'Brat' é eleita a palavra do ano; entenda o termo usado por Charli XCX, Kamala Harris e Boulos

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O dicionário Collins anunciou nesta sexta-feira, 1º, que a palavra do ano é "brat". O termo, que em tradução livre quer dizer "pirralho", foi usado pela cantora Charli XCX em seu último álbum e empregado em campanhas eleitorais no Brasil e nos Estados Unidos.

O dicionário definiu "brat" como algo "caracterizado por uma atitude confiante, independente e hedonista". "Mais do que um álbum de enorme sucesso, brat é um fenômeno cultural que ressoou nas pessoas globalmente, e o 'brat summer' se estabeleceu como uma estética e um modo de vida", justifica em nota sobre a escolha.

Outros termos que concorreram ao título de palavra do ano foram "delulu" (que caracteriza alguém com ideias e expectativas irrealistas), "romantasia" (gênero literário que une romance e fantasia) e "yapping" (termo que caracteriza o ato de falar muito sem pensar nas consequências).

Nenhuma, porém, superou "brat": "Canalizando autoaceitação e rebeldia, é uma palavra adequada para 2024, um ano em que hedonismo e ansiedade se combinaram para formar uma mistura inebriante", diz ainda a nota.

Afinal, o que é 'brat'?

O termo foi escolhido por Charli XCX para seu sexto álbum de estúdio, lançado em junho. A capa do disco fez com que a palavra se popularizasse: a cantora optou por uma estética simples, com um fundo verde neon e a palavra escrita em Arial.

A ideia era provocar a indústria musical. Segundo uma publicação da própria artista, a escolha se deu porque "a demanda constante por acesso aos corpos e rostos de mulheres em capas de álbuns é misógina e entediante".

Charli já havia feito sucesso com músicas como Boom Clap, mas Brat, indiscutivelmente, se tornou o seu álbum de maior sucesso. Dele saíram hits como Von Dutch, 360 e Apple. Ela também chegou a lançar diversas versões do disco, em parcerias com Lorde e Billie Eilish.

O termo se popularizou na internet e foi usado por grandes marcas. Em um ano de eleições presidenciais nos Estados Unidos e municipais no Brasil, a palavra também foi utilizada por candidatos que queriam se aproximar dos jovens.

Guilherme Boulos (PSOL), candidato à Prefeitura de São Paulo, publicou vídeos em verde neon com a música 360 ao fundo e a palavra em destaque em sua conta no TikTok.

Kamala Harris também se apoia na estética "brat" para tentar se aproximar da Geração Z. O termo começou a ser usado em sua campanha depois que Charli escreveu "Kamala é brat" para apoiar a candidata. Desde então, vídeos de Kamala em verde neon passaram a circular na internet.

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Um juiz aposentado foi preso na manhã desta quinta-feira, 24, depois de atropelar uma ciclista na cidade de Araçatuba, interior do Estado de São Paulo.

O acidente aconteceu na Avenida Waldemar Alves, no bairro Jardim Presidente, quando o homem dirigia uma caminhonete Ford Ranger e parou o veículo próximo a um supermercado.

A Polícia aponta que uma mulher que acompanhava o magistrado estava nua e tentou sentar em seu colo. Neste momento, ele acelerou o carro e acabou atingindo a ciclista.

O Estadão não conseguiu contato com a defesa do juiz aposentado Fernando Augusto Fontes Rodrigues Junior. O espaço está aberto.

Quem é o juiz?

Fernando Augusto Fontes Rodrigues Júnior, de 61 anos, fez sua carreira como juiz da 1.ª Vara Cível de Araçatuba, a 530 quilômetros da capital São Paulo, até se aposentar em 15 de agosto de 2019.

Segundo dados do Tribunal de Justiça de São Paulo, disponíveis no Portal da Transparência da Corte, entre janeiro e junho, ele teve rendimento bruto somado de R$ 917 mil. Com os descontos, seu contracheque líquido bateu em R$ 781 mil acumulados no período, média de R$ 130 mil/mensais.

Júnior foi levado à Delegacia Seccional e submetido a exame clínico de embriaguez. O médico legista atestou que o juiz estava alcoolizado. A polícia deu voz de prisão ao magistrado. Júnior foi indiciado por lesão corporal culposa.

Quem é a vítima e qual seu estado de saúde?

A ciclista Thais Bonatti, de 30 anos, está hospitalizada em estado grave. Quando a Polícia Militar chegou ao local da ocorrência, Thais já tinha sido socorrida ao pronto-socorro.

Um funcionário sofreu mal súbito no topo de uma torre de celular com aproximadamente 20 metros de altura, precisando ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros na manhã desta sexta-feira, 25, na Rua São João da Boa Vista, 45, no bairro de Americanópolis, zona sul da cidade de São Paulo. Não há detalhes sobre o atual estado de saúde da vítima.

Conforme a corporação, a ocorrência foi registrada por volta das 10 horas da manhã, sendo o homem retirado da torre, aos cuidados da Unidade de Suporte Avançado (USA), em parada cardiorrespiratória. Ele foi encaminhado ao Hospital Pedreira.

Segundo os bombeiros, o funcionário estava inconsciente. Ele ficou preso pelo cinto de segurança. Ao menos cinco viaturas colaboraram para o atendimento da ocorrência.

Um saco contendo partes de um corpo humano foi encontrado na tarde desta quinta-feira, 24, à margem de uma lagoa onde a adolescente Nicolly Fernanda Pogere foi encontrada esquartejada.

A localização da vítima, de 15 anos, ocorreu no dia 18, em Hortolândia, interior de São Paulo. De acordo com a prefeitura, o material foi avistado por uma equipe da Secretaria de Serviços Urbanos durante um serviço de roçagem no local. A Polícia Civil foi acionada.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a equipe do Instituto de Criminalística (IC) constatou serem partes de um corpo humano, compatíveis com os da adolescente que estava desaparecida. Além disso, foram localizados objetos que podem ter sido utilizados no crime.

A lagoa fica no Jardim Amanda I, onde o corpo mutilado da adolescente foi encontrado. De acordo com a investigação, Nicolly foi morta e esquartejada pelo namorado, um jovem de 17 anos, com a ajuda de uma adolescente de 14 anos, com quem ele também tinha um relacionamento.

Conforme a polícia, os dois mataram Nicolly com uma faca, após ela ter surpreendido o casal. A menina morava em Mococa e, quando visitava o avô em Hortolândia, teria procurado o namorado. Encontrou o rapaz, porém, na companhia de outra adolescente.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos adolescentes.

Após matar Nicolly, segundo a polícia, eles usaram um carrinho de mão para transportar o corpo até lagoa e colocaram pedras para fazer o cadáver submergir.

Nas costas da vítima foram inscritas as iniciais PCC, mas a polícia descartou ligação do caso com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital. A inscrição teria o objetivo de confundir a polícia.

O casal suspeito do crime foi apreendido nodia 20, no Paraná. Os dois alegaram que agiram em legítima defesa: ao encontrá-los juntos, em um acesso de ciúmes, Nicolly teria se munido de uma faca para atacá-los. Já a polícia acredita que o casal de jovens planejou o crime.

O corpo esquartejado de Nicolly foi encontrado dentro da água, próximo à margem da lagoa, enrolado em uma lona. O reconhecimento foi feito por familuares da vítima.

Segundo a SSP, o material recolhido nesta quinta foi encaminhado para exame pericial. As diligências para o esclarecimento total do crime prosseguem no 2º Distrito Policial de Hortolândia.