um box por volta das 2h e se alastraram rapidamente para outros estabelecimentos comerciais no interior do mercado.

"Equipes do Corpo de Bombeiros atuam no combate e extinção das chamas. Até o momento, não há registro de vítimas. A ocorrência permanece em andamento, em fase de rescaldo", informou a Defesa Civil do Estado. O Mercado Municipal fica no centro de Piracicaba, cidade a cerca de 150 quilômetros da capital paulista.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) informou que uma perícia foi acionada no local para investigar a causa do incêndio. "O caso foi registrado na Delegacia Seccional de Piracicaba como outros não criminal", disse a pasta, em nota.

Na manhã desta terça-feira, 22, a Polícia Federal prendeu um dos líderes da quadrilha que trocava etiquetas de bagagens de passageiros para o envio de cocaína ao exterior. Ele estava foragido há mais de dois anos.

O grupo é acusado de transportar 126 quilos de cocaína do Brasil para a Europa ilegalmente, em um esquema que existia desde 2022 e foi descoberto em 2023, após um casal de mulheres brasileiras ser preso injustamente na Alemanha. Mesmo inocentes, elas ficaram detidas por 38 dias.

Segundo as investigações, a operação criminosa funcionava com falso check-in feito por uma funcionária da Gol, e ação em área restrita por trabalhadores de empresas terceirizadas.

Imagens divulgadas pelo Fantástico, da TV Globo, em julho de 2023, mostravam um homem com uma mala (com 43 quilos de cocaína) se encontrando com Tamiris Zacharias, 31 anos, à época funcionária da Gol Linhas Aéreas. Os dois vão a um dos guichês de check-in da empresa.

Tamiris, que também faz parte da quadrilha, finge fazer os procedimentos necessários, coloca a mala na esteira e despacha a bagagem com as drogas. A mala seguiu viagem para Lisboa, onde foi apreendida. As autoridades portuguesas localizaram a droga, mas ninguém apareceu para buscar a carga.

A investigação identificou que a mulher não emitiu nenhum comprovante para o dono da bagagem. Tamiris foi vista também pelas imagens em contato com outra mulher, Carolina Pennachiotti, de 35 anos. Carolina também trabalhava no aeroporto e era contratada por uma empresa para orientar os passageiros nas filas. Em áudios gravados para a mãe, interceptados pela polícia, ela faz declarações de também estar envolvida no esquema.

A segunda fase do crime, conforme apontado pelas investigações, envolvia a área restrita do aeroporto, especificamente o local para onde as malas vão após o check-in. Neste espaço, as imagens flagraram funcionários realizando a retirada de etiquetas de malas de outros passageiros e colocando, de forma escondida, na bagagem com as drogas. A ação dos criminosas é feita de forma sutil, de modo a driblar a segurança.

Para esta etapa da operação, a quadrilha contou com a ajuda dos funcionários Deivid Souza Lima e Pedro Venâncio. Os dois foram flagrados realizando a troca de etiquetas em março de 2023, poucos dias antes do mesmo golpe ser aplicado nas duas brasileiras.

Na ocasião, a defesa de Carolina disse que a prisão era "violação das normas legais" e que demonstraria a improcedência das acusações. A WFS Orbital, empresa terceirizada que contratou Carolina, informou que colaborava com as investigações e oferecia treinamento aos seus colaboradores.

Tamiris, da Gol, foi demitida da empresa e confessou participação no esquema. A Gol informou que estava à disposição das autoridades desde que soube das investigações. Os advogados de Deivid e Pedro Venâncio preferiram não se manifestar.

Presos e condenados

Em agosto do ano passado, parte da quadrilha foi condenada pela Justiça. Entre elas, alguns chefões do esquema de tráfico de drogas, como 'Vovô', 'Brutus', 'Charles', 'Man', 'Bahia' e Carolina, que ocupam cargos altos na hierarquia da quadrilha, segundo as investigações.

Segundo a PF, eles eram responsáveis pela logística do tráfico, outros são apontados como 'mentores intelectuais do crime' e há até quem é classificado, pela própria quadrilha, como 'chefão do esquema'.

Ao longo das investigações, a PF descobriu detalhes nos métodos de ação do grupo. Um deles é a utilização da senha 'futebol' para tratar da remessa de drogas para o exterior. Os achados se deram a partir da análise de diálogos entre os investigados, encontrados em celulares apreendidos nas operações.

Veja os condenados e as penas:

Gleison Rodrigues dos Santos, o Vovô, pegou 39 anos, 8 meses e 10 dias em regime inicial fechado;

Fernando Reis de Araújo, o Brutus, foi condenado a 26 anos, 3 meses e 23 dias em regime inicial fechado;

Matheus Luiz Melo da Silva, o Man, recebeu pena de 8 anos e 2 meses em regime semiaberto;

Eubert Costa Ferreira Nunes, o Bahia, foi sentenciado a 8 anos e 2 meses em regime semiaberto;

Charles Couto Santos foi condenado a 7 anos em regime semiaberto;

Carolina Helena Pennacchiotti foi condenada a 16 anos e 4 meses em regime inicial fechado.

A reportagem tenta contato com a defesa dos citados.

Brasileiras presas na Alemanha

As brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paolini ficaram 38 dias presas em Frankfurt depois de ter as etiquetas de identidade das malas trocadas por bagagens com drogas.

As goianas foram libertadas depois que o Ministério Público alemão, de posse do inquérito da Polícia Federal (PF) e de vídeos que comprovavam que as etiquetas das malas foram trocadas no Aeroporto de Cumbica, autorizou a soltura do casal. Na ocasião, uma operação da PF prendeu sete suspeitos de participar do esquema.

Segundo relatado pela família das vítimas, elas foram detidas no aeroporto separadamente, algemadas pelos pés e mãos, escoltadas por vários policiais e a única palavra que entendiam era cocaína. As duas tentaram argumentar que aquelas não eram suas malas, pois tinham cores e pesos diferentes, mas os policiais só repetiam a palavra "cocaína".

Elas tiveram as mãos raspadas para coleta de DNA, sem que tivessem dado autorização para isso. A bagagem de mão foi retida e elas ficaram sem os medicamentos e agasalhos. As duas foram levadas para celas separadas.

Nesse local, que era frio e tinha as paredes escritas com fezes, elas ficaram três dias, nos quais lhes foram oferecidos apenas pão e água.

Depois, foram transferidas para o presídio feminino de Frankfurt, onde permaneceram separadas e convivendo com mulheres condenadas por diversos crimes em celas frias e desconfortáveis.

O juiz federal André Granja e membros do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério Público de Alagoas (MP-AL), da Defensoria Pública da União (DPU) e da Prefeitura de Maceió fizeram na tarde desta terça-feira, 22, uma inspeção em uma área do bairro Bom Parto, área vizinha à afetada diretamente pelo desastre da Braskem.

A medida faz parte de uma ação que cobra a ampliação do mapa de risco e a urgência na realocação dos moradores dos bairros afetados pelo afundamento do solo em Maceió.

Em junho, o MPF, o MPAL e a DPU apresentaram nova manifestação à Justiça Federal destacando o agravamento das rachaduras e da velocidade de subsidência na área AT-06B, no Bom Parto, especialmente durante o atual período chuvoso na região.

A petição aponta impactos diretos na saúde física e mental dos moradores e defende a reanálise urgente do pedido de tutela de evidência, para garantir medidas imediatas de reparação e realocação, de acordo com a assessoria do MP.

"Esperamos que essa visita tenha trazido os elementos de convicção necessários ao juiz para que uma decisão favorável à essa população tão vulnerável seja proferida", disse a procuradora da República Roberta Bomfim, segundo o material do MP.

Ao portal G1 Alagoas, a Braskem informou que atua conforme o mapa definido pela Defesa Civil de Maceió, respeitando as recomendações técnicas de especialistas nacionais e internacionais.

"As áreas do entorno do mapa são periodicamente vistoriadas por um Comitê de Acompanhamento Técnico, do qual fazem parte a Defesa Civil Nacional e a Defesa Civil Municipal, sendo que o mapeamento e análise dos dados consideram o monitoramento realizado na área e respeitam as diretrizes técnicas aplicáveis", informou a empresa ao G1.

Até o momento, prossegue a nota da Braskem, R$ 17,6 bilhões foram provisionados para as medidas previstas nos acordos assinados com as autoridades, e mais de R$ 12,7 bilhões já foram desembolsados pela companhia.